Tag: Michel Temer

Política

Romero Jucá busca a blindagem de um foro privilegiado

15/02/2024
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Quem te viu, quem te vê: corre em petit comité dentro do MDB a informação de que Romero Jucá, um dos mais influentes nomes da política nos governos dos PT e de Michel Temer, está buscando o apoio de Lula para disputar a Prefeitura de Boa Vista, capital de Roraima. Em 2022, Jucá concorreu a uma vaga no Senado e perdeu. Está sem a proteção de um cargo com foro privilegiado no momento em que a água começa a subir: ele é investigado pela PF por supostamente participar de um esquema de desvio de recursos de obras públicas em Roraima.

#Lula #MDB #Michel Temer #PT #Romero Jucá

Política

A sucessão de Augusto Aras já começou

16/01/2023
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A sete meses do fim do atual mandato de Augusto Aras, já há movimentações dentro do Ministério Público Federal de candidatos à Procuradoria Geral da República. O que se diz nos corredores do MPF é que os subprocuradores Níveo de Freitas e Mario Luiz Bonsaglia já estão em campanha. Outro nome forte entre os colegas é Nicolao Dino, irmão do ministro da Justiça, Flavio Dino. Consta, no entanto, que seu nome enfrenta resistências dentro do PT. Nicolao teve participação marcante no TSE, ao lado de Rodrigo Janot, na análise dos pedidos de cassação dos mandatos de Dilma Rousseff e Michel Temer.  Em algumas vezes, de público, declarou que todas as premissas para um “julgamento técnico” da chapa estavam colocadas. Temer sobreviveu ao processo e deu o troco: nomeou Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral da República, em 2017, desprezando a lista tríplice enviada pelo MPF, na qual Nicolao havia sido o mais votado.

Em tempo: em algum momento, ressalte-se, o governo Lula chegou a cogitar a permanência de Aras na Procuradoria-Geral da República – conforme o RR informou, mas a ideia foi detonada pelo comando político do PT. Leia-se Gleisi Hoffman, Rui Falcão e Jaques Wagner.

#Augusto Aras #Dilma Rousseff #Michel Temer #Ministério Público Federal

Política

Alckmin está “exilado” na vice-presidência

15/12/2022
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Há uma sensação de desencanto no grupo de políticos do PSB e de antigos companheiros do PSDB que apoiaram a participação de Geraldo Alckmin no governo do PT. O sentimento é de que o vice-presidente foi escanteado. Alckmin entrou cotado para acumular o Ministério da Fazenda. Não aconteceu. Ficou, então, de indicar o ministro. Não indicou. Restou colaborar na montagem da equipe econômica, mas, até agora, nenhum nome anunciado entra na sua cota. Antes, Alckmin havia sido cogitado também para ministro da Defesa. Bulhufas. Ainda há vários ministérios a serem preenchidos. Mas, tirando Planejamento, Saúde, Educação ou alguma grande estatal, o resto é xepa. Vai acabar sobrando para o vice o papel de poste. Pois bem, em que pesem as diferenças entre ambos, lembrai-vos de Michel Temer: vice-presidente maltratado nunca dá certo. 

#Michel Temer #Ministério da Fazenda #PSB #PSDB

Economia

Receitas extraorçamentárias devem irrigar investimentos

24/11/2022
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O RR cansou de defender que as receitas extraorçamentárias não fossem integralmente transferidas para o pagamento da dívida interna bruta – ou dívida interna líquida conforme parece ser, corretamente, o critério preferido pelo futuro do governo. Uma parcela maior ou menor desses valores, a discutir, seria alocada como receita variável para os investimentos. Nos primeiros governos do PT e nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, esse expediente não foi utilizado. O investimento em ambos os mandatos foi descendo ladeira abaixo, até alcançar o ridículo percentual de menos de 2% dos gastos discricionários. Ora, o orçamento tem de ser cumprido, mas é possível buscar recursos extraordinários em outras fontes e alocar na infraestrutura, ciência e tecnologia e no complexo industrial de saúde, entre outros setores carentes e prioritários.  

O comitê de transição do PT incorporou a medida em seu cardápio fiscal. Será um expediente “fura teto”. Como o futuro governo não tem maior apreço pelas privatizações, a iniciativa nasce menos ambiciosa. Das desestatizações viria parcela expressiva dos recursos para os investimentos, no novo modelo de “extrafiscalidade”. Mas o governo tem um caminhão de concessões já contratadas e muitas a realizar, além de uma manifesta disposição de mexer nos mais de R$ 340 bilhões em incentivos fiscais, parte deles torrados em iniciativas que mais servem para o aumento da concentração de renda no país do que qualquer outra coisa. É correto separar dinheiro novo imprevisto de um orçamento fechado e que deve e tem de ser cumprido tanto para abater, em parte, a dívida pública quanto servir ao interesse nacional. É preciso reparar insuficiências graves que atravancam o desenvolvimento do país. 

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #PT

Braga Netto leva mais segurança para a campanha

31/08/2022
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O general Braga Netto, candidato a vice-presidente, vai ganhar mais espaço na campanha de Jair Bolsonaro, seja com a participação em eventos políticos, seja com uma maior aparição na mídia. Um dos objetivos é capitalizar o recall do general na área de segurança pública, agenda que perdeu tonicidade durante o governo Bolsonaro e pouco tem aparecido em seus discursos. Braga Netto foi o comandante da intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018, durante a gestão de Michel Temer. Em tempo: Bolsonaro foi aconselhado a anunciar a recriação do Ministério da Segurança e confirmar desde já a indicação do seu candidato a vice para a Pasta. Ocorre que Lula foi mais rápido no gatilho e revelou ontem a intenção de ressuscitar a Pasta.

#General Braga Netto #Jair Bolsonaro #Lula #Michel Temer

Projeto Temer

25/05/2022
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À luz do dia, o presidente do MDB, Baleia Rossi, defende a candidatura de Simone Tebet à, Presidência; na calada da noite, testa o nome de Michel Temer junto a lideranças de outros partidos.

#Baleia Rossi #MDB #Michel Temer

Cabo de guerra

28/01/2022
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O nome do ex-deputado Carlos Marun está sendo cogitado no Palácio do Planalto para um cargo na Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste). Ex-conselheiro de Itaipu, Marun é ligadíssimo a Michel Temer e Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Palácio do Planalto

Lula lá?

24/01/2022
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No que depender de Michel Temer e Renan Calheiros, o balão de ensaio da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) será furado até março. Adivinhem com quem esse pessoal vai se juntar…

#Michel Temer #Renan Calheiros

O influencer Michel Temer

3/12/2021
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O ex-presidente Michel Temer está rejuvenescendo sua comunicação nas redes sociais. Tem produzido vídeos regulares para a plataforma Tik&Tok, muito popular entre o público mais jovem. Um de seus “marqueteiros” é o próprio filho Michelzinho, de 11 anos. O rebento desfruta de razoável sucesso no YouTube: seu canal – “Mitemer” – reúne cerca de 62 mil seguidores.

#Michel Temer

O teatro de Temer

18/11/2021
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Nas conversas com interlocutores do MDB, mesmo sem ser perguntado sobre o assunto Michel Temer sempre arruma um jeito de dizer que não quer ser candidato ao Senado em 2022. Ou seja: quer muito.

