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Exames favorecem o presidente, mas vídeo de reunião ministerial será decisivo
POLÍTICA
Exames favorecem o presidente, mas vídeo de reunião ministerial será decisivo
Revelação de que exames do presidente Jair Bolsonaro para detectar a presença de coronavírus deram negativo ajudará a galvanizar sua base de apoiadores e fortalecerá seu discurso diante da mídia, amanhã, em meio ao embate com o ex-ministro Sergio Moro. Mas está longe de ser suficiente para tirar o fôlego de especulações acerca do vídeo de reunião ministerial na qual Bolsonaro teria mostrado querer intervir na PF.
O tema continuará a crescer nesta quinta, alimentando temor de impeachment e fazendo aumentar – e muito – a conta a ser paga ao Centrão. A não ser que o conteúdo do vídeo seja divulgado e se mostre aquém dos relatos bombásticos apresentados até o momento, o grande prejudicado no processo será o ministro Paulo Guedes. O que resta da política de controle de gastos – a começar pelo veto ao reajuste do funcionalismo público – seria sacrificado em negociações com parlamentares.
ECONOMIA
Retomada da indústria na China, desemprego nos EUA
Indicadores internacionais amanhã devem trazer panorama dúbio: por um lado, novos pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos (semanais) devem seguir altos, acima de 2 milhões; por outro estima-se que a produção industrial chinesa em abril apresente crescimento na faixa de 1,5%, após tombo em fevereiro (sobretudo) e março.
Ainda que haja receio de segunda onda de contaminação no país, o número representaria importante alento quanto a possibilidades de retomada econômica da Europa e dos EUA após o controle da disseminação da doença.
Também na China dados do varejo, ao que tudo indica, ainda trarão queda (em torno de – 7%), mas abaixo do registrado em fevereiro (- 20,5%) e março (- 15,8%).
No Brasil, destaque para os dados regionalizados da Pesquisa Industrial Mensal (IBGE) de março, que mostrarão os estados mais afetados pelo recuo de 9,1% já anunciado na produção para o mês, nacionalmente. A depender de como a queda se divida, pode ser um fator no embate político entre o presidente e os governadores (especialmente os de São Paulo e Rio de Janeiro).
INSTITUCIONAL
Ministro da Saúde no limbo
Nova crise na saúde se avizinha com desgaste crescente do ministro Nelson Teich, que não consegue se articular com estados e municípios nem agradar aos apoiadores do presidente. Se Bolsonaro aprofundar o discurso contra o isolamento social, nos próximos dias, tendência é de que o ministro seja jogado em um limbo político institucional, tonando-se quase uma figura de fachada.
Conflito com o STF e os governadores; Guedes ainda na corda bamba
INSTITUCIONAL
Conflito com o STF e os governadores; Guedes ainda na corda bamba
O Presidente Bolsonaro, ainda que busque aparências mais institucionais, aprofundará o conflito com o STF e os estados, nos próximos dias, ao mesmo tempo em que abrirá crescente espaço no governo para o Centrão e para os militares.
Será sua única alternativa diante do crescimento vertiginoso do impacto tanto econômico quanto de saúde pública do coronavírus, somado às investigações que o atingem. Nada aponta, no entanto, para a reabertura econômica “na marra”.
O presidente investirá na ampliação de serviços essenciais, mas não conseguirá reverter no Supremo a autonomia de estados – que já ensaiam lockdown, em alguns casos. E parece interessado em manter dubiedade no próprio governo federal, já que, apesar de suas movimentações, o ministério da saúde não caminha para nenhuma medida concreta de flexibilização no isolamento – pelo contrário, até o momento.
Em outro polo estratégico estará a posição do ministro Paulo Guedes. O presidente Bolsonaro, pelo alinhamento com o Centrão e a aproximação com ministro militares que defendem ampliação de investimentos públicos, terá dificuldade de manter apoio à linha do ministro da economia. A tendência é de que se ampliem, como tem ocorrido nas ultimas semanas, idas e vindas de Bolsonaro, ora enfraquecendo Guedes, ora o defendendo publicamente.
ECONOMIA
O desemprego nos EUA pode se aproximar da Grande Depressão
Serão divulgados amanhã os dados gerais para o emprego nos EUA em abril. Segundo previsões, os reflexos do coronavírus no mês serão devastadores, com a taxa de desemprego alcançando a faixa de 16%, próxima da Grande Depressão. Se confirmados, os números influenciarão o processo político eleitoral norte americano e tendem a alimentar as movimentações do presidente Trump visando acelerar a flexibilizarão do isolamento social.
