Categoria: Negócios


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Negócios

Goiás e Mato Grosso disputam investimento de US$ 450 milhões

13/11/2024
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Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, e de Mato Grosso, Mauro Mendes, estão travando um “leilão” por um empreendimento da ordem de US$ 450 milhões. Em disputa, o direito de sediar a primeira fábrica da chinesa Fufeng Group Limited no Brasil. O grupo planeja produzir aminoácidos, como treonina, lisina e ácido glutâmico, utilizados em nutrição animal, alimentos e medicamentos. Os governos Caiado e Mendes têm colocado sobre a mesa uma alta dosagem de incentivos fiscais e outras contrapartidas. A Fufeng é um dos principais fabricantes de biofermentados do mundo. Sediada em Qingdao, na província de Shandong, tem entre seus acionistas duas das maiores gestoras de private equity do Planeta, Vanguard Group e BlackRock.

#Fufeng #Mauro Mendes #Ronaldo Caiado

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InBrands avança no processo de venda da Tommy Hilfiger

8/11/2024
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A InBrands estaria em negociações avançadas para a venda da sua participação de 50% na Tommy Hilfiger Brasil para o ASW Group, do Panamá. É parte do esforço da companhia para sair de uma delicada situação financeira, que combina perda de receita e aumento dos prejuízos. No setor, já se fala, inclusive, da necessidade da InBrands, dona de grifes como Richards, Ellus, Salinas e VR, se desfazer de outras marcas.

Em tempo: o ASW Group já detém 9% da operação brasileira da Tommy Hilfiger. Se fechar a aquisição, assume o controle do negócio. Procurada, a InBrands não se manifestou.

#Tommy Hilfiger

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Shoppings brasileiros se digladiam para receber a sueca H&M

1/11/2024
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A sueca H&M virou objeto de cobiça das grandes administradoras de shopping centers do Brasil. No setor, corre à boca miúda que Multiplan e Allos mantêm conversas com a varejista de moda para abrigar a da marca, notadamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. As duas empresas já acenaram com a possibilidade de remanejar inquilinos, inclusive lojas-âncora, e, assim, abrir espaço para os suecos. Por ora, a H&M apenas definiu o endereço da sua primeira unidade no Brasil, que ficará no Iguatemi da Faria Lima. Gigante do varejo global, com mais de 4,5 mil pontos de venda e faturamento da ordem de US$ 25 bilhões, a companhia deverá iniciar suas operações no país no segundo semestre de 2025.

#Allos #H&M #Multiplan

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HIG Capital avalia diferentes caminhos para venda da Kora Saúde

31/10/2024
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O que se diz no mercado é que a HIG Capital analisa dois cenários possíveis para a Kora Saúde. Um deles é a venda do controle da empresa; o outro, a negociação de hospitais separadamente. A preferência dos norte-americanos recai sobre a primeira hipótese. A questão é o timing. A venda do pacote completo, com 17 hospitais, tem tudo para ser uma negociação mais arrastada, até em função das diferenças entre os ativos. Ao mesmo tempo, há blocos mais cobiçados no mercado, caso dos sete hospitais no Espírito Santo. A HIG ganhou mais tempo para se definir depois que a Kora Saúde conseguiu renegociar com os debenturistas uma dívida da ordem de R$ 1,5 bilhão.

#HIG Capital #Kora Saúde

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Mubadala tenta arrancar o Outback do prato da Vinci Partners

29/10/2024
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O Mubadala tenta atravessar a negociação entre a Vinci Partners e a Bloomin’Brands para a compra do Outback. Para todos os efeitos, a gestora de Gilberto Sayão está na dianteira. Há cerca de duas semanas, acertou um acordo de exclusividade para a aquisição da rede de restaurantes.

No entanto, o que se diz no setor é que o fundo árabe apresentou, na paralela, uma oferta maior à Bloomin’Brands, dona do Outback. Seu apetite pelas praças de alimentação brasileiras é notório. Em menos de um ano, o Mubadala assumiu o controle da Zamp, dona do Burger King, e também das operações do Subway e do Starbucks no Brasil.

#Mubadala #Outback

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Totvs joga pesado para colocar o preço da Linx no chão

23/10/2024
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O RR apurou que a Totvs abriu conversações com a Stone para a compra da Linx, empresa de softwares. Segundo uma fonte próxima, a companhia já chegou mostrando que vai jogar duro nas negociações. O entendimento é que a Stone está em uma posição de fragilidade, pressionada a se livrar de um ativo em franca depreciação. Em 2020, a empresa de pagamentos desembolsou R$ 6,7 bilhões pela Linx. Em recente relatório, no entanto, o Itaú BBA estimou um valuation entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3,8 bilhões. Procuradas, Totvs e Stone responderam em coro que “não comentam rumores”.

#Linx #Softwares #Totvs

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Daki divide a mesa com um parceiro guloso demais

23/10/2024
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No mercado de venture capital, há o entendimento de que a plataforma de entregas Daki fez um movimento com uma razoável dose de risco ao firmar uma parceria com o iFood. Na prática, o negócio parece ser bom para ambas as partes. O iFood, que desativou seu sistema próprio de entregas ultrarrápidas no início deste ano, passou a oferecer o serviço por meio da plataforma da Daki.

Esta última, por sua vez, encontrou na aliança uma forma de ganhar escala e aumentar o número de clientes. A questão é que o iFood tem fama no setor de ser parceiro apenas de si mesmo. A empresa é vista como um triturador de concorrentes, vide a saída do Uber Eats no Brasil.

Investidores de venture capital enxergam a possibilidade de o iFood se aproveitar do acordo para impor condições restritivas, minar a posição da Daki e, eventualmente, até mesmo dar o bote sobre a “parceira”. A ver. Do lado da startup brasileira, talvez seja um risco calculado de quem não tem muita margem de manobra neste momento.

A Daki perdeu o status de unicórnio, freou sua expansão para outras cidades do país, basicamente limitando-se à Grande São Paulo e Belo Horizonte, redesenhou sua estrutura de dark stores e promoveu demissões.

#Daki #iFood

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BlackRock aumenta suas fichas em transição energética no Brasil

18/10/2024
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A BlackRock está elétrica para aumentar sua posição em projetos de energia renovável no país. Os investimentos deverão ser concentrados na Brasol, controlada por um fundo da BlackRock e pela Siemens. No setor, o que se ouve empetit comité é que a empresa tem cerca de R$ 2 bilhões para novas aquisições no país. No início deste mês, a Brasol comprou, em uma só tacada, 40 usinas de geração solar distribuída da Raízen. Em agosto, já havia fechado a compra de 13 projetos de geração fotovoltaica da BC Energia em São Paulo, Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Consultada, a BlackRock não se manifestou.

#BlackRock #Energia

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As sístoles e diástoles na negociação entre Cruzeiro do Sul e Vitru

10/10/2024
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O que se diz no mercado é que as conversas para a fusão entre a Cruzeiro do Sul Educacional e a Vitru têm sido marcadas por avanços e recuos. Os empurrões para a frente se devem, sobretudo, ao GIC, fundo de soberano de Cingapura. Acionista da Cruzeiro do Sul, o fundo asiático tem colocado sobre a mesa diferentes hipóteses para facilitar a associação, de uma troca pura e simples de ações à criação de uma holding onde os atuais acionistas das duas empresas se aninhariam. Há informações também que o GIC já sinalizou com a possibilidade de aportar mais recursos para viabilizar não apenas o M&A, mas um plano de expansão do negócio. No entanto, quando a operação parece que vai engatar a quinta marcha, do outro lado da mesa, os sócios da Vitru – Carlyle, Vinci, Crescera e 23S – puxam o freio. Há quem diga que ganham tempo à espera de propostas de outros players, a começar pela Yduqs.

#Cruzeiro do Sul #Vitru

Negócios

Quatro anos depois, a Linx, enfim, pode acabar nas mãos da Totvs

3/10/2024
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A Totvs encabeça a lista de pretendentes à compra da Linx, empresa de software colocada à venda pela Stone. É quase uma questão de honra para Laercio Cosentino, fundador e chairman da empresa. Em 2020, a Totvs também tentou adquirir a Linx, mas perdeu o negócio após uma acirrada disputa, cabeça a cabeça, com a própria Stone. No setor, há até quem duvide que esta última consiga recuperar o investimento feito há quatro anos, quando pagou R$ 6,7 bilhões pela empresa de softwares. O problema não é necessariamente a Linx, mas a Stone, que sofre com a perda de mercado das maquininhas eletrônicas para outros meios de pagamento digital, especialmente o PIX. Não por acaso, desde julho de 2021, seu valor de mercado já caiu mais de 80%. Consultadas pelo RR, Totvs e Stone disseram que “não comentam rumores”.

#Linx #Softwares #Totvs

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Depois da Aliança Energia, Cemig agora prepara sua saída da Taesa

3/10/2024
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Corre feito eletricidade a informação de que a Cemig está decidida a se desfazer até o fim do ano da sua participação na Taesa, uma fatia gorda, equivalente a 37% do capital ordinário. Há informações, inclusive, de que a estatal mineira avalia a hipótese de se desfazer de parte ou da totalidade das ações por meio de um leilão em bolsa. Não seria a primeira vez: em 2017, a Cemig vendeu no mercado um bloco de units da empresa de transmissão, na qual é sócia da colombiana ISA. A se confirmar, a saída do capital da Taesa será o segundo grande movimento de alienação de participações da companhia mineira, após a negociação da sua parte na Aliança Energia para a Vale. Procurada pelo RR, a Cemig não quis se manifestar.

#Cemig #Taesa

Negócios

Indiana Mahindra quer trazer seus carros elétricos para o Brasil

2/10/2024
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Há um rumor no setor automotivo de que a Mahindra, um dos maiores fabricantes da Índia, tem planos de desembarcar no Brasil. Em um primeiro momento, o foco seria a venda de até dois modelos de veículos elétricos, importados. Quilômetros mais à frente é que o grupo passaria a segunda marcha, ou seja, a produção de automóveis no país. Ressalte-se que a Mahindra, um grupo com faturamento de US$ 16 bilhões no ano passado, já está presente no Brasil, com a fabricação de tratores.

#Mahindra

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Novos investidores devem vestir a camisa do Sfera Futebol Clube

1/10/2024
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Bancos de investimento – um deles já com negócios nos gramados brasileiros – mantém conversações com o Sfera Futebol Clube, do interior de São Paulo. Em jogo, a compra de uma participação de até 40% na empresa, um híbrido de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e startup da bola. As negociações passam por um aporte de capital superior a R$ 40 milhões. Criada pelos investidores Gustavo Aranha, ex-Credit Suisse Hedging Griffo, e Fabio Francez, o Sfera se dedica exclusivamente às categorias de base e à formação de jogadores para a posterior venda dos seus direitos econômicos. É uma espécie de exportadora de commodities.

#Sfera Futebol Clube

Negócios

Tommy Hilfiger Brasil já está embrulhada para venda

30/09/2024
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No mercado, a repentina mudança na presidência do Conselho da InBrands foi interpretada como um sinal de que a companhia está prestes a fechar a venda da sua participação de 50% na Tommy Hilfiger Brasil. O executivo Paulo Alessandro Matos deixou o cargo de chairman apenas três meses após ter assumido – seu mandato iria até abril de 2025. Matos é exatamente o CEO da Tommy Hilfiger no país. Por isso mesmo, entre os investidores a percepção é de que a relação societária entre a InBrands e a grife norte-americana está na iminência de ser desfeita. O que se diz no setor é que entre os interessados em comprar a participação de 50% do grupo na Tommy Hilfiger Brasil estão a rede de moda Aramis e a Veste, holding que reúne, entre outras, as marcas Le Lis Blanc, John John e Dudalina.

#InBrands #Tommy Hilfiger #venda

Negócios

Rony Meisler e Reserva têm um encontro marcado, em lados opostos

27/09/2024
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Rony Meisler confidenciou a pessoas próximas a intenção de criar uma nova grife. Meisler não diz abertamente, mas quem o conhece aposta que o empresário está sedento para concorrer com a própria Reserva, fundada por ele em 2006, e com outras marcas da Azzas, holding resultante da fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma. É um projeto que nasce, principalmente, do fígado. Meisler vendeu a Reserva para a Arezzo em 2020 e seguiu à frente da gestão até o mês passado, quando deixou o grupo. Dez entre cada dez executivos do setor afirmam que sua saída foi conturbada e se deu após desentendimentos com o fundador da Arezzo, Alexandre Birman.  O plano de Meisler de lançar uma nova grife só poderá se consumar em 2026 – ele assinou um acordo de non-compete com a Arezzo que o impede de ter negócios na área de moda pelos próximos dois anos. Não há de ser nada. Vingança é um prato que se come frio.

#Arezzo #Grupo Soma #Rony Meisler

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Quem vai ficar com a carteira da Prevent Senior no Rio?

26/09/2024
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A Leve Saúde é apontada no mercado como candidata à compra da carteira da Prevent Senior no Rio de Janeiro, que reúne aproximadamente 60 mil usuários. O pacote colocado à venda inclui ainda um hospital, uma clínica oncológica e três unidades de atendimento e exames. A operação é avaliada em R$ 1 bilhão. Assim como a Prevent Senior, a Leve Saúde é especializada em planos de saúde para a terceira idade. Com a eventual aquisição, dobraria de tamanho, pulando para mais de 120 mil vidas.

#Leve Saúde #Prevent Senior

Negócios

Rede D’Or tenta atravessar o caminho da Dasa e da Amil

25/09/2024
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A onipresente Rede D’Or não desiste. Há informações de que o grupo teria feito uma nova investida sobre a Dasa na tentativa de atravessar a fusão firmada entre esta última e a Amil, de José Seripieri Filho, na área hospitalar. O que se diz no setor é a Rede D’Or estaria disposta a pagar até R$ 1,5 bilhão, ou seja, uma cifra 50% superior à primeira proposta de R$ 1 bilhão. Em contato com o RR, a Dasa afirmou que não recebeu qualquer proposta. Está feito o devido registro. A Rede D’Or, por sua vez, disse que “não comenta especulações de mercado”.

#Dasa #Rede D'Or

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Engie deve ficar com hidrelétricas da EDP

24/09/2024
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A Engie está muito perto de fechar a aquisição das hidrelétricas Santo Antônio e Cachoeira Caldeirão, no Amapá, pertencentes à EDP. O negócio é estimado em aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Os ativos estão sobre o balcão há mais de dois anos. Um pouco antes, em 2021, a EDP já havia negociado outra hidrelétrica, no Espírito Santo, para o fundo britânico Victory Hills.

#EDP #Engie Brasil #hidrelétrica

Negócios

Será mesmo que Benjamin Steinbruch vai realizar esse prejuízo?

18/09/2024
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Caso mantenha a intenção de, enfim, reduzir sua participação na Usiminas até o início de 2025 – conforme informou o Pipeline, do Valor Econômico, no dia 27 de agosto, a CSN realizará um respeitável prejuízo. A título de ilustração: em abril de 2011, quando a empresa de Benjamin Steinbruch montou grande parte da sua posição no capital, a ação da siderúrgica mineira estava cotada ao equivalente a US$ 10,01. Hoje, o papel vale o correspondente a US$ 1,11. Ou seja: a Usiminas perdeu quase 90% do seu valor de mercado em moeda forte.

Mesmo neste ano, a CSN teve momentos muito mais propícios para diminuir sua participação na Usiminas de 12,9% para 5%, conforme determinação do Cade. Em fevereiro, o papel chegou a ser negociado na casa dos R$ 10. Hoje, está parado nos R$ 6. E a probabilidade de um salto até o começo de 2025, o tal deadline da CSN, é ínfima. Resumo da ópera: a não ser que Benjamin Steinbruch tenha alguma carta na manga – o que tratando-se de quem se trata até seria possível -, esse é um caso em que o fígado do empresário tem tudo para fazer mal ao seu próprio bolso. É o preço do fel trocado entre Steinbruch e a Ternium, controladora da Usiminas.

#Benjamin Steinbruch #CSN #Usiminas

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Chuveiros da família Setúbal podem parar nas mãos da Lorenzetti

17/09/2024
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A Lorenzetti é apontada no mercado como forte candidata à aquisição da divisão de torneiras e chuveiros elétricos da Dexco (a antiga Duratex). No fim de agosto, a empresa dos Setúbal soltou um comunicado informando que vai deixar esse segmento de negócios. A decisão dos controladores do Itaú causou certa surpresa no setor. Recentemente, as vendas de chuveiros elétricos da Dexco cresceram.

A ponto da empresa, no balanço do segundo trimestre deste ano, destacar que essa linha de negócios compensou a queda de receita na divisão de painéis de madeira. O fato é que a Lorenzetti, que deve faturar cerca de R$ 2,3 bilhões neste ano, está diante de uma grande oportunidade de ampliar sua liderança no setor. Há ainda um dado curioso: com a compra da divisão de torneiras e chuveiros elétricos da Dexco, a Lorenzetti incorporaria a tradicional marca Corona.

Na década passada, muito se especulou sobre a fusão entre as duas empresas, donas dos brands de maior recall no setor. No entanto, a Corona acabou comprada pelos Setúbal em 2015. Em contato com o RR, a Dexco informou que “tomou a decisão de sair do segmento de chuveiros e torneiras elétricas para priorizar áreas de atuação com mais sinergia com seu posicionamento de mercado”. A companhia diz que “está avaliando direcionamentos para o negócio, com o apoio de assessoria especializada.” A Lorenzetti, por sua vez, não pronunciou.

#Dexco #Lorenzetti

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Eike busca recursos internacionais para adubar projeto da “supercana”

16/09/2024
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O projeto mirabolante da “supercana” de Eike Batista será levado à frente – se for – basicamente com capital estrangeiro. As pretensões são hiperbólicas, como em tudo que Eike faz ou não faz: a promessa é de uma produtividade de álcool muito maior do que a cana de açúcar (“dá para fazer um mega pró-ácool) e de um bagaço capaz de substituir “100% do plástico do mundo”. A questão é que o próprio Mr. Batista acha que seu crédito é maior lá fora do que aqui dentro. Não poderia ser de outra forma. Todos os grandes bancos perderam dinheiro com as estrepolias do empresário com o petróleo.

O Itaú, que ocupou a liderança entre os maiores ludibriados, sofreu praticamente uma surra financeira. Uma parcela dessa disposição de assumir o risco OGX deveu-se à amizade entre Eike e Cândido Bracher Botelho, o “Candinho”, à época já na pole position para comandar a casa bancária dos Setúbal e Vilella. A amizade com “Candinho”, é claro, foi para as calendas. Por ora, Eike rega dois terrenos ao mesmo tempo: a recuperação da sua imagem pessoal e a venda do projeto da “supercana”. Toda a divulgação está sendo feita com alta intensidade nas redes. O empresário já deu dezenas de entrevistas nos últimos dois meses.

Da equipe de Eike participam seus filhos Thor e Olin. Não que eles sejam do ramo, mas colaboram como palpiteiro das operações do pai. O que é o mesmo que nada, pois Eike repete o mesmo discurso em todas as suas aparições. Mr. Batista pode ser considerado estranho, mas é um exímio vendedor. Fica a torcida para que a tal “supercana” dê certo. Os projetos que Eike emplacou, noves fora o mico do petróleo, foram bons para o Brasil.

#Eike Batista #Itaú #OGX

Negócios

Grupo Ultra manda sinais para o Cade

12/09/2024
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O Grupo Ultra, que, em julho, pagou R$ 130 milhões por 49 postos de combustíveis do Pão de Açúcar em São Paulo, começou a separar o joio do trigo. Algumas unidades pouco rentáveis ou deficitárias deverão ser revendidas, caso não apresentem uma recuperação em seus resultados no curto prazo.

Além de limpar ativos menos rentáveis, a operação teria uma serventia tão ou talvez até mais importante: adoçar a boca do Cade, que ainda analisa a aquisição. Além de uma eventual concentração em São Paulo, o Grupo Ultra pisa em outro terreno sensível. A legislação da ANP proíbe que distribuidoras de combustíveis, caso da Ipiranga, controlada pelo grupo, comprem postos.

O que fez o Ultra? Adquiriu as unidades do Pão de Açúcar por meio de outra subsidiária. Há informações de que distribuidores do setor pretendem recorrer ao próprio Cade contra o que consideram um drible entre as pernas da ANP. Procurado, o Grupo Ultra não se manifestou.

#Cade #Grupo Ultra

Negócios

Stone e PagBank juntas? O mercado crava que sim

10/09/2024
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Nos últimos dias, a informação de que Stone e PagBank negociam sua fusão voltou ao mercado com força redobrada. Há até quem diga que já existe um esboço da estrutura de capital da futura empresa. A Stone pertence a um grupo de investidores, com destaque para André Street, fundador e principal acionista da empresa, com 37% dos papéis com poder de voto. O PagBank, por sua vez, é controlado pelo Grupo UOL. Em julho, o Itaú BBA soltou um relatório afirmando que o M&A seria a melhor solução para as duas companhias. Ambas ainda conduzem um negócio respeitável, com receita combinada na casa dos R$ 22 bilhões. Mas as suas “maquininhas” de cartão, que renderam prósperos resultados nos últimos anos, vêm perdendo espaço para outras modalidades de pagamento digital, sobretudo o PIX. Essa erosão tem levado o mercado a olhar para as duas companhias com enorme desconfiança. Na última quinta-feira, o Morgan Stanley soltou um relatório devastador, cortando o preço-alvo da ação da Stone de US$ 16,50 para US$ 7 e do PagBank de US$ 14 para US$ 6,50. Além disso, previu uma queda de 40% a 50% nos preços dos ativos das duas empresas. No caso da Stone, há ainda um ponto particular que acentuou a piora da sua percepção junto aos agentes financeiros. Em março, Street deixou o cargo de chairman da empresa, o que foi interpretado como um sinal de descrédito do próprio criador em relação a sua criatura.

#cartão de crédito #PagBank #Stone

Negócios

Petz e Cobasi: não é hora de soltar os cachorros em cima do Cade

6/09/2024
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O recente recado do empresário Sergio Zimmermann, dono da Petz, para o Cade não caiu muito bem junto à família Nassar, controladora da Cobasi.  Em teleconferência com investidores, na semana passada, ao se referir à fusão entre as duas companhias, Zimmermann disse que “se o Cade entendesse o espírito da união, aprovaria em uma semana”. Entre os Nassar, o receio é que o tiro saia pela culatra.

Ou seja: que a declaração seja interpretada pelos conselheiros do órgão antitruste como um expediente adotado por Zimmermann para constrangê-los e pressioná-los publicamente. Ressalte-se que nenhuma das duas redes de pet shops está em condições de provocar o Cade. Juntas, Petz e Cobasi passarão a ter faturamento de R$ 7 bilhões, ou seja, sete vezes a receita da segunda colocada do mercado, a Petlove, com receita de R$ 1 bilhão. Para não falar da concentração de lojas em grandes capitais, a começar por São Paulo.

#Cade #Petz

Negócios

Alguém aposta que Ronaldo Fenômeno deixaria esse negócio passar? 

22/08/2024
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A “holding” Ronaldo Nazário pode pisar em um novo – e escorregadio – gramado. O ex-atacante tem sido abordado por um grupo de investidores do setor de apostas para tê-lo como sócio de uma plataforma de bets esportivas. Um possível impeditivo seria o fato de Ronaldo ser sócio de um clube de futebol, o Valladolid, da Espanha. Mas fenômeno que é fenômeno tira de letra eventuais conflitos de interesse. O controle do Valladolid – e também da SAF do Cruzeiro, vendida em abril deste ano – não impediu Ronaldo de ser o embaixador da Betfair, uma das maiores casas de apostas do mundo.

#apostas #bets esportivas #Ronaldo Fenômeno

Negócios

Shoulder reserva espaço no closet para novas aquisições

21/08/2024
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Tudo leva a crer que um novo conglomerado de marcas está se formando na área de moda no Brasil. Após a recente incorporação da Oriba, a grife Shoulder já saiu no mercado em busca de novas aquisições. No setor, há informações sobre o interesse da empresa na Amaro, que está em recuperação extrajudicial desde o ano passado, com uma dívida em torno de R$ 250 milhões. Atualmente, a marca tem sete lojas – até o ano passado, eram 20. A Shoulder, controlada pela família Majtlis, faturou no ano passado cerca de R$ 800 milhões, com suas 80 lojas. A eventual aquisição da Amaro elevaria essa cifra para algo próximo de R$ 1,2 bilhão. Procurada, a Shoulder não se manifestou.

#Amaro #Indústria da moda #Shoulder

Negócios

Amazon quer substituir a Paramount na Libertadores

20/08/2024
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A Amazon tem interesse em adquirir os direitos de transmissão para streaming da Libertadores e da Sul-Americana. Hoje, o contrato de exibição dos dois torneios no Brasil e no restante da América do Sul está nas mãos da Paramount. No entanto, a empresa enfrenta uma grave crise financeira nos Estados Unidos e não tem mais interesse em manter o acordo – conforme o RR antecipou. Há informações de que a Amazon já fez consultas à Conmebol e à própria Paramount para assumir o contrato, válido até 2026. Cabe lembrar que sua plataforma, a Amazon Prime, já detém os direitos da Copa do Brasil para streaming.

#Amazon #Conmebol #Paramount

Negócios

Fintech brasileira mira novas aquisições no México

16/08/2024
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Há um bochicho no mercado de venture capital de que a fintech Dock estaria prospectando novas aquisições no México. O alvo seriam startups focadas nas áreas de crédito e pagamentos, o que permitiria aumentar o seu ecossistema de produtos no país. Em 2021, a companhia comprou a mexicana Cacao, desenvolvedora de soluções em processamento de cartões. A Dock é uma instituição financeira do Século XXI nascida da costela de uma instituição financeira do Século XX, a antiga Conductor, processadora de cartões de crédito. A fintech entrou para o clube dos unicórnios em 2022, quando recebeu um aporte de capital de US$ 150 milhões e foi avaliada em US$ 1,5 bilhão.

#México

Negócios

JetSmart quer aterrissar em outras pistas no Brasil

14/08/2024
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A companhia de low cost JetSmart manifestou à Anac o interesse em aumentar o número de voos no Brasil. O que se diz no setor é que a empresa planeja operar em Belo Horizonte e em pelo menos uma capital do Nordeste, com rotas para Argentina e Chile. A JetSmart já oferece voos internacionais em cinco cidades brasileiras – Rio, São Paulo, Florianópolis, Foz de Iguaçu e Curitiba – e quer mais. Nos corredores da Anac, há informações de que a companhia pretende também operar rotas domésticas dentro do país. Seria uma tentativa de revigorar o segmento de low cost no Brasil. Nos voos internos, essa modalidade foi para o espaço. Nas rotas internacionais, existem ainda outras empresas que operam no Brasil – Arajet, Flybondi e Sky Airline. Antes da pandemia, havia também a norueguesa Norwegian e a alemã Condor. A JetSmart tem por trás o fundo norte-americano Indigo Partner, controlador de outras três companhias aéreas – Frontier Airlines dos Estados Unidos, Volaris, do México, e Wizz Air, da Hungria

#Anac #JetSmart

Negócios

Kinea se associa ao Grupo SEB já pensando na próxima lição

9/08/2024
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O recente aporte de R$ 415 milhões da Kinea no Grupo SEB, de Chaim Zaher, teria “segundas intenções”. No mercado, é voz corrente que a gestora de private equity do Itaú olha mais à frente, já vislumbrando a possibilidade de uma associação da SEB com o Grupo A, do qual também é acionista. A fusão daria origem a um negócio mais amplo, com um pé na educação básica e outro na produção de conteúdo pedagógico. A conferir.

#Kinea #SEB

Negócios

CPP Investments pode desaguar na BRK Ambiental

7/08/2024
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Corre feito água no mercado de saneamento a informação de que a CPP Investments é candidata à compra de uma participação na BRK Ambiental. O interesse dos canadenses tem provocado um certo frisson no setor. Aonde a CPP Investments vai, a Votorantim costuma ir junto. E vice-versa. Assim tem sido nos últimos anos, vide a sociedade entre os canadenses e os Ermírio de Moraes em duas empresas de energia, a Auren e a Floen. Há cerca de três meses, bancos advisers engajados pela BRK Ambiental têm buscado investidores dispostos a comprar ativos da empresa ou, sobretudo, entrar no seu capital. Não é de hoje que a Brookfield, acionista controlador, com 70%, se movimenta no mercado para vender uma parte ou mesmo toda a sua participação na BRK.

#BRK Ambiental #CPP Investments #saneamento

Negócios

A nova tabelinha entre os Ermírio de Moraes e a CPPIB

5/08/2024
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No entorno dos Ermírio de Moraes, surge a informação de que a Votorantim e a CPPIB conversam sobre a possibilidade de investimentos conjuntos em ativos florestais e projetos de economia sustentável. Ressalte-se que o grupo já tem uma empresa voltada para essa área, a Reservas Votorantim. Quando os Ermírio de Moraes e a CPPIB se juntam, sai de baixo: é só para grandes projetos. Ambos já são sócios em duas empresas de energia, a Auren e a Floen, esta dedicada apenas à geração renovável.

#CPPIB #Ermírio de Moraes #investimentos

Negócios

Colombiana Volcanic prepara novas aquisições no Brasil

31/07/2024
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A colombiana Volcanic, fabricante de medicamentos à base de cannabis, tem cerca de R$ 80 milhões no gatilho para novas aquisições no Brasil. Recentemente, a empresa comprou a Elleven Health Care, startup especializada na distribuição de canabidióis e congêneres. Os recursos reservados para futuros deals fazem parte do plano de investimentos da Volcanic para o Brasil, que prevê o desembolso de R$ 150 milhões até 2026. No setor, no entanto, é dado como certo que esse valor vai subir. A empresa está prestes a fazer uma nova rodada de capitalização na Colômbia.

#Cannabis #medicamentos #Startup

Negócios

Embraer negocia um pacotão aéreo com o Uruguai

24/07/2024
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Além da já anunciada venda de seis Super Tucano A-29, há informações de que a Embraer engatou outra negociação com a Força Aérea do Uruguai. Desta vez, as tratativas envolvem a possível encomenda de dois cargueiros militares C-390 Millennium. Os dois Hércules C-130 da Aeronáutica do Uruguai estão fora de circulação. O C-390 é visto dentro da própria Embraer como uma de suas aeronaves comercialmente mais promissoras na área de Defesa. A empresa já entregou nove cargueiros, seis deles para a Força Aérea Brasil, e contabiliza aproximadamente US$ 2,6 bilhões em pedidos firmes. Procurada, a Embraer não se pronunciou.

Negócios

Vetorial e Siderúrgica de Mutún trocam figurinhas na fronteira entre Brasil e Bolívia

18/07/2024
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Vetorial e Siderúrgica de Mutún trocam figurinhas na fronteira entre Brasil e Bolívia. A Vetorial Siderurgia, uma das maiores produtoras independentes de ferro-gusa à base de carvão vegetal no Brasil, estaria mantendo tratativas para uma parceria com a boliviana Empresa Siderúrgica de Mutún. Segundo uma fonte próxima à empresa, o acordo contemplaria o fornecimento de gusa para a produção de aço. A proximidade geográfica ajuda. A Vetorial tem unidades nas cidades de Ribas do Rio Pardo, Corumbá, Água Clara, Sonora e Dois Irmãos do Buriti, todas no Mato Grosso do Sul. Por sua vez,  Mutún está construindo um complexo industrial – com inauguração prevista para este ano – em Puerto Suárez, a apenas 20 quilômetros da fronteira com o Brasil. A entrega de ferro gusa, no entanto, seria apenas um aquecimento. Há informações de que as duas empresas teriam planos de estender a parceria para a produção conjunta de minério de ferro.

Há quase duas décadas, o Brasil teve um pé em um projeto similar, por meio do então dono da sétima maior fortuna do mundo – ele mesmo: Eike Batista. A MMX chegou a iniciar a construção de uma siderúrgica na região, próxima à cidade de Puerto Quijarro. A usina usaria o minério da jazida de Mutún. No entanto, esse foi um dos tantos megaprojetos de Eike que viraram poeira. À época, por volta de 2006, o governo de Evo Morales suspendeu a licença para a empresa de Eike.

A Vetorial Siderurgia tem capacidade instalada para a produção de mais de 500 mil toneladas de ferro gusa por ano. Na década passada, chegou a analisar sua participação em um projeto da ordem de R$ 11 bilhões, que juntaria mineração e logística ferroviária. O investimento não saiu do papel. Seu controlador, Gustavo Trindade Correia, é tudo como um empresário influente junto a políticos do Mato Grosso do Sul. E carrega alguns fatos controversos no currículo. Em 2019, foi preso pela Interpol, na Itália, acusado de estelionato e fraude no Paraguai.

#Bolívia #Vetorial

Negócios

Brasil Agro avança sobre os hectares da Elisa Agro

4/07/2024
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Informação que corre feito rastilho de pólvora no agronegócio: a BrasilAgro teria iniciado o processo de due diligence para a compra do controle da Elisa Agro. Cada grão das demonstrações contábeis precisa ser muito bem debulhado. A Elisa Agro está em recuperação judicial desde fevereiro, com um passivo superior a R$ 665 milhões. A crise da empresa tem causado calafrios entre os tomadores de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Praticamente a metade da dívida – R$ 330 milhões – está pendurada nessa modalidade de financiamento. Ainda assim, separando-se o joio do trigo, a Elisa Agro é uma companhia cobiçada no mercado, pela sua carteira com mais de 13 mil hectares em área de plantio, a maior parte em Goiás. A Brasil Agro, por sua vez, é um potentado do setor de propriedades rurais, com mais de 275 mil hectares e uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão no último ciclo, a safra 2022/2023. Procurada, a Brasil Agro não se pronunciou. O RR também tentou contato com a Elisa Agro, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

#BrasilAgro #Elisa Agro

Negócios

Abbraccio também aguça o apetite do Mubadala

28/06/2024
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 Juntando-se um ingrediente aqui e um molho acolá, a informação do momento na área de alimentação é que o Mubadala tem interesse na compra da operação do Abbraccio no Brasil. São, ao todo, 17 restaurantes em sete cidades. A investida do fundo árabe seria parte de um negócio ainda mais calórico, que envolveria também a aquisição do Outback – assim como o Abbraccio controlado pela norte-americana Bloomin´ Brands. O Mubadala, ressalte-se, está raspando o prato na de alimentação no Brasil, com investimentos que já superam os US$ 200 milhões. É dono do Burger King, assumiu a gestão do Starbucks no país e negocia também a incorporação do Subway. Consultado, o Mubadala não se pronunciou.

#Abbraccio #investimentos #Mubadala

Negócios

CVC prepara uma rápida resposta a novo investimento da Decolar

24/06/2024
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A operadora de turismo CVC pretende acelerar o ritmo de expansão da sua rede de lojas físicas. A informação que passa de boca em boca no setor é que a companhia planeja abrir, em média, 250 pontos de venda por ano até 2026. Nessa toada, a empresa saltaria de aproximadamente 1,2 mil para quase duas mil lojas em dois anos e meio, ou seja, praticamente dobrando a estrutura atual.

Há quem garanta já ter ouvido do empresário Guilherme Paulus, fundador da CVC, algo na linha do “Eles vão ver quem manda no mercado”. “Eles”, no caso, seria uma referência à Decolar, que iniciou recentemente a montagem de uma rede comercial física. Olhando-se para os números das duas empresas nesse quesito, a volúpia de Paulus em relação à concorrente pode soar como despropositada.

A Decolar ainda tem muita milha para percorrer: são apenas 12 lojas, com planos de chegar a 30 até dezembro. No entanto, os dois grupos protagonizam uma das disputas mais acirradas e parelhas entre todos os setores empresariais no Brasil. Ambos disputam cada centavo na venda de passagens e pacotes turísticos. No ano passado, a CVC somou R$ 11,1 bilhões em reservas brutas geradas no país. A Decolar, por sua vez, contabilizou R$ 10,5 bilhões.

#CVC #Decolar

Negócios

Quanto vale a Jequiti sem Silvio Santos na TV?

24/06/2024
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A negociação entre o Grupo Silvio Santos e a Cimed para a venda do controle da Jequiti – notícia publicada pelo Valor Econômico no dia 17 de junho – tem um ponto mais complexo, que vem atrasando a assinatura do acordo. Há relatos de que o laboratório farmacêutico de João Adibe Marques condiciona a operação à garantia de um polpudo pacote de inserções publicitárias dos produtos da Jequiti na programação do SBT.

Por ora, no entanto, as partes ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre o número de veiculações e a sua precificação. O SBT é quase que um departamento comercial paralelo da fabricante de cosméticos. Os anúncios na emissora sempre foram o grande canhão de vendas da Jequiti.

Se bem que o armamento perdeu boa parte do seu poder de fogo com a aposentadoria de Silvio Santos das telas. Em 2019, a companhia chegou a faturar mais de R$ 550 milhões. No ano passado, a receita não teria passado de R$ 350 milhões. Além disso, a Jequiti tem operado seguidamente no vermelho. A Cimed vai precisar de muito mais do que um minuto no comercial no programa do Ratinho para recuperar o negócio. Procurados, o laboratório farmacêutico e o Grupo Silvio Santos não se manifestaram até o fechamento desta matéria.

#Grupo Silvio Santos #Jequiti

Negócios

O mais novo e “milagroso” elixir de Eike Batista

19/06/2024
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O empresário Eike Batista vai anunciar nos próximos dias mais um empreendimento capaz de mover montanhas. De acordo com um colaborador, o projeto da vez será um creme regenerador da epiderme, capaz de desaparecer com manchas na pele. Eike está em estado frenético. E quem o conhece bem fica até preocupado. Em menos de um mês, ele anunciou projetos de uma pílula eficientíssima para disfunção erétil, capaz de substituir o Viagra e seus congêneres; um cimento 3.0, que vai revolucionar a indústria cimenteira, fazendo que alguns grandes players do setor não suportem a concorrência; uma pílula de alga marinha “com efeitos fabulosos sobre o organismo humano”; e um creme dental que restaura os dentes, embranquecendo-os bem mais do que a porcelana. Eike afirma que seu portfólio de ideias vale mais de que US$ 100 bilhões – como informou o colunista Lauro Jardim, de O Globo, no último domingo. Uma grana, algo em torno de R$ 536 bilhões,  cifra bem superior aos momentos áureos da OGX. O valor de mercado da companhia atingiu em 15 de novembro de 2010 sua máxima histórica, de R$ 75 bilhões, o equivalente a US$ 43,6 bilhões – na ocasião, o dólar estava cotado a R$ 1,71 (estranha coincidência, no Código Penal,  o artigo Art. 171 configura o numerário da Lei como crime de vantagem ilícita, em prejuízo alheio). Mas, mesmo na hipótese mais otimista do milênio, vai ser difícil Eike voltar ao mercado de capitais. O setor financeiro já está mais do que escolado em relação aos delírios do empresário. Perdeu fortunas. E onde mais Eike arrumaria dinheiro para suas mirabolantes ideias?

#creme regenerador #Eike Batista #empreendimento

Negócios

Os caminhos e descaminhos para o Carlyle sair da Tok & Stok

17/06/2024
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A saída do Carlyle do capital da Tok & Stok já está mais do que anunciada – dita, inclusive, pela fundadora e acionista minoritária da rede varejista, Ghislaine Dubrule, em entrevista ao NeoFeed na última sexta-feira. No entanto, os norte-americanos ainda quebram a cabeça em relação ao melhor modelo para a venda dos seus 60% no negócio. O que se diz no setor é que a preferência do Carlyle seria se desfazer da participação por meio da abertura de capital da Tok & Stok na bolsa.

Mas a combinação entre a situação financeira ainda delicada da empresa e as condições adversas do mercado tornam o IPO uma opção pouco provável para o curto prazo. O Plano B do Carlyle é a venda direta das ações para outro investidor institucional – há informações de que uma grande gestora de recursos brasileira já sondou os norte-americanos. E a possibilidade da própria Ghislaine Dubrule recomprar os 60% e retomar o controle integral? Menos provável ainda. A empresária ficou quase sete anos longe da gestão e voltou recentemente à presidência, em meio à crise financeira da companhia. Quem a conhece de perto diz que o seu projeto é conduzir a Tok & Stok para uma fusão com outro grupo de varejo. Seria uma espécie de refundação da empresa. O RR entrou em contato com o Carlyle, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

#Carlyle #Tok & Stok

Negócios

C&A tem um pepita da área financeira nas mãos

12/06/2024
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Os executivos da C&A no Brasil olham para a C&A Pay e enxergam mais do que uma operadora de cartão de crédito digital. No varejo, a aposta é que, mais dias, menos dias, a multinacional do varejo vai transformar a subsidiária em uma multiplataforma de operações financeiras. Há até quem sussurre que os holandeses já teriam alguns negócios na mira, como a criação de outras soluções de pagamento e a possibilidade de usar a fintech para financiar fornecedores. Por ora, são especulações, mas que fazem todo o sentido. A C&A tem um negócio de razoável calibre na mão: em dois anos e meio, a C&A Pay chegou à marca de 5,5 milhões de contas ativas. Deve bater nos seis milhões até o fim do ano. Procurada pelo RR, a C&A disse que “não comenta rumores ou especulações de mercado e segue intensamente focada no desenvolvimento do seu plano de negócios, conforme apresentando recentemente no C&A Day.”

#C&A

Negócios

Grupo Águia sobrevoa os gramados brasileiros

12/06/2024
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O Grupo Águia, do empresário Vagner Abrahão, ensaia um ataque em bloco no futebol. Além das conversas para a compra da SAF da Portuguesa – conforme antecipou o colunista Lauro Jardim, de O Globo, no dia 21 de abril -, o nome do grupo é citado também em um tradicional clube do interior de São Paulo e em outro, mais tradicional ainda, de Pernambuco. Em ambos os casos, a operação envolveria a aquisição de uma participação no futebol e a gestão dos respectivos estádios. A ver. Abrahão é um personagem influente no ecossistema da bola. Um de seus maiores ativos é a relação de proximidade com a CBF, que atravessa décadas e diferentes gestões na entidade. O Grupo Águia chegou a ser citado pela Justiça norte-americana como o intermediário no pagamento de propinas ao ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que acabou banido do futebol. Ao RR, o Grupo Águia informou que não está em negociações com a Portuguesa. “Fomos apenas consultados por pessoas próximas que estão estudando o assunto e, com nossa experiência na logística do futebol, estamos colaborando com essa análise.”

#CBF

Negócios

GIC busca maior posição no capital da Barzel

12/06/2024
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Informação que circula em um petit comité da área de real estate: o GIC, fundo soberano de Cingapura, vem se movimentando para aumentar sua posição no capital da Barzel Properties. Sob o mesmo teto societário está um seleto grupo de investidores do setor, capitaneado pelo ex-Cyrela Nessim Sarfati. O novo aporte do GIC daria fôlego extra a uma das mais arrojadas gestoras de ativos imobiliários do país. Nos últimos dois anos, a Barzel tem se notabilizado por uma agressiva estratégia de aquisições de imóveis de redes varejistas e administradoras de shopping centers. Vide a compra de um terreno de 128 mil m2 da Multiplan em Ribeirão Preto, anunciada ontem.