#MDB #Michel Temer

Tudo como dantes

9/11/2021
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Eduardo Cunha e Michel Temer voltaram a se falar com regularidade. A relação andou um tanto quanto estremecida depois de Cunha ter revelado em seu livro que Temer já tramava o impeachment de Dilma Rousseff três meses antes da abertura do processo na Câmara.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Padrinho forte

24/09/2021
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Procura-se um lugar para o ex-deputado Carlos Marun no governo. Entre as opções consideradas no Palácio do Planalto estaria o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Marun foi conselheiro de Itaipu até maio deste ano. Não por coincidência, seu nome volta ao tabuleiro no momento de ascensão de Michel Temer. Marun foi ministro da Secretaria de Governo de Temer.

Por falar em Temer: Marcos Pereira, presidente do PRB, está cotado para assumir o Ministério das Ciências e Tecnologia, mandando Marcos Pontes para o espaço. Pereira foi ministro da Indústria e Comércio de Temer.

#Carlos Marun #Michel Temer #Ministério das Ciências e Tecnologia

Partido do Michel

22/09/2021
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O ex-presidente Michel Temer não “voltou” sozinho. Romero Jucá e Eunício de Oliveira – dois dos principais representantes da ala “temerista” no MDB – já articulam suas candidaturas ao Senado em 2022, respectivamente por Roraima e Ceará. Assim como Temer, ambos estavam aparentemente fora do jogo.

#MDB #Michel Temer

Temer nas redes

20/09/2021
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Michel Temer está gravando uma série de vídeos para as redes sociais com seu marqueteiro Elsinho Mouco. Coisa de candidato. Ou de que quem quer parecer que é.

#Michel Temer

Sonho meu 1

15/09/2021
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Com a volta ao game de Michel Temer, seu velho padrinho político, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, já enxerga uma fresta para ressuscitar sua candidatura ao governo de São Paulo pelo MDB. Sonhar não custa nada.

#Fiesp #MDB #Michel Temer #Paulo Skaf

Sonho meu 2

15/09/2021
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Chiste de um aliado de quatro costados do ex-presidente Michel Temer: “Bolsonaro encontrou seu vice para 2022”.

#Michel Temer

Primeira via

1/09/2021
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De uma velha raposa do MDB em referência ao manifesto “Todos por um só Brasil”, lançado na semana passada: “Que terceira via, que nada. Michel Temer está aumentando o valor do seu passe junto ao ex-presidente Lula”.

#Lula #MDB #Michel Temer

Temer ficha limpa

8/04/2021
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À luz do dia, Michel Temer sai pela tangente. Mas, em conversas com aliados figadais, a exemplo do deputado Baleia Rossi, cogita a possibilidade de se candidatar ao Senado em 2022. A recente absolvição em um processo de acusação de suborno no setor portuário encheu Temer de gás.

#Michel Temer

Embaixador honorário da China

19/01/2021
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De olho no 5G, a Huawei acertou em cheio ao recorrer ao préstimos de Michel Temer como seu novo lobista no Brasil. Temer tem um histórico de colaboração a companhias do país asiático ou pertencentes a orientais. Uma delas era uma fabricante de eletroeletrônicos de origem chinesa instalada em São Paulo – e mais o RR não diz. Após uma sucessão de estranhas operações de importação de componentes da China, a referida empresa quebrou com uma dívida de R$ 1 bilhão.

#Michel Temer

Página virada

9/12/2020
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O sempre general Villas Bôas tem refutado a sugestão de alguns velhos colegas de farda para processar Michel Temer. Em seu recém-lançado livro de memórias, Temer insinua que Villas Bôas e o general Sergio Etchegoyen conspiraram pelo impeachment de Dilma Rousseff.

#General Villas Bôas #Michel Temer

Ônus e bônus

18/09/2020
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Michel Temer teve um papel importante na costura do acordão entre MDB, DEM e PSDB em torno da candidatura de Bruno Covas à reeleição em São Paulo. O risco é depois virar um passivo na gestão Covas.

#Bruno Covas #Michel Temer

Controle remoto

27/08/2020
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A aproximação com Michel Temer já rende os primeiros frutos para Jair Bolsonaro. O deputado Baleia Rossi (MDB-SP), unha e carne de Temer, foi personagem fundamental na articulação para que a Câmara derrubasse a decisão do Senado e mantivesse o veto de Bolsonaro ao aumento dos servidores públicos. O cetáceo parlamentar só se empenha tanto quando o assunto interessa diretamente ao padrinho Temer.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer

Conselheiro

25/08/2020
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No Palácio do Planalto, o movimento de Jair Bolsonaro na direção de Michel Temer e José Sarney é atribuído ao aconselhamento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

#Davi Alcolumbre #Jair Bolsonaro #Michel Temer

Crônica de um Brasil com sombrero

28/05/2020
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O Brasil, que já vislumbra o risco de um isolamento comercial devido à disparada dos casos de coronavírus e a ameaça de ser o propagador de uma segunda onda da doença no mundo, está ameaçado de sofrer também um lockout moral. O estouro de novas denúncias de relações promíscuas entre o Poder Público e o setor privado tende a aumentar a aversão internacional ao país. De certa forma, o Brasil parece marchar na direção de um processo de “mexicanização”, leia-se o acúmulo por anos e mais anos de casos de corrupção institucionalizada.

Os quatro últimos presidentes mexicanos foram ou são alvo de investigação por irregularidades. No caso do Brasil, é preciso fazer uma ressalva. O presidente Jair Bolsonaro tem mil e um problemas ao seu redor, mas não pesam sobre seus ombros denúncias de corrupção, ao contrário do que ocorreu nos governos petistas e na gestão de Michel Temer. Ainda assim, a comparação entre Brasil e México se aplica pelo “conjunto da obra”. O Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparência Internacional corrobora essa proximidade.

O Brasil ocupa o 106o lugar em um ranking de 180 nações – quanto mais baixa a posição maior a percepção de corrupção. Está a apenas 24 degraus do México, que ocupa o 130o posto na medição da Transparência Internacional. No “ranking” do Google, a distância entre os dos países é proporcionalmente ainda menor. No final da tarde de ontem, uma busca por “Corruption AND Brazil” exibia cerca de 73,7 milhões de resultados – contra 77,6 milhões para uma pesquisa por “Corruption AND Mexico”.

O Brasil é um país em permanente estado de busca e apreensão. Não obstante sua amplitude e impacto, a Lava Jato não foi um programa de Estado para o combate à corrupção, mas uma Operação, que teve suas virtudes e seus pecados. Os casos destampados nos últimos dias pelo Supremo Tribunal Federal e pela Polícia Federal mostram que o Brasil está se revelando um benchmarking de uma nova corrupção ou uma corrupção 3.0. Sob certo aspecto, saem os canteiros de obra e as malas de dinheiro e entram algoritmos e régias contribuições financeiras para impulsionamentos nas redes sociais.

#Covid-19 #Jair Bolsonaro #Lava Jato #Michel Temer

Governo abre a porteira para as apostas eletrônicas

13/02/2020
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O jogo vai começar. O Ministério da Economia planeja publicar até abril a regulamentação da Lei 13.756/18, a peça que falta para a abertura do mercado de apostas eletrônicas no Brasil – a nova legislação foi aprovada em 2018, ainda no governo Temer. Segundo informações filtradas da própria Pasta, Bet365 e Sportingbet, dois dos maiores sites do setor no mundo, já confirmaram ao governo que pretendem iniciar suas operações no país ainda neste ano.

