Caixa Seguridade põe suas apólices sobre o balcão

  • 27/09/2018
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Na reta final do governo Temer, a Caixa Econômica joga os dados da reestruturação societária da sua operação de seguros. Após estender a parceria com a CNP Assurance nas áreas de vida e previdência até 2041, o banco estaria em negociações com a chinesa Fosun e a Tokio Marine para a venda de uma participação nas carteiras de veículos, habitacional e risco patrimonial. A estimativa da CEF é arrecadar algo entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões. Segundo informações filtradas da própria instituição financeira, o modelo original previa a oferta em conjunto das três carteiras, no entanto a diretoria da Caixa trabalha com a hipótese de acordos em separado devido aos diferentes níveis de atratividade de cada negócio. A operação de seguro habitacional, por exemplo, movimentou R$ 2,3 bilhões em prêmios no ano passado. Já a carteira de veículos, uma atividade ainda razoavelmente incipiente no banco, somou aproximadamente R$ 360 milhões. O governo Temer tem se notabilizado por dar uma atenção especial à área de seguros e aos negócios da Caixa nesse setor. A Susep, por exemplo, tornou-se um cluster muito bem protegido, entregue ao PSD de Goiás. Por sinal, ao menos em um episódio o partido teve um papel importante na alavancagem da operação de seguros do banco estatal. Consta que parlamentares da sigla ajudaram a convencer a Susep a autorizar que a Youse, balcão eletrônico da própria Caixa, passasse a atuar também como seguradora digital. À época, houve forte pressão pela demissão do superintendente do órgão regulador, Joaquim Mendanha de Ataídes – ver RR edição de 7 de novembro de 2017. O deputado federal Lucas Vergílio (SD-GO), filho de Armando Vergílio, presidente da Fenacor, apaziguou os ânimos.

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