#GIC

Negócios

Venda de ônibus elétricos para o Paraguai entra no radar de Marcopolo e BYD

11/06/2024
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Uma valiosa oportunidade de negócio está batendo à porta dos grandes fabricantes de ônibus elétricos no Brasil. A informação no setor é que a Marcopolo e a chinesa BYD vêm mantendo contatos com autoridades do Paraguai. Em jogo, a disputa pela venda de aproximadamente mil veículos ao longo de quatro anos, que serão destinados à renovação da frota urbana em Assunção e em cidades próximas. O governo do país vizinho já sinalizou que a licitação deve ser realizada ainda neste ano. Uma das hipóteses aventadas é que o contrato seja atrelado à exigência de que a montagem final seja feita no Paraguai. Ressalte-se que o país vizinho tem atraído indústrias internacionais graças a uma agressiva política de incentivos fiscais. Procurada, a BYD não quis se manifestar sobre o assunto. A Marcopolo também não se manifestou.

#BYD #Marcopolo #Ônibus elétricos

Negócios

Há uma fintech em gestão no Itaú e no Magazine Luiza

4/06/2024
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Talvez seja hora de dar um upgrade na LuizaCred. Este é um tema que estaria mobilizando executivos tanto do Magazine Luiza quanto do Itaú, sócios na empresa. A ideia seria a transmutação da tradicional financeira em uma fintech, focada não apenas em crédito, mas em soluções de pagamento. No mercado, há quem veja o aporte de R$ 1 bilhão na LuizaCred, recém-anunciado pelo Magazine Luiza e pelo Itaú, como um movimento sintomático, já pensando no redesenho do negócio. Até porque, no formato atual, a financeira dá para o gasto, mas está longe de ter o desempenho dos sonhos de seus acionistas, sobretudo do Itaú. No ano passado, deu um lucro de R$ 26 milhões.

#Magazine Luiza

Negócios

E assim o Figueiredo vai sumindo dos copos da Nadir

27/05/2024
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Nos corredores da Nadir (antiga Nadir Figueiredo), a leitura é que a recente migração de Patrício Figueiredo da cadeira de CEO para um assento no Conselho de Administração foi apenas um rito de passagem. A norte-americana HIG Capital, controladora da empresa, estaria preparando o terreno para a posterior saída do executivo também do board, um movimento que teria uma forte carga simbólica. Pode ser, pode não ser. Mas a presença de Figueiredo é o último vínculo entra uma das maiores fabricantes de copos e utensílios domésticos da América Latina com a família fundadora – a companhia foi vendida para os norte-americanos em 2019.
Sob certo aspecto, esse desenlace funcionaria como uma mensagem ao mercado de uma virada de chave para valer na gestão da Nadir, visando o futuro IPO – a HIG já manifestou a intenção de abrir, ou melhor, reabrir o capital da empresa, fechado em 2020. A própria saída de Patrício Figueiredo do cargo de CEO é uma sinalização nessa direção. Pela primeira vez em 112 anos de história, a presidência passou às mãos de um forasteiro, ou seja, de um executivo de fora do clã – no caso, Denis Peres. Ao que tudo indica, trata-se de um lento fade out. O sobrenome Figueiredo já foi suprimido da mais do que centenária marca da empresa. O último passo seria desaparecer da administração.

#Nadir

Negócios

Serasa Experian tem concorrentes na corrida pela ClearSale

21/05/2024
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A ClearSale, uma das maiores desenvolvedoras de softwares contra fraudes digitais e de score de crédito do Brasil, virou o grande objeto de cobiça do setor. O bochicho no mercado é que, além da Serasa Experian, haveria outros dois interessados na aquisição do controle. O nome mais soprado é o da Boa Vista, que detém aproximadamente 15% do segmento de análise de crédito no país. Ainda assim, mesmo com a concorrência, a Serasa Experian está na frente nessa corrida, já tendo, inclusive, concluído o processo de due diligence na ClearSale, conforme informou o Brazil Journal no último dia 5 de abril. Controlada pelo sócio fundador Pedro Chiamulera, a empresa tem ainda como acionista a Innova Capital, que, por sua vez, reúne investidores como Jorge Paulo Lemann e Verônica Serra, filha de José Serra.

#ClearSale #Serasa Experian

Negócios

Pettra adota remédios preventivos na compra do Natulab

21/05/2024
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Entre outros indicadores de performance, o valor final de venda do laboratório farmacêutico Natulab para o fundo Pettra, do ex-presidente da Bombril, Ronnie Motta, estaria indexado à saúde contábil da empresa. Nada a ver com o controlador anterior, o Pátria Investimentos. Muito pelo contrário. O Pátria foi vítima da fraude contábil realizada por executivos e funcionários do Natulab e descoberta apenas em 2020 – conforme informou o Pipeline do Valor. Seguro morreu de velho. O que se diz no mercado é que a Pettra teria exigido uma série de cláusulas que a protegem de algum eventual impacto ainda decorrente das irregularidades desvendadas pelo Pátria há quatro anos. Há informações de que a blindagem incluiria até mesmo a possibilidade de cancelamento da aquisição. Procurada, a Natulab não se pronunciou.

#Natulab

Negócios

Startup de planos de saúde entra na mira das famílias Salomão e Zoppi

15/05/2024
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Há um forte bochicho de que as famílias Salomão e Zoppi, sobrenomes tradicionais do setor de saúde, estão rondando uma healtech da área de medicina de grupo, com aproximadamente 18 mil vidas e faturamento próximo dos R$ 30 milhões. O aporte seria feito pelo Black River, novo nome do Green Rock, o family office em dose dupla que administra os recursos dos dois clãs. O que não falta é bala na agulha. A gestora está captando cerca de R$ 200 milhões para um novo fundo. Além disso, as duas famílias ainda têm na “poupança” os R$ 600 milhões obtidos com a venda do laboratório de análises clínicas Salomão Zoppi para a Dasa, em 2017.

#Black River #Green Rock #Zoppi

Negócios

As “agruras” de Alexandre Grendene no Uruguai

14/05/2024
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O empresário Alexandre Grendene enfrenta obstáculos para levar adiante a construção de um empreendimento imobiliário no balneário de Maldonado, no Uruguai, em parceria com o investidor argentino Sergio Groskoppf. As autoridades locais teriam barrado o início das obras. Além dos protestos de outros milionários locais, sob a alegação de que o projeto avança indevidamente sobre áreas próximas, há denúncias de supostas irregularidades ambientais, com impacto sobre pantanais no entorno do riacho El Potrero.

Grendene parece ter um afeto especial pelo Uruguai. É dono de uma mansão no bairro Beverly Hills, em Punta del Leste. Historicamente, o empresário tem por hábito emplacar e desfilar com alguns dos seus veículos de luxo na cidade. Em suma: é um dos lugares preferidos de Grendene para recobrar as energias e se blindar de dissabores na sua rotina corporativa. Como, por exemplo, a crise de imagem que a sua fabricante de calçados teve na semana passada. A Grendene sugeriu aos funcionários que doassem as próprias cestas básicas – distribuídas pela companhia aos colaboradores – para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. No fim das contas, a empresa, um gigante do setor de calçados, com faturamento de R$ 2,4 bilhões no ano passado, acabou ficando com a pecha de ser solidária usando o bolso alheio.

O RR buscou o posicionamento de Alexandre Grendene, mas a assessoria da Grendene, companhia da qual ele é dono, disse que “não responde sobre assuntos pessoais”.

#Grendene

Negócios

Quem disse que não há conexão entre Elon Musk e o governo Lula?

10/05/2024
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A licitação do Ministério da Defesa para a contratação de internet por satélite de baixa órbita na Região Amazônica tem tudo para seguir a velha máxima “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Mesmo com todas as rusgas ideológicas, a Starlink, de Elon Musk, é apontada como forte candidata a assumir a prestação dos serviços, seja de forma direta, seja por meio de representantes homologados no Brasil. Do ponto de vista tecnológico, a companhia detém o sistema que mais se adequa às necessidades do Comando Militar da Amazônia, em última linha, a quem caberá a contratação. O valor é baixo, estimado em torno de R$ 5 milhões. Se a Starlink ficar com o serviço, valerá pelo peso simbólico: de um lado, a prova de que Musk não rasga dinheiro, nem que seja pouquinho; do outro, a mensagem de que o governo não caiu na armadilha de uma guerra de nervos com o “aliado” de Jair Bolsonaro.

#Elon Musk #Lula

Negócios

Novonor é um quebra-molas na renegociação dos acordos da Lava Jato

7/05/2024
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A Novonor tem sido o osso mais duro de roer entre as empreiteiras que renegociam com a própria CGU e a AGU os termos dos acordos de leniência fechados no âmbito da Lava Jato. De todas as oito construtoras sentadas à mesa, a antiga Odebrecht seria a menos flexível e a que mais insiste na tese de que foi coagida pelo Ministério Público Federal a aceitar as condições impostas pela força-tarefa de Curitiba. A Novonor já teria sinalizado que manterá o recurso apresentado ao STF para que a decisão do ministro Dias Toffoli, suspendendo o pagamento das multas ao MPF, seja aplicada também aos acordos com a CGU. Ao RR, a companhia disse que “não comenta o assunto”. O fato é que, nesse ritmo, vão ser necessários mais do que os 60 dias adicionais concedidos pelo ministro André Mendonça para a repactuação entre as oito empreiteiras e os órgãos de controle da União.*****3-6////////////////////////////////———–

#Lava Jato #Novonor

Negócios

Assaí coloca na gôndola um novo pacote de lojas

6/05/2024
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É o que se diz, é o que se fala, é o que se comenta. A Assaí estaria focada em fazer caixa com a desmobilização de ativos imobiliários. A rede varejista estaria preparando a venda de um novo lote de lojas, notadamente em São Paulo, o metro quadrado mais caro do Brasil. No setor, o fundo TRXF 11 é apontado como principal candidato ao negócio. Ambos já se conhecem de outros carnavais. Em 2021, quando o Assaí ainda estava societariamente ligado ao Grupo Pão de Açúcar, o fundo de tijolo da TRX Investimentos comprou cinco lojas do Assaí. Some-se a isso o fato de que o TRFX 11 está capitalizado até o teto: na semana passada, fechou sua 10ª captação, levantando R$ 509 milhões. Procurado, o Assaí disse que “não comenta boatos”.

#Assaí

Negócios

Telhanorte e C&C mostram como esse mundo é pequeno

2/05/2024
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A Legion Holdings é apontada no setor como candidata à compra da Telhanorte – do Grupo Saint Gobain -, uma gigante do varejo de material de construção com faturamento acima dos R$ 10 bilhões. Trata-se da gestora do investidor Fabio Carvalho, dono da Editora Abril. Se a investida se confirmar, será curioso. A principal concorrente da Telhanorte, a C&C, foi vendida pelas herdeiras do banqueiro Aloysio Faria para a Arcos Gestão e Investimento (AGI). Que vem a ser comandada por André Peixoto, Leonardo Macedo e Wallace Henriques, todos ex-executivos da própria Legion Holdings. De fato, curioso. Procurada, a Saint Gobain informou que “não comenta especulações de mercado”. O RR também fez contato com a Legion Holdings, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

#C&C #Telhanorte

Negócios

Total quer soprar mais forte na Casa dos Ventos

30/04/2024
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A francesa TotalEnergies está disposta a aumentar sua participação na joint venture com a Casa dos Ventos, do empresário Mario Araripe. Atualmente, os franceses detêm 34% do negócio, pelo qual pagaram R$ 4,2 bilhões entre aportes e dívidas assumidas. Uma divisão meio a meio seria um desenho mais compatível com os aportes que a Total pretende fazer no negócio. Procurada, a companhia francesa não se manifestou.

#Casa dos Ventos #Energia renovável #TotalEnergies

Negócios

Após “sumiço” calculado, Cruzeiro do Sul volta à carga sobre a Universidade São Judas

29/04/2024
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A Cruzeiro do Sul Educacional está de volta à mesa de negociações para a compra da Universidade São Judas, colocada à venda pela Ânima Educação. Após uma primeira rodada de conversações, ainda no ano passado, e um recuo aparentemente estratégico, a companhia ressurge apostando em um certo desgaste ou cansaço da Ânima. Até o momento ninguém chegou perto do valor fixado pelo grupo, em torno de R$ 1,2 bilhão.

A Yduqs teria feito uma oferta, mas bem inferior. O maior atrativo da São Judas é o curso de medicina, de mensalidades (entre R$ 10 mil e R$ 15 mil) e consequentemente margens de lucro bem acima das demais graduações. Procurada, a Cruzeiro do Sul não quis comentar o assunto. Por sua vez, a Ânima disse que “nega qualquer especulação ou movimentação de mercado que envolva suas Instituições de Ensino Superior.”

O curioso é que, ao mesmo tempo, a empresa “reitera todos os termos sobre o assunto já publicado em Fato Relevante, divulgado em 22 de novembro de 2023”. E o que a empresa diz no Fato Relevante? A Ânima confirma “ter recebido propostas não vinculantes para aquisição da Universidade São Judas, de investidores estratégicos e financeiros”. Informa ainda que “não há nenhuma decisão acerca do interesse em relação às referidas propostas, nem tampouco qualquer certeza de que alguma decisão será adotada nesse sentido.”

#Anima Educação #Universidade São Judas #Yduqs

Negócios

Exa Capital procura reforços para Liga Forte Futebol

19/04/2024
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A Exa Capital, do ex-partner da XP Pedro Mesquita, estaria trocando passes com fundos internacionais em busca de novos investidores para a Liga Forte Futebol (LFF). A gestora detém participação societária no negócio, ao lado da Life Capital Partners, General Atlantic e da própria XP. A LFF sofreu um desfalque na sua estrutura de capital com a saída do fundo Serengeti. A Liga Forte disputa um “Fla-Flu” com a Libra. No momento, está prestes a tirar quatro agremiações paulistas da concorrente – Mirassol, Ituano, Ponte Preta e Novorizontino. Ainda assim, a Libra está bem na frente no placar. Conta com o apoio do Mubadala e já fechou a venda dos direitos de transmissão de seus clubes para o Campeonato Brasileiro de 2025 a 2029.

#Exa Capital #Liga Forte Futebol #XP

Negócios

Águas da Prata entra na lista do desmanche do Grupo Alfa

19/04/2024
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Após a venda da joia da coroa, o Banco Alfa, e da rede de material de construção C&C, o desmonte do império empresarial de Aloysio Faria avança por ativos de menor quilate. Segundo o RR apurou, as herdeiras do mítico banqueiro buscam um comprador para a Águas Prata. O Grupo Edson Queiroz, líder do mercado de águas minerais, com marcas Minalba, São Lourenco e Indaiá, entre outras, já demonstrou interesse pelo negócio. Procurados, Alfa e Edson Queiroz não se manifestaram. A desmobilização não está restrita à água mineral. As cinco filhas de Faria também colocaram à venda a sorveteria La Basque, conforme o jornal Valor Econômico informou no dia 21 de março.

Negócios

Vinci Partners usa Compass como ponte para novos mercados

18/04/2024
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Além de se tornar a maior gestora de recursos independente do Brasil, com US$ 50 bilhões sob administração, a Vinci Partners vai usar a incorporação da nova-iorquina Compass como trampolim de sua presença internacional. Os planos da casa de investimentos de Gilberto Sayão, segundo informações apuradas pelo RR, passam pela abertura de representações na Europa e no Oriente Médio. Para não falar dos sete escritórios da América Latina e da unidade em Londres herdados com o M&A.

#Vinci Partners

Negócios

Highline entra na disputa pelas torres de telefonia da IHS

16/04/2024
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A Highline desponta como candidata à compra dos ativos da IHS Towers no Brasil. O pacote da empresa de origem nigeriana engloba cerca de duas mil torres de telecomunicações, avaliadas em aproximadamente R$ 2 bilhões. Controlada pelo fundo norte-americano Digital Bridge, a Highline já é dona de uma das maiores estruturas de telefonia do país. Em 2022, a companhia adquiriu em leilão mais de oito mil torres da Oi, em um negócio de R$ 1,7 bilhão. Procurada pelo RR, a Highline disse que não comenta o assunto. A IHS não se pronunciou.

#Highline #IHS Towers #Telefonia

Negócios

Embraer negocia venda de cargueiro militar para o Uruguai

11/04/2024
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Próxima parada da Embraer: Uruguai. O RR teve informações de que as tratativas para a venda de duas aeronaves KC-390 à Força Aérea uruguaia (FAU) estão bem avançadas. Os cargueiros militares substituirão os dois Hercules C-130H da FAU que estão parados – ambos foram fabricados na década 80.

#Embraer

Negócios

Seja na Americanas, seja na Kraft, as palavras de Lemann são escritas a lápis

10/04/2024
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Na semana passada, durante conferência no Harvard Science Center, Jorge Paulo Lemann fez uma rara e asséptica referência à Americanas: sem citar nominalmente a rede varejista, mencionou “uma crise em uma de nossas empresas”. Falou ainda que “temos de lidar com isso” para salvar a companhia e seus 30 mil empregados. Mas o que Lemann diz não se escreve, segundo a experiência pregressa do empresário. Há poucos indicativos de equacionamento da grave situação da Americanas, a começar por questões de ordem conjuntural. O varejo brasileiro enfrenta um período de provação, com recuperações judiciais, alto endividamento e uma devastação de pontos de venda sem precedentes. Desde 2023, gigantes do setor já fecharam cerca de 750 lojas. Ou seja: qualquer saída idealizada por Lemann e seus sócios, Beto Sicupira e Marcel Telles, que passe pela fusão ou venda da Americanas enfrentará uma conjunção adversa. Mas digamos que o mítico empresário consiga fazer mais uma de suas magias. Antes de qualquer M&A, ele teria de realizar uma brutal reestruturação da companhia, vendendo – ou fechando – um caminhão de lojas e cortando um percentual razoável do contingente de colaboradores. Só para efeito de comparação: as 750 lojas desativadas desde 2023 levaram de arrasto 35 mil postos de trabalho. Ou seja, uma Americanas inteira e mais uns quebrados, acima, portanto, da força de trabalho que Lemann promete “salvar”.

Além da hecatombe setorial, a própria condução da crise da Americanas alimenta dúvidas sobre o seu soerguimento. Por mais que Lemann faça discursos vãos de que vai “salvar” a empresa, até agora não há qualquer plano, simulação ou esboço que seja de solução para a rede varejista. Até o momento, por exemplo, a capitalização anunciada por Lemann ainda permanece no terreno das promessas. O empresário tem feito muitas. A Americanas se tornou um mico no mercado. Se Lemann quisesse realmente resolver o problema social de seus funcionários e evitar um “empregocídio” na rede varejista, bastaria ele recorrer a um pequeno pedaço da sua fortuna, estimada em US$ 16 bilhões.

Tudo bem que Jorge Paulo Lemann e seus sócios têm ativos de sobra para vender e capitalizar a Americanas. Isso não é problema. A questão é se o empresário está mesmo disposto a se desfazer de alguns de seus valiosos anéis e a forma como isso será feito. A queima de estoques até começou, mas de forma estranha. Ontem veio à tona a informação de que Lemann, Sicupira e Telles se desfizeram da sua participação na Kraft Heinz em dezembro do ano passado, movimento que só agora teve maior transparência. O RR já havia antecipado, com exclusividade, a intenção do trio de vender a multinacional (https://relatorioreservado.com.br/noticias/venda-da-kraft-heinz-entra-no-radar-de-lemann-e-seus-socios/). A saída se consumou da mesma forma que Lemann e seus sócios conduziram a Kraft Heinz nos últimos tempos, cheios de travessuras. Há três anos, mais precisamente em março de 2021, o empresário deixou uma pergunta no ar: por que Lemann decidiu sair abruptamente do Conselho da companhia? As respostas foram surgindo aos estilhaços, pouco a pouco. Apenas seis meses depois, a Kraft Heinz fechou um acordo com a SEC e pagou uma multa de US$ 62 milhões para encerrar uma investigação de fraude contábil – como se vê, o tal “risco sacado” da Americanas tem seus congêneres e equivalentes no ecossistema de empresas de Lemann, Sicupira e Telles. Agora, o ato final, com a saída dos três investidores do capital da companhia. O episódio da Americanas está longe do desfecho e, sabe-se lá, pode incluir outros atores e ativos que, no momento, ainda se encontram submersos.

#Lemann

Negócios

Ibaneis Rocha tem um time de coração. E o BRB também

5/04/2024
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O acordo entre o BRB e o Flamengo anunciado nesta semana seria apenas o primeiro tempo da partida. O presidente do banco estatal de Brasília, Paulo Henrique Bezerra Costa, já manifestou a Rodolfo Landim o interesse de fechar o naming & rights do estádio que o clube carioca pretende construir. Na verdade, Costa dubla o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. A longeva e bem remunerada parceria entre o BRB e o Flamengo está mais para um projeto político de Rocha do que exatamente para uma estratégia de marketing delineada pelo banco. O próprio contrato divulgado há três dias chama a atenção por termos poucos usuais, notadamente em relação ao “banco” Nação BRB Fla, plataforma de venda de produtos financeiros voltada à torcida rubro-negra. A vigência do acordo é de 20 anos. Ou seja: pelos próximos quatro governos do DF, o banco estatal estará amarrado ao clube carioca. O Flamengo receberá ainda 45% dos lucros. E se der o negócio der prejuízo? Para o clube, tanto faz. 100% das perdas desaguarão no balanço do BRB. E perdas é o que a parceria mais tem produzido. No ano passado, o Nação BRB Fla chegou a acumular uma inadimplência de quase R$ 450 milhões, ou 25% da carteira de crédito. Nessa, o Acordo de Basiléia foi chutado para escanteio. Bem, imagina-se que o contrato tenha sido visto, revisto e re-revisto pelo compliance do BRB.

#BRB #Flamengo #Parceria

Negócios

Embraer tem mais uma disputa marcada com Bombardier e Boeing

4/04/2024
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A Embraer abriu conversações com a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). A companhia africana teria interesse na aquisição de aeronaves modelo E2, que comporta até 144 passageiros. A MEX (Moçambique Express), subsidiária do grupo, já opera três aviões Embraer 145. Controlada pelo governo de Moçambique, a LAM está no meio de uma reestruturação conduzida pela sul-africana Fly Modern Ark. O que aumenta a probabilidade de uma acirrada disputa entre a Embraer e suas arqui-concorrentes Bombardier e Boeing. A Fly Modern é revendedora de aeronaves das duas multinacionais. Consultada, a Embraer não quis comentar.

#Embraer

Negócios

Mitsui quer exercer opção de compra de distribuidoras da Commit

2/04/2024
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O RR apurou que a Mitsui pretende exercer o direito de preferência sobre a participação da Commit (ex-Gaspetro) sobre cinco distribuidoras de gás do Nordeste – Algás (AL), Cegás (CE), Copergás (PE), Potigás (RN) e Sergas (SE). O grupo japonês tem buscado pareceres jurídicos para dar respaldo à operação. Paralelamente, discute com a Compass, leia-se Cosan, a precificação dos ativos. Trata-se de uma negociação delicada, que tem de ser conduzida com razoável dose de cuidado. O caso é polêmico, com elevado risco de judicialização. A Commit pertence à Compass (51%) e à própria Mitsui (49%). Em 2021, ao fechar a compra da participação da Petrobras na Gaspetro, a Compass/Cosan se comprometeu com o Cade a se desfazer de um pacote de ativos para que a operação fosse aprovada. Sete participações foram vendidas em 2022. Faltam as cinco distribuidoras nordestinas. A Mitsui já está no capital de todas elas e tem a opção de compra das demais ações. Ou “teria”. Outras concessionárias de gás questionam a transferência das empresas para os japoneses por entender que o acordo com o Cade não permite ao grupo exercer o direito de preferência. Na prática, as cinco distribuidoras estariam saindo de uma mão para a outra da Mitsui, pelo fato de o grupo ser acionista da Commit. A maior contestação vem da Infra Gás e Energia. No ano passado, a empresa fechou a compra da participação da Commit na Algás, Cegás, Copergás, Potigás e Sergas. Fechou, mas não levou. Na condição de sócia da Commit, a Mitsui precisa dar seu aval para o negócio, o que até hoje não aconteceu. A Infra já formalizou uma queixa ao Cade. Nos bastidores, insinua que a dobradinha Compass e Mitsui teria montado um teatro e estaria agindo deliberadamente para forçar a transferência das cinco distribuidoras aos japoneses. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Mitsui, mas não obteve retorno.

#Commit #gás #Mitsui

Negócios

Universidade São Judas entra na mira da Vitru Educação

8/03/2024
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A Vitru Educação, que tem entre seus acionistas Votorantim e Temasek, fundo soberano de Cingapura, entrou no páreo pela compra da Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo. A universidade foi colocada à venda pela Ânima Educação e é avaliada em aproximadamente R$ 1 bilhão. Yduqs e Cruzeiro do Sul também estão na disputa. Consultada, a Vitru não quis se manifestar. Já a Ânima adota uma posição um tanto quanto bipolar, que, aliás, vem marcando suas comunicações sobre o tema. A empresa “nega qualquer especulação ou movimentação de mercado que envolva suas Instituições de Ensino Superior”, mas ao mesmo tempo “reitera todos os termos sobre o assunto já publicado em Fato Relevante, divulgado em 22 de novembro de 2023”. E o que diz o Fato Relevante? A Ânima confirma “ter recebido propostas não vinculantes para aquisição da Universidade São Judas, de investidores estratégicos e financeiros” e informa “que não há nenhuma decisão acerca do interesse em relação às referidas propostas, nem tampouco qualquer certeza de que alguma decisão será adotada nesse sentido”.

#Vitru Educação #Yduqs

Negócios

Petros tenta debelar mal-estar após plano de equacionamento

4/03/2024
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O presidente da Petros, Henrique Jäger, tem feito uma peregrinação junto a lideranças dos petroleiros. Tenta aparar as arestas por conta do plano de equacionamento do fundo de pensão, anunciado em dezembro. Para cobrir o déficit, será necessária uma contribuição extra de R$ 1,5 bilhão. Metade desse valor terá de sair do bolso dos funcionários e aposentados da Petrobras.

#Petros

Negócios

Helisul compra participação no Grupo Cataratas

4/03/2024
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A Helisul Transportes Aéreos fechou a compra de uma participação indireta de 10,4% do Grupo Cataratas, maior concessionário de parques nacionais do Brasil. A operação se deu por meio da TH Parques, joint venture entre a empresa de helicópteros (49,9%) e a construtora paranaense Tucumann (50,1%). O investimento é mais um passo na estratégia de diversificação dos negócios da Helisul, que já entrou na operação de drones. Com a aquisição, a companhia aterrissa em um negócio que sempre enxergou do alto: desde os anos 70, a empresa de transporte aéreo faz voos turísticos sobre as Cataratas do Iguaçu.

Entre outros negócios, o Grupo Cataratas administra os parques de Foz do Iguaçu, de Fernando de Noronha e da Floresta Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Seu principal acionista é o fundo norte-americano Advent. Consultada, a Helisul não se pronunciou.

#Grupo Cataratas #Helisul Transportes

Negócios

A nova aposta de Las Vegas no Brasil

20/02/2024
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O executivo salvadorenho Mario Guardado, que representa cassinos de Las Vegas, circulou intensamente pelo Brasil nas últimas semanas. Fez um corpo a corpo junto a parlamentares e visitou cidades do Centro-Oeste interessadas em receber empreendimentos hoteleiros vinculados ao jogo, como Caldas Novas e Pirenópolis, em Goiás. Para quem não está ligando o nome à pessoa, Guardado ganhou certa proeminência em 2020 ao ciceronear uma viagem do senador Flavio Bolsonaro e do então presidente da Embratur, Gilson Machado, a Las Vegas. Na ocasião, o lobista “dedurou” Flavio, ao postar nas redes sociais que o parlamentar estava na cidade para “tratar de assuntos de turismo e cassinos”. No requerimento da missão oficial feito ao Senado não constava o motivo da viagem.

#Cassino #Las Vegas

Negócios

Operação do BTG com o Magazine Luiza mais encobre do que revela

30/01/2024
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Há algo no ar, além das operações financeiras de praxe, no aporte de capital do BTG no Magazine Luiza. Há indícios de que o banco de André Esteves está fazendo um primeiro movimento para assegurar, mais à frente, uma posição acionária relevante ou até mesmo realizar um take over da rede varejista. A percepção de que o BTG está preparando o terreno para um possível bote sobre a empresa é reforçada pela própria engenharia da negociação, no valor total de R$ 1,25 bilhão. De um lado, o banco se comprometeu a fazer um aporte de R$ 250 milhões, que poderá lhe dar até 1,8% da empresa; do outro, garantiu o funding de R$ 1 bilhão para a família Trajano honrar sua parte na capitalização da companhia. Ou seja: se a empresária Luiza Helena Trajano usar integralmente os recursos ofertados pela instituição financeira, na prática todo o dinheiro destinado ao aumento de capital do Magazine Luiza sairá do caixa do BTG.

Para todos os efeitos, o empréstimo tem como contrapartida uma troca de resultados de fluxos futuros. Pode ser. Mas o fato é que o banco sai da operação como um dos principais credores da rede varejista, o que o deixa em uma posição privilegiada para eventualmente uma conversão de debt em equity. Em um cenário mais conservador, não seria difícil o BTG se tornar ao menos o segundo maior acionista individual, atrás apenas de Luiza Helena Trajano, em razão do elevado free float da empresa. O equivalente a 43% do capital está disperso em bolsa.

Não há nada mais antigo no mercado do que a recomendação de que se deve comprar na baixa. É exatamente o caso do Magazine Luiza, assim como do varejo como um todo. Entre julho e setembro do ano passado, a companhia interrompeu uma incômoda sequência de seis trimestres no vermelho, atingindo um lucro de R$ 331,2 milhões. Ainda assim, em um horizonte mais longo, a performance é negativa. No acumulado do ano até setembro, a rede varejista carregava um prejuízo de R$ 269 milhões. Some-se a isso as perdas de R$ 498 milhões registradas em 2022.

Para piorar, o Magazine Luiza protagoniza um episódio rumoroso. No fim do ano passado, a companhia comunicou ter identificado “incorreções em lançamentos contábeis” referentes a 2022 e aos dois primeiros trimestres de 2023. A CVM abriu um processo administrativo para apurar a ressalva feita por auditoria externa no balanço do Magazine Luiza no terceiro trimestre do ano passado. Em um setor já duramente contaminado pela fraude da Americanas, qualquer sinal de “inconsistência” contábil já causa tremores. Não consta que o BTG tenha feito qualquer investigação dos balanços do Magazine Luiza anterior à já aberta pela própria empresa. Mas quem compra sabe o que está comprando.

O BTG não tem exatamente um bom track records no varejo. Sua principal incursão no setor, leia-se Leader Magazine, foi um tiro no pé. Em 2012, o banco de André Esteves fechou a compra de 40% da rede varejista do Rio de Janeiro. Poucos meses depois, aumentou sua participação para 70%. Em 2016, após torrar R$ 1,7 bilhão – incluindo a posterior aquisição de outra rede, a Salfer – o BTG se livrou da Leader pelo valor simbólico de R$ 1. Outra investida fracassada da instituição financeira no varejo foi a rede de drogarias BR Pharma. Verdade seja dita, nenhuma das duas empresas tinha o porte de uma Magazine Luiza. Suas mais de 1.300 lojas e, sobretudo, sua operação de e-commerce, que responde por mais de 70% da receita da companhia, formam uma respeitável operação de varejo, por mais que o setor ande aos trancos e barrancos. Talvez André Esteves esteja diante de uma oportunidade sem precedentes de, enfim, construir um negócio na área de retail à altura de sua bem-sucedida trajetória como banqueiro. Ou, talvez, esteja “encobrindo” algum player que, por uma ou outra circunstância, não pode e não deve aparecer agora. É tudo muito sinuoso.

#BTG #CVM #Luiza Helena Trajano #Magazine Luiza

Negócios

Millei promete um bom Ano Novo para Renner na Argentina

18/01/2024
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A Renner vai reavaliar suas operações na Argentina à luz do novo sistema de importações (Sira) do governo de Javier Millei, que permite maior abertura comercial. No início do ano foi retirado o sistema estatístico de importações (Sedi), que regulamentava e gerava obstáculos às importações no país vizinho. As mudanças geram boas perspectivas pela agilidade que as aprovações de compras poderão ter. A Renner fechou no ano passado (2023) lojas em pontos estratégicos na Argentina devido à falta de estoques de vários de seus produtos, problema provocado por motivos alheios à varejista gaúcha. A empresa desembarcou naquele mercado em 2019, com um investimento inicial de US$ 12 milhões, para abertura de quatro lojas.

#Argentina #Renner #sistema de importações

Negócios

JBS faz um upgrade no Sul e exportações para a China devem crescer

17/01/2024
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Cerca de dois meses depois de comprar o abatedouro de suínos da Cooperativa Languiru, em Westfália, no Rio Grande do Sul, por cerca de R$ 80 milhões, a JBS conseguiu incluir a unidade na inspeção que a Administração Geral de Alfândegas da China começou essa semana a fazer em 28 frigoríficos brasileiros, por 15 dias. O objetivo é habilitar outros fornecedores para exportação de carnes bovina e suína para aquele país.

A unidade gaúcha é operada pela Seara e os investimentos que serão feitos nela, neste semestre, elevarão o abate para 3,4 mil animais por dia, em dois turnos. Hoje, o volume é menos da metade disso. Os chineses vão avaliar outras oito unidades da Seara no Brasil.

#China #Exportações #JBS

Negócios

Construções de luxo atraem investidores estrangeiros para o Brasil

16/01/2024
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Martelo batido: a chilena Crystal Lagoons abrirá uma subsidiária no Brasil. Chega de mãos dadas com a incorporadora argentina Ecipsa. A escolha por São Paulo, para início das operações, não é casualidade. O estado abriga empreendimentos de luxo e a empresa é especializada em implantar lagos artificiais para condomínios, parques públicos, centros comerciais e clubes. Tudo na base de muito requinte. A Crystal decidiu focar o negócio no Chile, naturalmente, e em outros quatro países onde já atua: Estados Unidos, Israel, Paraguai e Argentina. O Brasil é a bola da vez.

#Chile #Construções de luxo #Crystal Lagoons

Negócios

Investidores estrangeiros disputam até a água do mar no Brasil

12/01/2024
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A Acciona Agua SA decidiu participar da Parceria Público-Privada (PPP) que o governo do Espírito Santo vai lançar. A empresa espanhola será candidata ao projeto de dessalinização da água do mar. O objetivo é tornar a água potável para um grupo aproximado de 500 mil moradores da Grande Vitória. O edital está em fase de elaboração pela Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano e sai ainda neste semestre. A ideia do governo capixaba é levar o projeto para outras regiões litorâneas do estado, dependendo dos resultados alcançados na sua primeira experiência de dessalinização desse recurso hídrico. Há quem defenda junto ao governador a ideia inusitada de tornar a PPP com a Acciona Agua em um player para disputar a implementação do projeto em outros estados.

#Acciona Agua #dessalinização #Espírito Santo

Negócios

Starbuck Coffe se prepara para enfrentar uma guerra no Brasil

10/01/2024
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Dona global da operação, a Starbucks Coffee International não pensa em abandonar o Brasil.  Aposta que o mercado de cafeteria tem potencial no país. Os maus resultados aqui teriam sido decorrentes de má gestão. A gigante americana já encaminhou à SouthRock Capital documento rescindindo os direitos da marca em razão da inadimplência do grupo nacional, cujo pedido de recuperação judicial é avaliado pelo TJ de São Paulo, decorrente de dívidas estimadas em R$ 1,8 bilhão. O RR apurou que um dos investidores que estão sendo sondados para tocar a rede de cafeterias por aqui é a Alsea SAB. O operador mexicano está no Brasil conduzindo com sucesso a marca P.F. Chang’s China Bistro. A empresa, que investirá US$ 85 milhões na abertura de novos restaurantes no Brasil em dez anos, administra cafés da Starbucks no México, Colômbia, Chile, Paraguai e Argentina, além de lanchonetes da Burger King (Chile e Argentina) e Domino´s Pizza (México).

A decisão sobre o novo gestor da marca no Brasil está prevista para este mês, com a reabertura do TJ SP. É necessário definir se o juízo que avalia o pedido de recuperação judicial é competente para, também, decidir o litígio do direito empresarial, envolvendo o contrato de exploração da firma, no caso, a conceituada Starbucks.

#Alsea SAB #SouthRock #Starbucks

Negócios

Japan Tabaco corre para reduzir a enorme distância em relação à BAT

9/01/2024
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A exemplo do que ocorreu no início de 2022, a Japan Tobacco International (ex-RJ Reynolds), que controla 10% do mercado mundial de cigarros, dá baforadas à frente da concorrência e, em janeiro, deve ser a primeira fabricante a fechar acordo com entidades representativas dos cultivadores de tabaco, para a compra da produção da safra 2023/2024. O reajuste ficará em torno de 9%. Houve uma primeira rodada de negociação em dezembro, com as partes afinando sobre a variação do custo de produção (5,06%). A JTI comercializa no Brasil as marcas Camel e Winston. No Brasil não é vista nem pelo retrovisor da BAT – ex-Souza Cruz – que é praticamente um monopólio do setor. A BAT, que já tem o mercado dos cigarros convencionais, faz agora o lobby dos cigarros eletrônicos. Estima que em três anos uns 20% dos fumantes terão trocado o tabaco enrolado em papel pelos vaporizadores com múltiplos sabores e odores.

#cigarros #Cigarros Eletrônicos #Japan Tabaco #monopólio

Negócios

Empresa uruguaia chega ao mercado de encomendas no Brasil

4/01/2024
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Correios, FedEx, DHL e congêneres vão ganhar um novo concorrente. O RR apurou que a uruguaia Soydelivery, especializada em logística e entregas expressas, prepara-se para entrar no Brasil. O início das operações está previsto para o primeiro trimestre de 2024. Será o grande passo da Soydelivery em sua estratégia de expansão na América do Sul – até o momento, a companhia já atua no Paraguai e Peru.

#logística #Soydelivery

Negócios

Embraer mira venda de aviões para nova (velha) companhia aérea mexicana

2/01/2024
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A Mexicana de Aviación tem mantido contatos preliminares com a Embraer para a compra de aeronaves. Em São José dos Campos, há a expectativa de que a encomenda seja fechada ao longo do primeiro semestre de 2024. A empresa já utiliza um modelo da Embraer, um ERJ-145 de 50 lugares. Uma das mais antigas empresas aéreas das Américas, fundada em 1921, a Mexicana de Aviación entrou em falência em 2010. No início de 2023, o governo do presidente Manuel Lopez Obrador comprou marcas e ativos operacionais que faziam parte da massa falida e refundou a companhia. A empresa é tão estatal, mas tão estatal que sua operação está a cargo da Fuerza Aérea Mexicana. 

#Embraer

Negócios

Swiss Re ronda resseguradora da Vinci Partner

2/01/2024
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A Swiss Re estaria interessada na compra da Austral, companhia de seguros e resseguros controlada pela Vinci Partners, de Gilberto Sayão. A operação poderia provocar uma importante mudança no quadro de forças do mercado ressegurador. Os suíços pulariam para algo em torno de R$ 1,3 bilhões em prêmios, passando a brigar com a espanhola Mapfre pelo terceiro lugar do ranking. A Austral é uma empresa redondinha. Ainda assim, a Vinci tenta vende-la há mais de três anos, sem sucesso. 

#Swiss Re ronda #Vinci Partners

Destaque

Grupo turco entra no páreo para a compra da InterCement

21/12/2023
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A disputa pela InterCement virou uma Torre de Babel. Segundo o RR apurou, a turca Oyak é a nova candidata à compra do braço cimenteiro da Mover Participações (a velha Camargo Corrêa). Entra em uma disputa multilateral que já reúne as brasileiras Votorantim e CSN, a chinesa Huaxin Cement, a grega Titan e a francesa Vicat.

De acordo com a mesma fonte, o interesse dos turcos envolveria apenas os ativos da companhia no Brasil. Ou seja: a Loma Negra, subsidiária argentina, ficaria de fora do negócio. As duas partes já se conhecem de outros M&As. Em 2018, os turcos pagaram US$ 800 milhões pelas fábricas da InterCement em Portugal e Cabo Verde. A Oyak – ou Ordu Yardımlaşma Kurumu – é um bicho esquisito.

Na origem de tudo está o fundo de pensão dos militares, da Gerdarmaria – a Guarda Nacional -, e da Guarda Costeira da Turquia, com mais de 400 mil beneficiários. Abaixo, vem um dos maiores conglomerados industriais do país, com empresas de mineração, metalurgia, química, energia, alimentos, construtoras e banco. No meio desse emaranhado, está a Okay Cement, maior cimenteira turca, com capacidade instalada de 22 milhões de toneladas/ano – quase o dobro da produção potencial somada de todas as fábricas da InterCement no Brasil (12 milhões de toneladas).

Votorantim e CSN são apontadas no mercado como as mais fortes candidatas à aquisição da InterCement. A companhia de Benjamin Steinbruch, inclusive, contratou o Morgan Stanley para conduzir as tratativas. No entanto, nos dois casos, há um entrave importante nas negociações. O RR teve informações de que tanto CSN quanto Votorantim condicionam suas respectivas propostas à repactuação prévia do endividamento da InterCement.

Nem Steinbruch nem os Ermírio de Moraes querem jogar para dentro dos balanços de suas empresas uma dívida líquida da ordem de R$ 8 bilhões sem um acordo firmado com os credores. Desse valor, cerca de um terço são compromissos em dólar. O banco norte-americano Houlihan Lokey tem auxiliado a InterCement na negociação com os credores.

Um trabalho formiguinha. Recentemente, a companhia conseguiu adiar para maio de 2024 o pagamento de US$ 124 milhões em debêntures que venceriam no último dia 8 de dezembro. Trata-se de menos de 10% do passivo com vencimento em 12 meses. Procurada pelo RR, a InterCement não se manifestou.

#Benjamin Steinbruch #Camargo Corrêa #CSN #InterCement #Morgan Stanley #Mover Participações #Votorantim

Destaque

Arábia Saudita quer aumentar sua participação na Minerva Foods

20/12/2023
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O Salic (Saudi Agricultural and Livestock Investment Company) ensaia um movimento estratégico para consolidar o Brasil como um importante hub de fornecimento de proteína animal para a Arábia Saudita. Segundo o RR apurou, a companhia árabe mantém conversações com a família Queiroz, controladora da Minerva Foods, para um aumento de capital na empresa. O Salic – vinculado ao Public Investment Fund (PIF), que, por sua vez, diretamente ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman – quer ampliar sua participação societária na companhia.

Procurada pelo RR, a Minerva não se pronunciou. Os árabes olham para o presente e o futuro. A curto prazo, o aporte dará ainda mais fôlego financeiro para a Minerva, justo no momento em que a empresa digere a compra de 16 frigoríficos da Marfrig, ao valor total de R$ 7,5 bilhões. De quebra, permitirá à empresa ampliar seus investimentos no exterior, que, de certa forma, são operações satélites do Brasil.

É o caso do Paraguai, onde a Minerva já controla mais de metade dos abates bovinos.

A médio prazo, o aumento da participação do Salic no capital do Minerva Foods pode ter impacto sobre a própria indústria da proteína animal no Brasil. Em julho deste ano, a companhia da família real saudita comprou 10,7% da BRF, em um aporte de capital feito em parceria com a Marfrig, de Marcos Molina. Desde então, há especulações no mercado de que o plano da Salic é costurar, mais à frente, uma megafusão entre Minerva Foods, BRF e a própria Marfrig. Nesse caso, caberia aos árabes e a Molina um pedaço maior do negócio.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Minerva Foods #Salic

Destaque

Inteligência de dados vai ditar a reestruturação da Alpargatas

19/12/2023
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Dados, dados e mais dados! O novo CEO da Alpargatas, Liel Miranda,   pretende transformar a fabricante das Havaianas em uma empresa “data driven”. A inteligência de dados terá um papel fundamental para a correção dos gaps e problemas operacionais que levaram os Moreira Salles, controladores da companhia, a mudar o comando executivo. Os planos de Miranda contemplam um expressivo investimento em IA, big data, algoritmos e chatbots.

