Comlurb quer ser um pote até aqui de PPPs

  • 27/01/2014
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Há muito lixo sobre a mesa de Eduardo Paes. Lixo que pode virar alguns milhões de reais a mais para os cofres da Prefeitura do Rio. Paes tem planos de transformar a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) em um player importante no segmento de coleta e tratamento de resíduos, capaz de disputar contratos não apenas em outros municípios do estado, mas também na área privada, notadamente clientes corporativos. Oficialmente, a Comlurb nega o projeto. No entanto, segundo fontes próximas a  Prefeitura, a estratégia passa pelo fechamento de parcerias com empresas privadas de limpeza urbana e industrial. As PPPs permitiriam a  Comlurb buscar sócios para projetos específicos, sem que a Prefeitura precise fazer qualquer alteração no capital da companhia ou dependa de aprovação da Câmara Municipal – sempre uma caixinha de surpresas, embora Eduardo Paes tenha maioria na Casa. O modelo possibilitaria ainda que a estatal, levada a reboque por seus parceiros, participasse de licitações promovidas por empresas privadas. A estratégia de expansão da Comlurb é mais um capítulo no processo de reestruturação da empresa, uma estatal com seguidas lufadas de companhia privada. Um dos passos mais importantes nessa direção foi a nomeação de um executivo profissional para a presidência da empresa: o economista Vinícius Roriz. Com vasto currículo no mundo corporativo, Roriz trabalhou por mais de uma década na AmBev e, mais recentemente, teve uma passagem pelo Grupo EBX. Na esteira de sua chegada, a Comlurb instituiu metas de performance e mudou o regime trabalhista da maior parte de seus funcionários, que deixaram de ser servidores públicos e passaram a ter vínculo sob o regime de CLT.

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