Outros grandes grupos de apostas esportivas vêm mantendo conversações com o Ministério, notadamente com o subsecretário de Prêmios e Sorteios, Waldir Eustáquio Marques Júnior. Estudos mostram que o setor poderá movimentar cerca de R$ 8 bilhões já em seu primeiro ano no Brasil – o dobro do que hoje os brasileiros apostam, em dólar, em sites sediados no exterior. Um pedacinho desse montante vai ajudar Paulo Guedes a reduzir o déficit fiscal.

Aliás, essa ainda é a grande incógnita da regulamentação e objeto de impasse junto aos investidores privados. O texto da lei é dúbio e deixa uma margem elástica para a tributação, que vai de 15% a 35% do lucro líquido dos operadores. Façam suas apostas sobre qual é o entendimento de Guedes sobre a alíquota a ser fixada… Acertou!

#Michel Temer #Ministério da Economia #Paulo Guedes

Conto chinês

26/12/2019
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Michel Temer voltou a pisar em um terreno movediço. Estaria, digamos assim, abrindo portas da República a grupos chineses com interesses no Brasil. Como parlamentar, Temer sempre manteve uma relação de proximidade com empresários do país asiático. Nem sempre deu certo. Uma das empresas que costumava ouvir conselhos do ex-presidente, a fabricante de eletroeletrônicos H-Buster, dos irmãos Guilherme e Gilberto Ho, foi tragada por uma recuperação judicial e uma dívida de R$ 1 bilhão.

#Michel Temer

A volta de Temer?

29/11/2019
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Há conversas no MDB para lançar Michel Temer como candidato à Prefeitura de São Paulo. Modesto, Temer tem dito a aliados que já deu sua contribuição ao país. O que significa que ele aceita.

#MDB #Michel Temer

Melhor assim. Melhor assim?

2/10/2019
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O que, à época, foi motivo de desgosto virou razão de alivio para a diplomacia brasileira. Em novembro do ano passado, o então presidente eleito Jair Bolsonaro intercedeu junto a Michel Temer para que o Brasil retirasse sua candidatura para sediar a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP-25). Parece ter tido uma premonição. Se o Brasil tivesse se mantido como anfitrião do evento, representantes das grandes potências mundiais estariam no país a partir de 11 de novembro, pouco mais de um mês depois do inflamável discurso de Bolsonaro na ONU.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer

O novo…

10/06/2019
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Na próxima quarta-feira, o TCU vai sortear o relator das contas do governo federal em 2019, o primeiro ano da era Bolsonaro. O Palácio do Planalto alimenta discreta torcida por nomes dos quais o presidente Jair Bolsonaro tem se aproximado desde o início do mandato. Um deles é Walton Alencar Rodrigues. No último dia 27 de abril, Bolsonaro foi à residência de Rodrigues para celebrar seu aniversário. Outro ministro visto com bons olhos é Augusto Nardes, que já esteve no Palácio para dar uma palestra ao próprio Bolsonaro e seus ministros sobre boas práticas de governança. Em tempo: Nardes é investigado pela Justiça por suposto envolvimento no esquema de venda de decisões no Carf.

…E o velho

Na mesma sessão, o TCU vai julgar as contas de 2018, último ano do governo Temer. Segundo o RR apurou junto a um dos ministros da Corte, o parecer será pela aprovação, ainda que com ressalvas, por conta, por exemplo, do déficit de Previdência.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #TCU

Múltiplos sinais

20/05/2019
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Pouco antes do evento da última terça-feira na Força Sindical, em conversa reservada com o presidente da entidade, Miguel Torres, FHC fez duras críticas à prisão de Michel Temer. Confidenciou também que pretende se encontrar com o ex-presidente nos próximos dias. Tratando-se de quem se trata, a última coisa que FHC queria era que a história morresse ali dentro.

#Fernando Henrique Cardoso #Michel Temer

Silêncio dos inocentes

18/04/2019
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Segundo um amigo em comum, fonte do RR, Michel Temer e o ex-ministro Eliseu Padilha não se falam desde a prisão do ex-presidente, no fim de março. Nem precisa. Ambos se comunicam por telepatia…

#Eliseu Padilha #Michel Temer

27 mil hectares por voto

17/04/2019
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Jair Bolsonaro fez chegar ao governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), a garantia de que até outubro vai consumar a transferência de 303 mil hectares de terras da União para a tutela do estado. O termo de cessão foi assinado por Michel Temer em dezembro do ano passado e, desde então, permanece em banho-maria. Mas nada como uma reforma da Previdência para o Planalto dar importância ao assunto. Os parlamentares de Roraima somam oito votos na Câmara dos Deputados e três no Senado.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer

MPs a caminho da extinção

15/04/2019
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Um pacote de 20 Medidas Provisórias assinadas por Michel Temer no apagar das luzes do seu governo está prestes a caducar por falta de aprovação no Congresso. A mais relevante delas é a que prevê a venda de 100% das companhias aéreas para o capital estrangeiro. Chamada de “MP da Avianca”, a decisão expirará na primeira semana de maio caso não seja votada até lá.

#Michel Temer

Sempre pode piorar

22/03/2019
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No mesmo dia da prisão de Michel Temer, circulou entre a cúpula do MDB a informação de que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o homem da mala de R$ 51 milhões, está perto de fechar um acordo de delação premiada.

#Geddel Vieira Lima #MDB #Michel Temer

Geddel, um risco a mais para Michel Temer

15/02/2019
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O juiz Marcelo Rosado, da 5ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, solicitou em caráter de urgência que o ex-ministro Geddel Vieira Lima seja ouvido no dia 15 de março no processo que responde sobre fraude na Caixa Econômica Federal. A Polícia Federal já está, inclusive, elaborando uma operação especial para a condução de Geddel, preso na penitenciária da Papuda desde setembro de 2017. APF trata o ex-ministro, aliado histórico de Michel Temer, como um alvo potencial de ataques e manifestações.

#Geddel Vieira Lima #Michel Temer

PEC do Temer de volta ao jogo

11/02/2019
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Depois de idas e vindas, manobras para a votação conjunta do regime de capitalização, incorporação de medidas da Justiça do Trabalho, proposta de contribuição extraordinária – na prática redução de salário – de funcionários públicos e militares, mudanças variadas em relação à idade mínima e o regime de transição, entre outros, parece que começa a amadurecer novamente a ideia de enviar a PEC 287, que ficou conhecida como a PEC do Temer, para votação no Congresso. A PEC 287 já fez metade do circuito da tramitação. Sua utilização foi cogitada antes, em um plano que previa a aprovação das medidas complementares em fatias. A lógica era votar rapidamente e positivar o ambiente econômico, permitindo que as demais etapas fossem aprovadas com celeridade. Chegou a se pensar em votá-la na Legislatura passada, já com Bolsonaro eleito. De qualquer forma, restam dúvidas se a PEC 287 ressuscita. Daqui a pouco, a equipe de Paulo Guedes altera o texto do projeto de novo, enxertando mil novidades.

#Michel Temer

Casa Civil guarda a planilha mais valiosa da transição

27/12/2018
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As pilhas de relatórios que vêm sendo repassadas pelo governo Temer para a equipe de transição de Jair Bolsonaro têm importância relativa menor se comparada ao valioso arquivo guardado a sete chaves por Eliseu Padilha na Casa Civil. Trata-se de uma planilha que registra todas as oferendas concedidas pelo Palácio do Planalto a parlamentares da base aliada. O documento esquarteja as verbas orçamentárias, os cargos e as respectivas nomeações distribuídos na cota de cada deputado ou senador.

