COI dá medalha de lata para a segurança nas arenas olímpicas

  • 10/08/2016
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 O espírito olímpico tem passado longe das relações do COI com as autoridades da área de segurança e os organizadores da Rio 2016. A entidade não esconde sua insatisfação com as falhas no esquema de vigilância nos locais de competição. Na última segunda-feira, com base em relatórios de avaliação dos três primeiros dias de disputas no Rio, o COI teria encaminhado uma série de questionamentos aos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Alexandre de Moraes, e ao chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen. A questão tratada como mais grave pelo Comitê Olímpico Internacional é a falta de um padrão de segurança para todas as arenas. Na visão da entidade, cada local tem seguido regras próprias no sistema de revista dos espectadores, a cargo da Força Nacional de Segurança, com graves riscos para os torcedores. Procurada pelo RR, a Rio 2016 não se pronunciou até o fechamento desta edição.  Um dos maiores motivos de apreensão para as forças internacionais de segurança que colaboram com o governo brasileiro na Rio 2016 é o risco de ingresso de armas ou explosivos nos locais de competição. A preocupação se estende também aos meios de transporte. No entanto, há um consenso entre os especialistas de que é impossível monitorar por completo as chamadas estruturas tubulares, leia-se ônibus, trens e metrô. Mas, no caso das arenas, a ordem expressa é não deixar passar nada. Os cuidados são redobrados nas disputas que envolvem atletas ou seleções de países mais visados por grupos terroristas, como Estados Unidos, França e Israel.  Os atritos do COI com as autoridades brasileiras se acentuaram no último domingo. Logo pela manhã, por volta das nove horas começaram a circular nas redes sociais relatos e imagens de torcedores entrando no Parque Olímpico da Barra sem que suas bolsas ou mochilas fossem submetidas ao aparelho de Raio-X. Rapidamente, o assunto se espalhou pela mídia. Ainda na manhã de domingo, dirigentes do COI exigiram ajustes imediatos no esquema de segurança. À tarde já era possível ver longas filas na entrada das competições, notadamente no próprio Parque Olímpico e no Estádio do Engenhão, decorrentes do maior rigor na revista.  Sintomático também o e-mail enviado pela organização da Rio 2016, na manhã de segunda-feira, a todos que compraram ingressos para os Jogos Olímpicos. Com o título “Urgente: Informação sobre a sua sessão”, a mensagem pedia para que os torcedores chegassem com antecedência às competições uma vez que “todos passarão por rigorosa checagem de segurança nas instalações”. No e-mail, o comitê da Rio 2016 recomendou ainda aos espectadores que evitassem levar bolsas ou mochilas e listou mais de 70 itens proibidos nas arenas.

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