Caixa e CNP não falam a mesma língua

  • 8/06/2018
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Se a expectativa da CNP Assurances era de que a mudança na direção da Caixa Econômica pudesse destravar as conversações entre ambas, a realidade vem provando exatamente o contrário. O novo presidente da CEF, Nelson Antonio de Souza, tem se mostrado um negociador tão ou mais duro do que seu antecessor, Gilberto Occhi, para a renovação do acordo com os franceses. O nó górdio é a exigência do banco em abrir o seu balcão a outras seguradoras. Hoje, há um acordo de exclusividade com a Caixa Seguridade, joint venture entre a instituição e a CNP, acionista majoritária com 51,7% do capital. No fim de maio, as duas partes adiaram, mais uma vez, o desfecho das negociações, que se arrastam há quase um ano. Segundo o RR apurou, a nova data teria sido fixada para 30 de junho,
mas na própria Caixa a expectativa é de que dificilmente ela será cumprida. Ressalte-se que a novela afeta os interesses de um terceiro ator: a Wiz, o balcão eletrônico de seguros criado pelo próprio banco. A incerteza em relação à continuidade ou não daparceria entre a Caixa e a CNP – o contrato em vigor vence em 2021 – é uma espada sobre a corretora, forte- mente dependente da joint venture. Não por acaso, desde o seu IPO, há exatamente um ano, o valor da ação da Wiz já caiu mais de 60%.

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