Traz ainda um minucioso mapa dos votos dos parlamentares em projetos de interesse direto da Presidência da República, que funciona como um rating da lealdade de cada congressista. O cuidado e o sigilo em torno do acervo são proporcionais à importância das informações que contém. Somente dois integrantes do núcleo duro palaciano têm acesso ao arquivo. Além do próprio Padilha, pode-se imaginar quem é o dono da segunda senha. Para todos os efeitos, a “planilha do Padilha” é um controle das moedas de troca que circulam no jogo jogado entre o Executivo e o Legislativo. No entanto, tratando-se de um governo formado, em sua essência, por mestres na arte de hipnotizar bancadas partidárias e o Congresso – a começar pelo próprio Michel Temer – o arquivo em questão ganha um peso ainda maior.

Mesmo porque, não custa lembrar, o Palácio do Planalto teve de barrar duas denúncias apresentadas pela PGR contra o presidente Temer. Isso não custa pouco. Nas mãos de um ministro da Justiça com superpoderes, vocação para “corregedor-geral da Nação” e apoio incondicional da opinião pública, o documento pode ser interpretado de mil e uma maneiras. Ou o que é pior: de uma maneira só. A prática, ressalte-se, vem de outros carnavais. Consta que este tipo de mapeamento começou ainda no governo de José Sarney, com um critério próprio de medição das contrapartidas oferecidas a cada parlamentar: um diretor de estatal, por exemplo, valia 70 pontos ao seu padrinho político. Era, inclusive, uma forma de mostrar ao congressista aliado que ele já havia sido suficientemente contemplado no rateio de cargos e verbas. Alguns deles estão no Parlamento até hoje.

#Casa Civil #Jair Bolsonaro #Michel Temer

Temer ergue uma ponte diplomática para o Paraguai

17/12/2018
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Ao apagar das luzes, a gestão Temer parece ter encontrado uma solução para uma “briga de vizinhos”. Segundo uma fonte da Casa Civil, nos próximos dias a Advocacia Geral da União (AGU) deverá liberar um parecer autorizando Itaipu a assumir o projeto e os custos de construção de uma segunda ponte entre Brasil e Paraguai. O valor estimado é da ordem de US$ 70 milhões. A construção ligará o bairro Porto Meira, no sul de Foz do Iguaçu, à cidade de Puerto Franco, na região metropolitana de Ciudad Del Este. A construção da ponte vem sendo alvo de divergências entre os dois países. O Conselho Diretor de Itaipu – que funciona praticamente como uma agência de fomento na área de fronteira, tamanha a sua importância econômica na região – já aprovou a edificação. No entanto, os órgãos de controle brasileiros vêm postergando a liberação do projeto. O movimento no âmbito da AGU pode ser lido como um afago ao Paraguai em um momento chave na relação entre os dois países. O pano de fundo é a complexa negociação do Tratado de Itaipu que se avizinha. O presidente do Paraguai, Mario Benítez, já sinalizou que pretende rever as cláusulas financeiras e aumentar a cota de energia da hidrelétrica que cabe ao país.

#AGU #Michel Temer

Medida Provisória taylor made?

14/12/2018
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Poucos minutos após a assinatura, a MP editada ontem por Michel Temer liberando a venda de 100% das companhias aéreas ao capital estrangeiro já era chamada nos corredores do Congresso de “Lei Efromovich”. A Medida Provisória parece ter sido feita sob encomenda: caiu dos céus justo na semana em que a Avianca, do empresário German Efromovich, entrou com pedido de recuperação judicial.

#Avianca #Michel Temer #MP

Recusa presidencial

13/12/2018
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O governo vai chegando ao fim e nada do presidente Michel Temer nomear Moisés Moreira para a diretoria da Anatel, como tanto quer o ministro Gilberto Kassab.

#Anatel #Gilberto Kassab #Michel Temer

Michel Temer não tem indulto

7/12/2018
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O Congresso está gastando os últimos cartuchos de pressão e barganha contra Michel Temer. O senador Otto Alencar conseguiu as 28 assinaturas necessárias para a PEC que atribui ao Conselho Nacional de Justiça a prerrogativa de conceder indulto, retirando o direito da Presidência da República. É pouco ou nada improvável que a PEC seja votada ainda neste ano – até porque isso exigiria, inclusive, a suspensão da intervenção federal no Rio. Mas o teatro está armado. Na próxima terça-feira, Alencar apresentará um requerimento para que a PEC tramite em regime especial para ser levada a plenário.

#Michel Temer #Otto Alencar

Marrocos não verá Michel Temer

5/12/2018
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Micou a viagem que Michel Temer faria ao Marrocos na semana que vem. O Itamaraty aconselhou o presidente a não participar de cúpula da ONU marcada para os dias 10 e 11, em que será tratada a situação global de migrantes e refugiados. O Ministério das Relações Exteriores alertou Temer sobre a possibilidade de protestos no país árabe devido à anunciada decisão de Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira em Israel de Telaviv para Jerusalém. Em tempo: o cancelamento da viagem causou frustração entre ministros e, sobretudo, assessores que estavam destacados para fazer parte da comitiva. Esta seria a última viagem de mais fôlego do presidente Temer – na agenda há apenas uma visita ali ao lado, ao Uruguai, para uma reunião do Mercosul.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #ONU

Bolsonaro joga na conta de Temer a quebra das algemas fiscais

3/12/2018
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A cordialidade entre Jair Bolsonaro e Michel Temer pode não durar até a posse. O futuro presidente está sendo aconselhado pelo seu grupo mais próximo a denunciar publicamente a herança que receberá de Temer em duas algemas fiscais: a Regra de Ouro e a PEC do Teto. Em ambas, o governo não cumprirá as exigências e terá de pedir a flexibilização das regras ao Congresso. No caso da Regra de Ouro, o Congresso terá de aprovar um crédito extraordinário ao orçamento; quanto à PEC do Teto, provavelmente seria necessário uma nova PEC desautorizando a anterior. Apontar o dedo em riste na direção de Temer como o responsável pelo descalabro ajudaria na gestão da imagem, mas não necessariamente nas negociações com o Legislativo. Por enquanto, Bolsonaro matuta entre os seus o que fazer. Paulo Guedes já deu suas sugestões. O Capitão está desconfortável em iniciar o mandato tendo de ir ao Congresso pedir arrego como se fosse o culpado pelas batatas quentes fiscais, correndo o risco de políticos o incriminarem, no caso da Regra de Ouro.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer

Nem Chacrinha aumenta o ibope de Temer

3/12/2018
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Michel Temer determinou aos ministérios que organizem eventos dentro do Palácio do Planalto. Consta que a ideia partiu do seu “personal marqueteiro”, Elsinho Mouco, com o objetivo de garantir alguma exposição para Temer ao apagar das luzes do seu governo. O expediente, no entanto, traz a reboque o risco de cenas constrangedoras, como as verificadas na semana passada. O ator Stephan Nercessian, caracterizado como Chacrinha, foi recebido pelo presidente e uma claque de figurantes. Diante da ausência de autoridades, assessores de Temer, em cima da hora do evento, saíram catando funcionários do Planalto e de outros ministérios para preencher os vazios do salão.