O espectro é sortido. Os dados terão um peso determinante para calibrar melhor as projeções de venda, frear as perdas de produtividade nas fábricas, eliminar falhas no sistema de logística e direcionar os gastos com marketing. Uma das prioridades é afinar os modelos preditivos de distribuição, para evitar erros e consequentemente prejuízos como os que ocorreram na operação da empresa na Europa.

Houve um superdimensionamento da demanda, que não se comprovou. Resultado: estoques bem acima dos níveis históricos e duras perdas por conta dos custos de manutenção. A inteligência de dados vai guiar também o redesenho do portfólio da Alpargatas e o ritmo de renovação dos produtos. Procurada pelo RR, a Alpargatas não se manifestou.

Liel Miranda é o homem certo na hora certa para conduzir a transição digital da Alpargatas. O executivo traz no currículo a revolução na Mondelez, de onde saiu para assumir a gestão executiva da empresa dos Moreira Salles. Sob sua gestão, a fabricante de alimentos, chocolates e guloseimas mergulhou em uma jornada digital, com forte ênfase na captura e mineração de dados, notadamente operacionais e de consumo.

Parte expressiva dos mais de 500 mil pontos de venda no país foram conectados. Os 2,5 mil produtores de venda da companhia passaram a alimentar a Mondelez com informações quase em tempo real: do volume de vendas à disponibilidade de produtos nas gôndolas. Guardadas as devidas proporções, a Alpargatas precisa de algo similar.

#Alpargatas #Havaianas #Liel Miranda #Moreira Salles

Negócios

Brasil ganha relevância no mapa-múndi da Riverwood

1/12/2023
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A Riverwood está causando frisson na área de venture capital no Brasil. Corre no mercado que aproximadamente metade do valor amealhado pela gestora norte-americana em sua mais recente captação – no total de US$ 1,8 bilhão – será alocada para aportes em empresas brasileiras.

#Riverwood #Venture capital

Negócios

Mercado Livre e Alpargatas travam disputa milionária por executivo

30/11/2023
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O RR apurou que o Mercado Livre colocou uma montanha de dinheiro e stock options sobre a mesa para segurar o seu CEO no Brasil, Fernando Yunes. O executivo é cobiçado pela Alpargatas, da família Moreira Salles.

#Alpargatas #Mercado Livre

Destaque

Risco Mantega é um pêndulo entre o Planejamento e a Petrobras

29/11/2023
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A ameaça Guido Mantega parece não largar o governo Lula. A proposta inicial era empurrá-lo para a presidência da Vale, “esquecendo” que a empresa não é mais estatal. Agora, surgem duas ideias no governo de arrepiar.

A primeira é incluir Mantega em um troca-troca com Simone Tebet: ela iria para a Pasta da Justiça e Mantega reassumiria o Ministério do Planejamento, cargo que já ocupou no Lula I, entre 2003 e 2004. Na segunda, e perigosíssima alternativa, ele ficaria de regra três para a presidência da Petrobras, como potencial substituto de Jean Paul Prates, que balança mais do que bambu em ventania. Mantega chegaria à estatal com o poder de conduzir o recém-anunciado plano de investimentos da companhia, uma montanha de dinheiro de US$ 102 bilhões a ser desembolsada pelos próximos cinco anos.

A essa altura, a hipótese mais suave é encher a árvore de Natal do ex-ministro de vagas em conselhos de administração, como BNDES, Itaipu, BB etc. O fato é que tanto o PT quanto o próprio Lula parecem se sentir na obrigação de recompensar Mantega pela lealdade nos tempos das águas mais profundas da Lava Jato. O ex-ministro chegou a ser foi preso no hospital quando acompanhava um exame médico da sua esposa e não abriu o bico.

#BNDES #Guido Mantega #Lula #Ministério do Planejamento #Simone Tebet

Negócios

Fora dos gramados, a CBF é só vitória

24/11/2023
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Em conversas reservadas com dirigentes de clubes e federações, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, tem soprado que o faturamento da entidade neste ano será superior ao de 2022 – no ano passado, a receita bateu em R$ 1,2 bilhão. Ou seja: significa dizer que a Confederação terá uma arrecadação superior à registrada em um ano de Copa do Mundo – quando, historicamente, a CBF tem picos de faturamento. Em parte, o salto pode ser explicado pelo fato de que muitas das receitas vinculadas ao Mundial do Catar, realizado em dezembro, só entraram no balanço deste ano. De qualquer forma, será um belo cartão de visitas de Ednaldo em seu primeiro ano de gestão. O que atrapalha é a seleção…

#CBF #Ednaldo Rodrigues #Faturamento

Destaque

Votorantim e Temasek avançam sobre a Cruzeiro do Sul

23/11/2023
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Apenas dois meses após a aquisição de 10% da Vitru, Votorantim e Temasek preparam sua próxima investida na área de educação. Segundo o RR apurou, a 23S Capital – gestora criada pelos Ermírio de Moraes e pelo fundo soberano de Cingapura – está em negociações para a compra de uma participação na Cruzeiro do Sul. O país asiático tem um papel central nas tratativas. De acordo com a mesma fonte, a operação envolveria a aquisição de parte das ações em poder da Archy, veículo de investimento do GIC, o outro fundo soberano de Cingapura e maior acionista individual da Cruzeiro do Sul, com 43% do capital. Ou seja: é como se o governo local estivesse tirando ações de uma mão e passando à outra. É mais um sinal do fortalecimento da parceria com os Ermírio de Moraes, iniciada em agosto de 2022. O movimento sugere que o governo de Cingapura pretende concentrar seus investimentos em educação no Brasil sob o guarda-chuva da 23S. A gestora tem aproximadamente R$ 3 bilhões disponíveis para futuros aportes em empresas brasileiras. Procurados pelo RR, 23S Capital e GIC não se manifestaram.

#Ermírio de Moraes #Temasek #Vitru #Votorantim

Negócios

Indústria brasileira da saúde entra no radar da Otan

13/11/2023
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A Instramed, uma das principais fabricantes de equipamentos médicos do país, fechou a venda de 660 desfibriladores para o Exército da Espanha. A negociação tem uma razoável importância estratégica: o contrato abre caminho para a empresa junto a outros países da OTAN. Para fechar o acordo com as Forças Armadas espanholas, a Instramed passou por um processo de homologação pela organização multilateral. As tensões globais e os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas tendem a alavancar a venda de equipamentos médicos para a área de Defesa. No caso especificamente dos desfibriladores, estima-se que esse mercado movimentará cerca de US$ 1,3 bilhão até 2028.

#Hamas #Instramed #Israel #Otan

Negócios

Starbucks quer assumir imediatamente lojas no Brasil

9/11/2023
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Uma comitiva de executivos da Starbucks dos Estados Unidos é aguardada no Brasil nos próximos dias. A missão é preparar o terreno para que a matriz assuma, ainda que de forma transitória, a gestão das 180 cafeterias no país. A prioridade dos norte-americanos no momento é tirar do caminho da SouthRock Capital – responsável pela operação brasileira -, que entrou com pedido de recuperação judicial. Esta última ainda tenta manter o domínio da marca, mesmo após a Starbucks comunicar a rescisão do contrato de licenciamento. A essa altura, a hipótese de uma longa disputa nos tribunais com a SouthRock é o menor dos problemas. A intenção dos norte-americanos é evitar que a crise financeira da SouthRock contamine a marca Starbucks no Brasil. A empresa acumula dívidas e começou a ser despejada de lojas por falta de pagamento.

#SouthRock Capital #Starbucks

Destaque

Gigante chinesa do e-commerce adota estratégia agressiva para entrar no Brasil

8/11/2023
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A chinesa Temu nem desembarcou no país e já está provocando uma efervescência no mercado brasileiro de e-commerce. O grupo asiático tem feito movimentos agressivos, que mostram o tamanho do seu apetite pelo Brasil, onde deverá iniciar suas operações até janeiro. Há informações de que a Temu vem sondando executivos de empresas do setor, inclusive de outras plataformas chinesas, para montar o seu management team no país.

Ao mesmo tempo, estaria oferecendo vantagens e crédito adiantado a lojas e fornecedores em troca de eventuais contratos de exclusividade para vendas no seu marketplace. A prática provoca controvérsia no varejo online. O iFood, por exemplo, foi obrigado a sacramentar um acordo com o Cade, comprometendo-se a não firmar acordos de exclusividade.

Não há registro de processo similar entre as grandes plataformas multiprodutos no país. Procurada pelo RR, a Temu não se pronunciou até o fechamento desta edição. A Temu é uma espécie de loja de departamentos online: vai de roupas a móveis, passando por eletrônicos e artigos de decoração.

Neste ano, deve faturar mais de US$ 6 bilhões em todo o mundo. A plataforma promete acirrar ainda mais a concorrência no e-commerce brasileiro. O que não falta à Temu é poder de fogo. Seu acionista controlador é o Pinduoduo, conglomerado chinês com ações negociadas na Nasdaq e valor de mercado da ordem de US$ 140 bilhões. 

#e-commerce #Temu

Negócios

Laboratório Teuto sai em busca de novos sócios

7/11/2023
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O RR apurou que os acionistas do laboratório farmacêutico Teuto discutem a venda de parte da empresa. A família Mello trabalha com dois cenários: um IPO em Bolsa ou a negociação direta de uma fatia do capital, notadamente para um fundo de investimento. Ressalte-se que o Teuto já teve um sócio estratégico, a Pfizer, com uma participação de 40%. No entanto, a sociedade foi desfeita em 2017. Consultado, o Teuto informou que “não comenta sobre especulações de mercado.”

#Laboratório farmacêutico Teuto

Destaque

Shein se aproxima passo a passo do capital da Coteminas

3/11/2023
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A Shein está fazendo avanços sucessivos sobre a Coteminas. O empréstimo de R$ 100 milhões – realizado em 2022, mas só revelado na semana passada – e o acordo para a compra da produção de dois mil clientes confeccionistas da companhia seriam apenas preparativos para o movimento principal: a entrada dos chineses no capital do grupo, associando-se ao empresário Josué Gomes da Silva.

Este seria um negócio em linha com a tática que a Shein vem adotando em mercados estratégicos, de comprar marcas fortes de vestuário ou produtos têxteis. Foi assim nos Estados Unidos, com a aquisição da Sparcs (dona da Forever 21, Aéropostale, Reebok e Náutica), e no Reino Unido, com a recém-anunciada incorporação da grife de moda feminina Missguided.

Em contato com o RR, a Shein afirmou que, além do contrato com os confeccionistas, o acordo com a Coteminas prevê “financiamento de capital de trabalho e contrato de exportação de produtos para o lar.” Perguntado especificamente sobre a possibilidade de comprar uma participação na companhia mineira, o grupo chinês não respondeu. A Coteminas, por sua vez, não se pronunciou.

LEIA AINDA HOJE: A influência do CEO da Shein no governo

#Coteminas #Forever 21 #Shein

Negócios

Equatorial busca sócio para seus ativos em geração

1/11/2023
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A Equatorial quer ser um pote até aqui de sócios. Além da procura por um parceiro para a área de transmissão, a empresa pretende vender também parte da sua operação de geração para um investidor internacional. Segundo fonte próxima à empresa, um grande fundo soberano do Oriente Médio já demonstrou interesse pelo negócio. A necessidade de buscar capital cresceu após o arrojado movimento feito pela Equatorial no ano passado, ao comprar a Echoenergia por R$ 7 bilhões.

#Energia #Equatorial #Oriente Médio

Destaque

Banco do Brasil fecha o cerco aos acionistas da 123 Milhas

30/10/2023
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O Banco do Brasil, maior credor da 123 Milhas, está adotando uma postura agressiva no que diz respeito à recuperação judicial da empresa. Segundo o RR apurou, o BB vai pedir à Justiça para entrar como parte interessada na ação movida pelo Ministério Público de Minas Gerais que levou a 15ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte a determinar o bloqueio de R$ 900 milhões em bens dos sócios da companhia. Com esse movimento, o banco estatal fecha o cerco aos irmãos Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira, aumentando a pressão no Judiciário para que o patrimônio pessoal de ambos eventualmente venha a ser utilizado para cobrir o passivo da empresa.  Procurado, o Banco do Brasil disse que não comenta o assunto. O RR também encaminhou uma série de perguntas à 123 Milhas, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria. 

Em outro front, de acordo com a mesma fonte, o Banco do Brasil pretende questionar judicialmente a inclusão da recuperação judicial da Maxmilhas, pertencente aos mesmos investidores, no processo da 123 Milhas. O pedido de unificação, aceito pela Justiça, partiu dos próprios acionistas das duas companhias. Trata-se de um expediente previsto desde 2020, quando da mudança na Lei de Falências (nº 11.101). Na ocasião, a legislação tutelou alguns critérios de jurisprudência nas RJs, entre os quais a possibilidade de consolidação de processos distintos quando existe risco de contaminação entre empresas de um mesmo grupo econômico. Esse instrumento é motivo de polêmica entre os próprios juristas. Há companhias que se aproveitariam desse expediente legal para confundir credores. Em alguns casos, o passivo de uma empresa acaba por afetar o da outra, dificultando o pagamento das dívidas.

A posição do Banco do Brasil traz um grau de tensão adicional ao processo de recuperação judicial da 123 Milhas e Maxmilhas, que somam mais de R$ 2,6 bilhões em dívidas. O banco estatal é, ao mesmo tempo, o maior credor individual da 123 Milhas, com R$ 74,3 milhões a receber, e da Maxmilhas, com créditos de R$ 18,9 milhões.

#123 Milhas #Banco do Brasil #Ministério Público de Minas Gerais

Negócios

Mexicana Oxxo negocia compra de supermercados em São Paulo

27/10/2023
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A mexicana Oxxo teria apresentado uma oferta para comprar as duas lojas remanescentes dos supermercados Madrid, da família Mosquera, em São Paulo. Os ativos são avaliados em aproximadamente R$ 50 milhões. Uma vez sacramentada, será a primeira aquisição da Oxxo no Brasil, o que sugere uma nova etapa nos investimentos do grupo mexicano no país. Até o momento, a empresa tem se notabilizado por uma agressiva estratégia de crescimento pelo greenfield: em três anos, abriu mais de 350 pontos de venda em São Paulo. Quer chegar a 500 lojas até o fim de 2024. Consultados, Oxxo e Madrid não se manifestaram.

#Madrid #Oxxo

Negócios

Casa da Moeda entra na disputa por passaporte da Colômbia

25/10/2023
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O processo de internacionalização da Casa da Moeda avança na América do Sul. Após as sucessivas encomendas para a produção de cédulas de peso argentino, a empresa está cotada para assumir a impressão dos passaportes da Colômbia. Segundo o RR apurou, autoridades colombianas já consultaram informalmente o governo brasileiro, notadamente o Ministério da Fazenda, sobre a disponibilidade da estatal atender à demanda. O que está sobre a mesa é a possibilidade de um contrato da ordem de US$ 140 milhões. Consultada pelo RR, a Casa da Moeda informou que “ainda não houve negociação direta com a Colômbia, mas que está nos planos estratégicos da empresa ampliar a contratação de seus produtos internacionalmente”.

O acordo com a Colômbia atenderia a duas premissas da estratégia do governo Lula para a Casa da Moeda. A primeira delas é ampliar o escopo de serviços da estatal, reduzindo sua dependência em relação à produção de cédulas, um negócio cadente em todo o mundo – conforme o RR já informou. Há também uma preocupação em aumentar as receitas da Casa da Moeda em dólar. A empresa tem um expressivo descasamento cambial. Atualmente, as vendas para o exterior representam menos de 15% do seu faturamento total. Em contrapartida, os custos em moeda estrangeira correspondem a mais de 40% dos gastos com fornecedores.

Em tempo: a contratação da Casa da Moeda do Brasil seria uma solução, digamos assim, neutra e, sob certo aspecto, cleaner para o governo da Colômbia. A licitação para a produção dos novos passaportes tornou-se um escândalo no país vizinho, eivada de suspeições. A concorrência estava marcada para o último dia 13 de setembro, mas as autoridades colombianas decidiram suspender a operação pressionadas por denúncias de irregularidades e favorecimento à “eterna” Thomas Greg & Sons. A companhia é responsável pela impressão dos documentos há 17 anos. Originalmente, diversas outras empresas entraram na disputa, como Thales Colombia, Cadena, Consorcio STC e Veridos México. No entanto, um a um, os demais concorrentes foram se retirando da licitação devido às condições impostas no edital. No fim, apenas um candidato atendia a todas as exigências e se manteve na licitação: a Thomas Greg & Sons. Nada muito diferente de suspeições que pairam sobre o grupo também no Brasil. A Thomas Greg & Sons faz parte de uma lista de sete empresas investigadas pelo Cade por suposta formação de cartel no mercado de impressões gráficas em contratos públicos. Outro caso rumoroso ocorreu no Amazonas. Em janeiro deste ano, o TJ-AM suspendeu uma concorrência vencida pela companhia para a produção de carteiras de identidade. A Corte identificou “indícios de fraude” e “possível dano ao erário” na licitação.

#Casa da Moeda #Colômbia #Ministério da Fazenda

Negócios

Norsk Hydro e Macquarie se unem para produzir energia renovável

24/10/2023
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A Norsk Hydro e a Macquarie Asset Management estão formando uma joint venture na área de transição energética. Segundo informação publicada há pouco pelo Energy Portal, site especializado do Reino Unido, a gestora australiana desembolsou US$ 332 milhões para comprar 49,9% da Hydro Rein. Trata-se do braço de energia renovável da norueguesa Norsk Hydro, gigante global da produção de alumínio. O aporte dará fôlego para os projetos da empresa.

Obs RR: O M&A tem impacto direto no Brasil, um dos países em que a Hydro Rein está presente – ao lado de Dinamarca e Suécia. A empresa tem uma carteira de projetos em geração eólica e solar no país. Por sinal, é possível dizer que a joint venture ganhou corpo justamente a partir do Brasil. Por aqui, Norsk Hydro e a Macquarie já são parceiras desde o ano passado, quando se uniram para construir um complexo híbrido de energia solar e eólica entre Pernambuco e Piauí. Na primeira fase do empreendimento, a dupla está investindo cerca de US$ 700 milhões. É só o começo. 

#Energia renovável #Macquarie Asset Management #Norsk Hydro

Negócios

Preço provoca curto-circuito na venda da Enel Ceará

20/10/2023
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Além do prazo curto até o vencimento da concessão (2028), o valuation emperrou o processo de venda da distribuidora de energia da Enel no Ceará. Os italianos insistem em pedir quase R$ 8 bilhões pelo controle da empresa – 2,3 vezes o valor de mercado da empresa. No entanto, a Equatorial Energia, principal candidata à aquisição, não passa dos R$ 6,5 bilhões, segundo fonte que participa das tratativas. A CPFL, leia-se State Grid, já teria se retirado da disputa.

#CPFL #Enel #Equatorial Energia

Destaque

Lítio entra no mapa da “JBS da transição energética”

11/10/2023
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Os irmãos Batista têm planos de criar a “JBS da transição energética”. O projeto passa pela ampliação das atividades da J&F Investimentos na área de mineração, com a sua entrada na produção de lítio. No grupo, há o entendimento de que este seria um momento propício para aquisições, uma vez que os poucos projetos existentes no Brasil ainda estão em período de maturação.

A tendência é que os ativos fiquem mais caros à medida que entraram em fase operacional. Vide a canadense Sigma Lithium, que nem bem iniciou a extração e já colocou sua subsidiária no Brasil à venda. A intenção da J&F é ter um arco de negócios voltados à produção de energia limpa. Ainda na mineração, seus planos incluem também a extração de níquel, outro insumo para a descarbonização da matriz energética – conforme o RR já informou, o conglomerado dos irmãos Batista teria interesse em disputar concessões no setor. A “JBS da transição energética” englobaria ainda a Âmbar Energia e outras atividades já existentes no grupo, como a produção de bioenergia a partir do metano emitido por suas fábricas e de resíduos orgânicos, como o sebo do boi e o óleo de cozinha. Procurada pelo RR, a J&F não quis se manifestar.

LEIA AINDA HOJE NO RR: OS NOVOS INVESTIMENTOS DA J&F EM LOGÍSTICA. 

#J&F Investimentos #JBS #Lítio

Negócios

Ikea é mais um gigante do varejo sueco de olho no Brasil

11/10/2023
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Além da H&M, do setor de moda, outra grande varejista sueca está rondando o Brasil. Trata-se da Ikea, uma das grandes redes europeias de móveis e artigos de decoração. Representantes da empresa, vindos da Colômbia, estiveram recentemente no país. Conversaram com um grande grupo da área de shopping centers. A entrada no Brasil se daria em um processo mais amplo de investimentos na América Latina. A Ikea abriu recentemente sua primeira loja na Colômbia. Já opera também no Chile e no Peru. Seu interesse pelo país se dá em um período conturbado no varejo de móveis e artigos para o lar. A Tok & Stok vive um momento delicado e precisou de um aporte de R$ 100 milhões do Carlyle. A Camicado, leia-se Renner, desativou 13 lojas neste ano. Antes, a Etna, do empresário Nelson Kaufmann, já havia encerrado suas atividades. A Ikea tem uma operação tentacular, com quase 450 lojas em 50 países. No ano passado, faturou cerca de 42 bilhões de euros.

#H&M #Ikea

Negócios

Morgan Stanley faz jornada dupla na Natura

11/10/2023
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A contratação do Morgan Stanley pela Natura não se restringe à venda da The Body Shop. O banco norte-americano também deverá assessorar a empresa na reestruturação da Avon. Por reestruturação, entenda-se a negociação de ativos ou mesmo o encerramento das atividades em mercados deficitários. A princípio, o que se diz nos corredores da companhia é que a direção da Natura quer manter apenas as operações na América Latina. Uma das ideias discutidas, segundo o RR apurou, é cindir a divisão e empacotar ativos da Avon por região, especialmente Europa e Ásia, em uma tentativa de facilitar a negociação.

#Morgan Stanley #Natura #The Body Shop

Destaque

Vale e CSN se unem para derrubar edital do Porto de Itaguaí

10/10/2023
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Benjamin Steinbruch e a Vale estão do mesmo lado novamente. A causa que os une é a concessão do futuro terminal de minério de ferro do Porto de Itaguaí, o ITG 02. CSN e a Vale prometem jogar duro para brecar o edital de licitação do empreendimento. As regras traçadas pela Antaq restringem a participação de grandes mineradoras na disputa.

Segundo o RR apurou, dirigentes das duas companhias já solicitaram audiências ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para tratar do assunto. O objetivo é assegurar a revogação do edital antes que ele seja submetido e aprovado pelo TCU. Se necessário, Vale e CSN cogitam judicializar o caso, buscando nos tribunais o direito de disputar a concessão do ITG 02. Procuradas pelo RR, as duas empresas não quiseram comentar o assunto.

A premissa da Antaq é aumentar a concorrência e permitir que pequenas e médias produtoras de minério de ferro tenham uma porta de saída para as suas exportações. Por essa razão, o edital prevê que empresas com contratos de arrendamento ou autorização de terminais para minério só poderão participar da licitação caso não haja propostas. Nos bastidores, em conversas travadas na Antaq, CSN e Vale alegam, de forma uníssona, que a trava afronta a livre concorrência e pune as mineradoras com maior capacidade de investimento em infraestrutura.

A regra parece ter sido feita sob encomenda para barrar ou ao menos limitar a entrada da Vale e da CSN na disputa. Além de serem as maiores produtoras de minério do Brasil, as duas companhias são notoriamente as grandes interessadas em arrematar o ITG 02. O Porto de Itaguaí é uma peça estratégica no mosaico logístico de ambas, pela localização de suas minas.

A CSN opera o Tecar, terminal de granéis de Itaguaí, com capacidade para 45 milhões de toneladas/ano – além do Sepetiba Tecon, dedicado à movimentação de contêineres. A Vale, por sua vez, é dona da Cia. Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), terminal por onde exportou quase 17 milhões de toneladas no ano passado. O que está em jogo é justamente a manutenção dessa primazia. A siderúrgica de Benjamin Steinbruch e a mineradora não gostariam de ver um intruso, ou seja, um competidor se intrometendo nessa sesmaria portuária. Literalmente se intrometendo. Os mais de 340 mil metros quadrados do ITG 02 ficam exatamente entre os terminais da CSN e da Vale. Não por acaso, essa parte do Porto é chamada informalmente de “Área do meio”.

#Antaq #Benjamin Steinbruch #CSN #Vale do Rio Doce

Negócios

Galaxy Entertainment joga suas fichas no ministro Celso Sabino

10/10/2023
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A Galaxy Entertainment, de Macau, fez chegar ao ministro do Turismo, Celso Sabino, o interesse em operar no Brasil. Representantes da companhia acenam com um investimento da ordem de US$ 200 milhões para a instalação de um resort e de um cassino no Nordeste. É mais um grande grupo internacional a engrossar o lobby pela liberação do jogo no Brasil.

Além do ex-ministro Ciro Nogueira, que recebe todos os emissários do setor de braços abertos e portas escancaradas, um dos interlocutores do grupo no Congresso seria o senador Irajá (PSD-GO). A Galaxy chegou na hora certa: Sabino é reconhecidamente um defensor da proposta e tem um histórico de votações no Congresso a favor de projetos de lei sobre a abertura de cassinos, jogos eletrônicos e apostas esportivas. O grupo pertence a uma figura lendário do setor na Ásia: o empresário chinês Lui Chee Woo, de 94 anos. Dono de uma fortuna estimada em US$ 20 bilhões, Woo é notório por suas ligações com a cúpula do Partido Comunista Chinês (PCC). É membro do comitê permanente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, vinculada ao PCC. 

#Cassino #Celso Sabino #Galaxy Entertainment

Negócios

Família Moreira Salles adquire participação em grupo francês

9/10/2023
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Os Moreira Salles adquiriram 6% da francesa Elis, um dos grandes grupos de lavanderia indústria da Europa. A operação foi feita pela Brasil Warrant Gestão de Investimentos (BWGI), family office do clã, segundo informou há poucos minutos o site francês de negócios Les Echos (BWGI rachète 6% du capital d’Elis à Crédit Agricole Assurances). Do outro lado do balcão estava o Crédit Agricole Assurances. A Elis tem operações em 29 países, incluindo o Brasil. No ano passado, faturou cerca de US$ 4,1 bilhões. Seu valor de mercado também gira em torno de US$ 4 bilhões – a ação fechou o pregão de hoje com queda de 1,63% na Bolsa de Paris. 

Obs RR: A Elis tem o controle pulverizado. Com isso, os Moreira Salles já chegam com um razoável peso no quadro societário e decisório da companhia. A compra da participação do Crédit Agricole torna a família, já na partida, a segunda maior acionista individual da empresa. À frente, o Canada Pension Plan Investment Board, com 12%. A BWGI administra uma fortuna de R$ 48 bilhões. Além disso, a BWGI colocará dois representantes no board do grupo. Entre outros negócios em carteira, é o veículo de investimento dos Moreira Salles na Havaianas.

#BWGI #Elis #Moreira Salles

Negócios

Paraguaia Paracel inflaciona preço de florestas no Brasil

9/10/2023
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A paraguaia Paracel é o mais novo fator inflacionário no mercado de ativos florestais no Brasil. A empresa está negociando a compra de plantações de eucalipto no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. Busca insumo para a fábrica de celulose em construção na cidade de Concepción, a cerca de 200 quilômetros da divisa com o Brasil. A entrada em operação da unidade, com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas por ano, está prevista para 2027. A investida Paracel do lado de cá da fronteira se dá em um momento em que já existe uma acirrada corrida por ativos florestais no Brasil. De 2019 para cá, o preço médio do eucalipto em pé no Brasil subiu de R$ 40,20 para R$ 115,50 o metro cúbico. Empresas com grandes projetos de expansão no país, como a Suzano, a Klabin e a Arauco, se digladiam pela aquisição de florestas. Têm agora a “companhia” da Paracel.

#Celulose #Paracel #Suzano

Negócios

Brasil atrai mais um gigante global da indústria de games

5/10/2023
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A Winzo, empresa indiana do setor de games, vai investir US$ 25 milhões para a expansão de sua base no Brasil. A informação foi publicada agora há pouco pelo jornal The Economic Times, da Índia (https://economictimes.indiatimes.com/tech/startups/winzo-investing-25-million-to-expand-base-in-brazilian-market-says-cofounder/articleshow/104183712.cms). Os interesses da Winzo no mercado brasileiro abrangem tanto aos 90 milhões de usuários da indústria de games nacional – o quarto maior do mundo. A empresa e outras congêneres do setor de games da Índia têm procurado montar operações em outros mercados como uma rota de fuga ao GST. Trata-se de um Imposto sobre Bens e Serviços com taxas de até 28% instituído pelo governo indiano no último mês de agosto.
Obs RR: O Brasil, aos poucos, começa a entrar no game. O país já é sabidamente um dos maiores consumidores de jogos eletrônicos: a indústria nacional movimenta R$ 13 bilhões por ano, a maior na América Latina. Gradativamente o Brasil tem se destacado também na parte cerebral e mais rentável do negócio: o desenvolvimento de games. No ano passado, a chinesa Tencent, maior criadora de jogos eletrônicos do mundo, desembarcou no país, com a abertura de um escritório e a montagem de uma equipe de criação. Com a chegada de empresas estrangeiras, o Brasil tem se tornado um centro exportador de games. Em 2022, as vendas para o exterior subiram mais de 600%.

#Ampliação dos Investimentos #games #Winzo

Negócios

Pátria Investimentos chacoalha as gôndolas do varejo

5/10/2023
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O Pátria Investimentos desponta como um consolidador do varejo. Além da anunciada compra do Atakarejo, estimada em R$ 650 milhões, a gestora de recursos retomou conversas para a aquisição do Amigão, rede de supermercados do Paraná. Do outro lado da mesa está o Actis. As tratativas passam pela compra da participação de 33% do fundo inglês no capital. Seria uma forma do Pátria colocar o pé no negócio e costurar por dentro a aquisição do controle, pertencente às famílias Nogaroli e Cardoso. Com 46 lojas, o Amigão tem um faturamento na casa dos R$ 3 bilhões. Significa dizer que, ao entrar na empresa, o Pátria passaria a ter na sua carteira duas redes varejistas com receita próxima dos R$ 7 bilhões, somando-se o Atakarejo.

#Actis #Pátria Investimentos

Negócios

GIC deve aumentar participação na Aegea

4/10/2023
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Há conversas entre os acionistas da Aegea Saneamento que poderão levar a uma reconfiguração societária da companhia. O GIC, fundo soberano de Cingapura, já demonstrou interesse em ampliar sua participação na empresa, hoje de 10%. O caminho mais provável para o avanço dos asiáticos seria a compra de parte das ações em poder da Equipav, controladora da Aegea, com 70%.

O aumento da fatia do GIC, um gigante com mais de US$ 800 bilhões em ativos, se daria no momento em que a Aegea tem buscado continuamente recursos no mercado. Ontem, o Conselho da empresa aprovou a emissão de R$ 2,8 bilhões em debêntures não conversíveis. Em agosto, a companhia já havia emitido R$ 5,5 bilhões em debêntures incentivadas. O desafio da Aegea é cumprir seu plano de investimentos. A fatura é elevada: somente nas concessões da antiga Cedae e na gaúcha Corsan, os maiores negócios da empresa, os aportes obrigatórios beiram os R$ 40 bilhões.

#Aegea Saneamento #GIC

Negócios

Argo Energia entra na disputa por concessões da Sterlite

3/10/2023
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A Argo Energia está no páreo para a compra dos ativos em transmissão da indiana Sterlite no Brasil. O que está sobre o balcão é uma carteira com oito concessões em oito estados – quatro delas ainda em fase de desenvolvimento e construção, com investimentos que totalizam cerca de R$ 4 bilhões. A Argo, associação entre a espanhola Redeia e a colombiana Grupo Energia Bogotá, tem mostrado forte apetite pelo Brasil. No ano passado, desembolsou o equivalente a R$ 4,3 bilhões por cinco linhas de transmissão do Brasil Energia FIP, leia-se Brookfield Asset Management. São mais de quatro mil quilômetros em linhas, que geraram, no ano passado, uma receita de R$ 1,1 bilhão. Do lado da Redeia, a eventual aquisição dos ativos Sterlite seria o primeiro grande investimento da gestão de Juan Collado. O executivo assumiu em abril deste ano o comando da empresa no Brasil. 

#Argo Energia

Destaque

Ameaça de take over paira sobre as negociações entre Petz e Cobasi

29/09/2023
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As negociações para o M&A entre a Petz e a Cobasi, as duas maiores redes de pet shops do Brasil, se transformaram em um jogo de cão e gato. Nos bastidores, as tratativas têm sido marcadas por movimentos sinuosos e uma certa dose de tensão. Nas últimas semanas, segundo o RR apurou, as conversas esfriaram pelo lado da Cobasi.

Para todos os efeitos, o motivo seriam divergências em relação à participação societária dos atuais acionistas das duas empresas na futura companhia. A família Nassar, controladora da Cobasi, não abre mão de uma posição majoritária. Por sua vez, o empresário Sergio Zimerman, fundador, CEO e maior investidor individual da Petz, com 27,5%, reluta em ter sua fatia diluída.

No entanto, há outra questão que traz uma voltagem adicional às negociações. Na Petz, o temor é que o recuo da Cobasi não passe de um blefe, uma camuflagem. A preocupação de Zimerman é que a concorrente esteja ganhando tempo para preparar uma oferta hostil pela companhia em bolsa. Há circunstâncias que facilitariam essa investida.

A Petz tem o controle pulverizado em mercado. E seu estatuto não prevê pílula de veneno, o que a deixa em uma posição vulnerável para uma proposta não solicitada – apenas a título ilustrativo, seu valor de mercado hoje é de R$ 2,1 bilhões. Ou seja: no tal jogo de cão e gato, a própria Petz se vê na incômoda posição de possível caça.

Existe ainda um terceiro e importante ator neste enredo: a Kinea Investimentos. O braço de private equity do Itaú Unibanco, dono de 8% da Cobasi, é apontado no mercado como um dos principais artífices do M&A. A gestora tem participado ativamente das conversações. É mais um motivo de atenção para a Petz, que enxerga uma postura um tanto quanto dúbia na Kinea. O private equity tanto pode ser um facilitador da fusão, incluindo a hipótese de um aporte de recursos na nova empresa, como um aliado da Cobasi em uma eventual tentativa de aquisição hostil. Procuradas pelo RR, Petz e Kinea não quiseram se manifestar.

A Cobasi, por sua vez, diz que “apesar de ter havido no passado conversas entre as companhias, não houve evolução e interesse para um acordo.” Perguntada especificamente sobre uma possível oferta não requisitada pela Petz, a companhia não se pronunciou sobre o tema.

Entre sístoles e diástoles, as conversas entre a Petz e a Cobasi ocorrem desde o fim do ano passado, quando esta última comprou a Mundo Petz e acirrou a concorrência pela liderança do segmento. O que está em jogo é a criação de um grupo com mais de 450 lojas, faturamento anual próximo dos R4 5 bilhões e uma participação de 15% no mercado de pet shops. Para efeito de comparação, a Petlove, a concorrente mais próxima da dupla, ficaria a léguas de distância, com uma receita da ordem de R$ 1 bilhão.

#Cobasi #Petlove #Petz

Negócios

Funcef espreita a porta de saída de Belo Monte

27/09/2023
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A Funcef estuda vender sua participação na Norte Energia, controladora da Usina de Belo Monte. A sua fatia acionária, de 10%, estaria avaliada em algo próximo a R$ 1,3 bilhão. O mais forte candidato é a Eletrobras, que consolidaria sua posição como controladora da companhia. Ainda que de forma indireta, a ex-estatal já é o maior acionista individual da Norte Energia por meio da Eletronorte e da Chesf, que somam 49,98%. A se confirmar, a saída da hidrelétrica será mais um movimento do fundo de pensão para reduzir sua exposição em renda variável. Há pouco mais de um mês, a Funcef amealhou R$ 920 milhões com a venda da sua posição na Statkraft, empresa de geração renovável.  

#Funcef

Destaque

Valor Capital reduz seus investimentos em startups brasileiras

27/09/2023
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A Valor Capital Group está enxugando seus investimentos no Brasil. O RR apurou que a gestora pretende vender uma parcela expressiva de suas participações em startups brasileiras, notadamente investimentos feitos por meio do Valor Venture Fund I. De acordo com a mesma fonte, o venture capital teria decidido zerar suas posições na Gympass, Rocket Chat, Descomplica e Beep Saúde, entre outras empresas no país. Na Gympass, por exemplo, o Valor Capital foi um dos líderes do aporte de US$ 220 milhões.

No Descomplica, esteve à frente de uma das rodadas de capitalização, da ordem de US$ 82 milhões. O desmonte de parte da sua carteira no Brasil é consequência direta das perdas globais sofridas pelo Softbank. O banco japonês é o principal investidor do Valor Venture Fund I e já avisou que não vai aportar mais capital.

Ressalte-se que a Valor Capital Group e o Softbank estão umbilicalmente ligados. Ligados até demais. Há pouco mais de um mês, Paulo Passoni tornou-se sócio da gestora norte-americana, com o cargo de managing partner. Há informações no mercado de que a sua chegada foi mal-recebida por investidores da Valor Capital por conta do conflito de interesses.

Passoni foi sócio do Softbank e um dos principais responsáveis pelos aportes do banco japonês no Valor Venture Fund I. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Valor Capital, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Com ativos da ordem de US$ 2 bilhões, a Valor Capital Group já tem uma vinculação natural com o Brasil. Seu fundador é o diplomata Clifford Sobel, que foi embaixador dos Estados Unidos em Brasília entre 2006 e 2009. Ele administra a gestora ao lado do filho, Scott Sobel. Ao contrário de suas congêneres na área de venture capital, a Valor Capital opera mais como um family office do que no modelo convencional de partnership. A excessiva pessoalidade não tem sido bem-vista no mercado, o que vem dificultando a captação de novos recursos.

#Beep Saúde #Descomplica #Gympass #Valor Capital Group

Destaque

Marfrig entra no cardápio de investimentos da Salic

22/09/2023
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O aporte conjunto de R$ 4,5 bilhões na BRF foi o primeiro movimento de uma operação ainda maior que vem sendo arquitetada por Marcos Molina e pelo Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic). Segundo o RR apurou, o próximo passo deverá ser a entrada do fundo árabe no capital da própria Marfrig, controlada por Molina. De acordo com uma fonte próxima à empresa, as conversam passam pela transferência de algo em torno de 10% das ações – próximo à participação da Salic na BRF (10,8%). Tomando-se como base apenas o market cap do Marfrig (R$ 6,8 bilhões, no fechamento de ontem na B3), a transação envolveria cerca de R$ 700 milhões. A operação junta a fome com a vontade de comer. A dupla participação societária do Salic seria um facilitador para Molina concretizar o que é sabidamente o seu principal objetivo: a fusão entre a Marfrig e a BRF.

Trata-se de uma operação que tem sido cuidadosa e milimetricamente calculada pelo empresário, passo a passo. Nesta semana, o Marfrig anunciou mais um pequeno aumento no capital da BRF, passando de 33,3% para 35,7%. Ressalte-se que, já na sua chegada, o Salic foi um importante aliado de Molina. O aporte do fundo árabe foi condicionado à retirada da pílula de veneno do estatuto da BRF, que obrigava qualquer investidor a fazer uma oferta por todas as ações caso superasse a barreira de 33,33%, exatamente o perímetro que o Marfrig acaba de ultrapassar.

Para a Arábia Saudita, por sua vez, o que está sobre a mesa é um grande projeto de Estado. O Brasil é peça chave para os árabes – também para os árabes – na geoeconomia da proteína animal. Por meio do Salic – a companhia de investimentos da família real saudita -, a Arábia passaria a ter um pé tanto na BRF, segunda maior produtora global de carne de frango, quanto na Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina do mundo – a JBS está no topo dos dois rankings. Ou seja: uma dupla garantia de suprimento. Nesse cardápio das grandes relações de troca internacionais, cabe lembrar que os árabes firmaram um acordo com o governo brasileiro para a recuperação de mais de 40 milhões de hectares de pastos no país.

A entrada do Salic no capital da Marfrig reforçaria a mistura entre os interesses soberanos da Arábia Saudita e corporativos da empresa de Marcos Molina e da BRF. Os laços societários colocam as duas companhias em uma posição privilegiada no Oriente Médio. A BRF, ressalte-se, já é líder mundial do mercado halal, com quase 40% das vendas de frango para os países de religião islâmica, que impõem especificações próprias para o consumo de alimentos. Some-se a isso a joint venture firmada entre a empresa e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita, para a construção de frigoríficos naquele país. Ainda que não com o mesmo peso da BRF, a Marfrig também tem feito avanços expressivos na região. Em 2021, as vendas para o Oriente Médio representaram apenas 1% da receita da empresa. Um ano depois, essa participação saltou para 6%. Procurada pelo RR, a Marfrig não quis se manifestar.

#Arábia Saudita #BRF #Marcos Molina #Marfrig

Negócios

Pão de Açúcar entrega as chaves da própria casa

22/09/2023
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O Grupo Pão de Açúcar (GPA) deverá anunciar até a primeira semana de outubro a venda do imóvel onde está instalada sua sede, em São Paulo. Do outro lado da mesa, está um grande fundo de real estate brasileiro. A operação gira em torno dos R$ 270 milhões. Em meio ao “sai não sai do Brasil”, o Casino tem feito caixa com a alienação de ativos imobiliários do GPA. No início deste mês, o Pão de Açúcar levantou R$ 247 milhões com a venda de um imóvel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em junho, negociou 11 lojas por R$ 330 milhões.

#Grupo Pão de Açúcar

Negócios

Mineradora australiana entra no Cinturão do Lítio em Minas Gerais

20/09/2023
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A Alderan, empresa australiana do setor de mineração, adquiriu 100% de participação nas Parabolic Lithium – informação divulgada há pouco pelo NS Energy Business, publicação inglesa especializada em energia e mineração (https://www.nsenergybusiness.com/news/alderan-to-acquire-minas-gerais-lithium-projects/). O negócio está diretamente ligado ao Brasil. No pacote de ativos, a Alderan vai assumir sete reservas de Lítio localizadas em Minas Gerais. São cerca de 472km², com 24 licenças de exploração nas cidades de Curral de Dentro, Minas Novas, Caraí, Catuji, Itaipé, Itambacuri e Governador Valadares. A Alderan pretende acelerar os investimentos na extração do mineral no chamado “Cinturão Oriental de Lítio” do Brasil.

Obs RR: Ainda que indiretamente, a operação conta ponto para Romeu Zema. Na corrida do lítio, Zema está muitas passadas à frente do governo federal no que diz respeito à atração de investimentos para o setor. O governador mineiro tem sido um notório “vendedor” do lítio brasileiro no exterior, vide o Lithium Valley Brazil, um road show realizado em Nova York. Há estimativas de investimentos de R$ 5 bilhões para a extração do mineral no Vale do Jequitinhonha. O interesse dos investidores internacionais pode ser medido pela Sigma Lithium. Na semana passada, a mineradora canadense informou ao mercado ter recebido propostas pelo seu controle global e também especificamente, pela operação no Brasil. Em julho, a Sigma Mineração realizou o primeiro embarque de lítio extraído em Minas Gerais. A joia da coroa é o projeto Grota do Cirilo, localizado na região do Jequitinhonha.

