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Rony Meisler e Reserva têm um encontro marcado, em lados opostos
27/09/2024Rony Meisler confidenciou a pessoas próximas a intenção de criar uma nova grife. Meisler não diz abertamente, mas quem o conhece aposta que o empresário está sedento para concorrer com a própria Reserva, fundada por ele em 2006, e com outras marcas da Azzas, holding resultante da fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma. É um projeto que nasce, principalmente, do fígado. Meisler vendeu a Reserva para a Arezzo em 2020 e seguiu à frente da gestão até o mês passado, quando deixou o grupo. Dez entre cada dez executivos do setor afirmam que sua saída foi conturbada e se deu após desentendimentos com o fundador da Arezzo, Alexandre Birman. O plano de Meisler de lançar uma nova grife só poderá se consumar em 2026 – ele assinou um acordo de non-compete com a Arezzo que o impede de ter negócios na área de moda pelos próximos dois anos. Não há de ser nada. Vingança é um prato que se come frio.
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A tensa relação por trás do rompimento entre Rony Meisler e Alexandre Birman
3/09/2024A saída de Rony Meisler da Azzas 2154, empresa criada a partir da fusão da Arezzo com o Grupo Soma, foi o rasgo final de uma relação societária que vinha se esgarçando já há algum tempo. O que se diz no setor é que sua convivência com Alexandre Birman, um dos acionistas controladores da nova holding, era pouco amistosa. Línguas ferinas próximas a Birman chegam a dizer que Meisler, fundador da Reserva, ainda se achava dono da marca, comprada pela Arezzo em 2020. Desde então, ele passou a ocupar o posto de CEO da AR&Co, que reúne a própria Reserva e outras grifes criadas a partir da marca, como Reserva Mini, Reserva Go, Reversa e Oficina. O clima teria ficado mais pesado após a fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma, que levou para dentro da companhia novos acionistas controladores, limitando ainda mais os poderes de Meisler na gestão. É difícil mesmo para qualquer um ser mandado na casa onde sempre mandou.
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Será que a Inbrands está pendurada na vitrine?
9/07/2024A saída de Nelson Alvarenga Filho, acionista majoritário da Inbrands, da presidência do Conselho de Administração tem alimentado rumores no mercado sobre os próximos passos na companhia. Uma das versões mais repetidas é que Alvarenga, na condição de CEO da empresa, estaria preparando o terreno para uma associação ou mesmo venda para outro grupo do setor. Nesse caso, os olhares do setor se voltam para o Grupo Soma/Arezzo, hoje o maior consolidador do varejo de moda. Ressalte-se que, no passado, a Inbrands – dona de marcas como Ellus, Richards e Salinas, entre outras – chegou a anunciar uma fusão com a antiga Restoque, hoje rebatizada como Grupo Veste, que reúne grifes como Ellus e Dudalina. Mas a costura não se consumou. Consultada pelo RR, a Inbrands não se pronunciou.
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Que marcas vão seguir no closet da Arezzo e do Grupo Soma?
22/05/2024Nas prateleiras do mercado espoca aqui e ali a informação de que, em até 60 dias, o executivo Paulo Kruglensky vai apresentar ao Conselho da Arezzo/Grupo Soma um detalhado projeto de integração das duas empresas. O principal ponto de interrogação é o que será feito com as 34 marcas de vestuário da nova companhia, muitas delas com sobreposições de mercado. A expectativa é que algumas sejam negociadas, o que teria impacto sobre a rede varejista do grupo, leia-se 560 lojas e mais de 1.500 franquias. Procurada, a empresa não se manifestou.
Kruglensky, ressalte-se, foi contratado para isso mesmo: costurar as operações da Arezzo e do Soma e passar a tesoura no que for necessário. A ponto da empresa criar um cargo taylor made para ele: chief integration officer. O executivo, por sinal, parece conhecer bem onde está pisando. Quando era CEO da Vivara, Kruglensky costumava usar a Arezzo como benchmarking para a transformação da rede de joalherias em uma operação multimarcas.
