Tribunal de Justiça do Rio vive tensão pré-eleitoral

  • 10/11/2020
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A julgar pelas “prévias”, a eleição para a presidência do Tribunal  de Justiça do Rio (TJ-RJ), marcada para o próximo dia 30, será uma das mais acirradas dos últimos anos. A escolha do sistema de votação desencadeou atritos entre situação e oposição. Na última quarta-feira, o atual presidente do TJ-RJ, o desembargador Claudio de Mello Tavares, convocou uma reunião para apresentar uma plataforma eletrônica híbrida, com votação presencial e a distância. O candidato da oposição ao comando da Corte, o corregedor-geral de Justiça Bernardo Garcez, tentou brecar a adoção do sistema, levantando uma série de questionamentos quanto a sua segurança.

Garcez defende a utilização de uma plataforma recentemente desenvolvida pelo Tribunal de Justiça do Tocantins – até hoje ainda não
usada na prática. Diante do impasse, Tavares colocou as duas propostas em votação: a sua acabou ganhando por 93 a 30. Procurado, por meio de sua assessoria, o TJ-RJ confirmou o resultado da votação. Consultado especificamente sobre as divergências entre os desembargadores, o Tribunal não se manifestou.

Mesmo com a escolha do sistema apresentado por Claudio de Mello, caso está longe de ser encerrado. Nos corredores do TJ-RJ, circula a informação que desembargadores aliados de Garcez contestam a decisão e estariam dispostos a levar o caso à Justiça. Talvez não seja para tanto. De acordo com a mesma fonte, Claudio de Mello já vem usado da sua influência e bom trânsito junto às mais diversas alas do TJ-RJ para apaziguar os ânimos e evitar o que seria uma constrangedora – e irônica – judicialização da eleição do Tribunal. Em tempo: o oponente de Garcez na eleição será o desembargador Henrique Figueira, candidato que conta com o apoio do atual presidente do Tribunal.

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