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Governo mais forte no Congresso X Enfraquecimento de Paulo Guedes?
POLÍTICA
Governo mais forte no Congresso X Enfraquecimento de Paulo Guedes?
Projeto de auxílio aos estados se manterá como pauta política central nesta quinta, agora de volta ao Senado, após novas mudanças na Câmara. O presidente da Casa (e relator do projeto), Davi Alcolumbre, recuou da decisão de reincluir professores no congelamento de salários de servidores públicos por 18 meses, mas iniciativa parece, até o momento, mais ligada a negociações com o próprio governo do que com o presidente da Câmara Rodrigo Maia.
Nesse sentido, os próximos dias serão importantes para definir o equilíbrio de poder no Congresso e o avanço de iniciativa do presidente Bolsonaro, que busca isolar Rodrigo Maia com apoio do Centrão (que já começa a ganhar cargos no governo) e articulação com senadores.
O outro ponto importante serão as consequências de negociações acerca do projeto para o ministro Paulo Guedes. Ele pode perder terreno, novamente, para alas “desenvolvimentistas” do governo, que defendem aumento de gastos e tem como base os ministros militares, articulados com o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o próprio Centrão.
Paralelamente, aumentará a pressão sobre o presidente Bolsonaro com a curva ascendente de mortes por coronavírus. Pelo segundo dia seguido foram registrados mais de 600 óbitos no país.
ECONOMIA
Juros abaixo do esperado no Brasil; desemprego nos EUA
No Brasil, o dia será marcado pelo efeito – e análises – sobre o corte acima do esperado na taxa de juros, que foi para 3%.
Internacionalmente, terá impacto amanhã a divulgação dos pedidos de seguro desemprego nos EUA para a primeira semana de maio. Ainda que abaixo dos 3,838 milhões da semana passada, número deve se manter alto, na casa dos 3 milhões, o que levará o total de pedidos das últimas semanas a ultrapassar a marca de 30 milhões. Também nesta quinta está prevista a Balança Comercial da China para abril. Estima-se queda na faixa de 12% em importações e entre 12% e 15% em exportações.
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Corte da Selic e forte retração nos EUA e Europa em março/abril
ECONOMIA
Corte da Selic e forte retração nos EUA e Europa em março/abril
Sairá amanhã o resultado de reunião do Copom: expectativa é de corte de 0,5% na Taxa Selic, que iria de 3,75% para 3,25%, com sinalização de novo recuo em junho. Ainda que a medida perca impacto em função da crise econômica, deve ser bem recebida pelo mercado.
O panorama será prejudicado, no entanto, pelo anúncio de uma série de números negativos nos EUA e na Europa, caso se confirmem no patamar esperado. Destaque para o Relatório de Emprego Privado Não Agrícola (ADP) nos EUA em abril, que deve trazer queda pesada. O relatório é considerado uma prévia do balanço geral de empregos no país (payroll), previsto para sexta feira.
Na Europa, serão veiculados nesta quarta os números das Encomendas à Indústria na Alemanha e das Vendas no Varejo na zona do Euro, para março, e, para abril, do PMI de Serviços de Alemanha, França e zona do Euro e do PMI de Construção no Reino Unido.
A tendência é de retração vertiginosa de todos os indicadores, com corte pela metade, em média, nos PMIs de serviços e construção e recuo na casa de – 10% nas Vendas no Varejo e nas Encomendas à Indústria.
O contraponto deve vir de continuidade de recuperação nos números de serviços da China, cuja divulgação ficou para amanhã.
POLÍTICA
Intervenção na PF e jogo entre Câmara e Senado
Na política, atenções continuarão voltadas, nesta quarta, para dois temas centrais:
- Troca de acusações entre o ex ministro Moro e o presidente, alimentada por liberação pelo STF de depoimento de ministro militares e de requisição de video de reunião na qual Bolsonaro teria solicitado relatório confidencial da PF; bem como por diligencias para apurar mudança na superintendência da PF no Rio;
- Votação na Câmara de projeto de auxilio a estados alterado no Senado. Estará em jogo, nesse caso, a relação entre Maia e Alcolumbre, a atuação de um Centrão recentemente cooptado pelo governo e o posicionamento de estados do Sul e do Sudeste, prejudicados por mudanças implementadas no Senado.
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Economia e isolamento social
POLÍTICA
Economia e isolamento social
Os próximos dias verão se aprofundar o debate sobre cronograma para afrouxamento de medidas de isolamento, visando retomada econômica, não somente no Brasil como nos Estados Unidos e na Europa.
