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Cimento é a nova mercadoria na prateleira da Camargo Corrêa
O desmanche da Camargo Corrêa chegou à área cimenteira. Segundo o RR apurou, o grupo abriu conversações com a irlandesa CRH para a venda de até seis das suas 16 fábricas no Brasil, todas penduradas na subholding InterCement. De acordo com uma fonte que participa das negociações, o pacote soma uma produção anual da ordem de quatro milhões de toneladas, ou o equivalente a 25% da capacidade instalada da Camargo Corrêa no Brasil. Entre as unidades colocadas sobre o balcão estariam as de Pernambuco e de Jacareí (SP), com linhas de produção paralisadas desde o início do ano. Todos os movimentos da operação-desmonte da Camargo Corrêa levam a uma só direção: atendem à estratégia do grupo de se capitalizar e voltar ao seu core business, com base na aposta de que, ao puxar a fila das delações premiadas e dos acordos de leniência, a companhia terá uma posição privilegiada na construção pesada – ver RR edição de 31 de março. Inicialmente, a Camargo Corrêa chegou a avaliar a venda integral da InterCement. No entanto, a falta de candidatos e a possibilidade de a operação esbarrar no Cade levaram a companhia a optar por uma negociação fatiada. A divisão cimenteira é hoje uma das áreas mais problemáticas do grupo, a começar pelo seu endividamento. A InterCement é responsável por aproximadamente 40% do passivo total do conglomerado, na casa dos R$ 16 bilhões. O setor vive seu pior momento em mais de uma década. No ano passado, as vendas caíram 10%. Para este ano, as projeções mais conservadoras apontam para uma retração de 12% a 15% na demanda do setor. Em janeiro, além de interromper unidades de moagem em Pernambuco e em Jacareí, a Camargo Corrêa reduziu a produção em outras fábricas. Procurada pelo RR, a Camargo Corrêa não quis se pronunciar. A CRH, por sua vez, negou as negociações. Não custa lembrar, no entanto, que a cimenteira irlandesa já anunciou a disposição de expandir sua presença no Brasil depois de herdar cinco fábricas com a compra de um pacote de ativos da Lafarge/Holcim.
Cimenteira irlandesa a caminho do Brasil
A CRH, com sede na República da Irlanda, tem planos de desembarcar no mercado brasileiro de cimento, juntando-se a outros estrangeiros do setor, como a Cimpor e a dobradinha Lafarge/Holcim. Por sinal, a dupla francosuíça pode vir a ser uma peça-chave para o ingresso dos irlandeses no país. A CRH estuda a compra das fábricas que Lafarge e Holcim terão de vender – condição imposta pelo Cade para aprovar a fusão entre as duas empresas. O pacote que deverá ser colocado sobre o balcão equivale a um terço de toda a capacidade da Lafarge e da Holcim no país. A compra integral desses ativos – leia-se uma produção total em torno de 3,5 milhões de toneladas/ano – permitiria a CRH chegar ao Brasil entrando diretamente no G-5 do cimento. Não seria a primeira vez que os irlandeses se beneficiariam com a fusão entre os dois grupos. No início deste ano, eles fecharam a aquisição de US$ 7 bilhões em ativos da Lafarge e da Holcim na Europa. Além da Irlanda, a CRH tem fábricas em outros 20 países no continente e opera também nos Estados Unidos. No ano passado, faturou cerca de 19 bilhões de euros.
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