Cargill e Louis Dreyfus navegam na mesma direção

  • 15/02/2016
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  Cargill e Louis Dreyfus costuram uma associação na área de logística portuária no Brasil. O objetivo é montar uma grande operação conjunta de escoamento de grãos. A negociação envolveria a criação de uma joint venture englobando todas as participações da dupla em terminais portuários no Brasil. Com o capital dividido meio a meio, a nova empresa nasceria com presença nos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), Santarém (PA) e Porto Velho (RO), além de futuras parcerias nos próximos leilões do setor. A negociação avançou depois da recente aquisição de um terminal no porto santista, por um consórcio entre as duas empresas. Consultada, a Cargill nega a operação. Já a Louis Dreyfus não quis comentar o assunto.  Segundo o RR apurou, a primeira investida da joint venture seria o leilão de construção e operação da linha ferroviária entre Sinop (MT) e Miritituba, na cidade de Itaituba, no Pará, um projeto de R$ 12 bilhões. A Cargill e a Louis Dreyfus Commodities estariam tentando atrair o Grupo Amaggi para o consórcio. Se forem bem sucedidas na tratativa com a companhia do senador Blairo Maggi, entre as grandes tradings agrícolas deverão ter apenas a Bunge como uma grande concorrente no leilão. A intenção do governo é realizar a licitação da ferrovia no fim deste ano ou no início de 2017. O empreendimento está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e ainda vai passar por uma série de audiências públicas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Cargill, Louis Dreyfus, Amaggi e Bunge foram responsáveis conjuntamente pelos estudos de viabilidade econômica, ambiental e técnica do empreendimento, que vão servir de base para a concessão do trecho ferroviário.  Caso seja consumada, a sociedade com a Louis Dreyfus preencherá uma lacuna importante nos planos da Cargill para o Brasil. Já há algum tempo os norte-americanos flertam com a ideia de buscar sócios não apenas para seus empreendimentos na área portuária, mas também para outros negócios no país. A cautela da companhia se deve aos recentes prejuízos acumulados no Brasil, notadamente no mercado sucroalcooleiro e na área de citricultura.

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