João Fortes é uma máquina de moer dinheiro

  • 14/03/2016
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 Quanto mais concreto Antônio José Carneiro, o “Bode”, despeja no poço da João Fortes Engenharia mais fundo ele se revela. A crise do setor imobiliário já teria incinerado aproximadamente R$ 1,8 bilhão. Segundo uma fonte muito próxima ao investidor, esta é a cifra que “Bode” teria tirado do próprio bolso e injetado na companhia ao longo dos últimos três anos para cobrir as dívidas e os seguidos prejuízos da incorporadora. A fatura não para de crescer. De acordo com informações filtradas junto à João Fortes, a empresa começou o ano de 2016 operando com uma perda mensal da ordem de R$ 30 milhões, superior, portanto, ao prejuízo médio de R$ 20 milhões registrado entre janeiro e setembro de 2015. É por essas e outras que o próprio “Bode” considera a João Fortes o pior negócio da sua vida – como, aliás, o RR vaticinou na edição de 14 de maio do ano passado.  É bem verdade que os aportes realizados por “Bode” permitiram à João Fortes repactuar uma parte expressiva da sua dívida. Nos últimos 12 meses, a relação passivo líquido/patrimônio caiu de 1,8 para 1,2. No entanto, todo esse esforço para empurrar a pedra ladeira acima pode se revelar um trabalho de Sísifo. A situação da João Fortes tende a se complicar nos próximos meses, com o declínio das vendas. O faturamento da empresa ainda é sustentado por negócios fechados antes do agravamento da crise do setor. Para este ano, cerca de 75% dos imóveis que serão concluídos já estão entregues. Olhando-se para 2017, este índice cai para 55%. Procurado pelo RR, o João Fortes não comentou o assunto.

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