Compra do Aché é o remédio para todos os males da EMS

  • 1/06/2015
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 O empresário Carlos Sanchez, que, ultimamente, tem frequentado com recorrência a prateleira dos escândalos, quer voltar a  gôndola dos grandes negócios na indústria farmacêutica. O dono da EMS estaria se unindo ao fundo norte- americano Advent para fazer uma oferta pelo controle do Aché, pertencente a s famílias Depieri, Siaulys e Baptista. Ressalte-se que esta não é a primeira tentativa da gestora de recursos de desembarcar em um grande laboratório nacional. Em 2013, o Advent manteve conversações com a goiana Teuto, que acabou se associando a  Pfizer. Caso se confirme, a compra do Aché tem tudo para ser uma das maiores operações de M&A já realizadas no setor, seja pelos valores envolvidos, seja pelo seu impacto no mercado. Há quase dois anos, o Aché abriu tratativas com diversos laboratórios internacionais – entre eles a própria Pfizer e o Novartis – para a venda do seu controle, mas nenhum dos candidatos aceitou pagar o preço exigido pelas três famílias. O tempo passou, mas, segundo o RR apurou, o valor segue no mesmo patamar: em torno dos US$ 5 bilhões. No caso específico da EMS, este é o preço para se chegar ao paraíso. Com a aquisição do Aché, a companhia de Carlos Sanchez se consolidaria como o maior fabricante de medicamentos do país, com uma receita consolidada superior a R$ 13 bilhões. Praticamente metade desse valor viria da venda de genéricos. O peso da EMS no setor é proporcional a  influência de Carlos Sanchez, talvez o empresário do ramo farmacêutico com mais trânsito junto ao governo nos últimos anos. Tamanho prestígio tem seus efeitos colaterais, como vem mostrando o noticiário recente. Coincidência ou não, o avanço sobre o Aché se dá no momento em que a EMS enfrenta uma grave crise institucional. O laboratório foi citado como um dos clientes da consultoria de José Dirceu. Aliás, um dos clientes, não! “O cliente”! Segundo as investigações, a companhia encabeça a lista de pagamentos ao exministro, com um desembolso total de quase R$ 8 milhões. Além disso, a EMS é mencionada na Lava Jato como uma das parceiras da Labogen, empresa que tinha entre seus sócios o doleiro Alberto Youssef.

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