Arábia Saudita deixa avicultura brasileira em estado de alerta

  • 27/02/2020
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A decisão da Arábia Saudita de suspender as compras de frango de dois frigoríficos da BRF pode ser apenas a ponta do iceberg de um problema comercial de maior proporção. O Ministério da Agricultura tem razões para acreditar que os árabes estão criando uma narrativa para subir o tom e impor restrições mais amplas e rigorosas ao produto brasileiro. Na Pasta, já se discute, inclusive, a possibilidade de envio de uma missão ao país.

A preocupação é proporcional ao peso da Arábia Saudita para a indústria avícola nacional: trata-se do maior importador de carne de frango do Brasil, com embarques anuais superiores a US$ 1 bilhão. Até o momento, o caso é uma caixa preta: os árabes não informaram os motivos do “mini-embargo” às fábricas da BRF. Sabe-se apenas que a decisão partiu da Saudi Food and Drug Authority (SFDA), a autoridade sanitária do país.

O receio do Ministério da Agricultura é que a Arábia Saudita coloque sob suspeição outros frigoríficos brasileiros. Ressalte-se que o histórico recente de relações comerciais entre os dois países, notadamente no setor econômico em questão, é conturbado. Em outubro de 2018, uma missão saudita esteve no Brasil e visitou três dezenas de granjas, frigoríficos e fábricas de ração, atestando a excelência das condições fitossanitárias de todas elas. Três meses depois, sem mais nem porquê, a Arábia Saudita suspendeu as importações de frango de cinco dos 30 produtores.

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