“Vende-se” é a lápide da vez em São Paulo

  • 16/11/2016
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A morte não cai bem à gestão pública, reza a cartilha de João Doria. Uma das missões do futuro secretário de Desestatização de São Paulo, Wilson Poit, será a privatização dos cemitérios da cidade. São 23, que custam cerca de R$ 15 milhões por ano ao município e não geram qualquer lucro – algo mortífero na “gestão empresarial” que Doria promete imprimir na Prefeitura. Poit já trabalha em um modelo capaz de viabilizar a privatização das últimas moradas dos paulistanos. Provavelmente, tudo dependerá da autorização para a construção de prédios, os chamados cemitérios verticais – condição fundamental para aumentar, digamos assim, a escala comercial e despertar o interesse de investidores privados. Sem isso, a privatização estará fadada a ser um funéreo negócio.

 Na equipe de governo de João Doria, a meta seria vender pelo menos cinco cemitérios no primeiro ano de governo. Os do Araçá e da Consolação – separados um do outro por não mais do que 1,5 km – são vistos como os mais atrativos à iniciativa privada, pela sua localização em uma área nobre. Outro ativo importante é o cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, com mais de 760 mil metros quadrados e aproximadamente 1,5 milhão de túmulos.

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