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Fusão entre Arezzo e Soma ainda é uma conta de subtração para minoritários
13/05/2024Nas mesas de operação, é possível captar aqui e ali o descontentamento dos minoritários da Arezzo e do Grupo Soma com a condução do processo de fusão entre as duas empresas. A leitura é que ambas não têm dado o devido disclosure ao trabalho de integração entre as marcas. A percepção negativa dos investidores se reflete no desempenho das ações de parte a parte. Desde o anúncio do M&A, em fevereiro, os papéis da Arezzo e da Soma já caíram, respectivamente, 13% e 21%. Há, inclusive, quem esteja tomando prejuízo nas duas pontas. É o caso da BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, com mais de US$ 10 trilhões sob a sua guarda. Os norte-americanos têm cerca de 5% das ações tanto da Arezzo quanto do Grupo Soma.
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Operação do Grupo Soma na Europa não cabe nas medidas da Arezzo
10/04/2024Em meio ao processo de fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma, o negócios da Farm na Europa têm provocado agulhadas entre os executivos das duas empresas. A Arezzo, de Alexandre Birman, estaria fazendo pressão, desde já, por ajustes profundos na operação da Farm no Velho Continente. Com o perdão do trocadilho, a grife do Grupo Soma está mais para subtração. As lojas abertas em Milão e em Paris têm queimado caixa da companhia, sem previsão de atingir o breakeaven. Do lado do Soma, os executivos garantem que a operação se tornará rentável já neste ano. Não é o que os gestores da Arezzo enxergam à luz dos números sobre a mesa. Para eles, a estrutura da Farma Europa tem problemas de custos elevados, notadamente com manutenção de estoques e gastos em marketing.
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Arezzo e Soma multiplicam os planos para o Ceará
15/02/2024A fusão com o Grupo Soma deve mudar os planos da Arezzo no Ceará. Mudar para melhor. A companhia de Alexandre Birman está assumindo as antiga fábricas da Paquetá nas cidades de Uruburetama e Tururu. A princípio, o projeto da Arezzo envolvia apenas a produção de calçados. No entanto, já está no radar a ideia de também usar os dois complexos industriais para a fabricação de peças de vestuário das marcas que compõem o Grupo Soma, como Hering, Farm e Animale, entre outras. No que depender do governo do Ceará, os teares já podem começar a rodar. O governador Elmano Freitas acena com incentivos fiscais tamanho GG para a dobradinha Soma/Arezzo ampliar as fábricas cearenses.
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Arezzo e Grupo Soma avaliam judicializar perda de benefício fiscal
7/02/2024Os acionistas da Arezzo e do Grupo Soma estão reunindo uma tropa de tributaristas para trabalhar na fusão das duas empresas. A missão é mitigar ao máximo os efeitos da Medida Provisória 1185 sobre o negócio. A MP muda a tributação no setor e consequentemente elimina benefícios de ICMS até então obtidos pelo Soma no Rio de Janeiro. A estimativa é que as perdas do grupo em 2024 chegarão a R$ 170 milhões. Em conversas reservadas, executivos da Arezzo, que será a acionista majoritária da nova companhia, mencionam a possibilidade de judicializar a questão.
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Arezzo quer pisar mais forte nos Estados Unidos e Europa
30/03/2023Os executivos da Arezzo discutem os próximos passos da expansão das operações no exterior. Segundo o RR apurou, a empresa estuda a abertura de mais duas lojas próprias da marca Schutz nos Estados Unidos – hoje são duas unidades, um em Nova York e outro em Los Angeles. A inauguração de pontos de venda da grife na Europa, mais precisamente na Itália e na França, também está nos planos. Ressalte-se que no início do mês a empresa de Alexandre Birman fez um movimento no mercado italiano ao comprar 65% da fabricante de calçados femininos Paris Texas, por 25 milhões de euros. A aquisição é um passaporte para cerca de 400 lojas multimarcas que já vendem produtos da grife italiana. Consultada pelo RR, a empresa não quis se pronunciar.
