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A capitalização da Sabesp virou objeto de um descarado joguete político em São Paulo. Deputados aliados – muy aliados – de Geraldo Alckmin ameaçam brecar este e outros projetos de interesse do Palácio dos Bandeirantes na Assembleia Legislativa. O motivo da “rebelião”, liderada por parlamentares do PSB, PTB e do próprio PSDB, é o de sempre e pode se descrito sob a forma de cifrões.
Alckmin teria descumprido a promessa de liberação adicional de verbas do orçamento estadual. Geraldo Alckmin passou o feriadão trabalhando nos bastidores para conter o motim e evitar atrasos no redesenho da Sabesp. A proposta de criação de uma holding de saneamento que terá a estatal embaixo foi a engenharia encontrada pelo governo para capitalizar a empresa sem vender suas ações – operação que envolve até o IFC, do Banco Mundial.
Tudo, no entanto, pode ficar parado semanas, meses, se assim os deputados quiserem. A primeira represália mais aguda contra Alckmin veio na semana passada: vinte dos 21 líderes de bancadas da Assembleia assinaram um requerimento exigindo que o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), coloque em votação a Proposta de Emenda à Constituição estadual (PEC 5) que altera o limite de remuneração do funcionalismo público e desarruma o orçamento paulista.
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