Rússia leva Cargill a aumentar aportes em energia renovável

  • 17/03/2022
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O conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que jogou os preços do petróleo nas alturas, está estimulando a Cargill a repensar seu plano de investimentos em energia renovável no Brasil. Os norte-americanos, segundo o RR apurou, pretendem aumentar os aportes e a capacidade dos projetos em desenvolvimento. De acordo com uma fonte próxima à empresa, a estratégia da Cargill passa pela entrada no segmento de geração eólica, com a construção de usinas próprias.

Os norte-americanos estudam também aumentar a produção de energia a biomassa – a empresa tem uma joint venture no setor com o Grupo São João, a SJC Bioenergia. A prioridade é suprir o consumo das instalações do grupo no país – unidades de esmagamento de soja, fábricas de alimentos, terminais portuários, entre outros negócios. Hoje, a Cargill depende basicamente de terceiros. A empresa mantém, por exemplo, um PPA (Power Purchase Agreement) com a Ômega Energia, válido até 2030, para a compra de energia eólica.

Consultada pelo RR, a Cargill não quis se pronunciar. Na semana passada, a Cargill anunciou a suspensão de seus investimentos na Rússia. A guerra no Leste europeu e suas consequências econômicas aumentaram a urgência na substituição da matriz energética. O mundo todo caminha nessa direção, e a Cargill também. No momento, a companhia está desenvolvendo projetos de geração eólica em dez outros países, entre os quais Estados Unidos, Índia, Chile e Colômbia.

Some-se à premência dos fatos outra variável importante: os investimentos em fontes renováveis de energia fazem parte do plano global da Cargill de redução das suas emissões de carbono. A meta do grupo é cortar a liberação de gases de efeito estufa de sua cadeia de suprimentos global em 30% por tonelada de produto até 2030.

#Cargill #Rússia #SJC Bioenergia

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