O movimento terá como pano de fundo, no entanto – e fator decisivo – a curva do coronavírus. A aposta mais certa não é de nenhuma ação imediata ou mesmo no curto prazo e, sim, de diretrizes que apontem nesse sentido, como tenta fazer, com idas e vindas, o presidente Trump.
A Europa parece em estágio mais avançado, com recuos na curva de contaminação, enquanto os EUA tem batido recordes diários de mortes e, no Brasil, espera-se forte crescimento de casos ao longo do mês de abril, cenário que pode ficar patente já no final de semana e inicio da semana que vem. Permanece em aberto, ainda, qual será a linha adotada pelo novo ministro da saúde e como ele lidará com o conflito entre o presidente e a ampla maioria dos governadores.
Congresso unido?
Se união de Câmara e Senado no repúdio a ataques do presidente Bolsonaro a Rodrigo Maia se confirmar na votação de pautas importantes para o governo – como já ocorreu hoje com a MP do contrato verde amarelo – tendência é de que o Planalto perca o controle das medidas de estímulo econômico. O grande teste será a votação, no Senado, de projeto de auxílio a estados.
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Os projetos de estímulo
Os projetos de estímulo
China, EUA e Alemanha
O nome para a saúde
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O Senado e a liderança na reação ao coronavírus
POLÍTICA
O Senado e a liderança na reação ao coronavírus
A reação do Senado a projeto de ajuda a estados apresentado hoje pelo ministério da economia pode definir a relação entre o governo e o Congresso durante a pandemia de coronavírus. O Planalto oferece R$ 77 bilhões (R$ 40 bilhões em novos recursos e e R$ 27,4 bilhões em suspensão de dívidas) como tentativa de evitar a aplicação de medida aprovada ontem pela Câmara, que tem como peça central a reposição de perdas de arrecadação com ICMS e ISS.
Estará em jogo, na verdade, a condução do programa de estímulo econômico e a liderança em articulação com os estados.
ECONOMIA
Varejo e indústria nos EUA e panorama global
Nos indicadores, destaque amanhã para números dos EUA, com a divulgação das Vendas no Varejo para março (previsão de forte queda, na casa de -8%); da Produção Industrial também para março (recuo na ordem de -4%) e do índice Empire State de Atividade Industrial de Nova Iorque (deve vir em torno de -35 pontos, após -21,50 em março). Dados negativos já são esperados, mas terão impacto no mercado, especialmente se vierem acima do previsto, como tem ocorrido repetidamente desde o início da pandemia de coronavírus.
Os números alimentarão, ainda, debate crescente nos EUA sobre definição de um cronograma para diminuição de medidas de isolamento social e reativação econômica, aventado pelo presidente Trump. A ideia causa polemica e recebe críticas de governadores, especialmente o de Nova Iorque. Na área de infectologia, comandada pelo Dr. Anthony Fauci, o diagnóstico é de que o país, tanto pela curva do vírus quanto pela incapacidade de realizar testes em massa, ainda não tem condições de amenizar medidas de controle.
Paralelamente, situação deve evoluir na Europa: apesar do recorde de mortes na França, o número de internações no país diminuiu e os números gerais tendem positivamente na Espanha e na Italia. Na China, apesar de riscos de segunda onda de contaminação, tudo indica que a economia manterá recuperação.
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Petróleo e energia
ECONOMIA
Petróleo e energia
A confirmação ou não de corte entre 10 e 15 milhões de barris de petróleo em acordo entre Arábia Saudita e Rússia, antecipada hoje pelo presidente Trump, deve ser o fator central nos mercados globais, amanhã. Se o corte for efetivado, impulsionará não somente o setor de Óleo & Gás (Petrobras à frente, no Brasil, e gás de xisto nos EUA) como o de biocombustíveis e energias renováveis. Ao mesmo tempo, alimentará tendência de interrupção no ciclo de baixa nos preços da gasolina, diesel e, mais recentemente, GLP, internamente. O impacto no mercado seria diluído ao longo da próxima semana, no entanto, em função de enorme queda no consumo mundial.
Medidas trabalhistas
Paralelamente, no Brasil o foco se aprofundará para o programa de proteção ao emprego, que prevê redução de jornada entre 25% a 70%, com compensação do governo federal para trabalhadores. Como no caso da bolsa de R$ 600 para informais, o ponto de interrogação será a capacidade que o governo terá para desenvolver o programa na mesma velocidade em que se fazem sentir os impactos da paralisação econômica, que já provoca rescisões de contrato e milhares de demissões.
