Ciro Gomes aponta suas baterias para a “desnacionalização” da Embraer

  • 6/07/2018
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Se seguir os mesmos critérios anunciados para a venda das áreas do pré-sal ao capital estrangeiro, Ciro Gomes, caso eleito, vai rasgar o acordo que vem sendo costurado entre a Embraer e a Boeing. No caso das reservas petrolíferas, Ciro disse que expropriaria os campos negociados, ressarcindo os compradores. O presidenciável já afirmou em outras oportunidades que considera a fabricante de aeronaves uma empresa estratégica na indústria nacional. A aquisição da Embraer com pele de fusão, na visão do candidato, é muito mais grave do que se a Vale fosse alienada para o capital estrangeiro. A associação da Embraer com a Boeing, entretanto, está bem mais “hedgeada”, digamos assim, do que as negociações do pré-sal. A criação da mega companhia aérea tem o aval das Forças Armadas, ou, para ser mais preciso, do Comando da Aeronáutica. O mais provável, portanto, é que Ciro acomode a porção mais radical do seu discurso e não busque qualquer pugilato com os militares. Até porque o candidato comenta a boca pequena que não conseguirá implementar as reformas necessárias sem o amparo das Forças Armadas. Na sua concepção, elas desempenhariam um papel de Poder Moderador, permitindo que o Executivo se aprume e leve à frente as medidas estruturantes.

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