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Eduardo Cunha tomou uma decisão sobre sua trajetória a frente da Câmara dos Deputados: vai governar o país. Cunha pretende exercer plenamente o poder, deixando clara sua condição de condutor do destino nacional. Segundo fonte ligada ao deputado – inclusive, por diversas vezes, parceira no noticiário dos jornais -, Cunha se preparou para exercer esse papel ao longo dos dois anos de seu mandato na presidência da Câmara. Cabe lembrar que não há reeleição na mesma legislatura, a não ser com uma mudança no regimento – mas, aí, são outros quinhentos. Contando nos dedos os aliados certos, prováveis adesistas e os “Maria vai com as outras”, Cunha já soma duas centenas de votos na Casa. É a Branca de Neve com seus duzentos anões. Se caminhar na direção do governo, vota com o PT. Se for na contramão, vota com o PSDB. Seu projeto é temperar o domínio sobre os congressistas com a aparente isenção em relação ao fato político. O sal do seu apoio é a satisfação da sua base aliada. Lá no futuro, quem sabe ele não unifique as vontades do Executivo e Legislativo. Por enquanto, Dilma Rousseff terá de compartilhar seu governo, ao que tudo indica, inexoravelmente. Cunha, ao contrário da presidenta, acha que o passar do tempo só fortalece o seu intento. O Brasil agora tem dois mandatários.
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