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A Era Casino no varejo brasileiro está entrando em seu penúltimo ato. Há informações no mercado de que os franceses preparam um leilão em bolsa com o objetivo de vender parte das ações do Pão de Açúcar em seu poder, equivalente a 22,5%. A operação deverá se dar até o fim de setembro.
Consultado pelo RR, o Casino não quis comentar o assunto. Tudo leva a crer que será um passo decisivo para a transformação da rede varejista em um public company, sem a existência de um acionista de referência. Ou não.
Tudo dependerá do ato final, ou seja, o que o Casino fará com o restante de papéis que eventualmente não forem levados a leilão. Hoje, o Pão de Açúcar já tem um capital razoavelmente pulverizado. À exceção do grupo francês, nenhum outro investidor tem mais do que 6% de participação no Pão de Açúcar. Mas há quem chegue bem perto disso. E queira bem mais: Ronaldo Iabrudi, dono de 5,6%.
Uma fonte próxima ao Casino afirma que os franceses querem colocar um ponto final nessa novela no mais tardar no primeiro trimestre de 2025. O iminente leilão poderá servir como um termômetro. Após a operação e diante da demanda, é que o grupo decidirá o passo seguinte: se vende o restante das suas ações em um novo leilão ou se negocia a sua participação diretamente com um investidor.
É nesse segundo cenário que Iabrudi aposta suas fichas. Mas as conversas teriam de seguir um rumo diferente. O investidor demonstrou interesse em comprar os 22% do Casino. Mas a abordagem não sensibilizou os franceses. O mesmo, aliás, ocorreu com outros dois candidatos, a Plurix, braço de varejo do Pátria Investimentos, e a GTF Capital, de Rafael Ferri.
Foi justamente a falta de uma oferta atrativa que fez crescer no Casino a disposição de vender suas ações aos poucos no mercado – conforme noticiou o colunista Lauro Jardim, de O Globo, no último 5 de agosto.
Independentemente do epílogo que for ao ar, o mercado já farejou fumaça. A ação do Pão de Açúcar brecou o viés de baixa e já acumula uma alta de 20% nos últimos 30 dias.
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