Embora ainda tenham um peso proporcionalmente reduzido no balanço do grupo, as operações internacionais da Arezzo apontam viés de alta. No ano passado, os negócios no exterior representaram pouco mais de 9% do faturamento total. Segundo informações filtradas da companhia, a meta é chegar a 15% até o fim de 2024. Somente nos Estados Unidos, a receita cresceu 40% no ano passado.
Negócios
Riachuelo e Marisa na mesma prateleira?
9/01/2023Corre no mercado que a Riachuelo e a Lojas Marisa vêm mantendo conversações para uma possível fusão, que daria origem a um conglomerado com mais de 700 lojas e receita líquida da ordem de R$ 8 bilhões. A informação é que Flavio Rocha, controlador da primeira, teria uma participação majoritária na nova empresa. As duas companhias têm buscado possibilidades de M&A. Há notícias recentes de que a Riachuelo conversou também com a Arezzo e o Grupo SBF, dono da Centauro. No ano passado, por sua vez, a família Goldfarb, dona da Marisa, chegou a abrir negociações para a venda da empresa à Americanas.
Startups da Arezzo
9/08/2022A Arezzo reservou R$ 20 milhões para a sua incubadora de startups. Segundo o RR apurou, a empresa analisa mais de 30 projetos nas áreas de varejo e logística. Ressalte-se que a Arezzo mantém ainda um braço de venture capital, o ZZ Ventures, com recursos da ordem de R$ 30 milhões.
Próximo figurino
18/02/2022A Arezzo, de Alexandre Birman, está em negociações para a compra da Le Lis Blanc, grife de vestuário feminino controlada pelo Grupo Restoque. Ao todo, são 78 lojas.
Costura por dentro
2/02/2022A Arezzo tem uma aliada na sua investida para a compra da Centauro: a GP trabalha por dentro para a venda da rede de lojas esportivas. Com 20% do capital, a gestora é a segunda maior acionista da companhia, atrás apenas do empresário Sebastião Bomfim Filho.
“Banco Arezzo”
6/10/2021A Arezzo vai partir para a compra de fintechs, notadamente da área de soluções de pagamento.
Curtinha 2
6/08/2021Após comprar a Reserva, a Arezzo teria um espaço reservado no seu closet para a rede de lojas de vestuário Armadillo.
Ponto final
6/08/2021Não retornaram ou não comentaram o assunto: Ministério das Relações Exteriores, JSL, Tegma, Ministério da Economia, Nubank, BB, Precisa Medicamentos, XP, Carlyle, Arezzo e Armadillo.
Arezzo sai em busca de fintechs
21/07/2021Após a aquisição da Reserva, um negócio de mais de R$ 700 milhões, o empresário Alexandre Birman vai buscar caminhos alternativos para os seus negócios. Na mira da Arezzo, a compra de fintechs, notadamente da área de soluções de pagamento.
Ponto final
21/07/2021Não retornaram ou não comentaram o assunto: Sinopec, General Atlantic, Ministério da Educação, Arezzo, Odebrecht, Virgolino de Oliveira, Luggo, BR Properties, Marisa e Xiaomi.
Segundo tiro
26/04/2021Circula no mercado a informação de que a Arezzo prepara uma nova e ainda mais agressiva proposta pela Hering. Procurada, esta última diz não ter conhecimento da nova oferta. A Arezzo, por sua vez, não quis se pronunciar
Nova vocação?
29/10/2020O empresário Rony Meisler, guru do empreendedorismo, vem flertando com a política. Ou a política vem flertando com ele. Segundo interlocutores de Meisler, ele já teria sido sondado para se filiar ao Partido Novo. Na semana passada, por sinal, Meisler, ex-sócio de Luciano Huck, fechou a venda da grife Reserva para a Arezzo. Ou seja: tempo, ao que parece, não seria mais um empecilho para Meisler se dedicar à política.
Tamanho 44
19/01/2018O empresário Alexandre Birman deverá pisar em outras terras. Além dos Estados Unidos, a fabricante de calçados Arezzo também teria planos de abrir sua primeira loja na Europa.
