Uma cruzada anti-Ciro Gomes

  • 23/03/2018
    • Share

Ciro Gomes foi variável decisiva na reaproximação entre Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. Ambos estavam rompidos desde o ano passado, quando o capitão decidiu deixar o Partido Social Cristão (PSC), o que lhe rendeu, à época, duras críticas do líder religioso. O pragmatismo fechou a cicatriz. Além da chance real de um representante da extrema direta no segundo turno, o potencial de crescimento da candidatura do pedetista contribuiu para amalgamar a coalizão político-religiosa. O “risco Ciro” foi amplamente discutido nas conversas entre Bolsonaro e Malafaia, intermediadas pelo senador Magno Malta. O pedetista pode até não vir a ser o “ungido” por Lula, caso, como tudo indica, o ex-presidente fique alijado da corrida eleitoral. Mas é visto por Bolsonaro e pela bancada
da fé que o cerca, a começar pelo próprio Malta, como o nome do campo da esquerda a ser combatido desde já. Nas conversas entre o candidato e Malafaia, chamou a atenção a ausência do nome de Lula como o outro “anticristo”. Tribuna não faltará a Jair Bolsonaro. Malafaia emprestará ao capitão seu poder de influência e alcance nas redes sociais: são dois milhões de seguidores no Facebook, 1,3 milhão no Twitter e 350 mil em seu canal no YouTube. Há ainda os 112 templos da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Por enquanto. Amanhã, Malafaia inaugura uma nova filial no Rio de Janeiro.

#Ciro Gomes #Jair Bolsonaro

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.