Saab blinda fornecedores do novo caça da Força Aérea

  • 2/07/2015
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Haja instrumento para o Gripen decolar diante de condições tão adversas! Em meio ao nevoeiro do ajuste fiscal e dos cortes do orçamento para a área de defesa, a Saab começa a montar o cinturão de fornecedores envolvidos na produção dos novos caças da Força Aérea. A estratégia dos suecos é blindar sua cadeia produtiva contra as intempéries da economia. Por blindagem entenda-se o ingresso no capital destas empresas, que se instalarão em São Bernardo do Campo (SP), local escolhido para a montagem final dos Gripen. O grupo já teria reservado cerca de US$ 300 milhões para financiar seus fornecedores mediante a compra de participações minoritárias nestas companhias. O ajuste fiscal já abalroou os planos da Saab. No início da semana, o governo anunciou a suspensão do arrendamento de 12 aeronaves da geração anterior a  do Gripe, que seriam usadas pela FAB até a entrega das novas aeronaves. A Saab tem uma fuselagem forte o suficiente para suportar tais rajadas. O mesmo não se aplica obrigatoriamente a seus fornecedores. A ordem, portanto, é injetar recursos nestas empresas. Consta que os suecos já estariam em negociações para adquirir uma participação na gaúcha AEL, fabricante de sistemas eletrônicos e displays. Ao mesmo tempo, costuram um aumento de sua fatia na Akaer. No ano passado, a Saab ficou com 15% da fabricante de fuselagens após converter um empréstimo em participação societária. Agora, pretende comprar outros 25%. Consultada sobre a ampliação da fatia dos suecos, a Akaer disse que o assunto “ainda” não está em pauta.

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