A pedra no sapato da Arezzo
13/03/2017A ordem na Arezzo é apertar o cinto, com expressivos cortes nas áreas administrativa e comercial ao longo de 2017. O aumento dos custos operacionais manchou os resultados da empresa em 2016. Os gastos subiram 20%, ao passo que a receita só cresceu 5%. Não fosse isso e a Arezzo, mesmo com a crise no varejo, teria superado com alguma folga o lucro de 2015. Os ganhos, no entanto, caíram 3% no ano passado.
Ponto final
13/03/2017Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Arezzo e Black River.
Calçado da Arezzo não derrapa na crise
16/09/2015Melhor do que ninguém Anderson Birman deve saber onde está pisando com seus bem lustrados sapatos de cromo alemão. As circunstâncias – recessão econômica, consumo em declínio, crédito escasso – dizem não; seus executivos, a começar pelo próprio filho, Alexandre Birman, pregam cautela. Mas, ainda assim, Birman acelera o passo nos planos de expansão da Arezzo. Ao longo deste ano, a empresa deverá abrir até 50 lojas – segundo o RR apurou, os imóveis já estão reservados, embora, oficialmente, a calçadista confirme apenas 40 inaugurações. No atual ritmo, a rede varejista vai romper a simbólica marca de 500 pontos de venda antes mesmo de novembro, como estava previsto originalmente. Para efeito de comparação, no ano passado, quando a conjuntura econômica e política ainda era palatável, a Arezzo abriu 58 lojas, não muito acima, portanto, do total de inaugurações previstas para este sombrio 2015. Anderson Birman não se guia apenas pela intuição de quem está há mais de quatro décadas gastando sola de sapato nessa estrada. Os números da Arezzo justificam a manutenção da estratégia expansionista intensificada nos últimos três anos. Nesse período, a empresa caminhou na contramão de boa parte do setor. Com um pé na produção e exportação de calçados e outro no varejo, acumulou mais de R$ 300 milhões de lucro e rompeu a barreira de R$ 1 bilhão de faturamento.
Tamanho 44
22/06/2015O deputado federal Renato Molling (PP-RS) defende a manutenção da desoneração da folha de pagamento da indústria calçadista e, acima de tudo, a continuidade dos financiamentos privados de campanha. A lista de doadores para a sua eleição parece vitrine de sapataria: tem Arezzo, Beira-Rio, Paquetá, além dos irmãos Pedro e Alexandre Grendene.
Cortes na Arezzo
23/12/2014A Arezzo vai reduzir o tamanho do salto em 2015. Na empresa, fala-se num corte de investimentos de até 50%. Um horror!
Acervo RR
Meia-sola
14/10/2014A Arezzo está escaneando todos os números da Via Uno, calçadista gaúcha que está em recuperação judicial há mais de um ano e carrega um passivo de R$ 240 milhões.
Meia-sola
14/10/2014A Arezzo está escaneando todos os números da Via Uno, calçadista gaúcha que está em recuperação judicial há mais de um ano e carrega um passivo de R$ 240 milhões.
Sapato novo
31/07/2014A Arezzo, de Alexandre Birman, estaria em negociações para a compra da rede de lojas Mr. Cat, controlada por Ari Svartsnaider. As duas empresas negam.