#Michel Temer

Direito de ir e vir

28/11/2018
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A pouco mais de um mês do fim do governo Temer, a Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, Larissa Oliveira Rêgo, e a coordenadora-geral de Gestão do Disque Direitos Humanos, Laura Guedes de Souza, estão prestes a embarcar para o exterior. De 1 a 9 de dezembro, a dupla estará em Lisboa e Viena para uma “visita técnica de prospecção” a órgãos especializados no tema. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas é bem provável que o Ministério dos Direitos Humanos seja extinto antes mesmo de conseguir aproveitar os ensinamentos colhidos pelas suas servidoras na Europa.

#Michel Temer #Ministério dos Direitos Humanos

Temer deixa uma porta entreaberta no setor nuclear

26/11/2018
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A Era Temer vai deixar um legado atômico para Jair Bolsonaro. O ministro Moreira Franco encaminhou à equipe de transição de Bolsonaro um projeto que prevê a venda de até 49% da Eletronuclear. O estudo técnico para a operação foi concluído na semana passada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A entrada de um investidor privado na estatal teria como premissa a conclusão da construção de Angra 3 – o custo estimado gira em torno de R$ 20 bilhões. Mesmo em seu crepúsculo e sem poder decisório sobre o amanhã, o governo Temer tem mantido intensa interlocução com grupos estrangeiros interessados no negócio. Segundo o RR apurou, nas últimas semanas mais duas grandes corporações da área de energia atômica abriram conversações com a Pasta de Minas e Energia: a China General Nuclear Power Group e a Nuclear Power Corporation of India. De acordo com uma fonte do Ministério, executivos das duas empresas devem visitar o site de Angra 3 até o fim do ano. Há um consenso entre as autoridades do setor elétrico de que o projeto de Angra 3 só será retomado com a injeção de recursos privados. No entanto, a gestão Bolsonaro traz uma variável de significativo peso sobre o assunto: o notório entrelaçamento entre o futuro governo e as Forças Armadas. O ingresso de um investidor estrangeiro na Eletronuclear é uma agenda que certamente será tratada com cautela pelo estamento militar, que olha para o programa nuclear brasileiro sob a ótica da soberania nacional.

#Eletronuclear #Jair Bolsonaro #Michel Temer

Transição antecipada na Agricultura

21/11/2018
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O governo Temer já se desmancha em seus mais diversos escalões. No Ministério da Agricultura, por exemplo, ocupantes de dois postos chave da área técnica estão de saída. O diretor de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques, vai para a Organização Pan -Americana de Saúde, onde cuidará de projetos relacionados ao combate à febre aftosa nas Américas. Já o diretor de Sanidade Vegetal, Marcus Coelho, será adido de Agricultura na embaixada do Brasil na Colômbia.

#Michel Temer

O arriscado xadrez de Michel Temer

19/11/2018
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O presidente Michel Temer tornou-se alvo de críticas severas no Judiciário. Entre os togados, a demora de Temer em assinar o reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido interpretada como um sinal de que ele poderá romper o acordo firmado com o presidente da Corte, Dias Toffoli – leia-se a aprovação do aumento condicionada ao fim do auxílio-moradia. Temer estaria instrumentalizando o caso a seu favor para jogar um xadrez muito particular, por meio de uma negociação com Jair Bolsonaro. O atual presidente vetaria o reajuste, tirando do colo do seu sucessor um gasto adicional de R$ 4 bilhões por ano; em troca, à guisa do bom serviço prestado às contas públicas, receberia uma missão diplomática no exterior e, com ela, a manutenção do direito ao foro privilegiado. Pode até ser que o “xadrez de Temer” seja apenas fruto de uma paranoia do Judiciário. Mas que parece um jogo, isso parece: tem tabuleiro, peças, enxadristas e movimentos calculados. A rigor, Michel Temer poderia ter assinado o reajuste no próprio dia 7 de novembro, quando o Senado aprovou a proposta. Ocorre que, desde então, o presidente tem dado declarações ambíguas sobre o aumento, postergando o imprimatur.

#Michel Temer

Temer, o “popular”

19/11/2018
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Michel Temer vai gravar na próxima semana uma série de vídeos para as redes sociais elencando as realizações de seu governo. A essa altura, vai servir basicamente como matéria-prima para os fabricantes de “memes”.

#Michel Temer

Programa de satélites brasileiro vai para o espaço por falta de verbas

13/11/2018
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Uma herança incandescente da era Temer vai cair feito um meteorito no colo do futuro ministro da Ciência e Tecnologia, o efêmero astronauta Marcos Pontes. O programa de satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) está fora de órbita, com graves restrições orçamentárias e atrasos no cronograma. Sem recursos, o INPE não conseguirá lançar ainda neste ano o Amazônia (SAR), fundamental para o monitoramento e combate ao desmatamento da Região Amazônica.

Trata-se do primeiro satélite integralmente produzido no país, mas o que era para ser motivo de celebração e orgulho se tornou um símbolo das mazelas do programa e da penúria que atinge o INPE. Também pela escassez orçamentária, o INPE tem postergado o lançamento do CBERS-4A. Sua entrada em órbita, prevista para dezembro deste ano, já teria sido empurrada para maio de 2019. Na própria estatal, no entanto, a expectativa é de que o equipamento só sairá do chão no último trimestre do ano que vem, portanto quase um ano após a previsão original.

Ressalte-se que o atraso se acentuou, mesmo com a transferência do lançamento para a China – o sistema CBER foi desenvolvido em parceria com o país asiático. Neste caso, há um agravate em particular: produzido ao custo de US$ 120 milhões, o CBERS-4A foi concebido para substituir sua versão anterior, o CBER-4, cuja vida útil se extinguiu no fim do ano passado. Ou seja: neste momento, há um ponto cego no monitoramento do setor agrícola. O sistema CBER tem um papel relevante na vigilância de plantações brasileiras e no envio de informações para pesquisadores, dados que são decodificados, mastigados e ajudam a aumentar a produtividade rural.

O governo Temer mandou o INPE para alguma galáxia distante. Com exíguos R$ 40 milhões para atravessar todo o ano de 2018, a estatal recebeu a menor verba em mais de uma década. Nem mesmo a previsão do tempo resistiu à tempestade financeira do INPE. No ano passado, o Tupã, o supercomputador que processa os dados meteorológicos de todo o país, teria parado de funcionar por alguns dias por falhas de manutenção. Caberá a Marcos Pontes, com sua alardeada proximidade do Capitão Bolsonaro, arrancar do Tesouro recursos para acelerar os projetos do INPE.

Curiosamente, ao menos em tese, era para o Instituto ter tudo, menos um big bang orçamentário. O programa de recepção, distribuição e uso de imagens de sensoriamento remoto da estatal conta com verba do Fundo Amazônia. Este, por sua vez, tem na Noruega um de seus principais contribuintes. O governo do país europeu chegou a disponibilizar cerca de US$ 1 bilhão para programas de controle desmatamento no Brasil. Uma parte destes recursos iria justamente para deslanchar o monitoramento por satélites. No entanto, os noruegueses suspenderam uma parcela dos repasses devido a falhas na política do governo brasileiro para a área de meio ambiente.

#INPE #Jair Bolsonaro #Michel Temer

O Ministério do Trabalho já acabou?

