Abengoa deixa o bagaço para seus credores

  • 1/03/2016
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  A crise financeira da Abengoa avança pelos dois maiores negócios dos espanhóis no Brasil. Se, no setor elétrico, o grupo cogita vender ativos e até mesmo devolver licenças de transmissão para a Aneel , na área sucroalcooleira a situação é ainda mais grave. Com uma dívida superior a R$ 800 milhões, a Abengoa Bioenergia tem atrasado o pagamento de fornecedores e, principalmente, de agricultores. Nas últimas semanas, a empresa teria feito uma série de demissões na área administrativa. O RR fez várias tentativas de contato com a Abengoa Bioenergia, por telefone e e-mail. Em uma das ligações, um funcioná- rio que não quis se identificar informou que não havia ninguém autorizado a atender à imprensa. Disse ainda que a área de comunicação tinha sido desativada e apenas o setor de RH ainda estava em funcionamento na sede da companhia.  No início do ano, a Abengoa Bionergia anunciou um plano para a repactuação de seu passivo. A medida, no entanto, não foi suficiente para acalmar seus credores, particularmente os fornecedores de cana. Segundo o RR apurou, um grupo de agricultores está se mobilizando para pedir na Justiça o arresto de parte da produção de etanol das duas usinas da Abengoa Bioenergia – localizadas em Pirassununga e São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. No fim do ano passado, os plantadores de cana conseguiram uma liminar para tomar posse de equipamentos da companhia e bloquear recursos que seriam remetidos à matriz, na Espanha. A Abengoa Bioenergia conseguiu cassar a liminar e ganhar tempo. Ainda não se sabe exatamente para quê?

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