Negócios

Brasil e Índia avançam em acordo sucroalcooleiro

18/09/2023
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O Financial Express, publicação de economia da Índia, publicou há cerca de um hora que o país está perto de fechar um acordo com o Brasil na área de etanol (https://www.financialexpress.com/policy/economy-brazil-offers-ethanol-tech-to-india-to-settle-sugar-dispute-3246548/). O governo brasileiro oferecerá tecnologia para a produção do insumo. O acordo se dá no âmbito de uma negociação geoeconômica de amplitude ainda maior, a criação de uma aliança global dos biocombustíveis, anunciada por Lula, pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e pelo presidente americano, Joe Biden, no início do mês, por ocasião da reunião de cúpula do G 20, em Nova Déli. Para a Índia, a proposta interessa principalmente no que diz respeito à indústria automobilística (o mercado de veículos flex, que funcionam tanto à gasolina quanto a etanol). O país visa atingir o índice de 20% de gasolina misturada à etanol até 2026. 

OBS RR: A aliança global dos biocombustíveis é o todo. A parte, nesse caso, é a possibilidade de resolução de um antigo conflito comercial entre Brasil e Índia.  A parceria para a produção de etanol estaria vinculada ao fim de uma disputa que corre na OMC desde 2005. A Índia contesta os subsídios do Brasil à produção de açúcar. A OMC decidiu a favor dos indianos, mas as divergências continuam, com acusações recíprocas de violação às regras da Organização Mundial do Comércio. A costura bilateral tanto o açúcar quanto no etanol, dois lados de uma mesma moeda, tem o apoio da Única, ou seja, dos maiores usineiros do país. O melhor dos cenários seria a Índia recalibrar os subsídios para o açúcar. É difícil. Muito difícil. Mas os grandes grupos do setor já sairão cantando vitória se o acordo der ao Brasil a posição de importante fornecedor de etanol para que a Índia consiga cumprir suas metas de descarbonização.  

Negócios

Pátria Investimentos volta à disputa pela Smile Saúde

18/09/2023
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O Pátria Investimentos retomou conversações para a compra da pernambucana Smile Saúde, uma das maiores operadoras de planos de saúde do Nordeste. No início deste ano, a gestora de private equity esteve perto de ficar com a empresa. Mas, em uma reviravolta, a Hapvida atravessou a negociação e fechou a aquisição da Smile. Fechou, mas não levou: o Cade brecou o negócio, abrindo caminho para o retorno do Pátria Investimentos à mesa de negociações.  

O nó a ser desatado é o valuation. Segundo o RR apurou, o Pátria trabalha com uma oferta em torno de R$ 200 milhões. No deal que acabou não se consumando, a Hapvida pagou R$ 300 milhões pela Smile. No entanto, o que se diz no mercado é que a companhia cearense elevou o sarrafo propositalmente, para barrar a entrada de um novo operador no Nordeste.

#Pátria Investimentos

Destaque

BTG busca aliados para aumentar seu poder na Eneva

13/09/2023
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Há uma espécie de guerra fria na Eneva, protagonizada pelos Moreira Salles e por André Esteves, as duas forças antagonistas no controle da empresa. Segundo o RR apurou, o BTG Pactual tem buscado o apoio de outros investidores para montar um bloco de acionistas e, dessa forma, ampliar seu poder na companhia. Entre os minoritários capazes de fazer diferença na balança figuram nomes como o norte-americano The Vanguard Group e a gestora brasileira SPX Capital.

O que está em jogo é uma disputa do BTG contra a Cambuhy, veículo de investimento da família Moreira Salles. Em dezembro do ano passado, em um movimento cirúrgico no tabuleiro societário da Eneva, o clã fechou um acordo com três outros investidores: Dynamo, Atmos e Velt Partners. Com isso, a Cambuhy, dona de uma participação de 19,5% na Eneva, passou a liderar um bloco com poder de voto de 35,7%.

Foi um duro golpe para o BTG. A instituição financeira perdeu peso decisório na empresa, mesmo sendo ainda o maior acionista individual, com 27,3% – somadas sua participação direta e as ações em nome do Partners Alpha, ligado ao próprio banco. Agora, o BTG tenta dar o troco na mesma moeda, formando uma coalizão societária que lhe permita sobrepujar os Moreira Salles. Procurados, BTG e Cambuhy não se pronunciaram. 

Há divergências entre BTG e Cambuhy no que diz respeito à gestão da Eneva, empresa que nasceu dos escombros da antiga MPX, de Eike Batista. Segundo informações apuradas pelo RR, o banco de André Esteves seria defensor de uma política mais agressiva de investimentos. Já os Moreira Salles estão na direção oposta.

Não abrem mão de uma estratégia conservadora, dando prioridade à redução do nível de alavancagem e à revisão do portfólio de ativos. Nesse segundo quesito, uma operação em específico teria acirrado ainda mais as divergências entre BTG e Cambuhy. Em junho, a Eneva vendeu 15% do Complexo Parnaíba – um conjunto de seis termelétricas no Maranhão – para o Itaú Unibanco. Ou seja: um negócio em que os Moreira Salles atuaram nas duas pontas, a vendedora e a compradora.  

#André Esteves #BTG Pactual #Eneva #Moreira Salles

Negócios

Consórcio retoma antigo projeto da Vale em potássio na Argentina

12/09/2023
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Notícia de agora há pouco no El Clarín, da Argentina: o consórcio argentino-brasileiro formado pelo Grupo ARG e pela Compañia Minera Aguilar assinaram acordo para reativar a mina Potasio Río Colorado, em Mendoza, que foi paralisada em 2013 pela Vale com apenas 48% do projeto construído. O contrato prevê um investimento de US$1 bilhão em cinco anos. A província de Mendonza manterá uma participação de 12% das ações, com direito a royalties. A concessionária terá um ano para reformular o projeto e uma planta piloto deve produzir em torno de 50 mil toneladas anuais de sais de potássio.
OBS RR: A Vale chegou a investir US$ 2,2 bilhões no projeto Río Colorado. Desistiu do negócio há quase uma década diante da recusa do governo argentino de conceder benefícios fiscais para o empreendimento. A retomada do projeto é uma ótima notícia para o Brasil, em meio a sua dramática dependência da importação de matérias-primas para a produção de fertilizantes. No caso do potássio, o país importa mais de 95% do que consome. As informações que chegam da Argentina indicam que quase 100% da produção de Río Colorado serão exportados para o Brasil.

#Grupo ARG #Vale do Rio Doce

Negócios

Mobly encosta acionistas da Tok & Stok contra a parede

12/09/2023
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A alemã Home24, controladora da Mobly, está jogando duro nas negociações para uma possível fusão da empresa com a Tok & Stok.  O grupo tem cartas na manga. Segundo o RR apurou, a Mobly vem mantendo tratativas com outra varejista do setor de móveis e artigos de decoração –com uma forte operação no e-commerce.

Nesse contexto, a Home24 trabalha com dois cenários: simplesmente desistir da associação com a Tok & Stok ou arrastá-la para um tríplice M&A. Nos dois casos, os alemães não abrem mão do controle da nova companhia, com algo em torno de 70% do capital. Para os acionistas da Tok & Stok – Carlyle e o casal Regis e Ghislaine Dubruile -, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

No caso de uma fusão tripla, a gestora norte-americana e os Dubruile terão de reduzir consideravelmente sua participação. Por outro lado, sem uma associação, a Tok & Stok dificilmente conseguirá sobreviver.

#Carlyle #Mobly #Tok & Stok

Negócios

Mineradora canadense lança ações para turbinar produção de ouro no Brasil

11/09/2023
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Segundo a Junior Mining Network, site inglês voltado ao setor de mineração, a canadense Lavras Gold fará uma colocação privada de ações no valor aproximado de US$ 11 milhões. A oferta da companhia, listada na Toronto Venture Exchange, está umbilicalmente ligada ao Brasil. Os recursos serão destinados ao Projeto Lavras do Sul, jazida de ouro explorada pelos canadenses em terras gaúchas. Por sinal, a Lavras Gold, que tem como maior acionista o investidor canadense Lawrence Lepard é quase uma empresa de uma nota só: seu grande ativo é o conjunto de 23 garimpos localizados em 22 mil hectares no Rio Grande do Sul.  

Obs RR: O investimento da Lavras Gold encontra eco nas pesquisas que têm sido feitas pelo Serviço Geológico do Brasil. A antiga CPRM tem feito estudos para a concessão de alvarás de pesquisa e lavra no Rio Grande do Sul, visto como uma nova fronteira do ouro no Brasil e capaz de atrair investimentos de mineradoras internacionais. As regiões próximas a Pelotas e Morro Redondo são apontadas como as de maior potencial. No setor, a aposta é que a presença da Lavras Gold abra o caminho para outras mineradoras internacionais maiores que já atuam na exploração aurífera no Brasil, como a Aura Minerals e a Kinross. 

#CPRM #Lavras Gold #Lawrence Lepard

Destaque

IG4 abre as comportas da Iguá Saneamento para um novo investidor

11/09/2023
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A recente venda de 11 concessões para Norte Saneamento, por R$ 466 milhões, é apenas a camada mais visível da reestruturação em curso na Iguá. Há mudanças mais profundas em gestação, que passam pela entrada de um novo investidor no capital. Segundo o RR apurou, a IG4 – maior acionista individual da Iguá, com 48,4% – tem mantido conversações para a venda de parte das ações em seu poder.

De acordo com uma fonte próxima à empresa, um dos nomes do outro lado da mesa é o Pátria Investimentos, que está montando um novo fundo de infraestrutura, da ordem de US$ 2,5 bilhões, e já anunciou seu ingresso no setor de saneamento. Há informações também de gestões junto ao International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos privados do Banco Mundial. Ressalte-se que o IFC já teve uma posição em outra grande empresa privada de saneamento no Brasil, a Aegea Saneamento – a participação de 5,5% foi vendida para a Equipav em 2019. Procurados pelo RR, IG4 e Pátria não quiseram se pronunciar. 

A venda direta de parte do capital surge como opção às frustradas tentativas de IPO da Iguá conduzidas pela IG4. Já foram duas, em 2019 e 2020. Em seu acordo de acionistas, a empresa assumiu o compromisso de empenhar “seus melhores esforços” para lançar ações em bolsa até abril de 2024.

Não se trata de uma obrigatoriedade, mas do que pode ser chamada de uma carta de intenções. Intenções estas, no entanto, que não têm sido muito respaldadas pelo mercado. As primeiras sondagens para um possível IPO no ano que vem têm sido recebidas com frieza entre os investidores.  

Há uma razoável pressão pela entrada de capital novo na Iguá. A empresa precisa cumprir um plano de investimentos em suas concessões da ordem de R$ 6 bilhões – cerca de R$ 800 milhões apenas neste ano. Isso em um momento de reduzida margem de manobra devido ao elevado nível de alavancagem.

A relação dívida líquida/Ebitda da Iguá é de oito vezes – a maior entre as grandes empresas privadas do setor, leia-se também Aegea e BRK Ambiental. Há cerca de três meses, a companhia fez um movimento importante para aliviar o torniquete e alongar o perfil da sua dívida, com a emissão de R$ 3,8 bilhões em debêntures. A conclusão da operação, por sinal, se deve muito à presença do BNDES. Acionista da companhia, por meio da BNDESPar, o banco de fomento foi o tomador de R$ 1,8 bilhão em papéis, garantindo o fechamento da emissão

#Iguá #Norte Saneamento

Destaque

Tiger Global reduz sua carteira de participações em startups brasileiras

8/09/2023
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O Tiger Global Management, uma das maiores gestoras do mundo, colocou à venda uma parcela significativa do seu portfólio no Brasil. Segundo o RR apurou, os norte-americanos buscam comprador para suas participações na Nuvemshop, especializada no armazenamento de lojas de e-commerce na nuvem, e na Jokr/Daki, do setor de delivery. São dois dos maiores investimentos feitos pela gestora na América Latina.

O Tiger Global pretende também se desfazer de sua posição na Zak, plataforma de gestão e pagamento para restaurantes, e na Swap, de soluções financeiras. As negociações têm sido conduzidas pelo banco de investimentos norte-americano Evercore.  Procurado pelo RR, o Tiger Global não se pronunciou.

O recuo do Tiger Global representa mais um abalo sísmico na indústria de venture capital no Brasil, já afetada pela crise global no segmento. Ao lado do Softbank, a gestora norte-americana notabilizou-se como uma das maiores impulsionadoras de startups brasileiras nos últimos três anos. Sua importância no ecossistema como um todo pode ser medida pelo seu peso nas próprias empresas investidas.

O Tiger Global foi o líder da capitalização de R$ 80 milhões da Zak, em novembro de 2021. Capitaneou também o aporte de R$ 135 milhões na Swap, realizado em outubro do mesmo ano. A gestora norte-americana foi também a investidora-líder da capitalização da Jokr/Daki, em julho de 2021, uma operação de R$ 870 milhões. No caso da Nuvemshop, o tamanho da sua participação é ainda mais expressivo. O Tiger Global liderou a Série E da empresa, em agosto de 2021, que cravou o valuation em mais de US$ 3 bilhões.

Desde o ano passado, o Tiger Global já vinha reduzindo o ritmo e o volume de novos aportes no Brasil – conforme o RR informou. Não foi o suficiente. O agravamento da situação exige medidas mais radicais.

O enxugamento da carteira de participações no Brasil se dá na esteira dos ruidosos prejuízos acumulados pela gestora de venture capital criada pelo bilionário norte-americano Chase Coleman III. Somente o fundo hedge perdeu aproximadamente 55% do seu patrimônio no ano passado. Em 2022, o valor somado de todas as participações globais do Tiger caiu US$ 23 bilhões. Nesse cenário, a gestora tem enfrentado dificuldades na captação de seu 16º fundo de VC. A meta era amealhar US$ 6 bilhões. Segundo a mídia internacional, os norte-americanos não conseguiram chegar sequer à metade

#Tiger Global Management

Destaque

Cervejaria Petrópolis e Santander disparam ataques cruzados

4/09/2023
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A recuperação judicial da Cervejaria Petrópolis virou um cabo de guerra entre a companhia e o Santander. Segundo o RR apurou, as tratativas entre os representantes da empresa e do banco estão travadas. Os espanhóis recusam a proposta de deságio de 70% do passivo apresentada pela empresa de Walter Faria.

E essa é a parte menos complexa e mais “amistosa” do enredo. Nos bastidores, a relação entre ambos é tensa e marcada por ataques recíprocos. O Santander acusa a empresa de pressionar credores menores, com reduzido poder de barganha, como fornecedores, para que aceitem o plano de recuperação. O banco estaria também vasculhando o patrimônio de Faria no Brasil e no exterior.

O objetivo é descobrir se o empresário estaria ocultando bens de forma deliberada, com o intuito de lesar os credores da cervejaria. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Petrópolis e o Santander, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

O Santander é personagem central na recuperação judicial da Petrópolis. A cobrança de uma dívida de R$ 107 milhões feita pelo banco espanhol foi a gota d´água para a empresa entrar com o pedido de recuperação judicial. Esse valor, ressalte-se, é apenas uma parte do problema. Ao todo, a Petrópolis deve mais de R$ 450 milhões ao Santander, que, diga-se de passagem, não tem sido lá muito eficiente na análise de crédito de seus clientes – vide Americanas.

Em meio ao processo de recuperação judicial, Petrópolis e Santander deixaram de ser apenas devedor e credor para se tornarem litigantes. Em março, a empresa de Walter Faria protocolou uma queixa crime na Polícia Civil do Rio contra o banco, com graves acusações. A Petrópolis afirma que a instituição espanhola reteve mais de R$ 30 milhões em recursos da empresa e quebrou o sigilo de suas contas bancárias para usar os dados em ações judiciais.

Em tempo: a negociação entre a cervejaria e os demais bancos caminham vagarosamente. A Petrópolis teve algumas vitórias recentes, com avanços nas tratativas com o BMG, Daycoval e Banco do Uruguay. No entanto, a briga com o Santander tem o efeito de contaminar as conversas com outras grandes instituições financeiras, notadamente por conta das acusações cruzadas.

#BMG #Cervejaria Petrópolis #Santander #Walter Faria

Negócios

Governo quer “exportar” construtoras brasileiras para programa habitacional no Paraguai

1/09/2023
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Há uma porta internacional entreaberta para as grandes construtoras que participam do Minha Casa, Minha Vida, como MRV, Tenda e Direcional. O governo Lula negocia com o Paraguai a “exportação” do programa habitacional. Por “exportação” leia-se um acordo de cooperação para a criação de um projeto similar no país vizinho, voltado à construção de casas populares. O Ministério das Cidades daria suporte para a implantação do programa. O governo brasileiro enxerga nessa parceria a possibilidade de construtoras brasileiras se instalarem no país vizinho, levando todo o seu know how na construção de habitações para a população de baixa renda.

#Ministério das Cidades #MRV #Tenda

Negócios

Tok & Stok e Mobly ainda têm muitas arestas a aparar

30/08/2023
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As conversações entre a Tok & Stok e a Mobly em torno de uma possível fusão têm esbarrado em alguns óbices. A começar pelo passivo de R$ 350 milhões da primeira. Os controladores da Mobly, o grupo austríaco XXXLutz, condiciona a associação ao equacionamento do passivo. Ou seja: um acordo com todos os bancos credores para o alongamento dos prazos de pagamento. Há divergências também em relação ao quinhão que caberia aos atuais acionistas das duas empresas. O Carlyle, sócio controlador da Tok & Stok, com 60%, quer manter uma posição relevante na nova companhia. Não é hora de abrir mão de nada. Os norte-americanos aportaram recentemente R$ 100 milhões na Tok 7 Stok. Mais uma vez, os austríacos fazem jogo duro. Ressalte-se que, entre idas e vindas – mais idas do que vindas – as conversações entre as duas redes de móveis e artigos de decoração se arrastam há mais de um ano.

#Carlyle #Mobly #Tok & Stok

Destaque

Liv Up perde calorias com a crise mundial do venture capital

29/08/2023
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A crise global no segmento de venture capital está atingindo mais uma startup brasileira. A Liv Up, plataforma de refeições saudáveis que captou quase US$ 90 milhões em oito funding rounds, atravessa um momento difícil. Há cerca de dez dias, a empresa demitiu cerca de 5% do quadro de funcionários – no ano passado, já havia dispensado o equivalente a 15% da sua força de trabalho. O aperto no cinto ainda não terminou. Segundo o RR apurou, novos cortes estariam previstos para as próximas semanas. A Liv Up já não tem mais a folgada posição de caixa de outros tempos. A saída seria uma nova capitalização. No entanto, as condições adversas do mercado jogam contra. Além disso, nas atuais circunstâncias, o valuation da empresa tende a ser inferior ao de rodadas anteriores.  

Como se não bastasse, há ainda o peso de uma dívida contraída junto à Lumina Capital, de Daniel Goldberg, ex-presidente do Morgan Stanley no Brasil. O que seria uma solução – um crédito para a foodtech recuperar tração – acabou se revelando mais um problema. Essa conjugação de fatores tem alimentado especulações de toda a ordem. Nos últimos dias, circularam no mercado informações de que a Liv Up poderia entrar com um pedido de recuperação judicial. Em contato com o RR, a companhia confirmou as demissões, como “parte de um ajuste interno para alcançar nossos objetivos de negócio.”. Segundo a empresa, os “desligamentos realizados foram pontuais e impactaram os times de growth, tecnologia e CXM”. A startup disse ainda que “desde 2022, vem implementando um plano de otimização de custos e ajuste de sua estratégia de crescimento com a abertura de novos canais.” Perguntada especificamente sobre a sua atual posição de caixa, a dívida com a Lumina Capital e um possível pedido de recuperação judicial, a Liv Up respondeu que “demais informações são confidenciais e nós não abrimos.” 

#Daniel Goldberg #Liv Up #Lumina Capital

Negócios

Pátria vai vender mais ações da Smart Fit

25/08/2023
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O Pátria Investimentos vai se desfazer de mais um pedaço da Smart Fit ainda neste ano. A venda se dará por meio de um novo follow on da empresa. A gestora mantém 32%% do capital da companhia. O período parece propício para avançar no desinvestimento. Na mais recente oferta de ações da Smart Fit, em maio, o preço do papel saiu a R$ 18,15. Hoje, já está na casa dos R$ 23. E subindo. Em relatório divulgado na última segunda-feira, o Santander elevou o preço-alvo da ação de R$ 20 para R$ 30. O Pátria agradece.

#Pátria Investimentos #Smart Fit

Destaque

Intercement pode ser o passaporte para a entrada da Argos no Brasil

23/08/2023
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Os Ermírio de Moraes e Benjamin Steinbruch poderão ganhar um concorrente de peso no mercado brasileiro de cimento. Segundo o RR apurou, a colombiana Argos vem mantendo conversas com a Mover, leia-se a antiga Camargo Corrêa, em torno da possível aquisição dos ativos da Intercement. Do lado brasileiro, a aproximação teria sido feita pelo banco norte-americano Houlihan Lokey; pelos colombianos, as gestões são representadas pelo Banco de Bogotá.

Há duas hipóteses sobre a mesa: a aquisição apenas da Loma Negra, leia-se a operação na Argentina, ou de todos os negócios da Intercement – modelo que mais agrada às herdeiras de Sebastião Camargo. Ao todo, são 23 fábricas – 15 no Brasil e oito na Argentina. A Intercement teve, no ano passado, uma receita em torno de R$ 8 bilhões, sendo R$ 3,7 bilhões decorrentes da operação brasileira.

A Argos é um dos maiores fabricantes de cimentos da América Latina, com fábricas não apenas na Colômbia, mas também nos Estados Unidos e Caribe. Esta não é a primeira vez que a empresa – controlada pelo maior conglomerado industrial da Colômbia, o Grupo Empresarial Antioqueño – ensaia entrar no Brasil. Há 10 anos, chegou a negociar a aquisição de ativos colocados à venda por ocasião da fusão entre Lafarge e Holcim. Procurados, Mover Participações e Argos não se pronunciaram.

A venda da Intercement para a Argos, assim como para qualquer outro grupo ainda não presente no Brasil, surge como uma solução mais palatável para as autoridades antitruste. Votorantim e CSN também têm, como sempre tiveram, interesse na operação cimenteira da Mover.

O problema é que muito provavelmente uma negociação com os Ermírio de Moraes ou Benjamin Steinbruch obrigaria a antiga Camargo Corrêa a esquartejar a subsidiária brasileira e vender fábricas em separado. Com a eventual aquisição integral da Intercement no Brasil, a Votorantim pularia de 35% para 52% de market share; a CSN, por sua vez, iria de 20% para 37%, com fatias ainda maiores em regiões específicas do país. Ressalte-se que, há pouco mais de um ano, a empresa de Steinbruch adquiriu os ativos da LafargeHolcim sem restrições do órgão antitruste. Pouco provável que o Cade dê sinal verde para uma operação ainda maior.

A Mover já se desfez das operações da Intercement na África. Não passou de um hors d’oeuvres. O que realmente fará diferença para o caixa da holding é a venda dos ativos no Brasil e na Argentina. Até porque ao negociar a Intercement, o grupo se livraria uma dívida líquida da ordem de US 1,5 bilhão. O elevado passivo foi o principal fator que levou a Fitch a rebaixar a nota de crédito da Intercement de CC para C. O downgrade se deu logo após a cimenteira pedir a credores um prazo adicional de 90 dias para pagar um passivo de US$ 180 milhões.

#Argos #Benjamin Steinbruch #Ermírio de Moraes #InterCement

Negócios

Shein abre o cofre para montar um “marketplace de executivos”

11/08/2023
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A chinesa Shein chegou ao Brasil chacoalhando o setor de e-commerce. A companhia, comandada no país pelo híbrido de empresário e gestor de recursos Marcelo Claure, está oferecendo mundos e fundos no setor para contratar executivos de concorrentes no varejo. Um dos alvos seria Leandro Soares que, coincidência ou não, deixou o Magazine Luiza no início do mês. Soares foi um dos principais mentores da construção do marketplace da rede varejista de Luiza Helena Trajano. Nos cinco anos sob a sua batuta a operação decolou. Em 2018, o marketplace respondia por míseros 3% do faturamento do Magazine Luiza. Hoje, equivale a 28% da receita. A Shein quer ampliar com celeridade sua plataforma de marketplace no país. Já são seis mil sellers, e os chineses pretendem chegar a dez mil ainda neste ano, com um faturamento na casa de R$ 1 bilhão. Procurada, a Shein não se manifestou

#Magazine Luiza #Shein

Negócios

Impasse na venda de ativos da antiga Gaspetro deve parar nos tribunais

11/08/2023
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A Infra Gás e Energia vai partir para a briga. Segundo o RR apurou, a empresa pretende levar à Justiça o imbróglio com a Commit, a antiga Gaspetro. O caso se arrasta há meses na esfera administrativa, mais exatamente no Cade. A Infra fechou a compra de cinco distribuidoras de gás da Commit – Cegás (Ceará), Sergás (Sergipe), Copergás (Pernambuco), Potigás (Rio Grande do Norte) e Algás (Alagoas). Fechou, mas até agora não levou. A venda depende da cisão de ativos da Commit, operação que precisa ser aprovada pelos seus acionistas. A Compass, leia-se Cosan, acionista majoritário, já deu sinal verde. Só que a Mitsui, sócia da empresa, pediu “vista” do processo. Os japoneses solicitaram um prazo maior para analisar os termos do negócio. Na Infra Gás e Energia, a interpretação é que Cosan e Mitsui estariam agindo de mãos dadas e deliberadamente empurrando a decisão à espera de um momento mais favorável para se desfazer dos ativos. Ressalte-se que a dupla não está negociando as cinco distribuidoras de gás nordestinas necessariamente por livre e espontânea vontade. Foi uma imposição do Cade para aprovar a venda da antiga Gaspetro à Compass e à Mitsui. O RR tentou contato com a Commit e a Infra, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

#Gaspetro

Negócios

Grupo mexicano ronda o varejo farmacêutico no Brasil

9/08/2023
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Segundo o RR apurou, a mexicana Farmacias Del Ahorro prepara sua entrada no Brasil. De acordo com uma fonte do setor, o grupo está prospectando ativos no varejo farmacêutico, notadamente na Região Sudeste. A Farmacias Del Ahorro é uma das maiores redes de drogarias do México, com mais de 1,5 mil lojas e faturamento previsto para este ano em torno de US$ 500 milhões. Ao mirar o Brasil, a empresa estende à América Latina a disputa que mantém no mercado doméstico com o seu maior concorrente, o Grupo Femsa. Mais conhecido por seus negócios na área de bebidas, o conglomerado tem uma forte operação no setor farmacêutico que extrapola as fronteiras mexicanas: são quase quatro mil lojas, somando também Chile, Equador e Colômbia. A Femsa já tentou ao menos por duas vezes comprar o controle da Drogaria Pacheco São Paulo, uma das maiores redes do país. Em ambas, a negociação bateu na trave.

#Farmacias Del Ahorro

Negócios

Ebury vira uma importante aposta do Santander no Brasil

4/08/2023
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O Santander tem feito estudos para ampliar a atuação da Ebury, sua fintech, no Brasil. A ideia é estender os serviços da plataforma de transferências internacionais para pessoas físicas – hoje, a operação está restrita a empresas exportadoras de pequeno e médio porte. Os espanhóis miram em um mercado cada vez mais efervescente, de contas digitais internacionais. Fintechs como Wise, Avenue e Nomad têm nadado de braçada nesse segmento. O Santander tem apostado fichas cada vez mais altas na Ebury, startup de origem inglesa adquirida pelo conglomerado espanhol em 2020 por 400 milhões de euros. No ano passado, a fintech adquiriu o Bexs, banco digital brasileiro especializado em pagamentos internacionais. Consultado pelo RR, o Santander não se pronunciou.  

Destaque

Universidade de Harvard é protagonista de um imbróglio fundiário no Brasil

1/08/2023
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O RR teve acesso aos detalhes de um litígio fundiário que envolve a Universidade de Harvard. A Harvard Management Company (HMC), braço de gestão de investimentos da prestigiosa instituição de ensino, recebeu uma notificação extrajudicial acerca de uma negociação de terras no Brasil. A HMC é acusada de não ter quitado o pagamento do corretor que intermediou uma das maiores transações de propriedades agrícolas fechadas recentemente no país. O imbróglio está relacionado a uma operação de R$ 1,8 bilhão firmada em novembro de 2021. Na ocasião, a Terrus S.A, do empresário catarinense Ricardo Castellar de Faria, comprou a IPA Investimentos e Participações Agrícolas e suas subsidiárias, incluindo a Insolo Agroindustrial. Com a aquisição, Faria assumiu mais de 56 mil hectares em fazendas situadas na Baixa do Rio Grande (PI), tornando-se um dos maiores produtores de grãos do país. Entre os acionistas da IPA estavam a Soil Innovattions LLC e Soil Innovations II LLC. Ambas têm em seu quadro societário a Phemus Corporation, subsidiária da Harvard Management Company. Há outro elo que reforça a ligação com a Universidade de Harvard. Tanto a Soil quanto a Soil II, sediadas em Delaware, nos Estados Unidos, são representadas no Brasil por Colin Butterfield, que atuou como chefe da equipe de recursos da HMC de 2016 a 2020.   

Há questões polêmicas nessa operação que lançam luz sobre um tema, por si só, já controverso e quase sempre cercado de suspeições: a participação de fundos estrangeiros em terras no Brasil. Essa teia societária, com camadas de empresas sobrepostas, sugere uma estratégia da Universidade de Harvard para se camuflar e se desvincular da propriedade das fazendas. No entanto, há indícios da ligação de todos os principais atores dessa malha de CNPJs. A notificação extrajudicial foi enviada à Harvard Management Company, à Soil Innovations LLC, à Soil Innovations II LLC, ao seu representante Colin Buterfield e, ainda, a Flávio Inoue Shuiti, até então presidente da Insolo. Chama a atenção o fato de que as respostas das três primeiras à notificação foram feitas pelos mesmos advogados e continham trechos absolutamente idênticos, evidenciando a unicidade. Tiro no pé ou descaso? De acordo com a mesma fonte, Shuiti, então presidente da Insolo, foi quem procurou o corretor responsável pela operação. Segundo o RR apurou, os contatos estão registrados em inúmeras trocas de mensagens de WhatsApp.  

Há outro ponto nebuloso na operação. Para a concretização do negócio foram feitos aumentos de capital e subscrições na IPA. Pouco antes do contrato de venda, houve uma inusitada elevação de capital da empresa, que saltou de meros R$ 490,00 para R$ 1.555.010.737,00, através de empréstimo em moeda estrangeira do equivalente a quase U$ 280 milhões de dólares. Segundo o RR apurou, os aportes foram feitos pela Soil Innovations LLC e pela Soil Innovations II LLC.  

#Harvard Management Company #IPA

Destaque

Paulo Guedes e empresas de educação são quase um sinônimo

27/07/2023
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O RR soube por um amigo comum que Paulo Guedes, agora sócio e CEO da Legend Capital – private equity, reestruturação de empresas e administração de fortunas, em associação com o BTG Pactual – já tem três companhias na mira. Guedes é um fazedor de riquezas e na posição em que se encontra é um dos mais argutos e preparados leitores do cenário econômico. Foi assim no Pactual, no JGP e na Bozano Investimentos, sua última parada antes de partir para o Ministério da Economia. O banqueiro Luiz Cezar Fernandes, que levou Guedes para estrear no mercado financeiro como sócio do Banco Pactual, dizia “que todos ganhamos muito dinheiro com o Paulo. Ele enxergava além das muralhas”.  

Segundo a fonte, uma das empresas na mira do ex-ministro é do setor de educação. Guedes gosta dessa área. Já foi um dos sócios do Ibmec, Anima Educação e Abril Educação. Na Bozano, comandou operações de private equity na Estapar, Oba Hortifruti, Hospital  Vera Cruz de Campinas. Sempre soube entrar e sair dos negócios na hora correta. Muitos acreditam que ele está no lugar certo. Mas, fora as peculiaridades do seu estilo muito pessoal, Guedes deixou grandes realizações em sua passagem pelo Ministério: a reforma da Previdência, a Lei de Falências e a privatização da Eletrobras. Se depender do histórico, Guedes vai fazer um arrastão de empresas no mercado.  

#Abril Educação #Anima Educação #BTG Pactual #Ibmec #Ministério da Economia #Paulo Guedes

Negócios

Flamengo e BRB já ensaiam sua próxima tabelinha

27/07/2023
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O Flamengo e o Banco Regional de Brasília (BRB), que renovaram sua parceria até dezembro, já ensaiam o passo seguinte. A direção do clube, à frente Rodolfo Landim, e o banco estatal conversam sobre novos modelos de negócio para 2024. O formato que começa a ganhar corpo é a substituição do atual contrato de patrocínio pela associação no Nação BRB, banco digital criado para sócios e torcedores rubro-negros. Além dos 50% da fintech, o Flamengo teria ganhos variáveis em função da performance do negócio. A instituição soma hoje aproximadamente três milhões de contas abertas. A meta é duplicar o número em 12 meses. Os planos sobre a mesa passam também pelo IPO do Nação Rubro-Negra, o que consolidaria a parceria entre o clube e o banco estatal como um negócio até o momento sem paralelo no futebol brasileiro. Noves fora o inegável valor da marca Flamengo, em parte toda essa engenharia pode ser creditada à relação de proximidade entre Landim e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

#BRB #Flamengo #Nação BRB #Rodolfo Landim

Destaque

Publicidade e streaming alavancam resultados do Grupo Globo

27/07/2023
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Mesmo em um ambiente de concorrência cada vez mais pulverizada, a Globo não tem motivos para se queixar. Segundo a fonte do RR, posicionada nos andares mais elevados do grupo, o conglomerado de mídia fechou o primeiro semestre com um lucro “muito melhor” do que no mesmo período em 2022. O resultado foi puxado, principalmente, pelo aumento da publicidade e das receitas com streaming e venda de canais. A Globo atingiu uma posição de caixa superior a R$ 15 bilhões, um respeitável colchão diante do crescente volume de investimentos que o setor de mídia exige neste momento, notadamente em inovação. Para efeito de comparação, a cifra corresponde ao triplo do valor que o grupo prevê investir neste ano em conteúdo e tecnologia – algo em torno de R$ 4 bilhões e R$ 1 bilhão, respectivamente.  

O desempenho do primeiro semestre consolida a tendência de crescimento dos resultados do grupo e confirma que 2021 foi mesmo um ponto fora da curva. Naquele ano, sob impacto da pandemia, a Globo teve um prejuízo de R$ 173 milhões. Essa página foi virada já no balanço de 2022, quando o conglomerado registrou um lucro de R$ 1,2 bilhão, em grande parte alavancado exatamente pelo binômio publicidade e streaming. Pelo que o RR pode inferir, as estimativas para o resultado de 2023 já superam, em largas passadas, a cifra do ano passado. Em 2022, a receita publicitária do grupo cresceu 8% – em mídias digitais, o salto chegou a 33%. Por sua vez, o número de assinantes do GloboPlay e do Premiere Play subiu, respectivamente, 26,5% e 79%. 

#Globoplay #Grupo Globo

Negócios

O Dia D para um negócio de R$ 1,4 bi na área de real estate

25/07/2023
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Amanhã é o dia D para o que pode ser um dos maiores deals do ano no Brasil na área de real estate. Os cotistas do fundo GTIS Brazil Logistics (GTLG11) devem decidir se aceitam ou não a proposta apresentada no início do mês pelo CSHG Logística, fundo administrado pelo Credit Suisse Hedging Griffo. A oferta de R$ 1,4 bilhão envolve a aquisição de quatro centros de distribuição no estado de São Paulo. Corre no mercado que um grupo de cotistas do GTLG11 estaria se articulando para propor uma mudança nos termos da proposta original, com o aumento da parcela do negócio paga em dinheiro (42% do valor total).

#GTIS Brazil Logistics

Negócios

Fantasy game é a nova aposta de investidores internacionais no Brasil

24/07/2023
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A iminente regulamentação das apostas eletrônicas no Brasil começa a atrair negócios paralelos, com razoável potencial de aumentar um pouco mais a arrecadação fiscal, como tanto quer a equipe econômica. A SCCG Management, sediada em Las Vegas, estaria desembarcando no Brasil para investir em projetos conjuntos com casas de apostas. Um dos alvos é o desenvolvimento de fantasy games, segmento que também está prestes a ser regulamentado pelo Ministério da Fazenda. A SCCG já tem negócios na área por meio de um de seus fundosSCCG Venture Fund I. Há pelo menos 25 empresas de fantasy games no Brasil, a maioria startup. Trata-se de um mercado que movimentou mais de US$ 1,5 bilhão na América Latina no ano passado.  

#fantasy game #SCCG Management #SCCG Venture Fund I

Destaque

Qual será a próxima jogada de Marcos Molina no tabuleiro da BRF?

21/07/2023
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Marcos Molina, dono do Marfrig, já está debruçado sobre seu próximo movimento no xadrez societário da BRF. O empresário trabalha com dois cenários:  o primeiro é a formalização de um bloco de controle e a elaboração de um acordo de acionistas, buscando, para isso, o apoio dos principais minoritários da companhia; a segunda hipótese é a compra em bloco de ações da empresa junto a outros investidores, de forma a atingir uma posição majoritária no capital. Em ambos os caminhos, há duas peças-chave nessa engrenagem: Previ e BlackRock, detentores, respectivamente, de 6,2% e 6% da BRF. Os dois investidores passaram a ter uma relevância maior no concerto de acionistas da companhia diante dos números finais do recente aumento de capital. Inicialmente, o Marfrig, de Molina, e o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita e aliado do empresário, miravam uma participação de 53% na BRF. Na hora H, porém, a dupla subscreveu um número de ações menor do que o esperado, ficando com uma fatia somada de 43% – individualmente, a participação de Marcos Molina é de 33%. 

Marcos Molina está com o caminho aberto tanto para costurar um bloco de controle ou para adquirir mais ações da BRF até atingir os 51%. Não custa lembrar que a “cláusula de barreira” que impedia as duas hipóteses, especialmente a segunda, caiu por terra. Recentemente, os acionistas da BRF derrubaram a pílula de veneno que obrigava qualquer investidor com mais de 33,33% da empresa a fazer uma oferta pública pelo restante das ações em mercado. Ou seja: Molina pode aumentar sua participação sem a obrigatoriedade de comprar o restante free float da BRF. Há um detalhe que não deve ser desprezado. Inicialmente, Molina aportaria R$ 2,5 bilhões no aumento de capital da BRF. No fim das contas, desembolsou apenas R$ 1,8 bilhão. Ou seja: guardou uma gordura financeira que, em tese, pode ser usada mais à frente para ampliar sua participação. De toda a forma, seja por meio de um acordo de acionistas e de mãos dadas com Previ e BlackRock, seja com a compra de mais ações, na prática as duas jogadas levariam ao mesmo lugar, dando a Molina maioria absoluta nas assembleias de acionistas e no Conselho de Administração da BRF. Procurado, por meio da assessoria do Marfrig, o empresário não quis se manifestar.

Em tempo: independentemente do movimento a ser realizado, a aproximação entre Marcos Molina e Previ pode levar a uma aliança entre dois antigos desafetos. Inicialmente, quando Molina começou a avançar no capital da BRF, ainda no governo Bolsonaro, o fundo de pensão demonstrou resistência a uma possível associação com o Marfrig. Posteriormente, no ano passado, a Previ se opôs à chapa de conselheiros apresentada pelo Marfrig, numa disputa por poder dentro do board da BRF. Aos poucos, os dois lados baixaram as armas. Um personagem importante no armistício foi Aldo Mendes, funcionário de carreira do Banco do Brasil e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central entre 2009 e 2016 e hoje um dos mais influentes conselheiros da BRF.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Previ

Negócios

Prumo quer um mosaico de projetos em transição energética no Açu

20/07/2023
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O Porto do Açu, que um dia já foi um dos maiores projetos do Império X, de Eike Batista, avança para se tornar um dos grandes hubs de energia verde do Brasil. A Prumo Logística, dona do complexo portuário, tem conversado com importantes grupos do setor, como Engie e Eletrobras, sobre possíveis investimentos em geração eólica e solar na região. A companhia, controlada pela norte-americana EIG, quer atrair também novos projetos para a produção de hidrogênio verde. O primeiro passo para a transformação do Açu em um polo de transição energética foi dado em abril, quando a Prumo assinou um memorando de entendimentos com a chinesa SPIC para a instalação de parques eólicos offshore e de usinas eólicas.

#EIG #Eletrobras #Engie #Porto do Açu #Prumo Logística #Spic

Negócios

Grupo de e-commerce chinês vai investir R$ 100 milhões no Brasil

20/07/2023
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A Temu, plataforma de e-commerce chinesa, pretende construir dois centros de distribuição no Brasil. O investimento previsto é da ordem de R$ 100 milhões. Segundo o RR apurou, há cerca de duas semanas executivos do grupo visitaram áreas na região de Cajamar, em São Paulo – uma espécie de capital da logística de armazenamento na Região Sudeste em razão dos fartos incentivos fiscais oferecidos pelo município. A Temu deverá iniciar suas atividades no Brasil até o início de 2024, seguindo os passos de algumas de suas maiores concorrentes, como Shein e Shopee, que também estão montando operações no país. Diferente das duas conterrâneas, focadas no setor de vestuário, a empresa se concentra em outros segmentos. Seu variado portfólio vai de produtos de beleza e higiene e artigos de decoração. Caçula entre as plataformas de marketplace chinesas – foi fundada apenas em 2021 -, a Temu faturou cerca de US$ 2,3 bilhões no ano passado. 

#Temu

Negócios

Saint Gobain tenta empurrar Telhanorte para o Advent

12/07/2023
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O Grupo Saint Gobain tem batido à porta de grandes gestoras de recursos na tentativa de vender a Telhanorte. Segundo o RR apurou, a rede de material de construção teria sido ofertada ao Advent. O fundo norte-americano já foi controlador de uma empresa do setor no Brasil, a Quero-Quero. Trata-se de uma negociação difícil: a Telhanorte tem um número expressivo de lojas deficitárias e uma operação de e-commerce que exige um volume considerável de investimentos.  

#Saint-Gobain

Negócios

O novo round na briga entre a Paper Excellence e os irmãos Batista

10/07/2023
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O contencioso societário da Eldorado Celulose já tem um novo capítulo marcado. A Paper Excellence vai recorrer ao STJ contra a decisão proferida pelo juiz Rogério Favreto, do TRF-4, na semana passada. O magistrado suspendeu a venda da Eldorado para o grupo da Indonésia, uma vitória da J&F Investimentos, de Joesley e Wesley Batista. A J&F vendeu a Eldorado aos asiáticos em 2017 por R$ 15 bilhões e, logo depois, iniciou uma batalha jurídica para cancelar a operação. A Paper Excellence, por sua vez, não só briga na Justiça como também aposta suas fichas no prestígio dos seus “consultores” no Brasil: o ex-presidente Michel Temer e o ex-governador de São Paulo João Doria Jr., contratados a peso de ouro para defender os interesses do grupo nos gabinetes do Poder.