8/11/2018
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Ao que parece, o governo Temer já antecipou a extinção da Pasta do Trabalho. Na última terça-feira, a cadeira reservada no auditório do BNDES para o ministro Caio Vieira de Mello ficou vazia. Por lá, realizava-se o seminário “Histórico e Desafios do FAT”, para celebrar os 30 anos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Na véspera, na abertura da 150a Reunião Ordinária do Codefat, o ministro já dizia a quem quisesse ouvir o motivo da sua ausência no evento: “Não vou ficar mais um dia no Rio para ouvir o Serra”. O senador José Serra foi o autor da proposta constitucional que garantiu os recursos do PIS/Pasep para financiar o seguro-desemprego e teve participação na criação do FAT. No fim, nem Mello nem Serra compareceram ao seminário.

#BNDES #Michel Temer

Temer preenche vagas

6/11/2018
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O Palácio do Planalto deve “recuar do recuo” e manter a nomeação dos indicados para as quatro vice-presidências da Caixa vagas desde agosto. Michel Temer atenderia, assim, a uma recomendação da AGU para evitar um futuro processo de prevaricação. Se bem que, tudo indica, esse seria o menor dos problemas de Temer em 2019.

#Michel Temer

Quem quer ouvir Michel Temer?

31/10/2018
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Michel Temer pretende fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV até o fim desta semana para propagandear seu “legado” ao futuro presidente, Jair Bolsonaro. A apresentação deverá ser dividida em quatro eixos: economia, segurança pública, área social e infraestrutura. A Casa Civil já está municiando a comunicação do Palácio do Planalto com números e mais números. Será uma das últimas oportunidades para o marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco, justificar sua presença no Palácio.

#Michel Temer

O combustível final de Temer

29/10/2018
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O presidente Michel Temer está usando o poder que ainda lhe resta na reserva do tanque para assegurar que o projeto de lei do Rota 2030, o novo acordo automotivo, seja votado no plenário da Câmara até a próxima quinta-feira. Consta que o Palácio do Planalto, notadamente o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, colocou todo o seu empenho para que a prorrogação do regime automotivo regional por mais cinco anos contemplasse também as regiões Norte e Centro-Oeste. Hyundai e Mitsubishi, instaladas em Goiás, agradecem.

#Michel Temer

Ministros de transição

25/10/2018
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Ministros de Michel Temer vêm se achegando a Jair Bolsonaro. Sergio Sá, da Cultura, se engajou na campanha do Capitão e mantém intensa interlocução com Flavio Bolsonaro. Quem também se aproxima de Bolsonaro é o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer

Temer se despede com uma derrama nas compras pela internet

19/10/2018
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Ao apagar das luzes, a gestão Temer prepara uma desagradável surpresa para os milhões de brasileiros que despacham divisas para fora do país, entupindo os sites internacionais de e-commerce de pedidos. O governo planeja aumentar a taxação para as compras no exterior feitas pela internet. A principal medida a caminho seria o fim da isenção para remessas abaixo de US$ 50 feitas de pessoa física para pessoa física – há decisões da Justiça que sobem esse piso para US$ 100 com base em um Decreto-Lei, mas a Receita Federal considera o valor de US$ 50. Com isso, o Fisco tentaria coibir a versão cibernética do “jeitinho brasileiro”.

A Receita já mapeou, não é de hoje, os ardis utilizados pelos consumidores, com a conivência de grandes empresas internacionais de e-commerce, para ludibriar o Leão. Há serviços na internet que simulam caixas postais ou pessoas físicas. Os brasileiros são useiros e vezeiros em se utilizar da artimanha de triangular compras de produtos com esses perfis fake para descaracterizar que o remetente original da mercadoria é um site de e-commerce. As plataformas digitais chinesas são consideradas as campeãs de cumplicidade no quesito. Uma medida ainda mais dura considerada pelo governo é o aumento da própria alíquota sobre as encomendas internacionais – hoje o imposto é de 60% sobre o valor total (preço de face do produto, mais frete e eventual custo de seguro).

Neste caso, Michel Temer aproveitaria seus últimos momentos no Palácio do Planalto para “fazer o bem” vendo a quem. O lobby neste sentido vem dos grandes grupos da área de varejo e das maiores administradoras de shopping centers do país, todos atingidos pelo deslocamento de uma parcela importante de vendas para o comércio online internacional. Mesmo com o câmbio nas alturas e o desemprego na casa dos 14%, estima-se que, neste ano, os brasileiros gastarão mais de US$ 3,3 bilhões na compra de bens de consumo em sites estrangeiros, o que significará uma alta de mais de 20% em relação a 2017. No ano passado, essa cifra já havia crescido 15%.

#Michel Temer

Meu partido, minha vida

19/10/2018
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Michel Temer confidenciou a pessoas próximas a intenção de assumir a presidência do MDB em 2019. Chega a ser um projeto tão prosaico quanto inócuo. O teto do partido não protegerá Temer dos riscos que o esperam a partir de primeiro de janeiro.

#MDB #Michel Temer

Risco jurisdicional ronda renovação de concessões

16/10/2018
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Algumas consultorias internacionais estão avaliando com certo temor os contratos de renovação das concessões feitos pelas agências reguladoras ou, quando não raras vezes, pelo Palácio do Planalto. A preocupação é que as ações do governo Temer sofram alguma suspeição, notadamente em relação às prorrogações acertadas sem licitação. A cobrança viria mais à frente.

O governo tem trocado investimento futuro por alargamento dos prazos das concessões. A priori, tudo é feito como se deveria, com estudos técnicos e documentos submetidos ao Tribunal de Contas da União (TCU). Ocorre que as renovações em troca de investimento não passam pela clivagem de um leilão prévio, que poderia medir a disposição de outro agente privado em ofertar valores maiores.

Problemas já ocorreram na área portuária, onde prorrogações foram suspensas e outras politizadas. Agora mesmo, em sua corrida desenfreada para tocar concessões para frente, o governo acelerou a permanência por mais 30 anos da Malha Paulista, que vai de Santa Fé do Sul (SP) até o Porto de Santos. É o primeiro caso de prorrogação antecipada de uma concessão ferroviária no país. As consultorias não discutem lisura, mas o ambiente político, no qual mesmo correções pontuais podem ser vistas como ameaça de recrudescimento do risco jurisdicional. O momento é delicado para quem renova ou para quem teve sua concessão renovada.

#Michel Temer

BNDES versão pocket

15/10/2018
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O BNDES segue em seu processo de desidratação. A previsão é que os desembolsos do ano caiam 60% em relação aos realizados em 2017. As liberações para o terceiro trimestre apontam para uma queda superior em 30% nas aplicações. No primeiro semestre os desembolsos caíram a 17% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O banco está alinhado junto aos ministérios com maiores orçamentos, quase todos acumulando restos a pagar. Inacreditável, mas o governo de Michel Temer não consegue sequer gastar o autorizado. E mesmo assim produzirá um mastodôntico déficit nas suas contas.

#BNDES #Michel Temer

Governo Temer cria uma “agência paralela” para os planos de saúde

8/10/2018
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Enquanto os olhares se voltam para as eleições, discretamente o governo Temer e as operadoras de medicina de grupo costuram uma camisa de força sob medida para a Agência Nacional de Saúde (ANS). Segundo o RR apurou, em até 15 dias a Presidência da República vai publicar o decreto que reativa as funções do Conselho de Saúde Suplementar (Consu). Na última sexta-feira, o próprio Temer e o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, estiveram reunidos no Palácio do Planalto com o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Reinaldo Scheibe. O receituário do encontro não poderia ser outro. Na prática, o Consu vai tirar da ANS a autonomia na definição das regras para o setor de medicina de grupo. É como se os planos de saúde ganhassem uma agência paralela, mais flexível. O futuro ministro da Casa Civil, onde o Frankenstein regulatório ficará pendurado, terá uma injeção extra de poder. Questões viscerais, como o reajuste de tarifas dos planos de saúde, passarão pelo seu gabinete.