Paes Mendonça abre uma fresta no capital da JCPM
30/06/2014A solidão societária do empresário João Carlos Paes Mendonça está com os dias contados. Ao menos no que depender dos private equities estacionados a porta do Grupo JCPM, holding que reúne seus investimentos em shopping centers e no setor imobiliário. Segundo fontes da própria empresa, dois fundos internacionais vêm mantendo conversações com o grupo: o Aberdeen Asset Management e o Aventicum Capital. O primeiro parece ter uma atração especial por negócios ligados a área de varejo no Brasil. De origem escocesa, o Aberdeen já tem participações relevantes no capital da Lojas Renner, nas administradoras de shoppings Multiplan e Iguatemi e na Arezzo, misto de fabricante de calçados e rede varejista. Curiosamente, todas estas são companhias de capital aberto, ao contrário do JCPM. O Aventicum Capital, por sua vez, tem um indiscutível pedigree: nasceu a partir de uma associação entre a área de gestão de recursos do Credit Suisse e o Qatar Holding, companhia de investimentos do país do Oriente Médio. O interesse é variado e de grandes proporções. Além da JCPM, a companhia tem conversado com a General Shopping, dona de mais de uma dezena de outlets no país. O Aventicum estuda inclusive trazer para São Paulo a sede de uma de suas unidades de investimentos, com foco em mercados emergentes. Questionado sobre a possibilidade de venda de parte do capital, o JCPM limitou-se a dizer que – o assunto não está na agenda do grupo -. Um fato parece certo: uma coisa é bater a porta da empresa; a outra é entrar e, sobretudo, ficar. Paes Mendonça é conhecido por concentrar e não por distribuir poder. Sempre administrou seus negócios com mãos de titânio. Até hoje, o empresário costuma interferir no detalhe do detalhe – da instalação de um quiosque no corredor de um de seus shoppings a ações corriqueiras de marketing, nada é feito sem o seu imprimatur. Difícil, portanto, vê-lo associado a um fundo com o perfil do Aberdeen ou do Aventicum – ambos costumam ter uma participação ativa na gestão das empresas em que investem. No entanto, interlocutores de João Carlos Paes Mendonça entendem que a força das circunstâncias pode levar o empresário a rever velhos conceitos e aceitar um sócio na cadeira ao lado. Por força das circunstâncias entenda-se o ousado plano de investimentos da JCPM. Dono de nove shopping centers no Nordeste, o grupo pretende desembolsar cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim de 2015. Entre outros projetos, o valor inclui a construção de um empreendimento em São Paulo. Não é de hoje também que Paes Mendonça alimenta a ideia de abrir shoppings nas principais capitais do país para que, finalmente, a JCPM tenha uma atuação nacional.
Maldição de Tecumseh ganha sua versão empresarial
9/10/2013A “Maldição de Tecumseh” paira sobre o Brasil. Não a original, batizada em referência ao líder dos índios Shawnee que, cercado pelo Exército, teria lançado uma praga contra todos os presidentes dos Estados Unidos eleitos em anos com final zero – casos, por exemplo, de Abraham Lincoln e John Kennedy. A variante brasileira se refere a homônima Tecumseh, uma das maiores fabricantes de compressores para geladeiras do mundo. A empresa vem colecionando uma sucessão de infortúnios no país, que envolvem queda dos resultados, encolhimento da operação e risco iminente de uma sonora condenação pelos órgãos antitruste. Afetada pela retração das vendas, a fábrica de São Carlos, no interior de São Paulo, caminha para fechar 2013 com uma taxa de ociosidade próxima dos 40%, a maior em mais de uma década. A fatura deve cair, mais uma vez, no colo dos funcionários. A Tecumseh estuda arrendar parte do complexo industrial e, com isso, promover uma nova leva de demissões, algo que já virou rotina no passado recente da empresa. Em 2005, a companhia chegou a ter mais de 7,5 mil funcionários no Brasil; hoje, são pouco mais de três mil, que tremem e suam frio a cada anúncio de queda dos resultados. Nos últimos meses, na tentativa de recuperar mercado no Brasil, a Tecumseh teria jogado lá para o chão suas margens de lucro. Com isso, mesmo que haja um boom nas vendas para o fim do ano, dificilmente a companhia conseguirá chegar perto do lucro registrado em 2012, em torno dos R$ 30 milhões. Em meio a tantos problemas operacionais, os norte-americanos têm ainda uma espada de Dâmocles sobre suas cabeças. A expectativa é de que o Cade conclua, no primeiro semestre de 2014, as investigações sobre formação de cartel no setor. No início do processo, o próprio departamento jurídico da companhia teria recomendado a alta direção um acordo de delação premiada. Os norte-americanos preferiram pagar para ver. Ao que parece, um passo mal calculado. Segundo informações obtidas junto a Tecumseh, a percepção entre os próprios dirigentes da subsidiária brasileira é que só por um milagre a empresa conseguirá escapar de uma multa milionária. De acordo com uma das fontes ouvidas pelo RR, até o fim do ano a Tecumseh deverá enviar ao Brasil um grupo de executivos, que teria a missão de passar a limpo os números da subsidiária e bater o martelo em relação a nova fornada de demissões. Na prática, seria quase uma intervenção na gestão da filial. Por essas e outras, é bom o presidente da companhia no Brasil, Dagoberto Darezzo, colocar as barbas de molho, ainda que não tenha sido eleito para o cargo em um ano com final zero – a nomeação saiu em 2008. A Maldição de Tecumseh está no ar.