#Paper Excellence #Wesley Batista

Destaque

Brasil vira uma “segunda França” no duelo entre Danone e Lactalis

6/07/2023
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As duas maiores fabricantes de laticínios da França estão em pé de guerra no Brasil. A Danone estaria mantendo conversações com a mexicana Lala para a compra da Vigor. A empresa é avaliada em torno dos R$ 5 bilhões. A investida da Danone abre um novo front de conflito com a conterrânea Lactalis, também candidata à aquisição da Vigor. As duas multinacionais estão no meio de uma queda de braço junto às autoridades antitruste. E, curiosamente, ao menos nessa contenda, a associação entre a Danone e a Vigor já se consumou. Ambas acionaram o Cade na tentativa de barrar a compra da Dairy Partners Americas Brasil, joint venture entre a Nestlé e a Fonterra, pela Lactalis. A alegação é que o negócio provocará concentração de mercado nos segmentos de iogurte, sobremesas e, notadamente, leite fermentado, no qual a Lactalis passará a ter algo em torno de 60% de participação. Nesse contexto, a própria Vigor passou a ter um peso ainda maior na balança do setor. Para a Danone, a aquisição seria uma forma de contrabalançar o avanço de market share da sua concorrente francesa. Consultada pelo RR, a Vigor não se manifestou. A Danone, por sua vez, disse que “não comenta especulações de mercado”.  

Se visto por uma grande-angular, o duelo entre a Danone e a Lactalis no maior mercado consumidor da América Latina reproduz o acirramento da competição entre ambas em sua própria terra natal. Lá a briga vai muito além do setor de laticínios. No ano passado, ao atingir um faturamento da ordem de 28 bilhões de euros, a Lactalis tornou-se o maior conglomerado agroalimentar da França, desbancando exatamente a Danone. Mais do que isso: entrou no top 10 das maiores fabricantes de produtos alimentícios do mundo. Quem perdeu a posição e caiu para o 11º lugar? A Danone levou a pior mais uma vez.  

Em tempo: enquanto a competição entre Lactalis e Danone fervilha, discretamente a mexicana Lala espreita a porta de saída do Brasil. A Vigor, comprada da J&F Investimentos em 2017, vem operando seguidamente no vermelho. Em março, fez uma revolução interna em sua gestão no Brasil, com várias mudanças nas áreas comercial e de marketing. Seriam só medidas paliativas. Desde o fim do ano passado, a Lala busca um comprador para a Vigor. Segundo informações publicadas pelo Pipeline, do Valor Econômico, chegou, inclusive, a sondar os irmãos Joesley e Wesley Batista sobre o interesse da dupla em recomprar a companhia.  

#Cade #Danone #Lactalis #Vigor

Negócios

Vasco está perto de fechar acordo com Serengeti e LCP

5/07/2023
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A SAF do Vasco deve assinar ainda hoje o contrato com o fundo norte-americano Serengeti e com a gestora Life Capital Partners (LCP). Vai seguir, assim, os passos de Botafogo, Cruzeiro e Coritiba, que formalizaram seus acordos com os dois investidores pela manhã – conforme informou o jornalista Rodrigo Capelo, do GE.com. Serengeti e LCP são parceiros da Liga Forte do Futebol (LFF), que reúne 26 clubes brasileiros. O pano de fundo é a disputa entre a Libra, que congrega 15 agremiações, e a LFF. Ou, mais ainda, o duelo entre investidores e advisers pesos-pesados pela primazia de comandar uma nova liga de futebol no Brasil. Se a LFF tem a promessa de aporte do Serengeti e da LCP, a Libra tem ao seu lado o Mubadala. Se a LFF é assessorada pela XP Investimentos, a Libra tem como artífice do seu modelo financeiro o BTG. Ressalte-se que Vasco, Botafogo e Cruzeiro estavam do lado desta última. Mas não concordaram com os termos das negociações e viraram casaca.

Com a adesão das três SAFs – Vasco, Botafogo e Cruzeiro -, esse bloco comercial se fortalece e chega a 65% dos times que disputam a Série A, considerando a média dos últimos cinco anos. Os jogos controlados por este grupo atingem 60% da média histórica de audiência (TV aberta e TV fechada) e das partidas dos 12 clubes de maior torcida do país.

#Life Capital Partners #Serengeti #Vasco

Negócios

Carlyle aumenta seu poder sobre o destino da Tok & Stok

4/07/2023
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Há informações no mercado de que o Carlyle, dono de 60% da Tok & Stok, deverá fazer mais um aporte na empresa ainda neste ano. A capitalização não seria acompanhada pelos acionistas minoritários, o casal Regis e Ghislaine Dubrule, o que acarretaria a diluição da sua participação societária, hoje de 40%. Há cerca de um mês, o Carlyle liderou uma injeção de capital na rede varejista da ordem de R$ 100 milhões. O que se diz dentro da própria Tok & Stok é que a gestora norte-americana pretende aumentar sua posição acionária e consequentemente seu poder sobre a gestão com o objetivo de liderar a venda da companhia mais à frente. Parte dos novos recursos seria utilizada no fortalecimento da operação digital da empresa, que ficou para trás. Até lá, no entanto, há muito o que fazer, a começar pela renegociação de uma dívida de R$ 350 milhões que já levou a rede varejista a fechar 17 lojas. O risco de uma recuperação judicial ainda ronda a companhia. Procurados pelo RR, Carlyle e Tok & Stok não se manifestaram. 

#Carlyle #Tok & Stok

Destaque

Ame Digital está na mira do Mercado Pago

3/07/2023
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O RR apurou que o Mercado Pago está na disputa pela compra da Ame Digital, fintech colocada à venda pela Americanas em meio ao seu processo de recuperação judicial. Com a aquisição, o braço financeiro do Mercado Livre poderá se consolidar como um dos maiores bancos digitais do país, notadamente em soluções de pagamento e crédito ao consumidor. O Mercado Pago mira no que há de mais valioso da Ame: uma carteira com mais de 30 milhões de contas ativas. A fintech nasceu, em 2018, como um apêndice da Americanas, quase que exclusivamente para atender o ecossistema de vendas da rede varejista. Hoje, no entanto, é uma operação independente, que soma ainda cerca de dois milhões de cartões e um volume de movimentações financeiras da ordem de R$ 35 bilhões no ano passado. Ainda assim, está longe de ser um negócio rentável: em 2022, teve um prejuízo de R$ 696 milhões. Procurados pelo RR, Mercado Pago e Americanas não quiseram comentar o assunto.

Além de ser um negócio importante per si, com mais de 45 milhões de contas cadastradas, o Mercado Pago tende a ter um peso cada vez maior para a própria operação do Mercado Livre no Brasil. Principalmente por conta do ambiente de maior concorrência no e-commerce, diante dos investimentos já anunciados pelas chinesas Shein e Shopee no Brasil. Gradativamente, o Mercado Pago tem ampliado seu escopo de atuação: da conta digital e das soluções de pagamento, seus negócios originais, já espraiou sua atuação para a área de segurança, criptomoedas e, mais recentemente, investimentos, com a criação de fundos próprios. 

#Lojas Americanas #Mercado Livre #Mercado Pago

Negócios

Chineses preparam dupla investida no agronegócio em Goiás

3/07/2023
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Uma comitiva de representantes do governo de Goiás – liderada por Daniel Vilela, vice de Ronaldo Caiado – voltou da China, na semana passadas, com boas novas. A YTO Group Corporation, uma das maiores indústrias de máquinas agrícolas do país asiático, selou o projeto de construir uma fábrica de tratores no estado. À boca miúda, assessores de Caiado falam em um empreendimento da ordem de R$ 200 milhões. Além disso, empresas do agronegócio sediadas na província de Shandong, terceira maior da China, sinalizaram o interesse de investir em logística de armazenamento de grãos no estado.  

 

#Ronaldo Caiado #YTO Group Corporation

Negócios

Gasmig é o próximo alvo da Energisa na distribuição de gás

30/06/2023
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Após comprar a ES Gás, seu primeiro negócio no setor, a Energisa já prepara um passo ainda maior. A família Botelho sinalizou ao governador Romeu Zema o firme interesse em participar da privatização da Gasmig. Nas últimas semanas, Zema e seus assessores têm mantido conversações com potenciais candidatos à compra da empresa – o objetivo do governo mineiro é realizar o leilão da estatal até o primeiro trimestre de 2024. A investida sobre a Gasmig dá uma dimensão do apetite da Energisa pelo mercado de distribuição de gás. O grupo comandado por Ivan e Mauricio Botelho deverá enfrentar a concorrência dos dois grandes players privados do setor – a Compass, leia-se Cosan, e a espanhola Gas Natural. 

#Compass #Energisa #ES Gás #Gasmig

Negócios

Pepsico desponta como candidata à compra da Dori

27/06/2023
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A Pepsico, segundo o RR apurou, entrou no rol de candidatos à aquisição da Dori. A fabricante de snacks e doces, localizada em Marília (SP), foi colocada à venda pela família Barion, acionista majoritária, e pelo fundo inglês Acon.  As conversas com a Pepsico são conduzidas pelo JP Morgan. Outras multinacionais do setor, a exemplo da Mondelez, também demonstraram interesse pelo negócio. O sortido portfólio da Dori, empresa com faturamento da ordem de R$ 1,2 bilhão ao ano, vai de balas a amendoim. Trata-se de um menu que aumentaria razoavelmente a presença da Pepsico nas gôndolas do varejo brasileiro. A gigante global da área de bebidas e alimentos é dona de marcas como Elma Chips, Cheetos e Lay´s. Perguntada sobre as negociações, a Pepsico informou que “não comenta especulações de mercado”. A Dori não quis se manifestar.

#Dori #Pepsico

Negócios

Enel rearruma suas operações em energia renovável

26/06/2023
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A Enel está passando por uma rearrumação dos seus negócios no Brasil. Além do processo de venda da cearense Coelce – CPFL e Equatorial estão do outro lado da mesa -, o grupo italiano discute possibilidades de associação na área de geração renovável. Há dois modelos em análise: a cisão de todos os ativos em energia limpa em uma nova empresa, com a venda de parte do capital, ou a busca de sócios especificamente para cada projeto. No momento, segundo a fonte do RR, a balança pende mais para este segundo cenário. Emissários da Enel têm conversado com gestoras de private equity. Uma delas seria a Cubico Sustainable Investments, de Londres, que tem como acionistas os fundos Ontario Teachers Pension Plan e PSP Investments. Consultada, a Enel disse que “não comenta rumores”.

#Enel #Energia renovável

Destaque

BNDES cerca a Embraer por todos os lados

26/06/2023
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O BNDES quer entrar no capital da Eve, a fabricante de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL na sigla em inglês) controlada pela Embraer. Não faltam motivações para esse movimento. Ao se associar à empresa, o banco de fomento aumentaria o apoio a uma indústria nascente e hoje uma das maiores apostas de longo prazo da Embraer. Somando-se todas as cartas de intenção firmadas até agora, a Eve já contabiliza mais de 2,8 mil encomendas potenciais do veículo, conhecido como “carro voador”. No fim do ano passado, o BNDES aprovou um financiamento da ordem de R$ 490 milhões para a empresa. A cifra representa 75% do valor total que a Embraer prevê investir na fase de desenvolvimento e testes do protótipo. É o que se pode chamar de um “empréstimo-decolagem”, para tirar o projeto do chão. No entanto, a necessidade maior de recursos ainda está por vir. O BNDES deverá ter um papel importante no financiamento de contratos de venda do eVTOL. A Eve enfrenta uma concorrência que já está alguns pés acima, tanto em termos de desenvolvimento tecnológico quanto de funding. É o caso da norte-americana Joby Aviation e da alemã Lilium, fabricantes de “carros voadores” que receberam mais de US$ 900 milhões do braço de venture capital da Lufthansa. A também norte-americana Archer, por sua vez, contou com um aporte da United Airlines.

Financiar por financiar, o BNDES poderia se limitar à aprovação de empréstimos para a Eve. No entanto, a investida na companhia é um movimento de maior altitude. Trata-se de uma questão de Estado. A entrada no capital da fabricante de “carros voadores” é vista no BNDES como uma forma, mesmo que indireta, de aumentar seu poder dentro da Embraer. O governo Lula não esconde de ninguém que pretende ter maior influência na condução da companhia, para além dos direitos que lhe são garantidos pela golden share detida pela União. Recentemente, o próprio BNDES, dono de 5,4% do capital da companhia, trabalhou para emplacar um representante no Conselho de Administração. O eleito foi Marcio Rosa, atual secretário-executivo do Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio (MDIC) e nome de confiança do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin.

#BNDES #Embraer #Eve #eVTOL #Ministério de Indústria

Destaque

Pátria e Vinci Partners disputam aquisição de plano de saúde

23/06/2023
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A venda da Smile Saúde deflagrou uma disputa entre alguns dos principais nomes do setor de private equity no Brasil. Segundo o RR apurou, Pátria Investimentos e Vinci Partners estariam no páreo para comprar a empresa de medicina de grupo pernambucana, dona de uma carteira de aproximadamente 80 mil vidas. Há informações de que a Kinea, leia-se Itaú, corre por fora. No caso do Pátria e da Vinci, o pano de fundo é a estratégia das duas gestoras em montar um mosaico de participações no mercado de planos de saúde. A primeira já caminhou nessa direção de forma mais enfática. O Pátria é dono da Athena Saúde, empresa que reúne oito operadoras do setor, como uma carteira somada de mais de um milhão de vidas. A Vinci, de Gilberto Sayão, ainda está alguns passos atrás: em 2021, comprou uma participação na Oeste Saúde, operadora no interior de São Paulo. Para ambas, a aquisição da Smile Saúde seria um passaporte para o mercado nordestino. A Kinea, por sua vez, ensaia sua volta ao game. A gestora do Itaú teve uma participação de 49% no Centro Clínico Gaúcho, vendida em 2021 para a Notre Dame Intermédica. 

Os acionistas da Smile Saúde estariam pedindo cerca de R$ 250 milhões, o que revela uma readequação do valuation da companhia às mudanças de humores do mercado. No início deste ano, a Hapvida chegou a fechar a compra da Smile Saúde por R$ 300 milhões. No entanto, a operação acabou reprovada pelo Cade, o que levou novamente a empresa para o balcão de venda.  

#Pátria Investimentos #Smile Saúde #Vinci Partners

Negócios

Votorantim e CPPIB querem esticar aliança para o real estate

23/06/2023
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Os negócios conjuntos entre os Ermírio de Moraes e o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) podem ganhar um terceiro vértice. Há conversas para uma associação na área de real estate, por meio da Altre. A companhia reúne os ativos imobiliários da Votorantim, uma carteira da ordem de R$ 3 bilhões. Os investimentos estão quase todos concentrados em São Paulo, mas a entrada do fundo canadense daria uma nova dimensão à Altre, acelerando os planos internacionais da companhia. O braço de real estate da Votorantim vem, desde o início do ano, prospectando negócios nos Estados Unidos, notadamente em Nova York e na Flórida. E os canadenses já são de casa. Os Ermírio de Moraes e a CPPIB caminham de braços dados em duas grandes operações: a Auren, que atua em geração eólica e renovável, e a recém-criada Floen, para investimentos em transição energética. Em contato com o RR, a CPPIB informou que “é sua política não comentar rumores de mercado”. A Votorantim não se pronunciou.

#Canada Pension Plan Investment Board #Ermírio de Moraes #Votorantim

Negócios

Licitação do saneamento em Porto Alegre deve ir para a geladeira

23/06/2023
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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, está repensando o timing para a concessão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). Além de assessores e aliados políticos, a recomendação de adiamento do projeto vem do próprio BNDES, responsável pela modelagem da operação. O motivo é o imbróglio jurídico em torno da privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), realizada em dezembro do ano passado. A Aegea arrematou a empresa por R$ 4,1 bilhões, mas, seis meses depois, o futuro da estatal ainda é uma incógnita. Há diversas ações judiciais cruzadas, a maioria movidas por trabalhadores da Aegea, contra a privatização. Difícil imaginar que, no meio desse cenário, os investidores do setor tenham estômago para disputar o leilão da DMAE – um enclave em Porto Alegre, cercada de concessões da Corsan por todos os lados. Na Prefeitura e no BNDES, há o temor de uma licitação deserta, sem propostas.

#Aegea #BNDES #Corsan #Porto Alegre

Negócios

Totvs busca capital para crescer no e-commerce

20/06/2023
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Há rumores no mercado de que a Totvs planeja realizar um follow on. A captação serviria de combustível para um plano de aquisições. A Totvs pretende avançar, sobretudo, no segmento de serviços de tecnologia para e-commerce. Como se não bastasse a intensa disputa entre os grandes grupos brasileiros de varejo online, os investimentos de sites chineses no Brasil, como Shein e Shopee, promete dar um impulso extra ao segmento. O mercado, ao que parece, já está precificando algum movimento mais aguda da Totvs: nos últimos dois meses, o papel acumula uma alta de 15%. A cotação, próxima dos R$ 30, atingiu o maior patamar desde maio do ano passado. O RR entrou em contato com a Totvs, mas a empresa disse que não iria “comentar o tema”. 

#e-commerce #Shein #Shopee #Totvs

Negócios

CCR e Zurich estudam aterrissar no aeroporto de Cabo Frio

15/06/2023
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CCR e Zurich Airport Brasil avaliam disputar, em conjunto, a licitação do Aeroporto de Cabo Frio. O interesse se deve, sobretudo, a sinergias de ordem geográfica. A dupla já administra os aeroportos de Macaé, também no Norte Fluminense, e de Vitória (ES). O futuro operador terá de investir cerca de R$ 140 milhões no terminal. O leilão está marcado para 11 de julho. Isso se ocorrer mesmo. A concorrência do Aeroporto de Cabo Frio está cercada de denúncias de irregularidades e suspeições de favorecimento ao atual operador do Aeroporto, a Costa do Sol, pertencente ao Grupo Aeropart – conforme o RR informou. 

#CCR #Grupo Aeropart #Zurich Airport Brasil

Destaque

São Carlos “paga” a fatura da fraude da Americanas

2/06/2023
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A São Carlos Empreendimentos – holding que reúne investimentos imobiliários de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles – parece estar pagando parte da conta da fraude contábil da Americanas. Literalmente. Há informações no setor que a empresa estuda se desfazer de alguns dos principais empreendimentos do seu portfólio, notadamente em São Paulo. Um dos ativos sobre o balcão seria o Edifício Corporate Plaza, um edifício de 17 andares na Chácara Santo Antônio. Corre também à boca miúda que a São Carlos estaria disposta a se desfazer da EZ Towers – Torre A, uma mega torre de escritórios na região da Berrini, com 31 pavimentos. Trata-se de um dos pingentes mais valiosos no colar de ativos da companhia – o edifício representa cerca de 14% da ABL (Área Bruta Locável) do portfólio de escritórios da companhia.   

Coincidência ou não – muito provavelmente, não -, desde que o escândalo da Americanas estourou, a São Carlos tem vendido ativos da sua carteira em um ritmo sem precedentes. Em março, se desfez do Edifício Leblon Green, na Zona Sul do Rio, por R$ 91 milhões. Em abril, negociou, por R$ 90 milhões o Edifício Itaim Center. No mesmo mês, vendeu o edifício João Brícola, que sediou a loja de departamentos Mappin por mais de 60 anos, ao valor de R$ 71,5 milhões. A eventual venda do Corporate Plaza e da EZ Towers teria um impacto maior e daria uma outra ordem de grandeza à alienação de ativos da empresa de Lemann, Telles e Sicupira. Para efeito de comparação, há cerca de três anos, o BTG comprou a Torre B da EZ Towers por quase R$ 1 bilhão. Não que o trio precise. Mas, apenas a título ilustrativo: esse valor já cobriria pouco mais de 8% do aporte de capital da Americana prometido por Lemann e cia. – da ordem de R$ 12 bilhões.

No setor de real estate, a redução no portfólio da São Carlos tem alimentado rumores até mesmo sobre a continuidade de Lemann, Sicupira e Telles no negócio. Em conversa com o RR, a companhia afirmou que “a reciclagem de ativos faz parte do modelo de negócio da companhia que c/tem como objetivo comprar, realiza retrofit, alugar e vender os imóveis com ganho de valor sobre o valor pago”. Perguntada sobre a possibilidade de venda do próprio controle da companhia, a São Carlos garantiu que “Não há nenhum movimento dos acionistas nesse sentido.”   

A São Carlos Empreendimentos e a Americanas estão historicamente imbricadas. A empresa de real estate nasceu nos anos 80 exatamente para administrar os imóveis da rede varejista. Cresceu e se tornou dona de uma das mais valiosas carteiras de ativos imobiliários, notadamente corporativos, do país. Ao longo do tempo, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles foram pulverizando suas participações acionárias na companhia entre os herdeiros. A composição societária da São Carlos é uma galeria dos três afortunados sobrenomes: ao todo, dez filhos de Lemann, Sicupira e Telles dividem o controle da empresa. Na prática, porém, todo o mercado sabe que é o trio que dá as cartas na São Carlos.  

#Beto Sicupira #Jorge Paulo Lemann #Lojas Americanas #Marcel Telles #São Carlos Empreendimentos

Negócios

Seguradora da Vinci Partners entra no radar do BTG

2/06/2023
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O BTG é um dos candidatos à compra da Austral, companhia de seguros e resseguros controlada pela Vinci Partners, de Gilberto Sayão. O mandato de venda da empresa está nas mãos da consultoria Seneca Evercore. A Austral fechou 2022 com R$ 5,2 bilhões em ativos, um aumento de 33% em relação ao ano anterior, além de um faturamento de R$ 3 bilhões. O interesse do banco de André Esteves repousa, sobretudo, na carteira de resseguros da empresa. Os prêmios ganhos somaram R$ 1,4 bilhão no ano passado, um salto de 65% na comparação com 2021. Por falar em salto, a eventual compra da Austral permitiria ao BTG galgar várias posições no ranking brasileiro do setor de resseguros, saindo da 9ª posição para o top four, atrás apenas do IRB, Munich Re e Mapfre. Procurado pelo RR, o BTG informou que não comentaria o assunto. A Vinci, por sua vez, não retornou. 

Ressalte-se que esta não é a primeira vez que a Vinci coloca a Austral sobre o balcão. Nos últimos cinco anos, a gestora fez ao menos duas tentativas de negociar a empresa. Em uma dessas ocasiões, esteve perto de fechar negócio a chinesa Fosun, mas, na hora H, o acordo micou. 

#BTG #Gilberto Sayão #Vinci Partners

Negócios

Herdeiros do “Rei dos Cassinos” de Macau apostam no Brasil

1/06/2023
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A SJM Holdings, proprietária de 14 cassinos em Macau, fez chegar ao Ministério do Turismo o interesse em investir no Brasil. O grupo acena com a construção de um resort no Nordeste, caso o Senado aprove o projeto de lei que libera o jogo no país – já votado na Câmara. A SJM pertence aos herdeiros de Stanley Ho. Morto em 2020, o magnata nascido em Hong Kong era considerado o “rei dos cassinos” de Macau. Não é de hoje que o grupo asiático joga suas fichas pela mudança na legislação brasileira. A SJM é tida em Brasília como uma das principais mantenedoras da estrutura de lobby montada dentro do Congresso brasileiro para a liberação dos cassinos no país.

#Ministério do Turismo #SJM

Negócios

Equatorial Energia avança mais um passo rumo à Enel Ceará

31/05/2023
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Corre no setor elétrico a informação de que a Equatorial Energia já teria formalizado uma proposta para comprar a Enel Ceará, a antiga Coelce. A empresa é assessorada pelo Itaú BBA. A CPFL, leia-se State Grid, também está na disputa. A italiana Enel avaliou a distribuidora cearense em aproximadamente R$ 8 bilhões. Ao RR, a Equatorial disse que “o grupo está sempre atento a oportunidades nos segmentos que atua, mas não comenta sobre possibilidades específicas de negócios ou aquisições”. A Enel, por sua vez, informou que “não comenta rumores”.

#Equatorial Energia

Negócios

Ex-sócio do SoftBank é candidato à compra de clubes de futebol no Brasil

31/05/2023
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Marcelo Claure, ex-sócio diretor do SoftBank na América Latina, tem sido assediado por dois grandes bancos de investimento brasileiros com mandatos para a venda de SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol). Na mesa, surgem os nomes do Juventude e do Guarani. Claure é visto pelas instituições financeiras como um player natural a entrar nesse jogo no Brasil, seja pelos negócios que mantém no país, seja por suas conexões internacionais e pelos investimentos já realizados no futebol. Nascido na Guatemala e filho de pais bolivianos, ele é dono do Bolívar, clube de La Paz, e sócio do Inter Miami e do Girona, na Espanha. Claure é uma holding. Acumula também o cargo de CEO da Shein no Brasil e está montando uma nova operação de venture capital no país, projeto, por sinal, que enfrenta alguns percalços, conforme o RR já noticiou (https://relatorioreservado.com.br/noticias/softbank-corta-investimentos-no-brasil/).

#Marcelo Claure

Negócios

Mubadala negocia com bancos credores para avançar no capital da Atvos

26/05/2023
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Após fisgar a participação do fundo norte-americano Lone Star, o Mubadala vai partir para o segundo tempo da aquisição do controle da sucroalcooleira Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial). O fundo árabe, dono de 31% da companhia, pretende comprar parte das ações em poder dos bancos credores. As instituições financeiras ficaram com aproximadamente 60% do capital ao trocar debt por equity. A engenharia societária e o avanço do Mubadala no capital da Atvos passam, ainda que indiretamente, pelo governo. Os dois principais bancos antes credores e agora sócios da empresa são o BNDES e o Banco do Brasil. Procurados pelo RR, os dois bancos estatais não quiseram comentar o assunto.

#Mubadala

Negócios

GLP quer comprar centros de distribuição do Carrefour

23/05/2023
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A GLP (Global Capital Partners) desponta como forte candidata à aquisição de quatro centros de distribuição do Carrefour no Brasil, localizados em Porto Alegre, Salvador, Recife e Osasco. A operação pode movimentar algo em torno de R$ 800 milhões. O grupo varejista quer fazer caixa para reduzir sua alavancagem financeira, pressionada com a compra da rede Big. A GLP, de Cingapura, é dona de um dos maiores portfólio de galpões e unidades de armazenamento no mundo, com mais de US$ 120 bilhões em ativos. Procurada pelo RR, a empresa disse que “não comenta sobre especulações de mercado.” O Carrefour não retornou até o fechamento dessa matéria. 

#Carrefour #Global Capital Partners

Destaque

Yduqs e Cogna podem dividir a mesma sala de aula

19/05/2023
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Yduqs e Cogna vêm mantendo conversações para uma possível fusão. As tratativas estariam sendo lideradas pelo empresário Chaim Zaher e pelo executivo Rodrigo Galindo. Ou seja: respectivamente, o segundo maior acionista individual da Yduqs e o presidente do Conselho e, há anos, homem forte na administração da Cogna. Seria o maior M&A da história do setor no Brasil. A associação levaria à criação de um potentado da área de educação, com mais de dois milhões alunos e cerca de 200 campi em todo o país. A nova empresa teria ainda uma receita somada da ordem de R$ 8 bilhões e um Ebitda combinado em torno de R$ 2,5 bilhões, a números de 2022.  

De acordo com a fonte do RR, com a ascensão de Zaher no capital da Yduqs – em menos de dois anos, ele quase dobrou sua participação, hoje de 11% – a Yduqs tem feito seguidos movimentos no mercado para uma fusão. Recentemente, teria mantido conversações também com a Ser Educacional, do empresário cearense Janguiê Diniz. Nada que se compare ao impacto que uma associação entre Yduqs e Cogna poderá ter sobre o mercado, criando um grupo quase inalcançável na área de ensino superior. Nesse sentido, a operação teria um fator de complexidade: passar pelo crivo do Cade. Não custa lembrar que Yduqs e Cogna já estiveram perto de uma fusão em 2017, quando ainda atendiam, respectivamente, pelos nomes de Estácio e Kroton. A associação, no entanto, foi barrada pelo órgão antitruste. Eram outros tempos. Nas duas empresas, a percepção é que o Cade tem adotado uma postura mais flexível em negócios desse porte, vide a recente aprovação das fusões entre BR Malls e Aliansce e Localiza e Unidas.  

Ressalte-se que a retomada do Fies pelo governo Lula pode dar uma dimensão ainda maior ao negócio. As projeções do mercado indicam que os grandes grupos do segmento de ensino superior terão saltos expressivos de receita nos próximos quatro anos com a ressurreição do programa de crédito. As ações do setor já precificam essa expectativa. Desde o início do ano, por exemplo, o valor de mercado de Yduqs subiu 22%. No caso da Cogna, o aumento acumulado é de 17%. 

#Aliansce #BR Malls #Cade #Chaim Zaher #Cogna #Ebitda #Rodrigo Galindo #Yduqs

Negócios

O retorno ao game de um velho conhecido da Lava Jato

19/05/2023
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Após enfrentar os percalços da Lava Jato, o executivo Eduardo Antonello, ex-CEO da Golar Power, está de volta ao mercado. Em conversas com investidores do setor, tem acenado com a promessa de projetos grandiosos na área de GNL (Gás Natural Liquefeito). O track records joga a seu favor. Enquanto esteve à frente da Golar Power – uma joint venture entre a norueguesa Golar LNG e o fundo norte-americano Stonepak -, Antonello liderou uma leva de empreendimentos no segmento. Hoje a empresa tem oito terminais de regaseificação de GNL já em operação ou em construção no país. A volta ao setor será um bom teste do quanto a citação na Lava Jato arranhou a reputação de Antonello. O executivo foi investigado por suspeitas de corrupção em contratos entre a Seadrill – empresa de perfuração em águas profundas que ele dirigia – e a Petrobras. Posteriormente, o STJ anulou as investigações.  

#Golar Power #Petrobras #Stonepak

Negócios

M. Dias Branco entra na disputa pela aquisição da Dori

18/05/2023
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A M. Dias Branco avalia a compra da Dori, fabricante de salgados e balas controlada pelo fundo norte-americano Acon. O mandato de venda da empresa está nas mãos do JP Morgan, já procurado por grandes grupos internacionais, como Mars, Hersheys e Mondelez – segundo informou o Pipeline, do Valor Econômico. A aquisição representaria a entrada da M. Dias Branco, um dos maiores fabricantes de massas e biscoitos do Brasil, no chamado segmento de guloseimas. Com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão, a Dori tem um portfólio sortido, que vai de amendoins e outros aperitivos a chicletes. A princípio, são prateleiras distantes daquelas tradicionalmente ocupadas pela M. Dias Branco. No entanto, nos últimos anos, o grupo da família Dias Branco, um conglomerado com vendas anuais de R$ 10 bilhões, tem feito movimentos para reduzir sua exposição ao trigo. A diversificação já levou a empresa aos segmentos de snacks e de condimentos. 

#M. Dias Branco

Negócios

Magazine Luiza surge como candidata à compra de ativo da Americanas

18/05/2023
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O Grupo Uni.co, colocado à venda pela Americanas, foi oferecido ao Magazine Luiza. A conversa é conduzido pelo Citibank, que está com o mandato para a venda da companhia. Nos últimos três anos, a empresa de Luiza Helena Trajano manteve uma política voraz de M&As, com mais de 20 aquisições. A ver se o apetite segue o mesmo, com a retração do consumo e a crise de desconfiança no varejo, deflagrada pela fraude contábil da própria Americanas. Ressalte-se que, nesta semana, o Magazine Luiza reportou ao mercado resultados frustrantes. Entre janeiro e março, a empresa teve perdas de R$ 309 milhões, o que significou o quinto trimestre consecutivo no vermelho. O Ebitda, de R$ 448 milhões, ficou 12% abaixo das projeções. O mercado respondeu rapidamente aos números: em um único pregão, o papel caiu 18%. O que não chega a ser uma novidade na trajetória recente da companhia: desde o pico histórico da ação – R$ 24,20 em novembro de 2020 -, o valor de mercado do Magazine Luiza caiu 85%. Entre tantos indicadores decepcionantes, há, ao menos, um importante contraponto: as vendas das lojas físicas da rede subiram 6,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022, acima do crescimento da receita geral do grupo (3,5%). Esse bom desempenho no varejo presencial pode ser um estimulante para a aquisição do Grupo Uni.co. 

O Grupo Uni.co reúne as lojas Imaginarium, Puket e Lovebrands. São aproximadamente 420 lojas, todas no sistema de franquia. O que se diz no mercado é que a Americanas já se dará por satisfeita em empatar o valor pago na compra do Grupo Uni.co em 2021 -cerca de R$ 350 milhões, entre a aquisições de ações e assunção de dívida. No entanto, por todas as circunstâncias já sabidas, a posição da companhia de Jorge Paulo Lehman, Marcel Telles e Beto Sicupira à mesa de negociações é extremamente frágil. 

#Citibank #Grupo Uni.co #Lojas Americanas #Magazine Luiza

Negócios

Fundo da CSHG pode ser o novo “senhorio” de sede do Pão do Açúcar

17/05/2023
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O fundo CSHG Renda Urbana II, da Credit Suisse Hedging Griffo, tem interesse na compra da sede do Pão de Açúcar em São Paulo. O Casino está pedindo cerca de R$ 250 milhões pelo imóvel, no formato sale and leaseback, ou seja, mantendo um contrato de locação do edifício. O CSHG Renda Urbana II vem se mantendo razoavelmente imune à crise global do Credit Suisse. Com ativos totais da ordem de R$ 2,5 bilhões, tem sido um dos fundos de real estate mais agressivos do setor, notadamente em São Paulo. 

#Credit Suisse Hedging Griffo ( #Pão de Açúcar

Negócios

Paramount entra na briga pela Eurocopa 

11/05/2023
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A Paramount pretende disputar os direitos de transmissão da Eurocopa 2024 no Brasil. As negociações são conduzidas pela suíça CAA Eleven, parceira da UEFA na comercialização do torneio. A plataforma de streaming – leia-se a norte-americana Viacom, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo – tem feito pesados investimentos na América do Sul. No passado, adquiriu um pacote com os direitos sobre 154 partidas da Taça Libertadores e da Sul-Americana, além de ter contratado a peso de ouro narradores e comentaristas.

#Eurocopa #Paramount

Negócios

Venda da participação da Cemig na Taesa está por um fio

11/05/2023
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O RR apurou que a Cemig está em negociações avançadas para a venda da sua participação na Taesa para a colombiana ISA, também acionista da empresa de transmissão. Tomando-se como base apenas o valor de mercado, a fatia da estatal mineira – 21,6% do capital total – está avaliada em aproximadamente R$ 2,5 bilhões. De acordo com a mesma fonte, a Cemig foi sondada por outros grupos da área de transmissão, como a chinesa State Grid, e por fundos de private equity. Mas a ISA pretende exercer sua opção sobre a participação da sócia. Com a operação, assumirá o controle da Taesa, saltando de 26% para 52% das ações ordinárias.  

A Cemig tem acelerado o processo de alienação de ativos considerados não estratégicos. No mês passado, vendeu para Furnas/Eletrobras as hidrelétricas Retiro Baixo e Baguari Energia, por R$ 600 milhões. Em agosto, vai leiloar um pacotão com 15 PCHs. Os recursos serão destinados a investimentos em negócios nos quais a Cemig tenha controle acionário, sobretudo em geração renovável. 

#Cemig #Eletrobras #Furnas #ISA #Taesa

Negócios

Mobly e Westwing reabrem tratativas para fusão

8/05/2023
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Corre no mercado que a c reabriu conversações com a Westwing para uma possível fusão. O M&A daria origem a um negócio com faturamento anual na casa de R$ 1 bilhão. As duas redes de móveis e artigos de decoração chegaram a conversar sobre uma possível associação há pouco mais de um ano e meio, mas as tratativas não avançaram. De lá para cá, muita coisa mudou. E não exatamente para melhor. As duas empresas operam seguidamente no vermelho. No ano passado, Mobly e Westwing tiveram um prejuízo, respectivamente, de R$ 84 milhões e de R$ 54 milhões. O Ebitda combinado da dupla foi de R$ 84 milhões negativos. A reaproximação das duas empresas é uma má notícia para a Tok & Stok. Em delicada situação financeira, esta última vem negociando há meses uma fusão com a própria Mobly. No entanto, as conversas esbarram na dívida da Tok & Stok, de R$ 600 milhões – ver RR. Procurada pelo RR, a Westwing não quis se manifestar. Já a Mobly disse que “conversa com diversos players do mercado a todo momento, sobre diversos assuntos e posições. Caso alguma dessas conversas evolua em algum sentido, faremos prontamente todas as comunicações necessárias conforme norma aplicável.”. Para bom entendedor…  

 

#Mobly #Westwing

Destaque

Natura corta operações da Avon International

8/05/2023
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Após se desfazer da australiana Aesop, vendida para a L´Oréal, a Natura parte agora para a reestruturação da Avon International, braço que reúne os negócios da marca em 38 países na Europa, África e Ásia. O corte na carne vai ser profundo. Segundo o RR apurou, a Avon International vai ser retalhada, com o encerramento das atividades em diversos mercados deficitários, notadamente na África e no Leste Europeu. Rússia e Ucrânia vão puxar a fila. Na esteira da guerra, o faturamento da Avon nos dois países caiu mais de 30% no ano passado. As operações na Romênia, Bulgária e Moldávia também estão na linha de tiro. A tendência é que, ao fim da reorganização, a Avon International esteja reduzida a menos da metade dos países em que atua hoje. E, em alguns casos, sem operação própria, mas somente por meio de franquias. Consultada, a Natura não se manifestou. 

Ao contrário dos negócios da marca na América Latina, a Avon International tem sido sinônimo de perdas recorrentes. Em 2022, a receita combinada caiu 23% em relação ao ano anterior. O negócio tem queimado o caixa da Natura seguidamente. A divisão fechou o ano passado com Ebitda negativo de R$ 74 milhões. No entanto, quando se olha especificamente para o quarto trimestre, o estrago foi bem maior: um Ebitda de R$ 223 milhões negativos. Segundo o RR apurou, a direção da Natura, à frente o CEO, Fabio Barbosa, chegou a avaliar a venda integral da operação. A proposta, no entanto, teria sido engavetada em razão da resistência do Conselho de Administração, onde estão aninhados os três controladores da empresa – Pedro Passos, Guilherme Leal e Antonio Luiz Seabra.   

#Avon International #L´Oréal #Natura

Negócios

Foi dada partida para a corrida pela compra da Eluma

4/05/2023
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A Termomecânica, uma das principais fabricantes de tubos do Brasil, uma grande empresa de outro setor e um fundo de investimento estariam em conversações com a Paranapanema para a compra da Eluma. A companhia está na prateleira desde o início do ano. A venda da Eluma é uma das poucas alternativas para a Paranapanema fazer caixa e abater parte do seu passivo. A holding minerometalúrgica tem uma dívida total na casa dos R$ 3 bilhões. Ressalte-se que, desse montante, apenas R$ 450 milhões estão protegidos pela recuperação judicial, processo iniciado em dezembro do ano passado. Ou seja: há quase R$ 2,5 bilhões em dívidas a descoberto, quase todas bancárias. 

Todos os candidatos a aquisição da Eluma estão em condições competitivas. Porém, em termos de sinergia e posição de mercado, ninguém teria mais a ganhar com a aquisição do que a Termomecânica. A empresa da família Arena passaria a ter algo perto de 50% das vendas de tubos de cobre sem costura para o setor industrial. A companhia é um dos maiores fabricantes de derivados do metal no país, com receita líquida superior a R$ 3,5 bilhões. 

#Eluma #Paranapanema #Termomecânica

Negócios

CSN e Vale duelam para ampliar seus domínios no Porto de Itaguaí

3/05/2023
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Promete ser acirrada a disputa pela concessão do novo terminal do Porto de Itaguaí (RJ), o ITG 02. Segundo informações filtradas junto à Antaq, CSN e Vale já sinalizaram que vão participar da disputa. Sob certo aspecto, trata-se de um duelo que remonta aos tempos em que as duas empresas detinham participações cruzadas e eram sócias da Sepetiba Tecon, parceria esta rompida em 2009. Já no primeiro ano de contrato, o futuro concessionário precisará investir cerca de R$ 3 bilhões no ITG 02. Projetado para movimentar cerca de 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, o novo terminal surge como um ativo estratégico tanto para a CSN quanto para a Vale, que já operam no Porto de Itaguaí, por meio, respectivamente, da Sepetiba Tecon e da Companhia Portuária de Sepetiba (CPSB). O complexo portuário é o maior escoadouro de minério de ferro do Brasil, concentrando cerca de 85% das exportações do produto.  

#Antaq #CSN #Vale do Rio Doce

Negócios

Acelen vira o grande hub de energia verde do Mubadala no Brasil

2/05/2023
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O Mubadala avança no projeto de transformar a Acelen em ponta de lança para seus investimentos em transição energética no Brasil. Segundo o RR apurou, a empresa tem feito estudos para entrar em geração renovável, com a compra de projetos ainda em desenvolvimento de usinas eólicas e solares. Há informações de que o fundo árabe já tem ativos na mira no Nordeste, inclusive usinas colocadas à venda por um grande grupo de energia europeu. Outro alvo é a produção de hidrogênio verde, um passo que ficaria para um segundo momento. A Acelen nasceu com os dois pés na “energia suja”: foi criada para assumir o controle da refinaria de Mataripe, comprada pelo Mubadala junto à Petrobras. No entanto, tem feito sua própria transição energética a passos largos. Há pouco mais de um mês, anunciou investimentos de R$ 12 bilhões iniciar a produção de diesel “verde” e bioquerosene de aviação. 

#Acelen #Mubadala

Destaque

Risco de recuperação judicial bate à porta da Tok & Stok

28/04/2023
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O RR apurou que a direção da Tok & Stok avalia a hipótese de entrar com um pedido de recuperação judicial da companhia. A medida vem sendo discutida com a consultoria Alvarez & Marsal, praticamente sinônimo de processo de RJ no Brasil. Segundo o RR apurou, o próprio retorno da empresária Ghislaine Dubrule à gestão executiva, formalizado na semana passada, estaria diretamente ligado ao possível pedido de recuperação judicial. A presença da acionista majoritária na linha de frente do processo seria uma tentativa de angariar o apoio dos credores à reestruturação da Tok & Stok e, ao mesmo tempo, estancar a desconfiança dos bancos e dos parceiros comerciais em relação à própria continuidade das atividades da companhia.    

De acordo com a mesma fonte, dois fatores principais empurram a Tok & Stok na direção da recuperação judicial: a recusa dos maiores credores – entre os quais figuram Banco do Brasil e Santander – em renegociar o passivo e o impasse nas tratativas para uma possível fusão com a Mobly, varejista também especializa em móveis e artigos de decoração. Segundo informações apuradas pelo RR, as conversas prosseguem, mas a hipótese de associação tem esbarrado justamente no tamanho da dívida da Tok & Stok, na casa dos R$ 600 milhões. Consultada pelo RR, a Mobly limitou-se a repetir o que já divulgou ao mercado por meio de fato relevante. Confirmou que “esteve em conversas recentes com a Tok & Stok, porém, no momento, não possui qualquer acordo vinculante, de exclusividade ou envio de qualquer oferta referente a uma fusão com a referida empresa.” A Mobly diz ainda que “manterá seus investidores e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos referentes ao assunto em questão.” O RR fez várias tentativas de contato com a Tok & Stok, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para o posicionamento da empresa. 