#Michel Temer

Ometto esbarra na “Estação TCU”

28/09/2018
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No encontro que teve com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, na última quarta-feira, o empresário Rubens Ometto falou de eleições (pouco) e de ferrovia (muito). Hoje, um dos grandes nós entre os negócios de Ometto é a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista, pertencente à Rumo Logística. Depois de mais de um ano sentada sobre a questão, a ANTT aprovou a extensão do contrato por mais 30 anos. Ometto, no entanto, ainda aguarda pelo sinal verde do TCU, onde o processo está parado. Na conversa com Temer, o empresário jogou com sua carta trunfo, alertando que um investimento da ordem de R$ 4,5 bilhões está condicionado à renovação da concessão. A essa altura, contudo, a três meses de deixar o Planalto, o presidente está longe de ser o melhor “advogado” da República para interceder junto ao TCU.

#Michel Temer #Rubens Ometto #Rumo Logística

Confins é uma bomba-relógio no colo do futuro governo

26/09/2018
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Como se não bastasse o fracasso do seu programa de concessões, a Era Temer ainda deixará um bilionário contencioso na conta do futuro governo. O RR apurou que a BH Airport, leia-se CCR, operadora do Aeroporto de Confins, está entrando nos próximos dias com uma ação no STJ para barrar a reabertura do terminal da Pampulha a voos comerciais. De acordo com a fonte do RR, o grupo exigirá uma indenização superior a R$ 10 bilhões da União caso a decisão seja mantida – o valor corresponde à receita projetada e aos investimentos previstos no período da concessão (30 anos). A CCR alega que a medida criará um desequilíbrio concorrencial não previsto no contrato de concessão de Confins. No ano passado, a concessionária chegou a entrar com um pedido de liminar no próprio STJ, sem sucesso. Recentemente, a empresa sofreu outras duas derrotas. No último dia 11, a Anac publicou portaria autorizando a operação de grandes aeronaves na Pampulha. Na semana passada, a área técnica do TCU considerou improcedente representação feita pelo senador e candidato ao governo de Minas Gerais Antonio Anastasia contra a reabertura da Pampulha a voos interestaduais. Além disso, recomendou ao plenário da Corte a suspensão de medida cautelar que impedia a medida. Ou seja: no intervalo de dez dias, a CCR e sua sócia na BH Airport, a Zurich Airport, levaram dois torpedos em pleno voo.

#CCR #Confins #Michel Temer

Nada a temer, ao menos até 2019

25/09/2018
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O Palácio do Planalto considera baixo o risco de que a PGR Raquel Dodge apresente ao STF a terceira denúncia contra Michel Temer. E menor ainda que exista tempo hábil para a Câmara dos Deputados abrir e votar um eventual processo de afastamento do presidente até o fim do mandato. Os problemas de Temer começam mesmo para valer a partir de 1o de janeiro de 2019.

#Michel Temer #Palácio do Planalto #Raquel Dodge

O pato manco e a águia doida

19/09/2018
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O Itamaraty ainda tenta confirmar um encontro reservado entre Michel Temer e Donald Trump no próximo fim de semana, quando o presidente brasileiro estará em Nova York para participar da assembleia geral da ONU. Por ora, no entanto, não tem encontrado reciprocidade da parte da diplomacia norte-americana.

#Donald Trump #Michel Temer

Henrique Meirelles cola em Temer para propagandear seu “governo de transição”

17/09/2018
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Os vídeos de Michel Temer nas redes sociais com críticas a Geraldo Alckmin e Fernando Haddad são apenas as primeiras cenas da colaboração velada entre o Palácio do Planalto e a campanha de Henrique Meirelles. Há um esforço conjunto e coordenado no sentido de alavancar a candidatura do emedebista. A priori, Temer continua sendo uma presença infectocontagiosa para a imagem de qualquer candidato e, para todos os efeitos, seguirá a léguas de distância de Meirelles. No entanto, o ex-ministro da Fazenda acredita ter encontrado um veio na relação com o presidente que só ele pode explorar.

Meirelles é o único dos concorrentes ao Planalto capaz de trazer para si a negociação com o governo de soluções antecipadas para alguns dos dramáticos problemas a serem enfrentados pelo futuro presidente. Mais do que qualquer outro candidato, Meirelles pode dizer com autoridade que o “governo de transição” começa antes mesmo da eleição. É sintomático, por exemplo, que o atual titular da Fazenda, Eduardo Guardia, uma extensão de Meirelles no cargo, tenha surgido em cena na semana passada resgatando a reforma da Previdência, com a proposta de um mutirão no Congresso para a aprovação do projeto logo após as eleições.

Quase que simultaneamente chama a atenção também a movimentação do ministro em torno da elaboração de proposta para a redução do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ). Ninguém, a bem da verdade, acredita que o Congresso Nacional aprove qualquer medida polêmica ou impopular nesse período. Mas Henrique Meirelles poderia trazer para si a resolução do problema orçamentário do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), programas sociais que tiveram parcela expressiva de verbas diferidas para aprovação futura pelos congressistas. A saída está dada – ver RR edição de 13 de setembro – e tem sido objeto de discussão entre o candidato emedebista e seus ex-companheiros de equipe econômica.

O expediente não passa pelo Congresso. Os recursos seriam providos do lucro do Banco Central, uma artimanha fiscalmonetária condenada à extinção, que transfere para a instituição a rentabilidade das reservas cambiais sem que elas tenham sido vendidas. Conseguindo ou não êxito em suas demandas, o importante na campanha é o discurso e o espaço no noticiário. A reaproximação do governo e do presidente da República que o próprio Henrique Meirelles renega em sua campanha eleitoral é uma desesperada tentativa de içar uma candidatura pregada no chão. Com 3% nas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha, o solitário emedebista tem de inventar algo diferente, mesmo correndo o risco de levar um tombo.

Michel Temer é um chapéu de dois bicos: tanto atrapalha quanto ajuda. A estratégia de usar o próprio Temer para satanizar Geraldo Alckmin nas redes sociais foi elaborada a partir de uma “joint venture” entre Elsinho Mouco, o marqueteiro da Presidência da República, e os publicitários Chico Mendez e Paulo Vasconcellos, responsáveis pela comunicação de Meirelles. Outras peças deverão ser produzidas e disseminadas nos próximos dias. Enquanto isso, Meirelles analisa se vale a pena posar como o “candidato-estadista” que convenceu o presidente da necessidade de resolver parte dos graves problemas do futuro governante, seja ele quem for.

#Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #Henrique Meirelles #Michel Temer

Michel Temer despreza solução para manter Bolsa Família no Orçamento

13/09/2018
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O presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, preocupados apenas com a porta dos fundos, ignoraram uma decisão política da área econômica que, se fosse em início de governo, não passaria jamais. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, empurrou metade das verbas do Bolsa Família para fora da proposta orçamentária de 2019. São R$ 15 bilhões que irão engordar um montante de R$ 258,1 bilhões – valor este que exige pedido de crédito adicional aos parlamentares.

