A pergunta que não quer calar na “família Itaú”

  • 22/02/2018
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O superdividendo pago pelo Itaú despertou um velho fantasma que ronda os Setubal, Villela e Moreira Salles. O espectro pergunta com sua voz de sombra: até quando seguirá essa sociedade? Como se sabe, o acordo somente foi possível porque o Unibanco estava parcialmente quebrado e o Itaú pagou o preço de uma participação acionária desproporcional pelo prêmio de superar o Bradesco como o maior banco em ativos totais. Os Moreira Salles, por motivos distintos, há muito deixaram de ser banqueiros de fato.

Talvez Pedro, o único irmão banker, pudesse permanecer no Conselho, depois da separação. Os irmãos Setubal e os Villela voltariam, então, às origens, aumentando sua participação no resultado. E os Moreira Salles iriam tocar seus outros negócios, com primazia dos investimentos no setor real da economia. Uma curiosidade, caso se confirmem os sussurros do além: o lendário Amador Aguiar teve uma associação de circunstância, feitas todas as ressalvas, parecida com a dos Setubal, Villela e os Moreira Salles.

Aguiar se juntou a Antônio Carlos de Almeida Braga. Não durou tanto assim: ele recomprou a parte do sócio. Em tempo: não fosse a proposta de casamento com núpcias reais feita pelo Itaú, o Bradesco teria comprado o Unibanco. Mas essa é uma história já pretérita. Por falar em passado e nos Moreira Salles, o RR foi o primeiro veículo a noticiar a compra do Banco Nacional pelo Unibanco, em 1995. Fica o registro.

#Itaú #Unibanco

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