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Destaque
Uma das missões que se encontra na lista de questões do Banco Central, para 2024, é a caderneta de poupança. Que ela precisa mudar, o BC tem certeza. Mas o quanto mudar é que são é o busílis. A instituição já chegou, indiretamente, a fazer política monetária com a caderneta, tamanho era o seu potencial de captação. Hoje ela definha a cada ano. Há quem defenda um rebranding, com uma metamorfose geral, inclusive no nome caderneta. Uma pequena alteração nos juros também ajudaria a ressuscitar o ativo popular. O “jurinho” contribuiria também no marketing da “nova poupança”. Ela sempre teve o menor juro do mercado. Tanto que se dizia tratar-se de “aplicação para pobre”.
O fato é que a construção civil, destino final dos recursos da poupança, foi encontrando, no tempo, outros instrumentos de captação. Um exemplo que se tornou mais popular entre os pequenos investidores são os fundos imobiliários. E virão muitos outros. O próprio retrofit da caderneta ajudaria nesse propósito. O consenso é que a aplicação envelheceu. E está perdendo dinheiro. Os números não mentem. Em 2021, o saldo entre depósitos e retiradas foi negativo em R$ 35 bilhões. Em 2022, foram R$ 103 bilhões no vermelho. E agora, em 2023, os últimos números acusam uma perda de R$ 98 bilhões. Nesse ritmo, a velha poupança vai acabar em poucos anos.
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