No caso de medidas trabalhistas, o Judiciário será “parceiro” importante, assim como o Congresso, já que haverá questionamentos judiciais. O processo vai fortalecer a liderança de Rodrigo Maia, que terá papel importante na aprovação e na aplicação do “orçamento de guerra”, prevista para os próximos dias.
Nesta sexta feira o Senado votará, ainda, proposta que suspende prazos contratuais até 30 de outubro deste ano devem ser excluídos, em negociações de última hora, os aluguéis residenciais.
O grau da retração econômica em março – EUA à frente
Sai amanhã um panorama das economias norte-americana e europeia já do mês de março, que deve refletir os duros impactos gerados pelo coronavírus e parcialmente precificados pelo mercado.
O destaque será o Relatório de Emprego dos EUA, que deve registrar forte recuo. Estima-se uma perda na casa de 100 mil empregos (frente à criação de mais de 273 mil em fevereiro), mas se o número vier muito acima disso, o que não se pode descartar, efeito nas bolsas globais será mais forte ao logo do dia. Ainda nos Estados Unidos, teremos a taxa de desemprego, o PMI Composto (Markit) e o PMI de Serviços (ISM). A expectativa é de retração significava nos serviços e aumento de pelo menos 0,3% no desemprego (de 3,5% para 3,8%). Mas pode haver surpresas.
Já na Europa, serão divulgados nesta segunda o PMI Composto e de Serviços (Markit) para a Zona do Euro e Alemanha, fechados. Os números devem confirmar a pesada queda já antecipada no final de março. As Vendas no Varejo para a Zona do Euro também saem nesta sexta, mas ainda relativas a fevereiro. Estima-se crescimento de 0,1%, frente a 0,6% em janeiro.
Retomada na China e adaptação da indústria
Dois fatores centrais para expectativas econômicas, que terão efeitos de médio e longo prazos, mas acerca dos quais já haverá sinais importantes nos próximos dias, serão:
1) A capacidade da China e de países como Coreia do Sul para retomar a produção industrial e restabelecer algum tipo de normalidade, ainda que com medidas de distanciamento e controle social. Em termos industriais, as indicações são positivas, mas será preciso observar se a curva de contaminação voltará a subir com o relaxamento de medidas e a tentativa de impulsionar a economia. Esse fator se refletirá nas expectativas acerca da recuperação do restante do mundo;
2) Os movimentos, nos EUA, na Europa e no Brasil, para adaptar a produção industrial tanto de grandes quanto de pequenas e médias empresas para insumos médicos, como respiradores e máscaras. O efeito imenso será não apenas na saúde, mas na criação de uma válvula de escape para a indústria.
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Mandetta e um governo paralelo?
POLÍTICA
Mandetta e um governo paralelo?
Em termos político institucionais, a grande questão amanhã será a reação do presidente Bolsonaro – e da própria estrutura do governo – à primeira coletiva dada em novo formato, com seis ministros.
Ainda que o objetivo, especula-se, fosse diminuir o protagonismo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o resultado será o inverso. Mandetta contrariou enfaticamente todas as diretrizes defendidas pelo presidente da República, sem negar o atrito entre eles, e pareceu assumir a liderança no planejamento do governo (mesmo que tenha sido o último a falar).
Fez questão de ressaltar, justamente, a articulação com os estados – no que foi secundado pelo ministro da Infraestrutura -, chegou a dizer que, nessa hora, não há governo e oposição e enfatizou algumas vezes a situação dramática dos EUA, cujo exemplo é caro ao presidente Bolsonaro, por sua proximidade com o presidente Trump.
As opções, nesta terça, são limitadas: ou Bolsonaro assume a difícil tarefa de demitir o ministro em meio à crise, ou recua – o que parece, hoje, quase impossível -, ou estará em curso uma espécie de governo paralelo, no qual Mandetta e os ministros assumem a gestão, em articulação com o Parlamento e governadores, enquanto o presidente atuará apenas no campo da retórica.
INSTITUCIONAL
Aumento de casos, logística e apoios aos informais
Os próximos dias se voltarão para a implementação de apoio de R$ 600 para trabalhadores informais, aprovado hoje pelo Senado e que vai para sanção presidencial; para articulação entre governo federal e estados visando manter o funcionamento dos serviços essenciais; e para a forte ampliação na quantidade de testes do coronavírus, anunciada hoje.
