Credores da Arena do Grêmio dão cartão vermelho para a OAS

  • 28/04/2017
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Enquanto o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro inflama as arquibancadas da Lava Jato, o cerco se fecha contra a empreiteira no gramado da Arena Grêmio. Os credores, à frente Santander e Banco do Brasil, vestiram a camisa do tricolor gaúcho e pressionam a construtora a aceitar a oferta do clube pelo estádio, hoje controlado pela empresa. O Grêmio já colocou as cartas sobre a mesa: topa assumir o financiamento de R$ 113 milhões obtido pela OAS para a construção da Arena.

Propõe ainda pagar diretamente aos bancos um valor mensal entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões pelos próximos 19 anos, dinheiro que inicialmente seria repassado à empreiteira. E a construtora? Para ela não sobraria nem uma moeda para tirar o cara ou coroa. A tabelinha entre os bancos e o Grêmio pode ser a pá de cal na esperança da OAS de fazer dinheiro com a venda da Arena.

As tratativas para a transferência da Arena se arrastam desde 2015. A OAS chegou a pedir mais de R$ 400 milhões, mas foi perdendo fôlego em meio à recuperação judicial. No mês passado, o clube suspendeu as conversas. Segundo uma fonte que acompanha as negociações, a última reunião entre os dirigentes do Grêmio e representantes da OAS se deu em meados de março. Do lado dos gaúchos, trata-se de um recuo mais do que calculado. A nova estratégia do Grêmio é jogar no desespero do “adversário”, valendo-se do apoio dos bancos para empurrar a empreiteira contra a parede.

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