Acusações de fraude opõem novos e antigos donos da Itapemirim

  • 28/11/2017
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O empresário Camilo Cola parece fadado a deixar como obra um emaranhado de disputas judiciais e compromissos financeiros não honrados. Os herdeiros de Cola e os empresários paulistas Sidnei Piva de Jesus e Camila Valdivia, que compraram a Viação Itapemirim, se digladiam na Justiça, empurrando de um lado para o outro a responsabilidade por parte das dívidas da companhia. Sidnei e Camila apontam que os antigos controladores teriam fraudado documentos e lançado no balanço da empresa passivos de outros negócios da família.

Segundo o RR apurou, as supostas irregularidades envolveriam a transferência de dívidas trabalhistas e cobranças de fornecedores. O tiroteio põe em risco a recuperação judicial da Itapemirim. Há uma pergunta fulcral que a Justiça terá de responder: na porta de quem os credores devem bater? No total, o passivo supera R$ 1,3 bilhão. Os atuais e ex controladores da Itapemirim trocam chumbo na Justiça praticamente desde o dia seguinte à venda da companhia.

Os filhos de Camilo Cola acusam Sidnei Piva e Camila Valdivia de não terem quitado o valor total referente à aquisição da empresa. Desde o início do ano, tentam anular o negócio. Tiro de um lado, tiro do outro. Do front oposto espocam acusações de que os herdeiros de Camilo Cola estariam tentando usar a Justiça para tomar a Itapemirim e assumir seus ativos à margem do patriarca.

Procurados, os atuais controladores da empresa e a família Cola não se pronunciaram até o fechamento desta edição. Em meio à guerra, o processo de recuperação judicial caminha de forma lenta. Há cerca de dez dias, o juiz Marcos Horacio Miranda, da 13a Vara Cível Empresarial de Recuperação Judicial de Vitória, determinou a troca do administrador judicial. A lista de credores já foi publicada há quase seis meses e nem sinal de uma data para a assembleia geral.

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