Dafra a caminho do acostamento

  • 7/08/2018
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Há um forte candidato a repetir Abraham Kasinski e sua fracassada tentativa de nacionalizar um pedacinho do mercado de motocicletas no Brasil. Trata-se de Mario Sergio Moreira Franco, controlador de um império de concessionárias de veículos enfeixadas no Grupo Itavema. Pelas estradas do setor corre a informação de que Mario Sergio jogou a toalha e busca um comprador para a Dafra, fabricante de motos que ele fundou em 2007.

Segundo a fonte do RR, o empresário tenta empurrar a marca para a chinesa Haojue, com a qual mantém uma parceria. O grupo asiático, no entanto, olha para a Dafra com certo desdém. Hoje a Haojue já distribui suas próprias motocicletas no país. Incorporar uma marca cadente, como é o caso da Dafra, aparentemente não faz sentido para os chineses. Um caminho alternativo para Mario Sergio seria uma negociação com uma montadora como a Kymco, de Taiwan, que ainda tenta engatar a segunda marcha no mercado brasileiro – chegou ao país apenas no fim do ano passado.

Seria um desfecho similar ao da Kasinski, criada por Abraham Kasinski, em 1999. Uma década mais tarde, em crise, a empresa era vendida à chinesa CR Zongshen – para desaparecer de vez do mercado cinco anos depois. Hoje, a Dafra não é nem sombra da marca que chegou a tirar preciosos pontos de market share dos líderes do mercado. Com pesados investimentos em publicidade e um garoto-propaganda da pesada, Luciano Huck, a companhia chegou a ter 5% das vendas de motos no país – um número bastante expressivo considerando-se que as duopolistas Honda e Yamaha dominam mais de 90% do setor. No entanto, o gás acabou. Hoje, sua participação de mercado é residual – 0,53%.

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