Ser Educacional aplica as lições que recebeu na Estácio

  • 6/02/2017
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Por mais dolorosa que tenha sido a lição, a derrota na disputa pela Estácio serviu como um pós-doutorado para Janguiê Diniz, dono da Ser Educacional. O novo plano de investimentos do grupo pernambucano, que está recebendo os últimos retoques, prevê a abertura de 18 unidades de ensino nas regiões Norte e Nordeste até 2018, além de outras 27 nos dois anos seguintes. Procurada, a empresa confirmou a meta de inaugurar 45 universidades até 2020. Informou ainda que nove delas já estão autorizadas pelo Ministério da Educação.

Trata-se do mais agressivo projeto de expansão nos quase 24 anos da Ser Educacional. Caso o número previsto seja atingido, significa dizer que ao longo dos próximos quatro anos o grupo vai duplicar de tamanho – hoje são exatamente 45 universidades. E onde, afinal, a citada Estácio entra nesta história? Janguiê Diniz só pensa em voltar à mesa da consolidação do setor de educação, mas está convicto de que, antes, precisa ganhar musculatura para as quedas de braço que tais negociações exigem.

A prioridade neste momento é crescer pelo greenfield e reforçar a posição da Ser Educacional no Norte e Nordeste. Trata-se do caminho natural e mais seguro para aumentar a escala da companhia. Janguiê Diniz conhece cada canto de sala de aula nas duas regiões, que concentram aproximadamente 85% dos 130 mil alunos da Ser Educacional. Some-se a isso a necessidade da empresa defender seu território no momento em que grandes grupos do Sudeste ensaiam investimentos no Norte e Nordeste, casos da Ânima Educação e da própria Kroton, que, aliás, venceu o duelo pela Estácio e agora corre o risco de perder o negócio por decisão do Cade.

A Ser Educacional é uma das emergentes da área de ensino. Fatura cerca de R$ 1,2 bilhão e tem crescido, em média, 20% ao ano desde 2012. Um indicador reflete o bom desempenho da empresa: sua margem Ebitda, na casa dos 24%, é hoje bem superior à da própria Estácio, que patina em torno dos 15% desde o ano passado. Mas ainda está longe das espécies mais parrudas do setor, como a própria Kroton, que trabalha com margens próximas de 50%.

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