Concórdia, Spinelli e Planner podem somar seus valores

  • 10/03/2017
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A luta pela sobrevivência no mercado de capitais brasileiro poderá ter um novo capítulo, protagonizado por três das mais tradicionais instituições do país. As corretoras Concórdia, Spinelli e Planner estariam mantendo conversações guardadas a sete chaves para uma fusão. Na prática, são três corpos que já têm um só coração.

Em setembro, do ano passado, a tríade criou uma empresa de infraestrutura de dados, a Nucleos. Desde então, todas as suas operações financeiras estão integradas em uma mesma plataforma digital. Procuradas, Concórdia e Planner negam as negociações e a Spinelli não se pronunciou. Está feito o registro. O que não dá para negar é que praticamente todas as corretoras de valores têm sido atropeladas pelos grandes bancos ou por instituições independentes com estratégias extremamente agressivas, como a XP Investimentos.

É o caso da trinca. Juntas, as três somam pouco menos de R$ 300 milhões em recursos administrados. A Planner ainda tentou desempenhar o papel de consolidadora – entre 1999 e 2009, comprou outras três corretoras, Sanvest, DC e Theca. Ainda assim, não conseguiu ganhar massa crítica suficiente. Do trio que negocia a fusão é a menor, com cerca de R$ 86 milhões sob sua gestão.

Nem mesmo a Concórdia, que nasceu de uma costela da antiga Sadia e carrega a grife Furlan – por um período, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan chegou a dividir a gestão do negócio com o filho Luiz Gotardo Furlan e o genro Caio Villares – tem resistido à desigual concorrência com os grandes conglomerados financeiros. No ano passado, não chegou sequer a R$ 20 milhões em receitas com intermediação financeira. Em junho de 2016 (último balanço disponível), a Concordia amargava um prejuízo de R$ 204 mil. No ano anterior, já havia contabilizando cerca de R$ 700 mil em perdas.

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