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Paulo Guedes não cometeu qualquer crime ao manter sua offshore aberta em um paraíso fiscal. Mas parece que cometeu. Guedes não é versado em literatura e História. Não deve ter lido sobre o desfecho da festa na casa de Pompéia, esposa de Júlio Cesar, pretor máximo romano. O evento foi feito exclusivamente para mulheres em homenagem a “Bona Dea”.
Pois bem, na ocasião Públio Clódio Pulcro, o tribuno da plebe, invadiu o festival disfarçado de mulher, e assediou Pompéia. Cesar, ao saber do assunto criou o aforismo: “à mulher de Cesar não basta ser honesta, deve parecer honesta”. Logo a seguir, se divorciou da esposa. Esse é o erro principal de Guedes não ter fechado a offshore: a ideia de ilegalidade. Qual o motivo para uma pessoa manter seu dinheiro aplicado no exterior em um paraíso fiscal? Essa é a pergunta que o ministro não quer responder.
Ao que consta, a prática de evadir a grana serve para escondê-la ou não pagar impostos. Guedes declarou a Receita que tinha o depósito no estrangeiro quando entrou no governo. Portanto a primeira hipótese está anulada. Quanto à segunda, ela não configura delito algum. Além do mais, o dinheiro tinha origem comprovada, o que descaracteriza qualquer suspeita de lavagem. Ficou faltando responder se houve movimentações na conta no período em que Guedes está no governo. Não deve ter havido. Talvez o principal motivo para a negligência em manter os recursos aplicados no estrangeiro seja o style d’être do ministro. Ou quem sabe seja o fato de Guedes parecer boderline, com suas obsessões e descasos que beiram o paroxismo. O RR acha que ele não é criminoso, mas apenas um irresponsável. E daí? Todo mundo sabia disso.
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