Grupo Galvão é alvejado por todos os lados

  • 7/07/2017
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Dois golpes sincronizados – um desferido em Brasília e o outro, no Mato Grosso – têm tudo para agravar a sangria do Grupo Galvão e comprometer ainda mais seu processo de recuperação judicial. Segundo o RR apurou, o Ministério dos Transportes acelera os trâmites para anunciar até o fim deste mês a caducidade da concessão da BR-153, arrematada pela companhia em 2014. O governo conduz a questão a toque de caixa, no intuito de reprivatizar a rodovia ainda neste ano. Em outro front, a Prefeitura de Cuiabá deverá sacramentar também nas próximas semanas a cassação da licença do serviço de saneamento na cidade, a cargo da CAB Ambiental, controlada pela Galvão.

Procurado, o Ministério dos Transportes confirmou que o decreto de caducidade da BR-153 já se encontra em análise técnica e jurídica para posterior encaminhamento à Presidência da República. A Prefeitura de Cuiabá e a própria Galvão não se pronunciaram. Para a Galvão, o caso de maior impacto é o da CAB. Caso se confirme, a perda da concessão em Cuiabá vai desidratar a empresa em 40% da sua receita.

A holding de saneamento está avaliada em R$ 800 milhões. Sem o contrato de Cuiabá, essa cifra despenca. Ressalte-se que o processo de recuperação judicial da Galvão e a renegociação da dívida de R$ 2 bilhões se baseiam na desmobilização de ativos. A iminente perda das duas concessões, ambas por descumprimento de contato, reflete o enfraquecimento do Grupo Galvão após a Lava Jato. Seus principais dirigentes foram condenados por Sergio Moro, a começar pelo maior acionista, Dario de Queiroz Galvão Filho, herdeiro de um dos fundadores da Queiroz Galvão.

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