#Alvarez & Marsal #Banco do Brasil #Mobly #Santander #Tok & Stok

Destaque

Recuo do Mubadala pode detonar a nova gestora de Marcelo Claure

27/04/2023
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Os últimos dias têm sido particularmente tensos para o híbrido de executivo e asset manager Marcelo Claure. Com o chapéu de nº 1 da Shein na América Latina, precisou negociar a toque de caixa um acordo com o governo para atenuar o imbróglio em torno da taxação das empresas de e-commerce asiáticas no Brasil. No figurino de gestor de recursos, por sua vez, Claure está vendo escorrer entre os dedos sua nova investida: a Bicycle Capital, sediada em Miami. Segundo informações que circulam no mercado, o Mubadala está revendo a sua participação no negócio. O movimento se deve à iminente desistência de Paulo Passoni – ex-Softbank, assim como o próprio Claure -, de se associar à Bicycle (conforme publicou o site Pipeline, do Valor Econômico). A avaliação dos árabes é que o risco da operação cresce consideravelmente sem a presença e, sobretudo, o capital que seria carreado por Passoni para o fundo. Caso se confirme, o recuo do Mubadala coloca um ponto de interrogação sobre o próprio futuro da Bicycle. É pouco provável que Claure consiga viabilizar o fundo sem o aporte de US$ 180 milhões prometido pelo Mubadala. A rigor, sobraria apenas Shu Nyatta, um dos fundadores da Bicycle e hoje praticamente rebaixado à posição de funcionário de Claure, sem acesso a deal flow na América Latina. O RR fez várias tentativas de contato com a Bicycle, mas a gestora e Marcelo Claure não se pronunciaram até o fechamento desta matéria. O Mubadala também não se manifestou.

Marcelo Claure, ex-CEO do Softbank Group International, fez uma aposta alta para assumir o comando da Bicycle. Ele comprou mais de 50% da posição de general partner, assumindo, portanto, o papel de gestor. O eventual revés da Bicycle será uma turbulência a mais na (bem-sucedida) trajetória de Claure no mercado financeiro. No ano passado, ele deixou o Softbank em meio a atritos com Masayoshi Son, fundador do conglomerado japonês – um dos maiores investidores globais em venture capital. No grupo, Claure teve um duelo quase sangrento com o indiano Rajeev Misra, gestor do Vision Fund, o grande fundo de capital de risco do Softbank. O embate entre ambos chegou a tal ponto que, em 2020, Misra tentou vincular Claure ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, acusações jamais comprovadas. 

Nascido na Guatemala e filho de pais bolivianos, Marcelo Claure é, por si só, uma holding. Como se não bastasse o duplo papel de executivo da Shein e gestor de fundos, Claure tem sua biografia bastante ligada ao futebol. Ainda jovem, chegou a ter um cargo na Federação Boliviana de Futebol. Mais recentemente montou um portfólio de investimentos pessoais em clubes de futebol, que inclui o Bolívar, de La Paz, o Inter Miami e o Girona, da Espanha.

#Bicycle Capital #Marcelo Claure #Mubadala #Shein #SoftBank

Destaque

Petrobras desata mais uma “amarra” herdada do governo Bolsonaro

26/04/2023
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A Petrobras está desmontando, peça por peça, o arcabouço liberal que ditou sua estratégia de negócios nos últimos quatro anos. Além da revisão dos Termos de Compromisso de Cessação (TCC) firmados com o Cade em 2019 – o que, na prática, significará a manutenção do monopólio da estatal no transporte de gás –, a direção da estatal pretende esvaziar o indicador Delta EVA (Economic Value Added). De 2019 para cá, a ferramenta de gestão tem sido usada pela Petrobras como balizador para a aprovação ou não de novos investimentos, e até mesmo para a decisão de abandonar projetos e hibernar plantas industriais. Mais do que uma mera medida administrativa, o EVA serve como instrumento de apoio ao compliance, pois obriga que a diretoria executiva ou o conselho de administração registre em ata a aprovação de um projeto não rentável de acordo com o indicador.

O fim da utilização desse instrumento permitirá à nova diretoria da empresa a retomada de projetos que foram deixados de lado pelo governo Bolsonaro por não se enquadrarem nos índices de geração de valor apontados pelo EVA. A Petrobras poderá, por exemplo, voltar ao setor de fertilizantes e resgatar antigos empreendimentos, como a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) – algo tratado pelo governo Lula como prioridade estratégica.

Ao mesmo tempo, a quebra desse “teto de gastos” da estatal abre brecha também para movimentos com alguma dose de motivação política. Entram neste rol a exploração de campos terrestres na Bahia, o Comperj, no Rio de Janeiro, e as refinarias Abreu Lima e Clara Camarão, respectivamente em Pernambuco e Rio Grande do Norte – por sinal, terra do presidente da empresa, Jean Paul Prates.

O EVA começou a ser utilizado na gestão de Roberto Castello Branco para calcular o valor adicionado das operações da Petrobras, buscando mensurar a lucratividade real dos negócios para seus acionistas. Deste então, o indicador passou a fazer parte das métricas de topo da companhia, foi inserido como meta no Balanced Scorecard (BSC) das gerências e passou a ser critério para o pagamento de bônus a executivos e empregados.  

Guardadas as devidas proporções, para as últimas gestões da Petrobras, o EVA teve serventia similar ao próprio acordo com o Cade. O TCC com o órgão antitruste acabou se transformando em uma conveniente justificativa para a petroleira acelerar a venda de ativos de refino e da participação na TBG, a transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil. Da mesma forma, o EVA tornou-se uma cômoda muleta para embasar internamente a desmobilização de ativos e a reprovação de projetos com a motivação da baixa rentabilidade para os acionistas.  

Jean Paul Prates sabe que terá desgaste junto ao mercado para implementar essa mudança e já avalia maneiras de substituir um indicador por outro de natureza semelhante. Internamente, também haverá desconforto com o quadro gerencial da estatal, que já está matriculado no EVA. Dentro da Petrobras já se sabe que os responsáveis por administrar o incômodo gerencial serão os executivos de Estratégia e Planejamento, Maurício Tolmasquim, e de Desempenho Empresarial, Eduardo de Nardi Ros.  Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou.

#Cade #Comperj #Jean Paul Prates #Petrobras #UFN III

Negócios

Fundo canadense quer aumentar participação na V.tal

26/04/2023
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De acordo com informações apuradas pelo RR, o fundo de pensão CPPIB tem planos de aumentar sua participação na V.tal. No ano passado, os canadenses aportaram cerca de R$ 2,5 bilhões para ficar com 8,7% da empresa de redes de fibra óptica controlada pelo BTG. O CPPIB tem interesse em comprar parte das ações ainda em poder da Oi, que ainda mantém uma fatia em torno de 42%. Os canadenses querem comprar: a operadora de telefonia, às voltas com a sua segunda recuperação judicial, quer vender. A negociação, no entanto, depende de uma complexa articulação junto à Anatel. O entendimento da Agência é que a OI é obrigada a manter a sua participação na V.tal, uma vez que os ativos da companhia são considerados bens reversíveis. Trata-se de uma figura que remete aos primórdios da privatização da telefonia no Brasil. São considerados bens reversíveis equipamentos, infraestrutura ou qualquer outro ativo, móvel ou imóvel, “essenciais e efetivamente empregados para assegurar a continuidade e a atualidade da prestação”.  

#BTG #CPPIB #V.tal

Negócios

Startup de logística chilena aterrissa no Brasil

25/04/2023
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A startup chilena Wareclouds, que atua na área de logística, prepara seu desembarque no Brasil. Segundo o RR apurou, as primeiras bases de operação da empresa ficarão em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa está em busca de áreas para a instalação de centros de distribuição no país. O Brasil é um dos pilares da estratégia de expansão da Wareclouds na América Latina. A companhia, que recebeu recentemente aporte do fundo americano Plug and Play e do chileno CLIN, está entrando também no México. Assim como Uber, AirBNB e que tais, a Wareclouds nasce na chamada economia da ociosidade. A empresa conecta plataformas de e-commerce e parceiros cadastrados, que cedem sua própria residência para o armazenamento de mercadorias.

#Wareclouds

Negócios

C&C negocia venda do controle para a mexicana Construrama

20/04/2023
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As herdeiras de Aloysio Faria têm ido cada vez mais longe em busca de um comprador para a C&C. O Grupo Alfa estaria em conversações com a mexicana Construrama, pertencente à Cemex, gigante da indústria cimenteira. A eventual aquisição da C&C e de suas 36 lojas representaria o desembarque da companhia no mercado brasileiro. Trata-se de um player capaz de “bagunçar” o tabuleiro do setor. A Construrama é uma das maiores redes de material de construção da América Latina, com quase três mil lojas no México, Colômbia, Costa Rica, EL Salvador, Nicarágua, Porto Rico e República Dominicana. Procurado, o Grupo Alfa não se pronunciou. 

A C&C encontra-se sobre o balcão há mais de seis meses. Até o momento, já houve conversas com importantes grupos do setor, como a francesa Leroy Merlin, e grandes fundos de investimento – um deles teria sido o Advent. No entanto, segundo o RR apurou, proposta firme que é bom até agora nada.  As filhas de Aloysio Faria estão em uma posição razoavelmente difícil à mesa de negociações. O setor de material de construção já não ostenta mais o desempenho verificado durante a pandemia – crescimento de 9,4% em 2020 e de 8,6% em 2021. Em 2022, as vendas subiram apenas 2,5% em relação ao na anterior. Além disso, o mercado brasileiro se encontra superofertado de ativos. A C&C não está sozinha na gôndola.  Tem a companhia da Telhanorte, do grupo Saint-Gobain, à venda há mais de um ano. 

#Advent #C&C #Grupo Alfa

Negócios

Fundo do governo chinês mira energia renovável no Brasil

18/04/2023
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O China-LAC Industrial Cooperation Investment Fund (Clai Fund) pretende investir em projetos de geração renovável no Brasil. O interesse dos chineses já é de conhecimento do Ministério de Minas e Energia. O assunto foi discutido entre representantes do fundo e empresários da área de energia que integraram a comitiva do presidente Lula em sua viagem a Pequim. O Clai Fund dispõe de aproximadamente US$ 5 bilhões voltados exclusivamente para a América Latina. O fundo costuma escoltar grandes corporações chinesas, reforçando o funding para investimentos na região. Ou seja: trata-se de um braço de fomento dos interesses geoeconômicos de Pequim na América Latina. Em 2016, por exemplo, o Clai Fund financiou a Three Gorges na compra dos ativos da Duke Energy no mercado brasileiro. O apetite do fundo ganha ainda maior dimensão pelo crescente investimento de grupos chineses em energia no Brasil. Ressalte-se que o próprio presidente Lula se reuniu, na última sexta-feira, em Pequim, com o presidente da State Grid, Zhang Zhigang. A empresa chinesa reúne ativos na área de transmissão em 14 estados brasileiros.

#China-LAC Industrial Cooperation Investment Fund

Negócios

Grupo uruguaio faz uma aposta tripla no Brasil

18/04/2023
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A disposição do ministro Fernando Haddad de tributar as apostas eletrônicas, ao que parece, não está intimidando os players do setor. Que o diga o Grupo Enjoy, do Uruguai, que já jogou duas fichas na mesa. A companhia está lançando, a um só tempo, uma plataforma de apostas esportivas e um cassino virtual no Brasil. Segundo fonte próxima à empresa, é apenas um aperitivo. O que a Enjoy quer mesmo é replicar do lado de cá da fronteira o seu combo resort/cassino físico, que tanto sucesso faz em Punta del Leste e outros países da América Latina. Ou seja: trata-se de uma aposta a futuro de que o jogo vai ser liberado no país. A Câmara já fez sua parte, aprovando o projeto de lei 442/1991. A proposta agora aguarda votação no Senado. O PL é uma coqueteleira, chamada pelos próprios parlamentares de “liberou geral”: estabelece a reabertura de bingos, legaliza o jogo do bicho e autoriza a abertura de cassinos desde que vinculados a resorts. É justamente o modelo que interessa à Enjoy, leia-se o antigo Conrad.

#Fernando Haddad #Grupo Enjoy #PL #Uruguai

Destaque

JSL prepara mais uma grande operação de M&A na área de logística

17/04/2023
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A JSL quer avançar mais alguns quilômetros em seu férrico processo de consolidação do setor de logística. Segundo o RR apurou, o grupo controlado pela família Simões abriu conversações para a compra da Sequoia. Esta pode ser a sua oitava operação de M&A nos últimos três anos – a maior delas, a incorporação da IC Transportes, foi fechada no mês passado, ao custo de R$ 587 milhões. A JSL mira, sobretudo, na carteira de contratos da Sequoia no varejo, que reúne clientes como Renner, Amazon e Magazine Luiza. Trata-se de um segmento disputado roda a roda pelas grandes empresas de logística, inclusive as globais DHL e Fedex, devido à sua altíssima escala. Estima-se as compras online resultarão em mais de 400 milhões de entregas neste ano no Brasil – mesmo com a taxação do comércio eletrônico, mordida já sinalizada pelo ministro Fernando Haddad. Este foi um dos motivos que, inclusive, levaram a JSL a manifestar seu interesse nos Correios, em 2020, quando o governo Bolsonaro anunciou a privatização da empresa – já devidamente engavetada pela gestão Lula.  

Com a eventual aquisição da Sequoia, a JSL saltaria de um faturamento da ordem de R$ 8,5 bilhões para algo em torno de R$ 10,5 bilhões, com um Ebitda combinado em torno de R$ 1,4 bilhão. Consultadas, as duas empresas não se manifestaram. A Sequoia é hoje um alvo razoavelmente vulnerável. Nos últimos meses, a empresa tem feito contatos com fundos de investimento em busca de um aporte de capital da ordem de R$ 100 milhões. Inicialmente, era o Plano A. No entanto, segundo fonte ligada à empresa, os principais acionistas já consideram a venda do controle. A companhia derreteu na bolsa: no intervalo de um ano, seu valor de mercado despencou 82%, saindo de R$ 1,4 bilhão para aproximadamente R$ 250 milhões. A queda se acentuou nos últimos três meses, devido à contaminação pelo efeito Americanas. Por força das circunstâncias, o principal ativo da Sequoia, seu peso no setor de varejo, é também seu calcanhar de Aquiles. 

#Amazon #Correios #Fernando Haddad #JSL #Magazine Luiza #Renner

Negócios

O novo voo de David Neeleman

17/04/2023
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O fundador e acionista da Azul, David Neeleman, está cruzando novos ares. Segundo fonte próxima ao empresário, Neeleman teria planos de se associar à norte-americana Regent Craft para a produção de planadores elétricos para transporte marítimo. Ele já colocou um pé na companhia: nos últimos dias, assumiu uma cadeira no Conselho Consultivo de Dennis Muilenburg, ex-CEO da Boeing. Até o momento, a Regent já levantou cerca de US$ 50 milhões junto a fundos de investimento, como Thiel Capital e Y Combinator. A empresa já tem uma carteira de pedidos de mais de 400 planadores, no valor total de US$ 8 bilhões. Procurado pelo RR, por meio da assessoria da Azul, Neeleman não quis se pronunciar. 

#Azul #David Neeleman #Regent Craft

Negócios

Lojas Riachuelo aposta suas fichas na expansão do e-commerce

12/04/2023
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A Lojas Riachuelo prepara uma forte reestruturação na sua operação de e-commerce. Será o cartão de visitas do executivo André Farber, ex-CEO da Dafiti, contratado no mês passado. Segundo fonte ligada à empresa, uma de suas prioridades é duplicar até o fim do ano o número de sellers no marketplace da Riachuelo – hoje são cerca de 400. A expansão será concentrada, sobretudo, em parceiros do segmento de moda feminina, o principal negócio do grupo. Hoje, as vendas digitais respondem por algo em torno de 9% do faturamento total da Riachuelo. A missão de Farber é elevar esse número para a casa dos 15%, mais próximo do patamar em que estão suas maiores concorrentes. O principal benchmarking é a Renner: no ano passado, 14,5% do seu faturamento vieram do e-commerce. A medida pode vir a ser um achado para a Riachuelo. Mas, se demorar mais um pouquinho, virá junto com a tributação do comércio eletrônico, já prometida pelo ministro Fernando Haddad. Bem, não se pode ter tudo. 

 

#André Farber #Fernando Haddad #Lojas Riachuelo

Negócios

Caixa Econômica entra no game do venture capital

11/04/2023
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O RR apurou que a diretoria da Caixa Econômica discute a criação de um fundo de venture capital. O passo seguinte seria a montagem de um ecossistema de participações em startups e fintechs. Na mira, soluções inovadoras para a área de crédito habitacional. A Caixa é, sabidamente, a maior financiadora da casa própria no Brasil, com uma carteira de empréstimos imobiliários próxima a R$ 650 bilhões. O banco busca também startups especializadas em sistemas de pagamento e soluções na área de crédito, entre outros segmentos. Seria algo similar ao que fez o Banco do Brasil, por meio do BB Ventures, lançado no ano passado. O fundo já aportou recursos em duas fintechs – a Pagaleve, startup de pagamentos, e na Bitfy, de criptomoedas. Procurada pelo RR, a Caixa não quis se manifestar sobre o assunto.

#BB Ventures #Caixa Econômica #Fintechs

Negócios

Grupo canadense avança no titânio brasileiro

6/04/2023
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Enquanto tenta entrar na “Opep do Lítio” – ver RR – o Brasil avança no mapa do titânio. Segundo o RR apurou, a Vanádio de Maracás, leia-se a canadense Largo Resources, deverá iniciar até junho o beneficiamento de ilmenita, um dos óxidos de titânio com maior importância econômica. O grupo está investindo cerca de R$ 2 bilhões na operação, na cidade de Maracás. A meta dos canadenses é produzir, até 2029, cerca de 120 mil toneladas de pigmento de titânio por ano. O produto é destinado, sobretudo, à indústria química. Hoje, o Brasil tem enorme dependência externa em relação ao insumo: importa mais de 70% do volume consumido.

#Lítio

Negócios

Temasek aumenta a aposta no Brasil

5/04/2023
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O RR apurou que o Temasek, fundo soberano de Cingapura, já sinalizou ao governo brasileiro a intenção de investir em projetos de infraestrutura no país. Entre os setores avaliados estão concessões aeroportuárias e saneamento. Os números que circulam por gabinetes de Brasília giram em torno de US$ 1 bilhão. O Brasil já é um dos principais lócus de investimento do Temasek na América Latina. Entre outros negócios, os asiáticos são sócios do Grupo Votorantim em um fundo de R$ 3,6 bilhões, com foco, notadamente, em empresas de inovação.  

Negócios

Landim é o “dono” da nova liga de futebol

5/04/2023
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O nome oficial é Liga do Futebol Brasileiro (Libra), mas pode chamar de “Liga Landim”. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, tem conduzido com poderes quase absolutistas as tratativas para a criação da Libra e, sobretudo, a definição do modelo de negócio. Praticamente todas as principais peças do jogo vêm sendo movimentadas por Landim, impondo aos dirigentes dos demais 17 clubes participantes a posição de meros coadjuvantes. O quase chairman da Petrobras no governo Bolsonaro teria sido o principal responsável pela contratação do BTG como adviser financeiro da operação. Landim é também o elo com o Mubadala, que acena com um aporte de R$ 4,75 bilhões para ficar com 20% do capital da futura Liga. Ambos se conhecem de outros gramados. O fundo árabe foi um dos grandes credores e posteriormente assumiu boa parte do espólio de Eike Batista, de quem o atual presidente do Flamengo era sócio.   

Há outras conexões de Rodolfo Landim que vêm gerando ruídos entre os demais fundadores da Libra. Segundo informações apuradas pelo RR, dirigentes de outros clubes têm questionado a ligação entre Landim e Flávio Zveiter, filho do desembargador do TJ-RJ Luiz Zveiter e sobrinho de Sergio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF. Flavio é hoje vice-presidente de Desenvolvimento e Projetos da Confederação Brasileira de Futebol e sócio da Codajás Sports Kapital, uma das consultoras da formação da Libra. A proximidade entre Landim e Flavio Zveiter tem colocado algumas caraminholas na cabeça dos representantes de outros clubes. Há até mesmo quem lembre da decisão proferida, em 2021, pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do TJ-RJ, Corte na qual Luiz Zveiter, pai de Flavio, tem notória influência. Na ocasião, quando do afastamento de Rogerio Caboclo da presidência da CBF, Olinto nomeou Landim como um dos interventores na entidade, sob a alegação de que “a expressiva torcida” do Flamengo referendava a indicação do presidente do clube para a função.   

O poder de Rodolfo Landim à mesa de negociações se reflete, principalmente, no modelo de distribuição das receitas da Liga, sobretudo com a venda de direitos de transmissão. Há um claro favorecimento ao Flamengo, algo que tem sido extremamente contestado pelos demais clubes – alguns, inclusive, com a ameaça de pular fora do negócio. Na proposta apresentada, o clube carioca, presidido por Landim, aparece recebendo R$ 398 milhões em 2025. O Cuiabá seria o último na tabela de arrecadação: R$ 119 milhões. Significa dizer que a diferença do maior para o menor ficaria em torno de 3,3 vezes. Para efeito de comparação: a Liga Forte do Futebol (LFF), outro projeto que corre paralelamente, com a adesão de 26 clubes, prevê uma diferença de receita do primeiro para o último de apenas 1,4 vez. Ou seja: nos padrões, por exemplo, da Premier League (múltiplo de 1,5 vez). 

Por todas essas razões, há quem trabalhe por uma fusão entre os projetos da Libra e da Liga Forte e a criação de uma única associação. Do seu lado, a LFF também tem seus parceiros: a XP é a adviser da operação e o fundo norte-americano Serengeti é o potencial investidor. Além de ser o ideal para o business em si – não faz o menor sentido dois blocos de clubes vendendo o mesmo Campeonato Brasileiro -, seria também uma forma de barrar a posição exageradamente hegemônica do Flamengo e também a autocracia de Rodolfo Landim. Em tempo: entende-se a pressa de Landim de amarrar tudo e selar o negócio o quanto antes. Em 2024, haverá eleições no Flamengo e o dirigente, no segundo mandato, não poderá disputar uma nova recondução ao cargo. Ou seja: em 2025, data prevista para que o Campeonato Brasileiro passe a ser organizado pela nova liga, ao menos formalmente Landim estará fora do game. 

Negócios

Goldman Sachs planeja reduzir participação na Oncoclínicas

5/04/2023
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A Goldman Sachs, acionista majoritária da Oncoclínicas, com 62,1%, estuda reduzir sua participação na companhia, por meio de um block trade. O banco norte-americano chegou a ter 93% do capital, mas reduziu sua posição no IPO da companhia, em agosto de 2021. A Oncoclínicas vive em uma gangorra. Desde a abertura de capital, seu valor de mercado caiu quase 60%. No entanto, considerando um recorte mais recente, o papel está na maior cotação em quase um ano, sendo negociado na casa dos R$ 8,70.  

A recuperação dos últimos meses reflete uma profunda reestruturação interna, com impacto nos resultados. Em outubro de 2021, Bruno Ferrari, um dos fundadores do grupo, assumiu a presidência, em substituição a Luis Natel. À época, a gestão de Natel estava desgastada pela queda dos resultados e por uma crise de confiança no mercado. No ano passado, a Oncoclínicas reagiu: registrou um lucro líquido de R$ 113 milhões, contra um prejuízo de R$ 22 milhões no ano anterior A companhia teve ainda um Ebitda da ordem de R$ 673 milhões, alta de 80% em relação a 2021. Procuradas pelo RR, Goldman Sachs e Oncoclínicas não quiseram se manifestar. 

 

#Natel #Oncoclínicas

Negócios

Cervejaria Petrópolis quer vender sua água mineral

4/04/2023
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A cervejaria Petrópolis, que entrou em recuperação judicial na semana passada,  estuda a venda de ativos. Há informações no setor de que a empresa de Walter Faria já teria sondado possíveis compradores para a água mineral Petra. A Coca-Cola e o Grupo Edson estariam entre os candidatos. A Petra é um negócio razoavelmente pequeno – menos de 2% de market share. Sua venda não teria grande impacto em termos de caixa. Mas já revela uma possível estratégia da Petrópolis de se concentrar exclusivamente no segmento de cervejas. Ainda que, no mercado, já há quem diga que qualquer medida será paliativa, diante do elevado passivo – R$ 4,4 bilhões. A única saída viável seria a venda da companhia. Consultada, a Petrópolis não se pronunciou. 

Destaque

Fusão entra no radar de Movida e Nova Unidas

4/04/2023
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O RR apurou que a Movida e a Nova Unidas vêm mantendo conversações para uma possível fusão. De um lado da mesa, está a JSL, um dos maiores grupos logísticos do Brasil; do outro, a canadense Brookfield, um polvo de mil e um tentáculos. De acordo com a mesma fonte, a operação não envolveria qualquer aporte de recursos, mas, sim, uma troca de ações entre as duas empresas de locação de veículos. Procuradas pelo RR, Movida e Novas Unidas não quiseram se pronunciar. 

O M&A seria uma resposta razoavelmente rápida à fusão entre a Localiza e a antiga Unidas, fechada no ano passado. Movida e Nova Unidas ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares do setor. Juntas, as duas companhias passariam a ter uma receita líquida de quase R$ 13 bilhões por ano e um Ebitda combinado na casa dos R$ 4,8 bilhões. A frota somada chegaria a 280 mil veículos, ainda bem atrás da Localiza, líder disparada do mercado, com 450 mil carros. Escala é tudo nesse negócio. Além do market share em si, quanto maior o número de automóveis maior o poder de barganha da empresa junto a montadoras para a renovação da sua frota e, depois, para a venda dos veículos usados. 

A diferença nesse quesito poderia ser ainda maior, não fosse o pedágio imposto pelo Cade para aprovar a fusão entre a Localiza e a Unidas. Esta última foi obrigada a vender cerca de R$ 3,5 bilhões em ativos para a Ouro Verde, como se chamava, até então, a empresa de locação de veículos da Brookfield. O acordo envolveu a transferência de 49 mil automóveis, 182 agências e da própria marca Unidas, que passou a ser usada pelos canadenses em seu negócio.   

#Brookfield #Cade #Localiza #Movida #Nova Unidas

Destaque

Casino dá mais um passo rumo à porta de saída do Brasil

31/03/2023
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O RR apurou que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) vai vender o restante da sua participação na rede de supermercados colombiana Almacenes Éxito. No início do ano, o GPA já havia distribuído entre seus próprios acionistas o equivalente a 83% da empresa. Manteve apenas 13%, que agora também serão colocados sobre o balcão. Levando-se em consideração o valuation que serviu de base para as operações anteriores, essa fatia corresponde a algo em torno de R$ 1,4 bilhão. Mas o que está em jogo vai muito além dessa cifra. O descruzamento entre o GPA e o Éxito reforça a percepção de que o Casino está arrumando sua prateleira de ativos para deixar o Brasil. O grupo tem feito uma sucessão de movimentos societários que apontam para a porta de saída do país. Em novembro do ano passado, vendeu cerca de R$ 3,6 bilhões em ações do Assaí, seu braço atacadista. No último dia 17, amealhou outros R$ 4 bilhões com mais uma oferta de papéis da companhia – operação antecipada com exclusividade pelo RR um mês antes. Ou seja: no intervalo de quatro meses, os franceses reduziram sua posição no Assaí de 40% para somente 11,7%. No varejo já se dá como certo que o Casino venderá o restante das ações em breve – talvez ainda neste semestre -, decretando sua saída em definitivo da rede atacadista. Ficaria faltando apenas um último passo no Brasil: a venda do próprio Pão de Açúcar. Consultado, o Casino não quis se pronunciar. 

Hoje parece ser mais fácil vender o Assaí do que o Pão de Açúcar. O que talvez ajude a explicar por que os franceses têm feito seguidas ofertas de ações da rede atacadista, no que parece ser o início de um processo de fade out no Brasil. Hoje, o Assaí é o “primo rico” entre os negócios do Casino no Brasil. Ainda que o resultado tenha sido 25% inferior ao de 2021, a empresa fechou o ano passado com um lucro de R$ 1,2 bilhão. O Ebitda beirou os R$ 4 bilhões, 24,5% a mais do que no ano anterior. Já o Pão de Açúcar tem cumprido o papel de “primo pobre”, ao menos em relação aos resultados mais recentes. No último trimestre de 2022, o GPA reportou um prejuízo de R$ 1,1 bilhão, contra um lucro de R$ 77 milhões em igual período no ano anterior. O número causou perplexidade no mercado, por superar, e muito, as estimativas dos departamentos de research – o BTG, por exemplo, trabalhava com a projeção de um prejuízo na casa dos R$ 110 milhões.  

#Assaí #Casino #Grupo Pão de Açúcar

Negócios

Magazine Luiza e Riachuelo entram no páreo pela compra da Amaro

29/03/2023
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Os acionistas da rede varejista de moda Amaro estão em busca de um comprador para a empresa. Segundo o RR apurou, a companhia mantém conversações com Renner e Magazine Luiza. O Mercado Livre também demonstrou interesse pelo negócio. De acordo com uma fonte próxima à Amaro, os acionistas fundadores, Dominique Oliver, Lodovico Brioschi e Roberto Thiele, querem manter uma participação minoritária no capital. A varejista vive um momento complexo, por conta do aumento do seu passivo. Com 20 lojas físicas e uma operação forte de e-commerce, a empresa fatura cerca de R$ 600 milhões por ano. 

#Amaro #Magazine Luiza #Mercado Livre #Renner

Negócios

Actis põe supermercado paranaense na vitrine

28/03/2023
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O fundo inglês Actis procura um comprador para a sua participação de 30% na CSD (Companhia Sulamericana de Distribuição), rede de supermercados do Paraná com mais de 60 lojas e faturamento anual na casa dos R$ 3 bilhões. Grandes grupos varejistas da Região Sul já teriam sido contatados, como a gaúcha Zaffari e o Mufatto, também do Paraná. Há pouco mais de dois anos, a gestora britânica também fez uma tentativa de vender sua participação, mas, sem sucesso. A Actis mirava o IPO da CSD para reduzir sua posição ou mesmo se desfazer integralmente de suas ações. No entanto, a abertura de capital não andou, segundo fontes do setor por resistência dos acionistas controladores da rede varejista – as famílias Nogaroli e Cardoso dividem os 70% restantes do capital. 

#Actis #CSD #Paraná

Negócios

Pátria Investimentos em modo Lemann

27/03/2023
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Circula no mercado que o Pátria Investimentos tem sondado empresas de área de fast food. Um dos alvos seria a International Meal Company (IMC), que tem entre seus acionistas a UV Gestora e a família do empresário Carlos Wizard. Dona de 14 redes de restaurantes, entre as quais Pizza Hut, KFC e Viena, a IMC vive um momento de resultados mais calóricos. Entre janeiro e setembro do ano passado, registrou receita líquida de R$ 1,7 bilhão e Ebitda de R$ 222 milhões, alta, respectivamente, de 36% e 34% em relação aos nove primeiros meses de 2021. Além de olhar com apetite redobrado para o segmento de fast food, o Pátria tem buscado ativos também entre fabricantes de alimentos e de bebidas. Parece até que Jorge Paulo Lemann e cia. baixaram na gestora de recursos. Em seu mais recente fundo de private equity – o Pátria Private Equity VII Advisory FIP Multiestratégia, lançado em outubro -, a casa de investimentos captou R$ 1 bilhão. Procurados pelo RR, o Pátria e a IMC não se pronunciaram.

#Pátria Investimentos

Negócios

Mubadala não desiste de usinas da BP Bunge

23/03/2023
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Circula no setor sucroalcooleiro a informação de que o Mubadala voltou à carga para comprar as usinas da BR Bunge no Brasil. Trata-se de um pacote com 11 unidades industriais, avaliado em aproximadamente US$ 1,5 bilhão. Em fevereiro, após meses de conversações, a BP Bunge decidiu encerrar o processo de venda. Há rumores de que a BP é o lado da joint venture mais empenhado na alienação dos ativos e na retomada das negociações com o Mubadala. O fundo árabe tem planos de montar uma grande holding em biocombustíveis no Brasil. Ressalte-se que, no início do ano, o Mubadala comprou a Atvos, o antigo braço sucroalcooleiro da Odebrecht.

#Mubadala

Negócios

Mercado Livre despeja crédito para crescer no Brasil

23/03/2023
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O Mercado Livre vai lançar uma estratégia agressiva para ampliar seu marketplace no Brasil. Os planos passam pelo Mercado Pago, fintech do grupo, e pelo aumento da oferta de crédito para os sellers – parceiros comerciais que operam na plataforma de e-commerce. Segundo o RR apurou, a meta do banco digital é chegar a dezembro com uma carteira de empréstimos no Brasil de US$ 2,5 bilhões, um aumento de quase 60% em relação a 2022. O salto vem sendo preparado há alguns meses. Em dezembro, o Mercado Pago praticamente duplicou o capital da Mercado Crédito, sua financeira, passando de R$ 615 milhões para R$ 1,1 bilhão.

O fortalecimento da operação financeira e da oferta de crédito acompanha o crescimento da base de vendedores do Mercado Livre no Brasil. Somente em 2022, a empresa adicionou 170 mil sellers ao seu marketplace. Para este ano, o avanço tem tudo para ser ainda maior. A crise da Americanas deverá provocar um êxodo de parceiros comerciais da plataforma Americanas.com para outras empresas de e-commerce.

#Mercado Livre #Mercado Pago

Negócios

Fundo australiano pode se unir à Eneva na energia renovável

21/03/2023
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Segundo o RR apurou, o Green Investment Group,Green Investment Group, ligado ao australiano Macquarie Bank, estaria em conversações para se associar à Eneva em projetos de energia renovável. De acordo com a mesma fonte, outros fundos, nacionais e estrangeiros, também estão no páreo – as tratativas são conduzidas pelo UBS. A Eneva busca um sócio para os complexos de energia solar Futura I, Futura II e Futura III, na Bahia. As negociações podem envolver ainda a usina solar Tauá, no Ceará. O Green Investment Group, que reúne aproximadamente US$ 150 bilhões em ativos, já tem negócios em energia limpa no Brasil. Em parceria com a Hydro Rein, braço da norueguesa Norsk Hydro, desenvolve um empreendimento que combina geração eólica e solar na divisa entre Pernambuco e Piauí. 

#Eneva #Green Investment Group

Destaque

BRF vira um fardo pesado para o Marfrig

20/03/2023
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A decisão de vender o equivalente a R$ 4 bilhões em ativos – entre os quais, toda a divisão de pet food – é apenas a parte mais visível da reestruturação que o Marfrig planeja fazer na BRF. O corte na carne vai ser profundo. Segundo informações apuradas pelo RR, as medidas incluem o fechamento de frigoríficos no Brasil e de escritórios no exterior, a começar pela Ásia, onde a companhia mantém seis representações. Essa promete ser a parte mais “simples” da história. Difícil mesmo será o próximo passo traçado pelo Marfrig: buscar junto aos credores da BRF uma repactuação do passivo – no mercado já se cogita até mesmo a possibilidade de uma recuperação extrajudicial. O entendimento é que a alienação de ativos, por si só, não será suficiente para abater a dívida da empresa nos níveis necessários. A companhia fechou 2022 com uma dívida líquida de R$ 14,6 bilhões, ou seja, o correspondente a 3,75 vezes o Ebitda. Um ano antes, esse múltiplo era de 3,12. A área de análise da Genial Investimentos já classificou esse patamar como “pouco saudável” e “um grande sinal de alerta” para a BRF. Mais recentemente, o BofA reduziu o preço-alvo da ação da empresa muito em razão da elevada alavancagem. Marcos Molina, dono do Marfrig, e seus executivos não precisam ler relatórios de research para saber que a situação da BRF é preocupante e exige soluções mais drásticas. O RR entrou em contato com o Marfrig, mas a empresa não quis se manifestar.

Valeu a pena Marcos Molina se empenhar tanto no take over da BRF? Esse é o questionamento que vem sendo feito pelos próprios executivos do Marfrig. Na companhia, a reestruturação é vista como uma espécie de “vai ou racha”. As duas empresas de alimentos têm se mostrado peças de difícil encaixe. Um ano após se tornar o maior acionista da BRF, o Marfrig não conseguiu capturar sinergias conforme o previsto, notadamente em relação à cadeia de fornecedores. Por ora, é como misturar água e azeite. Ou melhor: carne bovina, o forte do Marfrig, com frango e suínos, os negócios mais calóricos da BRF. Para piorar, há outros fatores que têm azedado essa feijoada corporativa. Neste momento, parece haver uma conjunção dos astros no mercado global contra esse gigante da proteína idealizado por Marcos Molina. O mercado norte-americano entrou em um ciclo de baixa, que já se reflete nos números da National Beef, braço local do Marfrig. No ano passado, o Ebitda das operações da companhia na América do Norte caiu 50,6% em relação a 2021. Foi uma das principais razões para o Itaú BBA, em recente relatório, reduzir o preço-alvo da ação do Marfrig de R$ 26 para R$ 8. A BRF, por sua vez, amarga números ruins no Oriente Médio. No quarto trimestre do ano passado, o Ebitda da empresa no chamado mercado halal caiu 18% na comparação com os últimos três meses de 2021. Ou seja: um dos melhores negócios da BRF não vive seus melhores dias.  

A expectativa de reversão desses números está depositada na joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita. No total, a dupla acena com investimentos da ordem de US$ 500 milhões no Oriente Médio. A cifra, no entanto, não parece ser suficiente para abrir o apetite dos investidores. O elevado endividamento e os recorrentes prejuízos – R$ 3,2 bilhões em 2022 – têm feito a ação da BRF virar carne moída. Desde maio do ano passado, quando Marcos Molina assumiu uma posição de mando na empresa, o valor de mercado do frigorífico, caiu de R$ 15,1 bilhões para R$ 7,14 bilhões. Ou seja: dez meses depois, a participação de Molina na companhia vale apenas a metade. 

#BRF #HPDC #Marfrig #National Beef

Negócios

Fundo soberano de Cingapura mira energia renovável no Brasil

17/03/2023
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O GIC, fundo soberano de Cingapura, que administra mais de US$ 700 bilhões, estaria em busca de ativos em geração renovável no Brasil. Na mira, usinas eólicas e solares já em operação ou ainda em fase desenvolvimento. O que se diz no setor é que parte dos investimentos seria feita em parceria com a EDP. O GIC fez recentemente um aporte na EDP Renováveis, braço do grupo português, assumindo pouco mais de 4% do capital.

#GIC

Negócios

Votorantim e CPP avançam sobre ativos da Brookfield em energia limpa

16/03/2023
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A dobradinha entre os Ermírio de Moraes e a CPP Investments está elétrica. O RR tem informações de que a Auren Energia – joint venture entre o Grupo Votorantim e o fundo canadense – avalia a compra dos ativos em geração colocados à venda pela Brookfield. Trata-se de um pacotão de usinas eólicas e solares avaliado em aproximadamente R$ 6 bilhões – os empreendimentos pertencem à Elera Renováveis, antiga Brookfield Energia Renovável. Seria a maior aquisição feita pela Auren, que tem combinado a compra de ativos com o crescimento orgânico. No greenfield, o maior projeto em curso é a construção de uma usina solar em Jaíba (MG), ao custo de R$ 2,1 bilhões. Como se não bastasse o agressivo plano de investimentos, a Auren virou uma espécie de darling do mercado por sua generosa política de dividendos. A empresa anunciou o pagamento de R$ 1,5 bilhão aos acionistas. Conforme o RR antecipou , o valor dos dividendos foi inflado pelo recebimento de uma indenização de R$ 1,7 bilhão da União, referente à Usina Hidrelétrica Três Irmãos. 

#Auren Energia #Brookfield Energia #CPP Investments

Destaque

Loggi sofre as dores da escassez de crédito para startups

14/03/2023
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A recente demissão de 250 funcionários é apenas a face mais visível da crise que chacoalha a Loggi. Segundo o RR apurou, a startup de encomendas expressas vive uma situação preocupante, acentuada pela redução do caixa e pela inapetência de seus principais acionistas. De acordo com uma fonte próxima à empresa, a Loggi teria disponibilidade de recursos para cobrir não mais do que um ano de custos operacionais. Ou seja: parcela expressiva dos US$ 212 milhões captados na mais recente capitalização (Série F) – realizada em março de 2021 – já teria se esgotado. Como se não bastasse, nos últimos dias, na esteira da quebra do Sillicon Valley Bank (SVB), a Loggi foi tragada por um turbilhão de rumores. Desde a sexta-feira circula no mercado a informação de que uma parcela significativa do caixa da companhia estaria aplicada no banco norte-americano. Em contato com o RR, a Loggi garante que “não tem nenhuma exposição ao Silicon Valley Bank (SVB)”. A empresa revelou à publicação que “entre o final de fevereiro e o início de março, ao identificar o aumento do risco de insolvência do SVB, moveu para outras instituições financeiras todo o capital que mantinha investido no banco. Assim, não foi impactada pelos eventos do fim de semana.”  

A Loggi pode ter escapado dos graves efeitos colaterais da quebra do SVB. Mas, segundo a mesma fonte, precisa reforçar sua estrutura de capital no curto prazo. A solução seria um novo aporte. No entanto, de acordo informações obtidas pelo RR, os maiores investidores – entre os quais CapSur, Dragoneer e Monashees – sinalizaram que não estão dispostos a participar de uma nova rodada. Todos já perderam muito dinheiro com a Loggi.  Para alguns investidores, o impacto é ainda maior, devido à exposição à companhia. É o caso da CapSur. A Loggi é o maior investimento da gestora de recursos. Na última rodada de capitalização, a CapSur Capital desembolsou quase US$ 80 milhões, o maior aporte da Série F. Boa parte desses recursos foi captada junto a clientes do Wealth do Credit Suisse, segundo o RR apurou.  A publicação fez seguidos contatos com a CapSur, mas a gestora não se manifestou até o fechamento desta matéria.   

Na última capitalização, a Loggi foi avaliada próximo dos US$ 2 bilhões. Hoje, não valeria sequer um quinto desse valor. Diante da resistência dos investidores a um novo aporte, os executivos da empresa quebram a cabeça para reduzir a pressão sobre o caixa. Mais uma vez, o amargo remédio do downsizing deve se repetir. O RR apurou que a companhia estaria  preparando uma nova leva de demissões nos próximos três meses. Seria a terceira em menos de um ano – as dispensas realizadas em agosto do ano passado e no último mês de fevereiro resultaram no corte de um quinto dos funcionários. Consultada especificamente sobre a possibilidade de mais demissões e as negociações com os acionistas para um novo aporte de capital, a empresa não se pronunciou. A Loggi disse ao RR que “nos últimos meses, implementou uma série de ações de aumento de eficiência operacional e priorização de demandas estratégicas para se adaptar a um contexto global desafiador”. A companhia afirma ainda que, em 2022, continuou ganhando market share e apresentou crescimento de cerca de 50% na comparação com o período anterior”.  

As dificuldades financeiras da Loggi podem ser atribuídas à crise que ronda as startups e não exatamente a problemas de gestão. O atual CEO, Thibaud Lecuyer, que assumiu a presidência em agosto do ano passado substituindo Fabien Mendez, cofundador da empresa, é bem visto pelo mercado e pelos acionistas. No entanto, o segmento de logística expressa tem se mostrado complexo. Além do aumento da concorrência, há muitos problemas de ordem trabalhista com os entregadores.  

