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Kiev vai cair. O Centro de Doutrina do Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército Brasileiro trata a tomada da capital da Ucrânia pelos russos como o cenário mais provável, de acordo com documento reservado ao qual o RR teve acesso. Inicialmente, o Coter trabalhava com a estimativa de que a conquista se daria nesta semana, mais precisamente entre os dias 5 e 10, o que não se concretizou.
No entanto, a previsão de que os russos assumirão o controle na cidade permanece. De acordo com o Coter, as tropas da Rússia “terão que usar meios militares cada vez mais violentos” para romper a resistência ucraniana. O relatório cita que “há sinais de que artilharia russa já está empregando bombas de fragmentação”. As discussões travadas no Coter miram para o day after, contemplando, inclusive, uma hipótese mais radical em relação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: “O ponto mais crítico será o destino do presidente Zelensky, uma vez que o objetivo final russo é ocupar a capital e depor o governo ucraniano.
A grande incerteza nesse caso é a reação que será tomada pelos países da OTAN na fase seguinte, principalmente se o presidente não sobreviver.” Um dos fatores que apontam para a conquista de Kiev, segundo o Coter, é o “êxito no ressuprimento” das tropas russas que avançam sobre a cidade. O Centro de Doutrina do Comando de Operações Terrestres ressalta também a manobra de isolamento de Donbass, por “meio do fluxo logístico proveniente do sul e do leste da Ucrânia.”. Na avaliação do departamento do Exército, a possibilidade de uma trégua entre os dois países é remota e as tensões deverão se acentuar nos próximos dias: “A obtenção de solução negociada a curto prazo ainda se mostra pouco provável, tendo em vista os interesses bastante divergentes e a tendência de escalada da crise que ainda se verifica”.
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