Como ocorreu com os EUA, esta última medida deve elevar exponencialmente o número de infectados (ao mesmo tempo em que diminuirá o índice de letalidade da doença), o que terá impacto sobre a opinião pública e as percepções econômicas.
ECONOMIA
Os números de março – EUA em crise
Estão previstos para amanhã, no Brasil, a PNAD Contínua de fevereiro (IBGE), o Índice de Confiança Empresarial (ICE/FGV) e o Índice de Incerteza da Economia (IIE-Br/FGV), ambos de março. Já no exterior devem sair, também para março, a Confiança do Consumidor dos EUA, a taxa de desemprego na Alemanha e o PMI Industrial na China.
No caso do Brasil, estima-se que PNAD seja essencialmente um retrato pré-crise do coronavírus, sem uma oscilação mais forte. Já o ICE/FGV e o IIE-Br tendem a ser muito negativos, refletindo o momento atual – embora ainda não deem a medida da queda efetiva na atividade econômica, particularmente no setor de serviços, que será pesada em março.
Os efeitos no mercado devem vir mais fortemente dos números internacionais. Nos EUA, que viverão ciclo de intensa retração nos meses de março/abril, a expectativa é de que a Confiança do Consumidor desabe. Na Alemanha, o número de desempregados também deve apresentar crescimento significativo.
O contraponto – importante – pode vir da China, de onde se espera sinais de recuperação na produção industrial. Seria uma espécie de farol em momento no qual a economia ocidental está parcialmente paralisada. E com impactos para a saúde – diretos para o Brasil – já que o gigante asiático é exportador de máscaras e testes para o coronavírus.
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Volatilidade nos mercados
ECONOMIA
Volatilidade nos mercados
Após semana de recuperação em mercados globais, em função sobretudo do pacote de estímulo de US$ 2 trilhões dos EUA (que foi assinado hoje pelo presidente Trump), a queda nessa sexta-feira indica que a próxima semana começará com maior volatilidade.
A injeção de recursos tende a servir como âncora para evitar o descontrole que marcou as semanas anteriores, quando houve a realização dos drásticos efeitos da pandemia do coronavírus na economia global. No Brasil, inclusive, as medidas de maior escopo começaram a ser anunciadas nos últimos dias como o “coronavucher”, a liberação de R$ 40 bilhões em crédito para pequenas e médias empresas pelo BC e a própria declaração do ministro Guedes, afirmando que, no total, serão injetados R$ 700 bilhões na economia para mitigar os efeitos do vírus. Terão impacto positivo internamente, no início da semana que vem, especialmente se o dinheiro começar a fluir.
A maior instabilidade, no entanto, deve vir:
1) De dados mostrando os pesados efeitos econômicos já auferidos. Na segunda-feira, dentre outros indicadores, saem as Vendas Pendentes de Moradias nos EUA em fevereiro, que devem trazer forte queda. Na Europa, o Indicador de Confiança na Economia de março também deve vir muito negativo. No Brasil, a Sondagem de Serviços de março (FGV) deve trazer pesado recuo, o Boletim Focus apresentará nova queda em projeções do PIB e há ainda os Resultados do Tesouro de fevereiro.
A possibilidade de contraponto seria a indicação de alguma retomada na China, com o anúncio, segunda-feira, do PMI Industrial de março;
2) Do avanço do vírus na Europa e, possivelmente até mais, nos EUA, com destaque para Nova York.
No contexto geral, o que se aguardará com mais ansiedade serão os primeiros sinais claros de que a curva de contágio começa a se arrefecer na Europa, o que teria efeitos mais duradouros na bolsa, ainda que a depender da evolução da doença nos EUA no final de semana e início da semana que vem.
INSTITUCIONAL
Guerra declarada deve preservar a economia
No Brasil, nada indica o arrefecimento da guerra institucional capitaneada pelo presidente Bolsonaro, que buscará ampliar o apoio popular para um plano ainda não muito claro do chamado “isolamento vertical”. As medidas econômicas não devem ser afetadas – no máximo haverá cobrança por maior injeção de recursos da parte de governadores e Congresso.
Mas tanto politicamente quanto na Saúde, os atritos tendem a se proliferar pela divergência de diretrizes públicas pregadas entre o Planalto e diversos estados e municípios; pelo aumento de matérias de teor mais “pessoal” na mídia, com foco em dificuldades de médicos, hospitais e pacientes; e pela dificuldade que o ministro Mandetta terá para se equilibrar entre o presidente e os secretários estaduais de saúde.
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