Em tempo: para além dos problemas específicos da Loggi, empresas nascentes estão se remoendo de tensão com a quebra do Sillicon Valley Bank. A débâcle do SVB chama a atenção para o carregamento de crédito em bancos que se especializaram em financiar startups e mesmo fintechs. Neste último caso, a bancarrota do Sillicon pode provocar um efeito dominó, tornando-se mais um fator para acelerar a consolidação desses novos bancos que dizem não ser bancos – ver RR.  

#Credit Suisse #Loggi #Startup

Destaque

Venda da Kraft Heinz entra no radar de Lemann e seus sócios

13/03/2023
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O escândalo da Americanas pode levar a uma rearrumação na prateleira mais alta dos negócios de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Entre os cenários traçados pelo trio a partir da grave crise financeira da rede varejista está a venda da participação na Kraft Heinz – segundo informações apuradas pelo RR junto a duas fontes próximas à 3G Capital. A operação ajudaria a reduzir o impacto que a inexorável capitalização da Americanas terá no bolso de Lemann, Telles e Sicupira. O caminho mais provável, de acordo com as mesmas fontes consultadas pelo RR, seria uma negociação em bloco das ações da gigante global da área de alimentos, o que permitiria aos três investidores capturar um prêmio sobre o preço da ação em bolsa. A 3G detém 7,9% do capital da Kraft Heinz. Com base no valor de mercado da companhia, trata-se de algo equivalente a US$ 3,7 bilhões ou o correspondente a R$ 19 bilhões, quase duas vezes o aumento de capital de R$ 10 bilhões que os acionistas de referência da Americanas negociam com os credores. Em tempo: ao que tudo indica, o mercado ainda não acusou a possibilidade de venda da Kraft Heinz, dada a acomodação dos preços do papel. Desde meados de janeiro, a cotação tem oscilado em um intervalo pequeno, entre US$ 38 e US$ 41. 

A fraude contábil na Americanas, ao que tudo indica, já começou a mexer no mosaico de ativos de Lemann, Sicupira e Telles. No início de março, a 3G Capital negociou em bolsa cerca de 2,2 milhões da Restaurant Brands International, dona do Burger King, amealhando US$ 143 milhões. Difícil dissociar a venda da Kraft da crise na rede varejista e da necessidade de um aporte emergencial na companhia. A negociação de ambas as empresas seria o desmonte da dobradinha entre hambúrguer e ketchup, que, ao lado da cerveja, leia-se AmBev, formou a tríade de alimentos nada saudáveis que fez de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles os mais transnacionais entre todos os empresários brasileiros.  

Sob certo aspecto, talvez a hecatombe da Americanas esteja apenas precipitando decisões e acelerando passos que já vinham sendo dados, ainda que em uma cadência mais lenta. Em novembro de 2021, a 3G vendeu em mercado 30,6 milhões de ações da Kraft Heinz. Poucos meses depois, em maio de 2022, aumentou a dose, repassando a outros investidores mais 88 milhões de ações. Sua participação, que chegou a ser de 24%, caiu para os atuais 7,9%. Ou seja: a inapetência de Lemann, Sicupira e Telles pela companhia não vem de hoje. Não custa lembrar que, a exemplo da Americanas, a Kraft também carrega a mácula de uma fraude contábil. Em 2021, a empresa fechou um acordo com a SEC e pagou uma multa de US$ 62 milhões para encerrar uma investigação sobre a assinatura de contratos falsos com fornecedores.  

O fato é que a fusão entre as antigas Kraft e Heinz não surtiu as sinergias e ganhos na proporção idealizada por seus acionistas. Que o diga Warren Buffett, sócio do trio na empresa. Há pouco mais de um mês, Charles Munger, vice-presidente do Conselho da Berkshire Hathaway, fundo de Buffett, e um dos principais vocalizadores do megainvestidor, disse que “a parceria da empresa com a 3G Capital para a formação da Kraft Heinz não funcionou bem”. E 2019, o próprio Buffett afirmou que “pagou caro demais pela Kraft”. Talvez a Americanas seja apenas o acelerador de um desmanche mais do que anunciado. Ou o trio Lemann, Sicupira e Telles esteja mesmo fazendo uma inflexão com o objetivo de partir para outros negócios. 

#Beto Sicupira #Jorge Paulo Lemann #Kraft Heinz #Lojas Americanas #Marcel Telles

Negócios

Montadora chinesa planeja produzir carros elétricos no Brasil

13/03/2023
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Corre no setor automotivo a informação de que a chinesa Changan pretende produzir veículos elétricos no Brasil. Representantes da empresa já teriam mantido conversas com os governos de Goiás e de São Paulo, estados candidatos a receber a nova fábrica. A companhia se juntaria, assim, às conterrâneas Great Wall e BYD. A primeira comprou a fábrica da Mercedes em Iracemápolis (SP) e já anunciou a produção de um veículo híbrido. A BYD, por sua vez, já produz ônibus elétricos no país e pretende entrar também no segmento de automóveis. De controle estatal, a Changan é uma das três maiores montadoras do país asiático. Trata-se de um conglomerado com veículos comercializados em quase uma centena de países. No Brasil, no entanto, a Changan tem uma trajetória errática. Chegou ao país em 2006, por meio de parceria com distribuidores locais. Em 2016, encerrou as operações, voltando três anos depois, novamente com atuação restrita à venda de automóveis trazidos da China.

#BYD #Changan #Great Wall

Negócios

Receita vai apertar o certo às SAFs

7/03/2023
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O RR apurou que a Receita Federal vai colocar uma lupa sobre as SAFs (Sociedade Anônima do Futebol) e o vai e vem de recursos, tanto capital externo quanto nacional. A tendência é que, nos próximos meses, haja uma circulação frenética de divisas no futebol. Neste momento, mais de duas dezenas de clubes brasileiros já estão se preparando para montar ou vender suas SAFs. 

Negócios

Agronegócio ganha campo na Caixa Econômica

7/03/2023
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A presidente da Caixa Econômica, Rita Serrano, estuda criar uma vice-presidência de Agronegócio. A nova área viria acompanhada de uma forte estratégia para ampliar ainda mais a operação do banco no crédito rural. No fim do ano passado, a Caixa chegou à marca de R$ 40 bilhões em financiamento agrícola, um salto de mais de 220% no intervalo de 12 meses. Segundo informações filtradas do próprio banco, a meta é romper a barreira dos R$ 100 bilhões em empréstimos até o fim do ano, acelerando um movimento iniciado na gestão de Pedro Guimarães. Mas sem a empáfia do ex-presidente da instituição, que costumava desafiar publicamente o Banco do Brasil e dizer que a Caixa seria líder do crédito rural – o BB, ressalte-se, tem uma carteira no segmento da ordem de R$ 300 bilhões. De quebra, além do business em si, a criação da vice-Presidência de Agronegócio teria ainda uma serventia política. A área funcionaria como um canal de interlocução com o Congresso, administrando os pleitos da bancada ruralista, o que significa administrar os pleitos dos grandes empresários do agronegócio. 

#Agronegócio #Banco do Brasil #Caixa Econômica

Negócios

Natura pretende se desfazer integralmente da Aesop

6/03/2023
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O RR apurou que a Natura tem mantido negociações para a venda de 100% da Aesop, e não apenas de uma participação minoritária, como era o plano inicial. A opção pela saída integral se deve, sobretudo, ao impacto que a operação poderá ter sobre o balanço do grupo. A Aesop está avaliada em cerca de US$ 2 bilhões. Caso esse valor seja alcançado, a venda da marca de cosméticos australiana vai praticamente zerar a alavancagem da Natura. Hoje a relação dívida líquida Ebitda é de 2,3 vezes – no início de 2022, esse múltiplo era de apenas 1,4. 

#Natura

Negócios

Cencosud entra na fila do caixa do Hortifruti

3/03/2023
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O RR apurou que a Cencosud entrou na disputa pela compra do Hortifruti, rede de supermercados controlada pela Americanas. O grupo chileno enfrenta a concorrência do Pátria Investimentos e da rede carioca Zona Sul, controlada pela família Leta. Todos tentam se aproveitar da fragilidade da Americanas. De acordo com uma fonte envolvida nas negociações, até o momento as cifras colocadas sobre a mesa estariam abaixo de R$ 1,8 bilhão. Ressalte-se que, há cerca de dois anos, a Americanas pagou R$ 2,1 bilhões à gestora suíça Partners Group para ficar com  Hortifruti. Por sinal, a rede de supermercados é um negócio que se notabilizou por ter donos ilustres. Antes de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles e do próprio fundo suíço, o Hortifruti pertenceu à dupla Paulo Guedes e Julio Bozano. 

A eventual aquisição da Hortifruti seria o passaporte para o Cencosud – dona das bandeiras GBarbosa e Prezunic – entrar no segmento de alimentos frescos no país. Trata-se de uma estratégia que tem sido adotada pelos chilenos em outros mercados. No ano passado, por exemplo, o grupo pagou US$ 670 milhões para comprar a rede norte-americana The Fresh Market, seu primeiro negócio nos Estados Unidos.  

#Cencosud #Hortifruti #Pátria Investimentos

Destaque

Chaim Zaher e fundo do Catar negociam parceria no Brasil

2/03/2023
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O empresário Chaim Zaher prepara um movimento que vai aumentar ainda mais o seu poder de fogo na área de educação. Segundo o RR apurou, Zaher mantém conversações com o Qatar Investment Authority (QIA), fundo soberano do país asiático, para uma parceria no Brasil. O acordo envolveria, principalmente, investimentos conjuntos no ensino superior em um momento chave para Zaher. Nos últimos meses, o empresário tem aumentado gradativamente sua participação no capital e na gestão da Yduqs. Uma das hipóteses sobre a mesa seria um aporte do QIA no novo braço da companhia, criado a partir da cisão dos cursos de medicina – Zaher foi o principal artífice do spin-off. Seria o ponto de partida para um projeto de consolidação de faculdades de ciências médicas no Brasil, um dos segmentos mais cobiçados do mercado de educação. Em operações de M&A, cada aluno de medicina chega a “valer” o equivalente a R$ 1,8 milhão, 40% a mais do que estudantes de outros cursos.  

A parceria com o QIA no Brasil seria um passo além no acordo firmado entre Chaim Zaher e o governo do Catar no ano passado. A associação prevê a abertura de até 50 escolas da rede canadense Maple Bear no Oriente Médio. O acordo prevê o desembolso de US$ 200 milhões nos próximos dois anos, nas apenas no Catar, mas também na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes. 

#Chaim Zaher #Qatar Investment Authority #Yduqs

Negócios

Impasse com credores aumenta risco de recuperação judicial da Marisa

2/03/2023
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O RR apurou que os acionistas e consultores da Marisa passaram a trabalhar com a hipótese de recuperação judicial. Esse cenário ganhou força nos últimos dias diante do impasse nas negociações com os bancos, conduzidas pela BR Partners e pela Galeazzi. Segundo uma fonte envolvida nas conversações, até o momento as instituições financeiras têm recusado as tentativas da rede varejista de repactuar o passivo de curto prazo. O Banco Safra seria o mais intransigente dos credores. O Itaú também tem adotado uma postura de pouca ou nenhuma flexibilidade. Sem um acordo com as instituições financeiras, a conta não fecha. A Marisa tem cerca de R$ 200 milhões em dívidas bancárias com vencimento ao longo deste ano. No último balanço divulgado, em setembro do ano passado, a empresa tinha uma posição de caixa de R$ 180 milhões. Muito provavelmente, boa parte desses recursos já foram queimados. Entre janeiro e setembro de 2022, a rede varejista teve um fluxo de caixa negativo de R$ 72 milhões. Consultada pelo RR, a Marisa não quis se manifestar.  

Uma combinação de fatores tem contribuído para o impasse com os bancos e a maior probabilidade de um pedido de recuperação judicial. O agravamento da crise da Marisa já traz um histórico de desgaste e de deterioração da credibilidade da família Goldfarb, controladora da companhia, junto aos credores. Nos últimos anos, a empresa lançou mão de seguidas tentativas de reestruturação que não surtiram efeito, quase sempre acompanhadas da tomada de mais crédito bancário. Some-se a isso o caso da Americanas, que automaticamente criou uma aversão das instituições financeiras a aumentar sua exposição no varejo, o que explica a posição mais hostil do Safra e do Itaú. Este último é o maior credor da empresa de Jorge Paulo Lemann e cia., com R$ 6, 1 bilhões a receber. O Safra, por sua vez, tem um crédito de R$ 2,5 bilhões contra a Americanas.  

#BR Partners #Galeazzi #Marisa

Negócios

GrainChain “varre” startups de tecnologia no Brasil

2/03/2023
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A norte-americana GrainChain, startup de tecnologia especializada em blockchain, prepara um arrastão no Brasil. Nos próximos dias, deverá anunciar a compra da MasterBaster, fundada por Walter Dissinger, ex-presidente da Votorantim Cimentos.  É só o começo. Segundo o RR apurou, a empresa negocia a aquisição de outras duas startups brasileiras, focadas no desenvolvimento de soluções para o agronegócio. Parte dos recursos para as múltiplas investidas no mercado brasileiro virá do aporte de US$ 30 milhões recebido recentemente de fundos norte-americanos.

#GrainChain #MasterBaster #Votorantim Cimentos

Negócios

Supermercados voltam à carga para vender medicamentos

2/03/2023
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As grandes redes de supermercados do país têm se movimentado junto ao governo Lula na tentativa de emplacar um antigo pleito: a liberação das vendas de medicamentos sem prescrição em supermercados. Os grupos do setor já identificaram um potencial aliado à causa. O vice-presidente da República, ministro do Desenvolvimento e médico, Geraldo Alckmin, seria favorável à medida. Não por acaso, tem sido um dos principais pontos de interlocução dos varejistas. Em janeiro, não custa lembrar, compareceu à posse do presidente reeleito da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi. Segundo o RR apurou, a entidade vai encaminhar a Alckmin e também ao ministro Fernando Haddad estudos sobre os possíveis impactos positivos da iniciativa, batendo, principalmente, na tecla da redução dos preços dos remédios em razão da escala e do número de lojas das grandes redes de hiper e supermercados do país. Um indicador que está sendo propalado aos quatro cantos pelos gabinetes de Brasília: na década de 90, o setor vendeu medicamentos por um ano. Nesse período, os preços caíram até 35%. Em contato com o RR, a Abras confirmou que “em oportunidades anteriores, encaminhou estudos sobre o tema para autoridades da área econômica. No entanto, levará novamente tais estudos, atualizados, às novas autoridades da Pasta”. 

#Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #Lula

Negócios

A grande marcha da Fundição Tupy rumo à China

27/02/2023
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O RR tem informações de que a Fundição Tupy planeja se instalar na China. Entre os cenários contemplados pela companhia, o caminho mais provável é uma joint venture com um grupo local. Como se não bastasse o gigantesco mercado chinês, a operação funcionaria também como uma cabeça de ponte para acessar outros países da Ásia. Seria o movimento mais agudo no plano de internacionalização da empresa, que já possui fábricas no México e em Portugal. A Tupy, que tem como principais acionistas BNDESPar e Previ, é um raro exemplo de um grupo brasileiro verdadeiramente multinacional: aproximadamente três quartos da sua receita são provenientes de vendas fora do Brasil. 

#BNDESPar #Fundição Tupy #Previ

Negócios

Paramount entra em campo na disputa pelo Brasileirão

24/02/2023
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A Paramount promete entrar pesado na disputa por direitos de transmissão de futebol no Brasil. A plataforma de streaming norte-americana já iniciou conversas nos bastidores para exibir o Campeonato Brasileiro a partir de 2025 – o contrato atualmente em vigor termina no ano que vem. A Paramount já deu seu cartão de visitas ao comprar os direitos da Libertadores e da Sul-Americana para serviços de streaming.  

A entrada da Paramount no game coloca ainda mais eletricidade no negócio de transmissões esportivas no Brasil. Esse mercado vive um frenesi, em grande parte alimentado pela criação de duas ligas simultâneas: a Libra, com 18 clubes e a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF), com 26 integrantes. A coexistência dessas duas “holdings” vai acirrar ainda mais a concorrência por direitos de exibição do Brasileiro, uma negociação, ressalte-se, já naturalmente fragmentada pela possibilidade de contratos distintos para TV aberta, fechada e streaming.

#Brasil #Campeonato Brasileiro #futebol #Libertadores #Liga Forte Futebol do Brasil #Paramount #streaming #Sul-Americana #transmissão #TV aberta

Negócios

Montadora chinesa deixa o mercado automotivo elétrico

23/02/2023
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Informação que circula a cem por hora no setor automotivo: a montadora chinesa Wuling Motors tem planos de entrar no Brasil, produzindo veículos elétricos. Trata-se de um dos três maiores fabricantes de automóveis do país asiático. Por uma via transversa, a chegada da Wuling poderia aditivar os planos da General Motors de também fabricar automóveis elétricos no país. Os dois grupos têm uma parceria no mercado asiático. Um dos principais projetos da Wuling é o Guang Mini EV, um modelo de carro elétrico de perfil mais popular, feito sob medida para mercados emergentes. Ao vir para ao Brasil, a companhia seguiria a trilha da conterrânea Great Wall, que comprou uma antiga fábrica da Mercedes no interior de São Paulo e já anunciou a produção de veículos elétricos na unidade. 

#General Motors #Wuling Motors

Negócios

Advent pode se “internar” no capital da Dasa

23/02/2023
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O RR apurou que os acionistas da Dasa vêm mantendo conversações com o Advent. A gestora norte-americana é forte candidata a aportar recursos na holding de empresas da área de saúde controlada pelos herdeiros de Edson Bueno. A Dasa pretende levantar algo entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões com um aumento de capital. A injeção de capital deverá impulsionar um novo ciclo de aquisições do grupo, notadamente na área hospitalar.

#Advent #Dasa

Negócios

Mais uma brusca freada no mercado de venture capital no Brasil

15/02/2023
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A entressafra no segmento de venture capital se alastra. Segundo o RR apurou, a chinesa Didi está revendo seus investimentos no Brasil. A ordem é pisar no freio e reduzir os aportes no país, seja em novos negócios ou nas companhias em carteira. O recuo já se reflete nas empresas investidas. No mês passado, a startup de transporte urbano 99 fez uma série de demissões. Pelo tamanho dos investimentos, a inapetência dos chineses é mais um sinal de alerta no mercado de venture capital no Brasil: a Didi já aportou mais de US$ 300 milhões em empresas brasileiras.  

#Didi #Venture capital

Negócios

Itaú cinde as perdas com a Americanas para alardear um passivo menor

14/02/2023
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O Itaú tem usado de prestidigitação para enevoar o óbvio: o banco é o maior credor da Americanas no sistema financeiro do país. A instituição dos Setúbal e dos Moreira Salles soma aproximadamente R$ 6,1 bilhões em créditos contra a rede varejista, uma exposição de altíssimo risco duplamente tonificada. De um lado, são R$ 2,7 bilhões em empréstimos; do outro, cerca de R$ 3,4 bilhões pendurados em 30 fundos do Itaú Asset, a maior parte dessa cifra referente a debêntures da Americanas. Como não poderia de ser, todas as 30 carteiras estão negativas no mês. Entre os fundos mais carregados de papéis da empresa despontam: Itaú Diferenciado FIC Renda Fixa Crédito Privado, Itaú Corp Plus Renda Fixa Referenciado DI – FICFI, Itaú Active FIX 5 RF CP FICFI, Itaú Empresa MIX FIC Renda Fixa Crédito Privado, Itaú Top Renda Fixa Referenciado DI FIC, Itaú Excellence Renda Fixa Referenciado DI FIC. É o top 6 da exposição dos Setúbal e Moreira Salles à maior fraude contábil da história do Brasil.   

O objetivo desse truque de ilusionismo foi criar a percepção no mercado de que o Itaú foi menos impactado pela fraude da Americanas do que seus congêneres. De fato, olhando-se apenas para as operações de empréstimo, assim parece ser: nesse quesito, os R$ 2,7 bilhões que o banco tem a receber estão abaixo das cifras contabilizadas por BTG (R$ 3,4 bilhões), Santander (R$ 3,5 bilhões) e Bradesco (R$ 4,5 bilhões). Ocorre que, para o Itaú, este número tem cumprido o papel da assistente de palco do mágico, que está ali apenas para desviar a atenção da plateia. De alguma forma, a cortina de fumaça até permitiu uma visão mais otimista, que, no entanto, não encontra eco nos números consolidados.  

#Americanas #Banco #Itaú #Moreira Salles #Setúbal #sistema financeiro

Negócios

Festival de música desafina e vira caso de Justiça

14/02/2023
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O lamaçal e as graves falhas operacionais que provocaram a suspensão do REP Festival, no Rio de Janeiro, talvez sejam o menor dos problemas dos organizadores do evento, à frente o empresário Fabrício Stofel. Segundo o RR apurou, a Ingresse, uma das principais plataformas de venda de bilhetes para shows e eventos do Brasil, estuda processar Stofel e seus sócios. A empresa teme um calote de altos decibéis. No início de fevereiro, a menos de dez dias dos shows, os organizadores do REP Festival anunciaram a mudança de local no Rio de Janeiro. A essa altura, milhares de ingressos já haviam sido comercializados. A alteração provocou uma onda de pedidos de cancelamento da compra dos bilhetes à Ingresse, até agora sem resolução, de acordo com a fonte do RR. A plataforma joga a culpa para cima dos donos do festival, que já receberam o dinheiro das vendas e até o momento não teriam devolvido o montante necessário para o ressarcimento dos tíquetes. A própria Ingresse tem informado aos clientes que, até amanhã, no mais tardar, “seus advogados adotarão as providências necessárias” em relação aos organizadores do REP Festival, uma espécie de Rock In Rio em miniatura que, literalmente, fez água. E muita lama.  

 

#Brasil #evento #Fabrício Stofel #festival #Ingresse #REP Festival #Rio de Janeiro #Rock in Rio

Negócios

A comunicação da Americanas também está cheia de “inconsistências”

13/02/2023
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Depois da fraude, o engodo. O comunicado publicado hoje pela Americanas nos principais jornais do país, assinado pelo CEO interino, João Guerra, é uma peça com informações artificiais, cujo objetivo não dito é usar os funcionários da empresa como trampolim da comunicação junto aos demais públicos afrontados – credores, fornecedores e os próprios colaboradores da companhia. Dirigindo-se aos “amigos da Americanas” – ainda existe algum? -, a empresa não responde às questões centrais, fala o óbvio e vale-se de um simulacro da realidade para induzir os leitores a acreditarem que a companhia navega em águas mais tranquilas. Só que o dilúvio não passou. Só mesmo uma alta dose de cinismo para classificar o acréscimo de cem mil novos seguidores nas redes sociais como uma demonstração de “carinho” dos clientes. Ora, no ano passado, nos primeiros 30 dias após às graves denúncias de assédio a menores, o ex-vereador do Rio, Gabriel Monteiro, somou mais de 200 mil novos seguidores nas mídias digitais. Pela linha de raciocínio da Americanas, teria sido uma manifestação de “carinho” da população carioca ao então parlamentar?  

A Americanas cita igualmente o número de 13 milhões de seguidores no Instagram como se isso fosse um atestado reputacional. Se é para se orgulhar de seus indicadores nas redes sociais, talvez a companhia pudesse ter dito que esses 13 milhões do Instagram equivalem a 86 vezes o total de seguidores da FTX, a exchange de criptomoedas protagonista de uma das maiores fraudes financeiras dos Estados Unidos. O que vale para um valeria para outro, colocadas as múltiplas ressalvas. Em tempo: não há nada que comprove que esse número de adesões nas redes sociais tenha se dado por geração espontânea e não por expedientes artificiais.  

Na ponta do lápis, se é para extrair estatísticas da Internet, os números do noticiário dizem muito mais sobre a Americanas e o esfarelamento do seu capital reputacional. De acordo com ferramenta de monitoramento da mídia utilizada pelo RR, desde o dia 11 de janeiro, quando a companhia revelou publicamente suas “inconsistências contábeis”, os principais jornais e sites de notícia do país publicaram 20.808 matérias vinculando a Americanas à palavra “rombo”. O termo “fraude”, por sua vez, aparece 8.447 vezes. Hoje, são expressões indissociáveis da rede varejista e de seus acionistas Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Nas redes sociais, o sentimento acompanha o diapasão das mídias. De acordo com outra ferramenta, específica para perfis nas mídias digitais, o RR levantou que, nos últimos sete dias, 70,4% das citações à Americanas são negativas. Cerca de 23,7% das referências foram classificadas como neutras. Menções positivas? Apenas 5,9% do total.   

Na peça, a Americanas menciona ter mantido a certificação RA 1000, uma espécie de “investment grade” conferido pela plataforma Reclame Aqui às empresas com melhores índices de atendimento ao consumidor. Trata-se de um terço da verdade. Apenas as lojas físicas da empresa, com 1.400 reclamações nos últimos 12 meses, ostentam o RA 1000. Por sua vez, a Americanas Marketplace e a loja online da Americanas, tratadas pelo Reclame Aqui como entes distintos, não possuem o certificado. Ambas somam, respectivamente, 44 mil e 17 mil reclamações nos últimos 12 meses, sendo que a última está com reputação em declínio no intervalo de 60 dias.  

No comunicado, a Americanas diz ainda que “salários, benefícios e direitos são a prioridade da administração”. Estranho seria se dissesse o contrário. Sobre o que realmente aflige os funcionários, nenhuma palavra. Não há qualquer menção à preservação de postos de trabalho ou lojas. Assim como não existe qualquer informação nova aos credores.  

Diante de um comunicado vazio e tão cheio de “inconsistências”, fica até a dúvida: os acionistas de referência da Americanas chegaram a tomar ciência do texto ou também vão dizer que não sabiam de nada?  

#Beto Sicupira #Lojas Americanas #Marcel Telles

Negócios

BP pretende levar adiante venda de usinas sucroalcooleiras

13/02/2023
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Segundo o RR apurou, a iminente cisão da joint venture BP Bunge é apenas um rito de passagem. A BP, que costura a aquisição dos 50% pertencentes à Bunge, não deverá ficar muito tempo no negócio. Após assumir 100% do capital da companhia sucroalcooleira, o grupo inglês pretende retomar o processo de venda de ativos. A BP corre em duas raias: toparia vender o controle ou negociar usinas separadamente – são 11 plantas de produção de açúcar e etanol. Recentemente, a BP Bunge tentou se desfazer de toda a operação, mas as propostas recebidas – da Raízen e do Mubadala – não agradaram.

#BP Bunge

Negócios

InBrands coloca suas marcas sobre o balcão

10/02/2023
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O RR apurou que a InBrands, uma das maiores holdings do varejo de moda do Brasil, planeja vender algumas de suas marcas. De acordo com a mesma fonte, uma das principais candidatas a ir para a vitrine é a Richards. Nesse caso, todos os caminhos apontam na direção do Grupo Soma, que há cerca de três anos tentou comprar a grife carioca. Em meio uma longa negociação com seus credores, a InBrands precisa fazer caixa para abater seu pesado e oneroso passivo. Ao fim do ano passado, a dívida líquida equivalia a oito vezes o Ebitda. O grupo, que reúne ainda marcas como Ellus, VR e Salinas, tem operado seguidamente no vermelho: entre janeiro e setembro do ano passado, último dado disponível, acumulou prejuízo de R$ 17 milhões, 70% acima da perda registrada em igual período em 2021.

#Ellus #InBrands #Salinas

Destaque

Justiça norte-americana é a maior ameaça a Lemann, Telles e Sicupira

10/02/2023
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Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira estão chorando migalhas para capitalizar as Lojas Americanas. Não querem colocar um “bilhãozinho” sequer da sua fortuna pessoal – o patrimônio somado do trio, segundo a Forbes, é de R$ 160 bilhões. Mas, se forem acionados na Justiça norte-americana, os mais festejados capitalistas do Brasil talvez tenham de pagar muito mais caro. Segundo juristas ouvidos pelo RR, um dos maiores fatores de risco é como a Corte dos Estados Unidos vai encarar a responsabilidade da Americanas e de seus principais sócios à luz da Absolute Priority Rule. Em linhas gerais, trata-se do regramento do direito norte-americano que estabelece a ordem de pagamento dos credores nos processos falimentares, segmentando cada classe da maior para a menor preferência no recebimento de valores. Em seu fato relevante, a própria Americanas admitiu que suas demonstrações financeiras divulgadas nos últimos anos partiram de premissas equivocadas. Mais do que isso: os erros contábeis colocam em xeque os resultados positivos apurados pela companhia. Ou seja: muito provavelmente, a rede varejista distribuiu dividendos e bônus em cima de lucros imaginários, para não dizer ganhos maquiados. Esses pagamentos pregressos podem ser interpretados pela Justiça norte-americana como uma violação à Absolute Priority Rule. Se as demonstrações financeiras retificadas da Americanas trouxerem uma reversão do resultado, isto é, lucro virar prejuízo, a companhia estará “confessando” à Justiça dos Estados Unidos que gastou ontem o dinheiro que deveria ser usado hoje para o pagamento de credores. Nessa hipótese, ficará configurado que acionistas e executivos “furaram” a fila de credores – no direito falimentar norte-americano, ambos são considerados “residual owners”, na prática aqueles que somente podem receber depois que todos os credores forem pagos.  

No Brasil, o mea culpa da Americanas em relação aos erros das suas demonstrações financeiras não produz efeitos adversos na recuperação judicial. O mesmo não pode ser dito no caso dos Estados Unidos. O direito norte-americano prevê a figura do claw back, que se aplica tanto à falência quanto aos procedimentos de reestruturação judicial. Por esse mecanismo, os beneficiados indevidamente pela distribuição de dividendos e bônus podem ser obrigados a devolver os valores recebidos, para que os recursos sejam redistribuídos entre os credores, seguindo a ordem rígida imposta pela Absolute Priority Rule. E, em caso de irregularidades, quem mais teria se locupletado de dividendos gerados artificialmente se não o trio Lemann, Sicupira e Telles, maiores acionistas da companhia? 

O claw back é um afiado bisturi que corta fundo empresas fora da lei e seus gestores. O mecanismo permite também que transações fraudulentas deliberadamente preparadas pelo devedor para dilapidar o patrimônio antes do pedido de reorganização sejam objeto de impugnação. Pode ser aplicado também para suspender operações financeiras ou societárias realizadas dentro de um período considerado “suspeito”. Nesse caso a Justiça costuma perseguir medidas realizadas por acionistas que poderiam configurar algum tipo de proteção já antevendo que uma bomba está prestes a explodir. Apenas a título ilustrativo: a Corte dos Estados Unidos pode, por exemplo, colocar foco sobre a reestruturação societária das Americanas em 2021, quando Lemann, Sicupira e Telles deixaram de exercer a figura de controladores para se tornar “apenas” acionistas de referência, reduzindo sua participação acionária de 53,3% para 29,2%. 

Um exemplo do rigor com que a Justiça norte-americana costuma tratar violações à Absolute Priority Rule e determinar o claw back: no caso Madoff, uma das maiores fraudes financeiras da história, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos permitiu que algumas vítimas que investiram de boa-fé na pirâmide devolvessem parcela dos recursos recebidos. A medida foi adotada exatamente para assegurar que a divisão dos ganhos e prejuízos entre os credores fosse feita de maneira homogênea. Outro episódio que mostra a enrascada jurídica de Lemann e cia.: no recente caso de fraude da FTX, Sam Bankman-Fried, fundador da empresa, teve a sua prisão decretada pouco tempo depois do recebimento do pedido de falência, com base no Chapter 11, e da rápida proliferação de solicitações de claw back. Acusado de envolvimento nas fraudes que levaram ao colapso da exchange de criptomoedas, Bankman-Fried só deixou a cadeia, para acompanhar o processo em liberdade, após pagar uma fiança de US$ 250 milhões. A imagem de Fried escoltado por policiais e com uma tornozeleira eletrônica certamente não se coaduna ao que um dia Lemann, Sicupira e Telles convencionaram chamar de o “sonho grande”.  

No arcabouço jurídico norte-americano sobram previsões legais que tornam a situação não só da Americanas como de Lemann, Telles e Sicupira bem mais delicada. Nos Estados Unidos existem as chamadas Punitive Damages, ou “danos punitivos”, também conhecidas como “danos exemplares”, que pode multiplicar dezenas de vezes o valor das indenizações devidas aos credores lesados. O espírito das Punitive Damages é exatamente fazer com que o ilícito saia muito mais caro para o fraudador do que os lucros auferidos com as irregularidades. Na legislação brasileira, não existe punição equivalente. “No direito norte-americano existe uma série de standards jurisprudenciais e doutrinários aplicáveis aos casos de securities litigation com enredo semelhante ao da Americanas. Portanto, é mais fácil antever a consequência de alguns atos do que no direito brasileiro”, afirma ao RR o advogado Matheus Sousa Ramalho, especializado em direito empresarial e litígios falimentares e presidente da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-RJ. Ramalho ressalta que no direito norte-americano “o tipo de prova separa o joio do trigo, isto é, distingue as hipóteses de erro grosseiro da cegueira deliberada, que imputa o conhecimento do ilícito ao beneficiário, e, principalmente, da fraude ou conduta equiparável. Essa mistura de normas substanciais e processuais facilita a aplicação do regime indenizatório a ser aplicado em cada caso, fazendo com que exista maior clareza no cálculo da dosimetria das penas e liquidação dos danos”.  

Segundo Ramalho, “algumas particularidades do modelo processual praticado nos Estados Unidos facilita a reunião de elementos probatórios para a construção de teses jurídicas mais certeiras, por meio dos procedimentos de Discovery”. Por Discovery entenda-se uma série de mecanismos do direito norte-americano que permitirão à Justiça dissecar as entranhas contábeis da Americanas, desvendar o modus operandi ilícito e eventualmente comprovar a participação dos acionistas de referência. Por este instrumento, antes mesmo do início formal do processo, o juiz pode permitir que as partes façam uma varredura cruzada em busca das melhores provas para a construção do caso. É que os juristas chamam de “busca da verdade real”. “Poucos países dispõem de um instrumento similar e tão contundente para investigar o cometimento de um eventual ilícito. Os mecanismos assegurados pelo procedimento de Discovery poderiam trazer maior transparência sobre as informações contábeis da Americanas, o que possibilitaria a realização de perícia contábil-econômica com base em informações bastante próximas da realidade. Além disso, o Discovery possibilitaria quebra do sigilo de comunicações entre os investigados, assim como a acesso à amplo acervo documental para além da contabilidade,”, explica Matheus Ramalho.  

É irônico constatar que foi a própria Americanas que trouxe a Justiça dos Estados Unidos para o caso ao evocar o Chapter 15, pedido já deferido pelo juiz Michael E. Wiles, do Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. Em busca de um movimento preventivo, os advogados da empresa teriam acionado os mecanismos de proteção previstos na referida seção do Bankruptcy Code com um objetivo principal: obter os efeitos advindos do Automatic Stay, ou seja, o poder de paralisar a realização de medidas expropriatórias contra a companhia. Trata-se de um hedge que vai além das fronteiras dos Estados Unidos: diversos países atribuem ao Automatic Stay reconhecido pelas Bankruptcy Courts norte-americanas eficácia global. No entanto, o movimento feito pelos advogados da Americanas traz um risco embutido, ao abrir brecha para que a própria Justiça dos Estados Unidos americana chame para si um protagonismo maior na investigação e responsabilização de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. 

#Absolute Priority Rule #Beto Sicupira #Jorge Paulo Lemann #Lojas Americanas #Marcel Telles

Negócios

Empresa de Rubens Ometto quer deixar distribuição de gás em Pernambuco

10/02/2023
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A Commit, antiga Gaspetro, planeja vender sua participação de 41,5% na Copergás, distribuidora de gás de Pernambuco. Trata-se de um movimento a mais para a rearrumação dos ativos na prateleira da companhia. No fim do ano passado, a empresa se desfez de suas posições em outras quatro concessionárias estaduais. A reestruturação é conduzida pela Compass, leia-se o Grupo Cosan, acionista majoritária da Commit, com 51%. O restante das ações está nas mãos da Mitsui

#Commit #Copergás

Negócios

É tempo de aviso prévio na PayPal

9/02/2023
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Na sede da PayPpal, em São Paulo, só se fala de um assunto. Segundo a rádio-corredor, a empresa vai demitir ao menos 50 funcionários no país nas próximas semanas. A companhia de pagamentos eletrônicos já anunciou uma dolorosa temporada de downsizing, com o corte de mais de dois mil postos de trabalho em todo o mundo.

#PayPpal

Negócios

Volta do imposto de importação de pneus entra no radar do governo

9/02/2023
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O governo estuda a volta do imposto de importação sobre pneus de caminhões. No início de 2022, a Câmara de Comércio Exterior zerou a alíquota, até então de 16%. A medida decorreu de um pedido do então ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em um dos tantos agrados do presidente Jair Bolsonaro aos caminhoneiros. Ao puxar o cobertor para os transportadores de carga, deixou os trabalhadores da indústria de pneus ao relento. Há um risco latente de demissões em massa no setor devido ao boom de importações. De 2020 a 2022, a compra de pneus no exterior saltou de 1,2 milhão para dois milhões de unidades. O assunto, por sinal, vai dominar o encontro que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, terá amanhã com representantes de sindicatos de empregados da indústria de pneus, em São Paulo. É provável que Marinho já sinalize a intenção do governo de retornar com o gravame sobre as importações para acalmar a chiadeira dos trabalhadores do setor. 

#Câmara de Comércio Exterior #Tarcísio Freitas

Negócios

Credores da Saraiva exigem rompimento de contrato com consultoria

8/02/2023
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Segundo o RR apurou, credores da Saraiva, notadamente bancos e grandes editoras, planejam acionar a empresa exigindo a ruptura do contrato de consultoria com a KR Capital por conflito de interesses. De acordo com a mesma fonte, vinculada a uma das instituições financeiras, a alegação é que o atual CEO da empresa, Marcos Guedes, é ligado à consultoria. Há cerca de duas semanas, a própria Justiça determinou que a Saraiva abrisse, em até cinco dias, detalhes do contrato com a KR. Consultada sobre a ação dos credores contra o acordo com a KR Capital, a Saraiva afirma que “não recebeu nenhuma notificação neste sentido”. Talvez seja só uma questão de tempo. Até porque os questionamentos ao contrato existem, como a própria Saraiva confirmou ao RR: “Todos os pedidos têm partido exclusivamente de uma única acionista, detentora de 15,03% das ações ordinárias, e todos os esclarecimentos pertinentes são e continuarão a ser prestados ao Juiz responsável pela RJ dentro dos prazos previstos.” Trata-se de uma alusão à investidora Alyssa Nunes Costa, uma das principais acionistas da companhia. A Saraiva diz ainda que a relação de Marcos Gudes com a KR Capital “desde 2019, é de associado em projetos específicos”. Em sua conta no Linkedin, o próprio Guedes se apresenta como “partner” da consultoria, um termo no qual cabem as mais amplas interpretações. 

#KR Capital #Saraiva

Negócios

Wiseconn finca suas raízes em solo brasileiro

8/02/2023
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A agtech chilena Wiseconn vai se instalar no Brasil. Segundo a fonte do RR, a empresa já tem abordado grupos do agronegócio e grandes produtores na tentativa de fechar seus primeiros contratos no país. No ano passado, a startup recebeu um aporte de capital liderado pelo norte-americano Morningside Group. Entre outros serviços, a Wiseconn desenvolveu sistemas de irrigação, controlados por aplicativos de gerenciamento e automação de última geração, que reduzem o consumo de água nas lavouras. 

#WiseConn

Negócios

Ricardo Eletro busca novo sócio

7/02/2023
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Enquanto todos os olhos do varejo se voltam para a Americanas, a Ricardo Eletro tenta voltar ao game. Segundo o RR apurou, o atual controlador e CEO da empresa, Pedro Bianchi, estaria sondando fundos de investimento em busca de um sócio para a rede varejista. A injeção de capital é fundamental para a retomada da operação e o projeto de reabertura de lojas físicas. A companhia promete abrir dois pontos de venda em Minas Gerais até o fim de fevereiro e outros 20 ao longo de 2023. Mesmo que o número de inaugurações previstas possa soar modesto, o plano é arrojado tratando-se de uma empresa que, ao longo de 2022, voltou das cinzas em três ocasiões – número de vezes em que conseguiu reverter sua falência na Justiça. Mesmo assim, a ladeira ainda é longa e íngreme. Com uma dívida reportada de R$ 4 bilhões, a Ricardo Eletro aguarda há mais de dois anos pela homologação do seu plano de recuperação judicial.

#Ricardo Eletro

Negócios

Femsa sai à caça de rede de drogarias no Brasil

7/02/2023
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A mexicana Femsa procura uma porta de entrada no varejo farmacêutico no Brasil. No setor, corre a informação de que o grupo tem sondado redes de drogarias regionais do país, entre elas um importante player do mercado na Região Sul. Esta não a primeira tentativa dos mexicanos de aterrissarem no Brasil. Há cerca de três anos, a Femsa abriu conversações para a compra da Drogaria Pacheco São Paulo (DPSP), segunda colocada no ranking do setor, mas as tratativas não avançaram. A investida sobre uma rede regional daria aos mexicanos uma base forte, com mercado cativo, para iniciar uma operação no mercado brasileiro. Mais conhecida por seus negócios na área de bebidas – a empresa é a maior franquia da Coca-Cola no Brasil -, a Femsa é dona de quatro redes de drogarias no México, somando mais de 1,3 mil lojas. A chegada ao Brasil seria o passo mais arrojado no plano de expansão do conglomerado no varejo farmacêutico na América do Sul – a companhia já atua no Chile, Equador e Colômbia.

#Femsa

Negócios

Brasil atrai um dos maiores players do mercado americano de cannabis

7/02/2023
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O mercado de cannabis no Brasil está fumegando. Corre no setor que a norte-americana Curaleaf prepara sua entrada no país. O grupo teria planos de comprar empresas locais, aproveitando-se de que quase todos os ativos dessa área ainda estão em fase de maturação e, portanto, com valuations convidativos. Ao que tudo indica, não será por muito tempo, vide os movimentos em curso no setor. A startup brasileiro-uruguaia Productora Uruguaya de Cannabis Medicinal (PUCMED), por exemplo, anunciou a intenção de abrir capital na Bolsa de Toronto. A Curaleaf tem em sua linha mais de 100 produtos medicinais à base de maconha. Trata-se da empresa com maior valor de mercado (cerca de US$ 3,8 bilhões) entre suas congêneres nos Estados Unidos.

#Cannabis #Curaleaf

Negócios

Governo estuda aumentar a adição de biodiesel ao diesel

7/02/2023
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O Ministério de Minas e Energia estuda elevar de 10% para 15% o índice de biodiesel misturado ao diesel. Segundo informações filtradas da Pasta, a decisão poderá ser anunciada até o fim de março. Bom para as empresas de biocombustíveis e também para os produtores de soja. Se confirmada, a medida manterá forte a demanda pelo cereal. Ressalte-se que já existe uma grande procura em função da queda na produção da Argentina, grande player mundial. No país vizinho a quebra esperada na produção é superior a 30%, em função da falta de chuvas. 