Infraestrutura
7/12/2012O private equity norteamericano Aberdeen Asset Management, acionista da Lojas Renner, da Saraiva e da Arezzo, vai abrir a carteira para investir em projetos de infraestrutura no Brasil. Segundo uma fonte ligada ao fundo, já estaria em conversações com a CR Almeida para operações no setor rodoviário. Consultada, a CR Almeida negou.
Acervo RR
Arezzo oferece um sapato maior para o Aberdeen Asset
20/09/2012Os irmãos Anderson e Alexandre Birman, controladores e, respectivamente, presidente e vice-presidente da Arezzo, parecem ter calçado as sandálias da humildade. Por uma longa temporada, a dupla desdenhou das tentativas do Aberdeen Asset Management de aumentar sua participação na empresa – a gestora de recursos detém apenas 5% do capital. Mas os tempos mudaram e, com o perdão do trocadilho, o sapato da indústria calçadista a cada dia aperta mais. Diante deste cenário, os irmãos Birman baixaram a guarda. Têm conversado com o Aberdeen sobre uma reestruturação societária da Arezzo, que contemplaria a ampliação da fatia do fundo. Segundo informações filtradas junto a empresa gaúcha, o fundo britânico poderá comprar uma participação adicional de até 10%. Tomando-se como base exclusivamente a cotação do papel em Bolsa, esta fatia está avaliada em R$ 250 milhões. Anderson e Alexandre Birman permaneceriam no controle, com 51% do capital. Procurada, a Arezzo não retornou. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas há alguns nós que terão de ser desatados para que a operação vá adiante. O Aberdeen já sinalizou a expectativa de que o aumento de participação e o aporte de capital lhe garantam, como contrapartida, presença na gestão da Arezzo, o que exigirá a elaboração de um novo acordo de acionistas. Para isso, os Birman vão ter de sublimar as más lembranças que este tipo de modelos lhes traz. Os irmãos já dividiram o teto com um fundo de private equity que tinha um naco mais expressivo das ações e alguma dose de influência na administração. A coabitação terminou em março deste ano, quando a Tarpon vendeu seus 11% na fabricante de calçados. O matrimônio não deixou saudades entre os controladores da Arezzo. A reta final da sociedade entre os Birman e a gestora de recursos teria sido marcada por desentendimentos. Talvez os números ajudem a dobrar a resistência dos irmãos Birman. O aumento da participação do Aberdeen permitiria a dupla de empresários ter a seu lado, de uma maneira mais firme, um dos maiores gestores de private equities da Europa. A instituição britânica administra mais de US$ 280 bilhões. Em tese, seria um parceiro e tanto para uma empresa que pretende abrir 200 lojas nos próximos três anos, sendo 30 delas na América do Sul e nos Estados Unidos.
NA
23/02/2010A Tarpon Investimentos, que tem participações em empresas como Arezzo, BrasilAgro e Direcional Engenharia, prepara uma nova temporada de aquisições. Nos últimos três meses, a gestora de private equity captou mais de R$ 400 milhões.
Acervo RR
Arezzo
20/01/2010O empresário Alexandre Birman caminha na direção do mercado de capitais. Birman pretende abrir o capital da Arezzo, uma das principais fabricantes de calçados do país. Os recursos vão reforçar os planos de expansão no varejo ? a empresa tem cerca de 250 lojas. Uma das principais apostas do grupo é a Ana Capri, sua segunda marca de calçados, que tem quatro lojas em São Paulo. Em tempo: as mudanças no capital da Arezzo não estão restritas ao IPO. A Tarpon, dona de 25% da empresa, negocia com Birman o aumento da sua participação.