Açúcar e carne viram moeda eleitoral de Bolsonaro

  • 5/10/2018
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Não bastasse o notório conservadorismo dos ruralistas, nos últimos dias Jair Bolsonaro fez importantes acenos para garantir o apoio maciço do agronegócio a sua candidatura. O Capitão comprometeu-se a entrar pesado em duas graves questões no âmbito do comércio multilateral: a disputa com a Índia no mercado de açúcar e o embargo russo à carne brasileira. Os interlocutores de Bolsonaro junto à Frente Parlamentar da Agropecuária e empresários do setor, notadamente o ruralista Frederico D ´Ávila, asseguraram que o seu eventual governo vai acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os crescentes subsídios públicos da Índia aos produtores de açúcar locais, pleito dos usineiros nacionais. Ao mesmo tempo, os porta-vozes do Capitão garantem empenho redobrado logo no início do mandato para equacionar o impasse com o governo Putin. A suspensão das importações de carne brasileira já dura dez meses. Nesse período, os frigoríficos nacionais depenaram mais de três mil postos de trabalho.

A campanha de Jair Bolsonaro dá como certa a vitória em primeiro turno. Ao menos entre os brasileiros que moram no exterior. Simulações contratadas pelo PSL apontam que a preferência pelo Capitão passa dos 55% em países como Estados Unidos e Portugal. Ressalte-se que o Ministério das Relações Exteriores abriu 33 novas seções, chegando a 99 países. Em 2014, eram 350 mil eleitores aptos a votar no exterior. No domingo, serão mais de 520 mil – contingente vitaminado, claro, pelo êxodo de brasileiros nos últimos anos.

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