#Diesel #Ministério de Minas e Energia

Negócios

Prates faz “higienização” completa na presidência da Petrobras

6/02/2023
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Jean Paul Prates não deixou pedra sobre pedra na Petrobras. Antes mesmo da escolha dos futuros diretores da estatal, um de seus primeiros atos foi afastar todos os assessores lotados no gabinete da presidência, segundo uma fonte da própria empresa. A medida chamou a atenção dentro da companhia. Mesmo quando há trocas de governos, os assistentes diretos da presidência da Petrobras costumam ser substituídos de forma gradativa, a exemplo do que ocorre em outras cargos, como as gerências executivas. Prates, no entanto, chegou com um processo radical de higienização no seu entorno mais próximo na gestão da estatal. Talvez tenha seus motivos. Entre os destituídos da função especial, o destaque fica por conta do capitão tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem, que trabalhou no gabinete da presidência da Petrobras durante todo o mandato de Jair Bolsonaro. Personagem de pouca expressão na gestão de Roberto Castello Branco, Nagem ganhou espaço quando o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da empresa. O capitão atuava em sintonia com o coronel da reserva Ricardo Silva Marques, gerente executivo da área de Inteligência e Segurança Corporativa. Nos corredores da companhia, ambos foram tachados como os “espiões” de Bolsonaro. Prates já desembarcou na empresa cortando os fios desse passado recente. 

#Petrobras

Negócios

Klim chega ao Brasil faminta por fintechs

6/02/2023
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A fintech colombiana Klim está desembarcando no Brasil com apetite redobrado. Além de trazer sua plataforma própria de negócios, tem planos de adquirir startups da área financeira no país. A instituição oferece crédito a empresas para capital de giro. Recentemente, recebeu um aporte de quase US$ 30 milhões do JP Morgan e do IFC, braço financeiro do Banco Mundial.  

#Klim

Negócios

Aqua Capital tenta fisgar um comprador para a GeneSeas

6/02/2023
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A gestora Aqua Capital tem sondado possíveis compradores para a sua participação na GeneSeas, empresa que atua no setor de pescados. O mar não está para peixe e nem para a companhia. Controlada pela Aqua Capital desde 2015, a GeneSeas entrou em recuperação judicial em novembro do ano passado, com uma dívida em torno de R$ 250 milhões. Alguns bancos credores chegaram a demonstrar interesse em converter debt em equity e assumir o controle da empresa, mas as tratativas nessa direção não andaram.   

#Aqua Capital

Mercado

Gigante chinês estuda adiar IPO no Brasil

3/02/2023
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A CTG Brasil, leia-se a chinesa Three Gorges, estuda postergar seu IPO na B3 para o segundo semestre. A abertura de capital estava inicialmente prevista para abril, mas o grupo entende que as condições de mercado talvez ainda estejam longe do ideal. Some-se a isso o contencioso com a Aneel e o Ministério de Minas e Energia, um fator de pressão sobre a precificação dos ativos da CTG. No ano passado, o Ministério reduziu em 4,9% a garantia física das hidrelétricas Capivara, Chavantes, Taquaruçu e Rosana, na prática diminuindo a quantidade de energia que as geradoras podem entregar ao sistema.

#China Three Gorges (CTG) #Ministério de Minas e Energia

Negócios

Controladores do Teuto avaliam venda de parte do capital

3/02/2023
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A família Melo, controladora do laboratório Teuto, estuda a entrada de novos sócios na companhia. Há dois cenários em discussão: um IPO ou a venda direta de uma parte de capital para um fundo de investimento. Em 2021, a empresa farmacêutica chegou a iniciar os preparativos para a abertura do capital em bolsa, mas a operação ficou pelo caminho. Antes disso, os herdeiros do empresário Walterci de Melo tiveram a Pfizer como sócia. Em 2017, no entanto, a multinacional americana revendeu sua participação de 40% para os acionistas controladores, com os quais mantinha uma conturbada relação.

#Teuto

Negócios

ArcelorMittal ameaça suspender patrocínio por ataque a Lula

3/02/2023
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O ataque do jogador de vôlei Wallace contra o presidente Lula nas redes sociais pode custar muito caro ao seu time, o Sada Cruzeiro. A ArcelorMittal ameaça romper o contrato de patrocínio à equipe. Segundo o RR apurou, a companhia faz pressão nos bastidores pelo desligamento definitivo do jogador. Em contato com a publicação, a ArcelorMittal afirmou que “repudia veementemente qualquer tipo de manifestação que exalte ou estimule o ódio e a violência. A empresa lamenta profundamente o posicionamento do atleta Wallace de Souza, cuja atitude desrespeita os valores e princípios da organização.”. A siderúrgica disse ainda ao RR que “acompanha atentamente as tratativas junto ao clube e os desdobramentos do caso”. Na última terça-feira, Wallace, atleta também da seleção brasileira de vôlei, postou uma enquete no Instagram, com a seguinte pergunta: “Daria um tiro na cara do Lula com essa 12?”.

#ArcelorMittal #Lula

Negócios

Americanas começa a se desfazer de seus anéis

2/02/2023
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O plano da Americanas de vender ativos para fazer caixa começa a ganhar a forma. Segundo o RR apurou, a companhia pretende se desfazer do controle do Grupo Un.ico, que reúne cerca de 400 lojas das marcas Puket, Imaginarium, MinD e Lovebrands. Em abril de 2021, a Americanas pagou R$ 243 milhões por 70% do capital, com uma opção dos 30% restantes até 2024. Desde então, tornou-se uma peça de difícil encaixe no mosaico de operações da Americanas, notadamente no que diz respeito à integração de fornecedores e sinergia no mix de vendas. Somados aos recorrentes prejuízos, são fatores que automaticamente empurram o Grupo Un.ico para o balcão, sobretudo no momento em que a Americanas precisa fazer dinheiro a todo custo. Consultada, a empresa não se pronunciou. 

Destaque

Saint Gobain vende todos os seus tijolos no Brasil

2/02/2023
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O Grupo Saint Gobain pretende deixar definitivamente o varejo de material de construção no Brasil. Além da Telhanorte, sua maior operação no setor, a multinacional francesa pretende vender também a Tumelero, rede com 26 lojas do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma considerável guinada na atuação da Saint Gobain no país. Com a Telhanorte, comprada em 2000, e a Tumelero, adquirida em 2017, os franceses se consolidaram como o segundo maior grupo do setor no Brasil, atrás apenas da conterrânea Leroy Merlin. A venda das duas bandeiras indica que a tendência da Saint Gobain é se distanciar do varejo para se concentrar na sua operação industrial, que reúne um colar de empresas, como a Brasilit. O problema é o timing. O grupo tenta vender suas operações no segmento de material de construção no momento em que o mercado está super ofertado de ativos. Além da Telhanorte e da Tumelero, a C&C, do Grupo Alfa, também está à venda. Procurada pelo RR, a SaintGobain informou que “não comenta especulações de mercado”. 

#Grupo Saint Gobain

Negócios

O campo está nos calcanhares de Aloizio Mercadante

2/02/2023
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A Frente Parlamentar da Agricultura pressiona o governo por um aumento dos repasses do BNDES para o agronegócio. Até o momento, o banco reservou cerca de R$ 2,9 bilhões para sete programas de crédito voltados à safra 2022/2023. Os recursos começam a ser liberados hoje.  A bancada ruralista alega que os recursos não dão nem para a saída. Um exemplo: a previsão é que os créditos destinados ao financiamento de estruturas de armazenagem se esgotem ainda no mês de fevereiro, dada a escassez de silos no país – no Mato Grosso, o déficit de estocagem atinge metade da safra de grãos. Em tempo: a cobrança por mais dinheiro não vem apenas dos grandes ruralistas, mas também de entidades sociais e cooperativas do setor. Nesse caso, o pleito é por um aumento do crédito do BNDES para a agricultura familiar. O valor previsto para a safra 2022/23 é de R$ 491 milhões. 

#BNDES

Negócios

Americanas custou muito caro para o BlackRock

1/02/2023
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O BlackRock realizou um senhor prejuízo ao se desfazer de quase toda a sua participação na Americanas. Segundo o RR apurou, a maior parte da posição – algo em torno de 40 milhões de ações – foi montada entre novembro e dezembro, quando o papel foi negociado a um preço médio de R$ 13,08. Na semana passada, quando o BlackRock se desfez de aproximadamente 5% da rede varejista, a cotação não passava de R$ 1. Ou seja: uma perda superior a 90%.

#BlackRock #Lojas Americanas

Negócios

Vivara volta à carga sobre H. Stern

1/02/2023
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Corre no setor que a Vivara está fazendo uma nova ofensiva sobre a H. Stern. Do M&A surgiria uma rede de joalherias com receita na casa de R$ 1 bilhão. No mercado, todos sabem que a H. Stern é um antigo objeto de cobiça do empresário Nelson Kaufman, dono da Vivara.

#H. Stern #Vivara

Negócios

Crise dos “Lemann Brothers” aumenta o apetite do Mubadala pelo Burger King

1/02/2023
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O Mubadala está lançando uma nova investida para comprar a Zamp, holding que controla o Burger King no Brasil. Qualquer semelhança entre o timing da ofensiva e o escândalo da Americanas não é mera coincidência. O fundo árabe quer se aproveitar do momento de fragilidade de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, que figuram entre os principais acionistas da Zamp por meio da 3G Capital. A aposta é que desta vez o trio não oferecerá resistência para a oferta de compra das ações da holding em mercado. As duas primeiras propostas para a aquisição de 41,5% da companhia, realizadas entre agosto e setembro do ano passado, foram rechaçadas pelos acionistas. Na ocasião, o valor máximo ofertado pelo Mubadala foi de R$ 8,31 por ação. De lá para cá, o papel caiu significativamente. Desde outubro, quando a ação atingiu a máxima história de R$ 7,76, a Zamp já perdeu aproximadamente 35% do seu valor de mercado.

#Burger King

Negócios

Votorantim abre nova frente em real estate nos Estados Unidos

1/02/2023
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A Altre, braço de real estate dos Ermírio de Moraes, pretende avançar uma casa nos Estados Unidos. Além de participações em torres corporativas, a gestora planeja investir em shopping centers e centros logísticos, em parceria com fundos norte-americanos. As tratativas estão sendo conduzidas diretamente pelo escritório da Altre em Nova York.

#Ermírio de Moraes

Negócios

Oferta de ações entra no radar da Ânima

1/02/2023
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A Ânima Educação estaria preparando uma nova oferta de ações. Na mais recente emissão, em novembro de 2020, a empresa captou aproximadamente R$ 920 milhões. Segundo a fonte do RR, o novo aumento de capital funcionaria como uma janela para o empresário Daniel Castanho, principal acionista da Ânima, reduzir sua participação.

#Anima Educação

Negócios

Coty quer captar R$ 400 milhões com IPO

31/01/2023
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O RR apurou que a fabricante de cosméticos Coty vai retomar neste ano o seu processo de IPO. A meta seria captar algo em torno de R$ 400 milhões. A oferta de ações, programada para o ano passado, foi engavetada à época pelas condições adversas do mercado. 

#Coty

Destaque

Lojistas do marketplace da Americanas buscam proteção na Justiça

31/01/2023
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Além dos bancos e dos fornecedores, empresas de e-commerce que atuam no marketplace da Americanas também buscam mecanismos de proteção contra um eventual calote de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Segundo o RR apurou, diversos sellers, como são chamados os lojistas parceiros, estão se mobilizando para entrar na Justiça contra a rede varejista. Esse grupo incluiria de pequenos e médios varejistas a grandes fabricantes de eletroeletrônicos que mantém lojas próprias hospedadas no Americanas.com, como LG e Samsung – esta última um dos fornecedores que mais têm apertado o cerco contra a companhia. O objetivo dos sellers é obter alguma medida cautelar que garanta o pagamento antecipado referente às vendas realizadas por meio do Americanas.com. Não é só. De acordo com a mesma fonte, paralelamente lojistas parceiros têm reduzido ou mesmo cancelado a oferta de produtos no site da varejista. Ou seja: na prática, estão brecando novas vendas de mercadorias por meio da plataforma de e-commerce. 

Entre os sellers, há um crescente temor de que a rede varejista dos “Lemann Brothers” não honre os pagamentos aos vendedores que coabitam a Americanas.com. Hoje, todas as vendas realizadas por meio da plataforma de e-commerce são faturadas pela própria Americanas, que retém as comissões previstas em contrato e posteriormente repassa o restante do valor aos parceiros. Em contato com o RR, a Americanas assegurou que “mantém o fluxo normal de repasse em seu marketplace e realizou normalmente na data de 16/01 o pagamento aos sellers. As operações seguem da mesma forma, tanto para pequenos parceiros, como para indústrias que usam a plataforma da companhia”. A questão é: até quando a rede varejista seguirá com o “fluxo normal”? Desde o estouro da fraude contábil, a Americanas passou a viver um dia de cada vez, e o que vale para hoje pode não existir amanhã. A preocupação dos lojistas é que, mesmo com o pedido de recuperação judicial, credores consigam penhorar recebíveis da Americanas, afetando os pagamentos da rede varejista aos parceiros do marketplace. À boca miúda, segundo a fonte do RR, os sellers temem também que a empresa comece a reter deliberadamente repasses pelas vendas feitas no Americanas.com para cobrir pagamentos a outros credores com maior poder de pressão, notadamente os próprios bancos e fornecedores. Pode até ser excesso de paranoia, mas como tirar a razão dos varejistas? A essa altura, a credibilidade de Lemann, Telles e Sicupira está no chão.  

A grave crise da Americanas ameaça levar de arrasto um enorme ecossistema de parceiros no marketplace. Ao todo, a Americanas.com soma quase 150 mil sellers – em sua maioria, pequenos e médios varejistas com baixo fôlego financeiro. Para piorar, o escândalo contábil estourou justo em um momento que a relação entre a companhia e os parceiros lojistas já enfrentava alguns solavancos. Segundo o RR apurou, em 1º de janeiro deste ano – coincidentemente poucos dias antes da fraude da Americanas vir a público -, a rede varejista aumentou a taxa de comissão cobrada dos sellers. Em alguns segmentos, como o de higiene, a derrama passou de 12% para 17%. Naquele momento, acionistas e dirigentes da Americanas já sabiam que iriam precisar de receita nova para cobrir seu enorme rombo contábil. 

#Lojas Americanas

Negócios

Governo português trava venda da Caixa Geral no Brasil

31/01/2023
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O governo português suspendeu o processo de venda da operação da Caixa Geral de Depósitos no Brasil. Segundo o RR apurou, trata-se de uma decisão temporária. De acordo com uma fonte ligada ao banco, as autoridades portuguesas pretendem fazer ajustes no modelo de venda e retomar as negociações no segundo semestre. O governo de Portugal recebeu mais de 20 ofertas pela subsidiária da CGD no Brasil, mas nenhuma atingiu o valor estipulado. Entre os candidatos que apresentaram propostas estariam os bancos ABC Brasil e Luso-Brasileiro. 

A Caixa Geral tem uma história de altos e baixos – mais baixos do que altos – no Brasil. Em 1998, comprou o Banco Bandeirantes, com a promessa de se tornar uma consolidadora do setor. Não fez mais nenhuma aquisição. Ainda assim, manteve uma posição estratégica ao vender o Bandeirantes ao Unibanco e se tornar sócia do então banco dos Moreira Salles, com uma participação de 12,3%. Em 2005, negociou suas ações e deixou o país. Retornaria em 2009, mas, desde então, mantém uma operação acanhada, basicamente restrita a clientes do grupo em Portugal com negócios no Brasil. 

#Caixa Geral

Negócios

JBS e BRF miram exportação de carne suína para o Peru

31/01/2023
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, trabalha com o objetivo de abrir mais um mercado para a proteína brasileira. Fávaro vem mantendo tratativas com autoridades peruanas com o objetivo de garantir o credenciamento de mais frigoríficos para a venda de carne suína. O esforço tem endereço certo: JBS e BRF querem exportar o produto para o país vizinho. No início de janeiro, o Ministério de Desarollo Agrario do Peru autorizou o frigorífico Dom Porquito, do Acre, a fazer um primeiro embarque do produto. Não passa de um pequeno aperitivo. Favaro tem dito a quem quiser ouvir que a América Latina vai se tornar um mercado cativo para a cadeia de proteína oriunda das companhias brasileiras.

#BRF #Carlos Fávaro #JBS

Negócios

Westwing está na vitrine

30/01/2023
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Os fundos acionistas da Westwing estão debruçados sobre possíveis cenários de M&A envolvendo a plataforma, especializada na venda de móveis. As hipóteses vão da fusão com concorrentes até mesmo à venda para um grande grupo de varejo – consta que, no passado recente, o Magazine Luiza chegou a analisar o negócio. O ativo está barato. Nos últimos 12 meses, a Westwing perdeu 73% do seu valor de mercado.

#Westwing

Negócios

Promessa de dividendos deixa acionistas da Auren elétricos

30/01/2023
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Há um forte burburinho no mercado de que Auren deverá destinar para o pagamento de dividendos até metade do “lucro” adicional de R$ 1,7 bilhão que terá. A cifra se refere à indenização que a União terá de pagar à joint venture formada pelo Grupo Votorantim e pela canadense CPP Investments pela reversão de bens não amortizados da usina hidrelétrica Três Irmãos, herdada com a compra da Cesp. 

#Auren

Negócios

Americanas só terá produtos da Samsung se pagar à vista

30/01/2023
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O RR apurou que a Samsung, um dos maiores fornecedores da Americanas, está exigindo pagamento à vista para entregar novas mercadorias à empresa. A dívida dos “Lemann Brothers” com a fabricante de eletroeletrônicos passa de R$ 1 bilhão. A Samsung, ressalte-se, está apertando a Americanas step by step. Primeiro, cobrou a dívida de forma agressiva. Depois, passou a exigir a devolução de mercadorias não quitadas. E agora exige o pagamento das faturas à vista.

#Lojas Americanas #Samsung

Negócios

Fábrica de cimento do Grupo João Santos pode renascer

30/01/2023
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Além de incentivos estaduais, o governo de Sergipe iniciou negociações com órgãos do governo federal, para que a empresa Polimix possa reabrir a fábrica de cimentos do falido Grupo João Santos, localizada na Região Metropolitana de Aracaju. A Polimix arrematou o ativo em um leilão, em meados do ano passado. A empresa tem outra unidade no estado, onde produz cimento sob a marca Mizu. Com capacidade de produzir 800 mil toneladas/ano, a fábrica está parada há cerca de oito anos. A ideia é reabri-la no segundo semestre.

#Polimix

Negócios

Fraude da Americanas joga luz sobre os fios soltos da Light

27/01/2023
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Dessa vez não é o caso de recomendar “follow the money”, conforme fizeram os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein na investigação do Caso Watergate. A receita a seguir agora é buscar a accounting inconsistency. Basta uma rápida pesquisa sobre os nomes de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira e suas empresas para verificar que as estranhezas na contabilidade são também um fator de união do trio. Mesmo quando os negócios são individuais e pertencem somente a um dos três sócios, surgem “inconsistências”. A Light, que é controlada por Sicupira (10% do capital) e o banqueiro Ronaldo Cezar Coelho (majoritário, com 20%), não carrega acusação de fraudes. Mas trata-se de uma gestão no mínimo esquisita. Não são comuns os episódios em que o chairman e o CEO – no caso específico da Light, respectivamente os badalados Firmino Sampaio e Raimundo Nonato, contratados para dar um choque de gestão na companhia – abandonam quase conjuntamente o manche da empresa sem dar maiores justificativas.  

A Light tem um problema crônico que dificulta a realização de lucros mais permanentes: os chamados “gatos” ou furto de luz. A companhia calcula que o nível de perda de energia chega a 80% do que é fornecido em comunidades, o que representa algo em torno de R$ 600 milhões. A empresa estima que a energia furtada em sua área de concessão daria para abastecer todo o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por quatro anos.

A situação da Light, com prejuízos recorrentes no ano passado, pode piorar. A expectativa de uma reestruturação rápida micou com a saída de Nonato. Segundo o JP Morgan, a devolução dos créditos tributários é outro pepino para a companhia descascar, em um ambiente econômico imprevisível e com o custo da dívida subindo. O esperado turnaround da Light com a chegada de Beto Sicupira e seu apoio a Ronaldo Cezar Coelho ficou a ver navios. Ou “gatos” nas contas de luz.

Com o episódio das Americanas, a Light foi em alguma parte contaminada. Há acionistas dispostos a mergulhar nas contas dos negócios. São números estranhos, para uma empresa estranha com controladores diferenciados, digamos assim. Ronaldo Cezar Coelho não tem um histórico de “inconsistências contábeis”, não obstante carregar 43 processos, segundo o Jus Brasil. Coisas dele e não da companhia. Já Beto Sicupira, que nunca participa de grandes projetos de reestruturação empresarial sem estar acompanhado pelos sócios da 3G, encontra-se em meio a operações cabeludas com seus parceiros. Isso se a solidão de Sicupira não for relativa. Há fundos e fundos cruzados onde Lemann e Telles poderiam estar acomodados, sem se expor a uma posição acionária na Light. O fato é que a volta do trio a uma situação de plena confiança na gestão dos seus negócios parece demorada.  Qualquer um dos três bilionários, mesmo nas empresas que controlam solitários, contaminaram o business com o vírus da Americanas. Mas Lemann, Sicupira e Telles já reescreveram situações em que o insucesso parecia inevitável. Não é improvável que ocorra de novo. 

#Light #Lojas Americanas

Negócios

Americanas sangra o caixa do estado do Rio

27/01/2023
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O Rio de Janeiro não chega a ser o primo pobre da história, já que há estados carregando maiores passivos da varejista. Mas não escapou da mordida de R$ 215 milhões dos R$ 43 bilhões confessados que a Americanas tem em dívidas. Os números ainda podem aumentar. E bem. A Secretaria Estadual da Fazenda está atualizando as cifras, com o levantamento de autos de infração ainda não contabilizados na dívida ativa Fluminense.

#Lojas Americanas

Negócios

Cogna Educação sai às compras

27/01/2023
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A Cogna Educação está faminta para comprar sistemas de ensino de concorrentes, notadamente de aulas bilíngue. O objetivo é ampliar a operação da Vasta, o braço de educação básica do grupo. Quem te viu, quem te vê. No ano passado, a Cogna chegou a colocar o negócio à venda.

#Cogna Educação

Negócios

Divergência de preço trava recompra de ações da Arco Educação

26/01/2023
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O fechamento de capital da Arco Educação virou um cabo de guerra. De um lado, minoritários, entre os quais Gávea Investimentos, tentam puxar a oferta de recompra das ações em mercado para a casa dos US$ 13, mais próxima do valor negociado em bolsa (US$ 13,61 no pregão de ontem); por sua vez, a General Atlantic e a Dragoneer Investment Group estariam resistindo a aumentar a proposta inicial de US$ 11 por ação. Os dois lados vão ter de ceder um pouco da corda para o negócio sair.

#Arco Educação #General Atlantic

Negócios

Santander estuda provisionar até 70% do risco Americanas

26/01/2023
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O Santander, a ex-casa bancária de Sergio Rial, deverá tratar os créditos contra a Americanas com dose extra de conservadorismo. O banco já avalia provisionar até 70% da dívida da rede varejista, que soma R$ 3,7 bilhões. Cerca de R$ 1,8 bilhão desse valor se refere à modalidade do “risco sacado”, para o pagamento de fornecedores, justamente o terreno em que brotou a fraude contábil das Americanas. Ressalte-se que Sergio Rial acumulou por dez dias os chapéus de CEO da rede varejista e de chairman do Santander Brasil, cargo ao qual renunciou na última sexta-feira, dia 20. Essa interseção, ou promiscuidade, só reforça o cuidado com o que o Santander precisa administrar o caso Americanas.

#Lojas Americanas #Santander

Destaque

Americanas é a campeã de empréstimos do BNDES ao varejo

26/01/2023
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Entre tantos outros pontos até então na penumbra, o escândalo contábil da Americanas joga luz sobre a excessiva generosidade do BNDES com a companhia de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcelo Telles. A enorme diferença entre o volume de recursos disponibilizado pelo banco para a empresa e para suas principais concorrentes causa estranheza. Segundo levantamento feito pelo RR, entre 2002 e 2018 o BNDES liberou para a Americanas R$ 5,529 bilhões, em 12 operações de empréstimo. No mesmo período, Carrefour, Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Via Varejo, somadas, receberam do banco um total de R$ 2,497 bilhões, ou seja, menos da metade do crédito concedido à companhia de Lemann, Sicupira e Telles. Entre as big five do varejo, quem chegou mais “perto” nesse intervalo foi o Carrefour, com um total de R$ 1,193 bilhão em financiamentos. Significa dizer que a rede francesa tomou junto ao BNDES apenas 21% da dinheirama obtida pela Americanas entre 2002 e 2018, como mostra a tabela abaixo.

 

De imediato, os números deixam no ar algumas perguntas: por que coube ao BNDES financiar a instalação de quiosques, por exemplo? Afinal não são as empresas de Lemann e sócios um exemplo de capitalização via mercado? A crítica ao acesso do dinheiro bom e barato do BNDES pelas empresas do varejo não deveria ser feita pelas próprias instituições financeiras que dinamitam o banco desde o governo Lula 2? Por que tanta condescendência com o trio? Não faz sentido desviar recursos de pequenas e médias empresas, infraestrutura e de todo o setor secundário da economia para o varejo. E o que é pior, praticamente uma única empresa do varejo. Trata-se de um setor responsável por mais de 26% do PIB brasileiro, enquanto a indústria segue a passos largos em seu processo de africanização – a indústria de transformação afunda na casa dos 11% do PIB, menor índice desde 1947.

Há outro número que salta aos olhos, conforme o gráfico abaixo. Os acordos firmados entre os “Lemann Brothers” e o BNDES cresceram significativamente ao longo das últimas duas décadas, até chegar à soma de R$ 4 bilhões obtidas em duas operações entre 2013 e 2108.  

 

 

 

A maior soma anual de empréstimos foi registrada em 2018, no valor de R$ 2,4 bilhões – do valor contratado, segundo o RR apurou, a rede varejista utilizou efetivamente R$ 1,2 bilhão. A cifra bate o recorde anterior, de 2014, que, por sua vez, bate o recorde de 2010, que, por sua vez, bate o recorde anterior, de 2009. Outro dado chama a atenção e escancara ainda mais o abismo que separa a Americanas de suas concorrentes no ranking de empréstimos da agência de fomento. A partir de 2011, não há registro de novos empréstimos para Magazine Luiza, Via Varejo, Pão de Açúcar e Carrefour.  

Ao se colocar uma lupa sobre o volume de recursos liberados pelo BNDES à Americanas, crescem também as dúvidas sobre a própria viabilidade do modelo de negócio da companhia. O objetivo dos empréstimos sugere uma crescente necessidade da empresa de Lemann e cia. de ir ao mercado para financiar o seu dia a dia. Das duas grandes operações de crédito fechadas entre 2014 e 2018, no já citado valor somado de R$ 4 bilhões, aproximadamente R$ 1,6 bilhão tiveram como finalidade declarada, de forma integral ou em parte, o financiamento ou reforço do capital de giro da rede varejista. É justamente onde foi depositado o ovo da serpente das “inconsistências contábeis” traduzidas em um rombo no balanço de ao menos R$ 20 bilhões. Talvez a maior esquisitice nessa relação materna do BNDES com a Americanas não seja especificamente a deferência do banco à varejista, e, sim, o intervalo de tempo em que esses empréstimos se realizaram. A transferência da grana do banco para o bolso corporativo de Lemann e seus sócios, digamos assim, se deu majoritariamente nos governos do PT. Ou seja, os ícones do financismo mamaram nas mesmas tetas que alimentaram, por exemplo, Marcelo Odebrecht e os irmãos Batista, da JBS. No momento, cabe aprumar o BNDES de forma a evitar que esses desvios de prioridade aconteçam e o dinheiro que deveria irrigar a economia física e estratégica do país vá parar nos dutos das “inconsistências contábeis” de espertos que se autointitulam os reis do mercado.

#BNDES #Lojas Americanas

Negócios

Way Brasil acelera nas rodovias mineiras

26/01/2023
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O consórcio Way Brasil planeja disputar a concessão do Lote 3 de rodovias no Sul de Minas Gerais, programado para o dia 8 de março. O pacote engloba 432 quilômetros de estradas e investimentos estimados em R$ 2,6 bilhões. Formado pela GLP, de Cingapura, e pelas empresas de engenharia Torc, Senpar, TCL e Bandeirantes, o Way Brasil é uma espécie de emergente do setor de infraestrutura no país. Recentemente, arrematou sua segunda concessão rodoviária no Mato Grosso do Sul. Ao todo, assumiu a obrigação de investir mais de R$ 3,3 bilhões no estado. Procurado pelo RR, o Way Brasil confirmou que “está analisando o edital da Concessão o Lote 3 de rodovias de Minas Gerais”.

#Way Brasil

Negócios

Jean Paul Prates já recebe romaria de pedidos à Petrobras

26/01/2023
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Antes mesmo de assumir formalmente a presidência da Petrobras, Jean Paul Prates já começa a receber pedidos de investimento de antigos colegas de Parlamento. A bancada do Sergipe, à frente o senador petista Rogério Carvalho, está pleiteando que a estatal antecipe investimentos em exploração e produção de gás na costa do estado. E bota antecipar nisso. Pelo cronograma atual da Petrobras, o Projeto Sergipe Águas Profundas prevê um desembolso de mais de US$ 2 bilhões no estado somente a partir de 2027. 

#Petrobras

Negócios

Copasa busca liquidez financeira

26/01/2023
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Enquanto a privatização não vem – se é que virá -, a Copasa estuda uma nova emissão de dívida em mercado para fazer frente aos crescentes investimentos previstos para os próximos anos. A empresa tem ousadas metas de aumentar os índices de tratamento de água e esgoto, notadamente no interior mineiro. No ano passado, a estatal mineira captou cerca de R$ 750 milhões com o lançamento de debêntures. No entanto, o plano de expansão previsto para 2023 pede um reforço de capital. Os investimentos programados somam R$ 1,6 bilhão contra R$ 1,1 bilhão no ano passado. Em contato com o RR, a Copasa informou que os recursos para os investimentos deste ano serão “oriundos, principalmente, de uma captação de debêntures de R$ 750 milhões, encerrada em dezembro de 2022, de financiamentos contratados junto ao Banco Europeu de Investimentos (BEI) e ao banco alemão KfW, bem como da geração de caixa da companhia”. A empresa não se manifestou especificamente sobre a possibilidade de uma nova captação em mercado.

#Copasa

Negócios

Lemann, Sicupira e Telles jogam a PwC na lama

25/01/2023
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Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles já escolheram o seu “Judas”. O comunicado divulgado pelo trio no último domingo culpabiliza explicitamente a PwC pela fraude contábil na Americanas. O texto não deixa dúvidas de que Lemann, Sicupira e Telles estão decididos a transformar um parceiro de longa data no “criminoso” responsável por um dos maiores escândalos da história do mercado de capitais no Brasil. A PwC tornou-se praticamente uma espécie de “auditoria in house” tamanho vínculo global com as empresas de Lemann, Sicupira e Telles. A companhia é responsável por auditar o balanço da Ambev, da AB Inbev e da Kraft Heinz. Neste último caso, a dobradinha entre a tríade de investidores e a PwC já carrega uma nódoa. Em a Kraft Heinz aceitou pagar US$ 62 milhões para encerrar uma investigação na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, em razão de irregularidades contábeis por três anos seguidos. No Brasil, a PwC é também o auditor independente da Zamp, holding que controla as operações do Burger King no país. Ou seja: onde há Lemann e cia., há também a antiga PriceWaterhouseCoopers.  

O tempo dirá se a PwC tem ou não culpa no cartório em relação à Americanas. No entanto, a postura covarde de Lemann, Telles e Sicupira de empurrar para a firma de auditoria a responsabilidade pelas fraudes contábeis na rede varejista coloca a antiga parceria em uma posição extremamente delicada. Desde já, a PwC pode perder um caminhão de dinheiro com a “condenação prévia” dos acionistas de referência da Americanas, para não falar do forte impacto sobre o seu capital reputacional. A empresa de auditoria vive disparadamente a maior crise em seus mais de cem anos no Brasil. O comunicado de Lemann, Telles e Sicupira lança ainda uma pergunta que não quer calar: a PwC será mantida como a auditora independente das demais empresas pertencentes à trinca?  

#Beto Sicupira #Jorge Paulo Lemann #Marcel Telles #PwC

Negócios

Vibra Energia quer um fundo para ocupar vazio deixado por Americanas

25/01/2023
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A Vibra Energia pretende buscar um novo sócio para a Vem Conveniência, braço que reúne a rede de lojas BR Mania. A ideia não é necessariamente manter o modelo de associação com um parceiro do varejo. Segundo o RR apurou, a empresa cogita vender parte do negócio para um fundo de investimento. Conforme o Relatório Reservado antecipou, a Vibra rompeu a joint venture com a Americanas por conta da fraude contábil da empresa. 

#Lojas Americanas #Vibra Energia

Negócios

Usiminas não é mais a mesma

24/01/2023
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Segundo uma fonte da indústria automobilística, a Usiminas vem atrasando a entrega de aço para clientes do setor. Empresas fornecedoras da Fiat, tradicionais clientes da siderúrgica mineira, já estariam, inclusive, comprando o insumo da CSN, mesmo diante dos quilômetros de distância que separam Betim de Volta Redonda. De acordo com a mesma fonte, o atraso no fornecimento de aço se deve a perdas de eficiência da Usiminas, sobretudo em função de problemas em suas coquerias. A companhia, que bateu recorde de lucro em 2021, parece ter dado um cavalo de pau, com queda significativa em sua produção no ano passado. Por sinal, a empresa mineira vive um inferno astral. A Usiminas está na mira do Ministério Público mineiro, em razão, entre outros, de um grave vazamento de gás, que causou a morte de um trabalhador e levou outros funcionários ao CTI.

#Usiminas

Destaque

Herdeiras de Aloysio Faria preparam seu check out no Transamérica

24/01/2023
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O desmonte do Grupo Alfa deverá ter um novo capítulo. Além da venda do Banco Alfa para o Safra e da busca de um comprador para a rede de materiais de construção C&C, as herdeiras de Aloysio Faria pretendem também se desfazer do Transamérica. Trata-se de uma das maiores cadeias hoteleiras do Brasil, com 26 unidades, a maior parte concentrada em São Paulo. Segundo o RR apurou, já haveria conversas com grupos do setor e fundos de private equity. Há pouco mais de um ano, as filhas de Aloysio Faria fizeram um movimento que apontava para a porta de saída do negócio: o Alfa fechou um acordo com a Atlantica Hospitality International, que assumiu a operação de todos os hotéis da bandeira Transamérica, à exceção do Transamérica Resort Comandatuba e Transamerica São Paulo, os dois únicos empreendimentos próprios do grupo. O RR entrou em contato com o Grupo Alfa, mas não teve retorno até o fechamento desta edição. 

Historicamente, o Transamérica sempre foi tratado como um negócio de menor relevância dentro do Grupo Alfa. O que se diz no setor é que a decisão de venda da empresa já estava tomada pelas herdeiras de Aloysio Faria há mais de dois anos. No entanto, a pandemia e grave crise do setor hoteleiro em 2020 e 2021 adiaram a operação. 

#Aloysio Faria #Banco Alfa #Grupo Alfa #Transamérica

Negócios

Marcopolo quer ser a “JBS das carrocerias”

24/01/2023
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A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo vai dar partida no seu plano de se tornar a number 1 global do setor. A empresa já opera a segunda maior fábrica do mundo, na Índia, em associação com a Tata. O projeto é buscar mais parcerias estratégicas e financiamentos. A presença de Aloizio Mercadante no BNDES serve de combustível para os planos da companhia. A meta da Marcopolo é tornar-se a “JBS do setor de carrocerias”. É factível. Trata-se de uma das empresas brasileiras mais competitivas, em termos internacionais.

#Marcopolo

Negócios

Binance mistura cannabis com criptomoedas

24/01/2023
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A Binance, cujo chairman é o ex-presidente do BC, Henrique Meirelles, estuda criar um fundo misto de cannabis com criptomoedas. Difícil de entender a combinação. Mas em 2023 o fundo estará na vitrine da Binance. Hoje, XP e BTG são os líderes nas aplicações em cannabis. Mas, por enquanto, sem cripto no baseado financeiro.

#Binance #Henrique Meirelles

Negócios

Fundo norte-americano esbanja saúde no Brasil

23/01/2023
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Circula no mercado a informação de que o californiano Founders Fund está em negociações para investir em mais duas healtechs brasileiras, uma delas especializadas em telemedicina. O fundo, que administra cerca de US$ 11 bilhões, já tem um pé no setor no Brasil: no ano passado, liderou um aporte de R$ 20 milhões na Alinea Health.

#Alinea Health #Founders Fund

Destaque

Chaim Zaher avança a passos largos na Yduqs

23/01/2023
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O empresário Chaim Zaher está movendo mundos e, principalmente, fundos para aumentar sua participação no capital da Yduqs e consequentemente seu poder na gestão da companhia. Segundo o RR apurou, Zaher avança por todos os lados: tem comprado papéis da empresa em bolsa ao mesmo tempo em que negocia a aquisição de ações diretamente com minoritários, notadamente fundos de investimento. O que se diz no mercado é que, com as operações já engatilhadas, o empresário deverá elevar sua participação dos atuais 10,7% para algo próximo de 13%. É quase o dobro do que Zaher detinha ao voltar à Yduqs em agosto de 2021 (7,5%). Nesse ritmo, o empresário caminha para se tornar o maior acionista individual da empresa de educação, posição hoje pertencente ao Rose Fundo de Investimentos em Participações Multiestratégia, administrado pela BRL Trust, com 14% do capital. Ressalte-se que o momento favorece a investida de Zaher: nos últimos dois meses, a ação da Yduqs acumula uma queda de 35%.  A hora de comprar é agora. Procurado pelo RR, Zaher não quis se manifestar. 

Com os sucessivos aumentos de participação, Chaim Zaher vem gradativamente conquistando terreno para aumentar sua influência na gestão da Yduqs – sua filha, Thamila Zaher, é vice-presidente do Conselho de Administração. Na Yduqs, já se sabe para onde a bússola de Zaher aponta. O empresário tem defendido um plano mais agressivo de expansão no segmento premium, notadamente nos cursos de medicina. Trata-se de um dos negócios mais rentáveis da área de educação e da própria empresa. Há uma forte expectativa de retomada do Fies com a volta de Lula ao governo, o que deve alavancar o número de matrículas no ensino superior. Ou seja: pouco mais de um ano após retornar à Yduqs, Zaher está no lugar certo na hora certa. 

#Chaim Zaher #Yduqs

Negócios

Swatch acerta seus ponteiros com o Brasil

23/01/2023
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A fabricante de relógios suíça Swatch estuda retornar ao varejo no Brasil, com a abertura de lojas próprias e franquias. O regresso se daria por São Paulo. A empresa já chegou a ter 28 pontos de venda no país, sendo 25 deles nas mãos de franqueados. Contudo, na década passada, fechou todas as lojas e passou a distribuir seus relógios no Brasil exclusivamente através de terceiros. 

#Swatch

Negócios

Aprosoja vai aos tribunais para barrar tributos

23/01/2023
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A Aprosoja prepara-se para contestar na Justiça a taxa incidente sobre o transporte de grãos, conforme apurou o RR.  A entidade considera a medida inconstitucional. Pelo menos dois estados já instituíram a tributação – Maranhão e Pará – havendo o temor de que outras unidades da federação venham a fazê-lo nos próximos meses. Nos dois casos o percentual foi de 1,5% sobre o volume da carga. 

#Aprosoja

Negócios

Tyson Foods perdeu a fome de Brasil?

20/01/2023
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Circula entre grandes grupos frigoríficos a informação de que a Tyson Foods reavalia sua permanência no Brasil. Uma combinação de fatores estaria aumentando a inapetência dos norte-americanos, donos de uma participação de 40% da divisão de alimentos do Grupo Vibra. Três anos após se associar à empresa gaúcha, a Tyson não conseguiu fazer novos movimentos expansionistas e criar uma massa crítica no país. Além disso, o conglomerado está insatisfeito com os resultados de suas operações fora dos Estados Unidos. A queda da lucratividade custou a recente demissão do CEO global, Chris Langholz. 

#Tyson Foods

Negócios

Fabio Faria quer juntar as pontas entre André Esteves e Elon Musk

20/01/2023
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O ex-ministro das Comunicações Fabio Faria, que está assumindo um cargo no BTG – como informou o colunista Lauro Jardim, de O Globo –, elegeu como uma de suas primeiras missões costurar uma parceria entre André Esteves e Elon Musk. O alvo seria o setor de telecomunicações, aproveitando sinergias entre a Space X, empresa de satélites de Musk, e a V.tal, companhia de redes de fibra óptica controlada por fundos do BTG. Faria estabeleceu alguma proximidade com o bilionário por conta das tratativas em torno do acordo entre a Space X e o governo Bolsonaro para levar internet por satélite à Amazônia. Por sinal, Esteves foi um dos empresários brasileiros que participaram do célebre encontro entre Musk e Bolsonaro, em maio do ano passado, quando o projeto foi anunciado. 

#BTG #Fabio Faria

Negócios

BB fica no Banco Patagônia

20/01/2023
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Circula no Banco do Brasil a informação de que a nova diretoria desistiu de vender a participação da instituição no Banco Patagônia, na Argentina. O que se diz nos corredores do BB é que não se trata exatamente de uma decisão corporativa, mas, sim, uma determinação de cima para baixo, ancorada nas boas relações entre os presidentes Lula e Alberto Fernández. Em contato com o RR, o Banco do Brasil preferiu não comentar.

#Banco do Brasil

Negócios

A próxima escala da Maxmilhas e da 123 Milhas

19/01/2023
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A iminente fusão entre a Maxmilhas e a 123 Milhas seria apenas a primeira perna da viagem. Segundo o RR apurou, o passo seguinte traçado pelos atuais acionistas das duas empresas seria a abertura de capital da nova companhia, mediante uma oferta em bolsa ou a venda de um take de até 30% do capital para um fundo de private equity. Questionada pelo RR, a 123 Milhas disse que “não comenta especulações de mercado”, enquanto a Maxmilhas não se pronunciou. 

#123 Milhas #MaxMilhas

Negócios

Os próximos passos do Sírio Libanês na medicina digital

19/01/2023
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O hospital Sírio Libanês está em negociações avançadas para se associar a duas startups do setor de saúde, uma delas da área de telemedicina. O projeto do grupo é investir ao menos em quatro healthtechs ao longo do ano. O Sírio já anunciou investimentos da ordem de R$ 200 milhões na criação de um novo braço de negócios digitais. A instituição salientou para o RR que uma de suas frentes ‘’é justamente a atração e aceleração de start ups” e que as parcerias nessa esfera serão anunciadas “quando concretizadas”. 

#Hospital Sírio Libanês

Negócios

Vibra não vê a hora de sair da ES Gás

19/01/2023
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Uma das primeiras missões de Ernesto Pousada, que assume a presidência da Vibra Energia em 1º de fevereiro, será acelerar as tratativas com o governo do Espírito Santo e o BNDES para a privatização da ES Gás. O processo, coordenado pelo banco de fomento, se arrasta há mais de um ano, com sucessivos adiamentos. A Vibra quer virar essa página ainda neste semestre, tirando a ES Gás do seu portfólio – a distribuidora capixaba é tratada pelo grupo como um negócio menor e não estratégico. A empresa tem 49% da ES Gás, herdada da antiga BR Distribuidora. Os 51% restantes estão nas mãos do governo do Espírito Santo. Consultada pelo RR, a Vibra afirmou que não se manifestará sobre o tema.

#BNDES #BR Distribuidora #ES Gás #Vibra Energia