Heineken pede uma Kaiser de saideira

  • 17/08/2015
    • Share

A Heineken parece ter cansado de adiar o inadiável. A marca Kaiser, que resistiu aos canadenses da Molson e aos mexicanos da Femsa, entrou no corredor da morte. Será um fim gradativo, aliás, tão gradativo quanto a perda de importância da cerveja nos últimos anos. A ideia dos holandeses é tirar a marca de circulação em até dois anos. Pouca gente vai sentir saudades. A Kaiser detém hoje menos de 4% de market share no país, índice que não para de cair. Formalmente, a Heineken nega o fim da produção da Kaiser. A Heineken considera esse período de transição fundamental. O desafio é capturar o maior volume possível de consumidores da Kaiser para outras cervejas populares do grupo, notadamente a Bavaria. Trata-se de um processo que terá de ser feito com muito cuidado. A Kaiser é uma gotícula se comparada às outras grandes cervejas, mas responde por uma parcela razoável da operação holandesa no Brasil – algo em torno de 40% dos oito pontos de market share da Heineken. Com o fim da Kaiser, os holandeses se dedicarão ao que realmente interessa: trabalhar a própria marca Heineken no Brasil. As vendas crescem, em média, 20% ao ano. O marketing da companhia já reflete as mudanças estratégicas. A publicidade da Kaiser começa a sofrer um fade out. Os grandes eventos patrocinados pela empresa, como o Rock in Rio, são todos da Heineken.

#Heineken #Kaiser

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.