Roupa suja a Camargo Corrêa lava em casa

  • 14/10/2014
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Enquanto acompanha os desdobramentos da Operação Lava Jato, que ainda deve dar muito pano para manga, a Camargo Corrêa avança na reestruturação de seus negócios no setor têxtil. Após o fechamento de capital da Tavex nas bolsas de Madri, Valência e Bilbao, o grupo vai transferir para o Brasil o centro de decisões da fabricante de tecidos denim, sua controlada. Os planos incluem ainda o fechamento de uma das fábricas da companhia no exterior. A principal candidata a  degola é a unidade da Argentina – as demais plantas internacionais ficam na Espanha, Marrocos e México. O mercado argentino passará a ser atendido pela produção brasileira. Aliás, uma boa notícia para os funcionários da Tavex no Brasil: ao menos por ora, a Camargo Corrêa não cogita a desativação de qualquer uma das quatro fábricas no país. Ao trazer a direção da Tavex para perto de sua vista, o alto-comando da Camargo Corrêa espera aprumar um negócio que tem sido mais problema do que solução. E não é por falta de aperto. Mudanças de gestão e programas de corte de custo passaram a fazer parte da rotina da companhia, mas sem surtir os efeitos desejados. A Tavex caminha para fechar no vermelho pelo quarto ano consecutivo. Se serve de consolo, as vendas deverão crescer cerca de 10%, contra uma queda de 15% no ano passado. Além disso, ao longo de 2014, a Camargo Corrêa conseguiu reduzir em aproximadamente 20% a dívida líquida da empresa, hoje na casa dos 230 milhões de euros.

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