O que deixou o Bolsa Família ao relento foi a ladainha da “Regra de Ouro”, que proíbe o endividamento público para o pagamento das despesas de custeioda máquina do estado. Na seleção de despesas que ficariam fora da cobertura orçamentária, o Planejamento não pestanejou: metade do Bolsa Família ficou dependurada. A medida causou constrangimento em alguns funcionários vinculados à área social do governo Temer e a técnicos ligados a Henrique Meirelles.

O incômodo é que havia uma saída à vista. O governo acumulou uma bolada com o lucro do Banco Central oriundo da desvalorização das reservas cambiais. Trata-se de uma espécie de pedalada fiscal-cambial enrustida, prestes a ser proibida pelo Congresso. O Banco Central transfere recursos ao Tesouro sem ter vendido as reservas, apenas em função de uma rentabilidade puramente contábil. Todos os governos, nos últimos anos, vêm usando o expediente para cobrir o buraco da “Regra de Ouro”.

Mas com Temer o uso do “jeitinho” excedeu a todas as gestões anteriores. Agora mesmo, o governo separou R$ 30 bilhões desse “lucro do BC” – que supera as centenas de bilhões de reais – para tampar o rombo da “Regra de Ouro”. A crítica que se faz é porque o governo não faz um a acerto de contas dessa dinheirama com o dinheirinho para pagar o Bolsa Família dentro do orçamento. A medida é simbólica e pode representar menos um abacaxipara Henrique Meirelles descascar. Afinal, esse governo que expurga o Bolsa Família foi o seu. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que poderia impedir a decisão, foi indicado por ele. E o uso da imagem de Lula e do próprio Bolsa Família na sua campanha eleitoral pode ir para a cucuia. Mas ainda há tempo para o bom senso.

#Michel Temer

Pouso forçado

13/09/2018
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A promessa do governo Temer de realizar, ainda neste ano, uma PPP para o controle do tráfego aéreo em todo o país deve ir para o espaço. As primeiras gestões junto ao Tribunal de Contas da União têm sido complexas. O TCU vai analisar o novo modelo da licitação vis-à-vis cada um dos 68 contratos hoje mantidos separadamente pela Aeronáutica, que, no plano de voo do governo, serão unificados em uma única PPP. Com isso, a licitação estimada em mais de R$ 4 bilhões corre o risco de só decolar no próximo governo.

#Michel Temer

Embargo russo sangra os frigoríficos brasileiros

3/09/2018
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A convicção de que o governo Temer acabou faz tempo se espalha também pelo setor agropecuário. O embargo da Rússia à carne brasileira, que já entrou no nono mês, está deixando um dramático rastro de demissões sem qualquer sinal de solução do Ministério da Agricultura e do Itamaraty para o impasse. Segundo o RR apurou, números que circulam na própria Pasta da Agricultura indicam que os frigoríficos já abateram quase três mil postos de trabalho em decorrência direta da suspensão dos embarques para a Rússia. O problema tende a se agravar consideravelmente se não houver um acordo com o governo russo no curto prazo. O setor já calcula que os cortes deverão duplicar até o fim do ano, em razão do efeito cascata que a queda das exportações tem sobre o preço dos produtos no próprio mercado interno e consequentemente sobre a rentabilidade das empresas. No segmento de carnes suínas, a situação é ainda mais dramática: produtores já operam com margens negativas de 20%. De acordo com um empresário do setor ouvido pelo RR, o ministro Blairo Maggi manteve uma série de contatos com grandes grupos frigoríficos ao longo da última semana. Segundo a mesma fonte, Maggi acenou com a resolução do imbróglio bilateral ainda em setembro. Trata-se da mesma promessa que vem sendo refogada mês atrás de mês.

#Michel Temer #Ministério da Fazenda

Um satélite fora de órbita

28/08/2018
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Uma das raras licitações que o governo Temer conseguiu realizar corre sério risco de ir para o espaço. O Palácio do Planalto e o próprio ministro Gilberto Kassab jogaram a toalha e vão empurrar para o próximo governo o imbróglio em torno da exploração do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações e Estratégicas (SGDC). A menos de dois meses das eleições, o governo desistiu de comprar briga com todas as instâncias – públicas e privadas – contrárias ao contrato firmado entre a Telebras e a norte americana Viasat. O TCU suspendeu o acordo. A Procuradoria Geral da República identificou irregularidades na licitação. E até as operadoras de telefonia celular entraram na Justiça contra a operação, alegando, entre outros pontos, que deveriam ter tido preferência na disputa. Por ora, a gestão segue nas mãos das Telebras. O SGDC cumpre missões estratégicas e sensíveis: além de ampliar o acesso à banda larga na Região Norte, serve para comunicações das Forças Armadas na frequência X.

#Michel Temer #Telebras

Um pé em cada canoa

17/08/2018
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PP e DEM, integrantes da coalizão baleia montada por Geraldo Alckmin, trabalham para descolar sua imagem do governo Temer, mas jamais se distanciando do poder. Os democratas emplacaram Henrique Sartori como secretário executivo do Ministério da Educação. Já Ciro Nogueira, presidente do PP, reuniu-se com Michel Temer na semana passada e saiu com a garantia de duas nomeações para a Agência Nacional de Saúde (ANS).

#Geraldo Alckmin #Michel Temer

Síndico ausente

17/08/2018
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Michel Temer ainda deverá fazer ao menos mais uma viagem internacional antes de passar a faixa presidencial ao sucessor. Será um tour por países da América Latina. A essa altura, tanto fez como tanto faz.

#Michel Temer

O estranho fadeout do governo Temer no setor elétrico

16/08/2018
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O setor elétrico brasileiro viveu um curto circuito no dia de ontem. Segundo o RR apurou, mais ou menos na mesma hora em que a Eletrobras anunciava a venda de 71 participações em SPEs, a área técnica do TCU fez questionamentos extraoficiais aos critérios adotados pela estatal para a formação de preço dos ativos. O piso estipulado para os 18 lotes, R$ 3,1 bilhões, se baseia no valor contábil das participações. De acordo com informações filtradas da própria empresa, a Eletrobras não procedeu a avaliação econômica dos ativos. Estima-se que o valor econômico potencial seria da ordem de R$ 8 bilhões, bem mais que o dobro da cifra fixada.

Ressalte-se que a maior parte das SPEs é composta por investimentos que já atingiram seu ponto de maturação. São parques eólicos e linhas de transmissão em operação, com fluxo de caixa, o que aumenta a sua atratividade. Consultada acerca da ausência do laudo de avaliação econômica, a Eletrobras não se pronunciou sobre o tema, limitando-se a reproduzir os fatos relevantes divulgados ao mercado com as condições gerais do leilão. A contestação do TCU coloca, desde já, uma espada sobre os eventuais compradores dos ativos, diante do  risco de um posterior embargo à operação.

A quarta-feira se mostrou ainda mais insólita. Das duas uma: ou o governo Temer está batendo cabeça no setor elétrico ou identificou uma oportunidade derradeira de impor problemas para vender suas habituais soluções. Somente uma destas hipóteses explica a dúbia mensagem passada ao mercado. No mesmo dia em que a Eletrobras anunciava a venda das 71 participações, sendo 21 delas usinas eólicas, o novo diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, e o ministro Moreira Franco acenaram com a possibilidade de um corte radical nos subsídios para a geração de energia limpa.

Traçando-se uma linha reta entre os dois pontos, é como se o dono de um imóvel estivesse desvalorizando seu próprio patrimônio no momento em que o coloca à venda. Mas, de tão desordenados, talvez exista alguma coreografia entre estes dois movimentos. Tamanha contradição se dá justamente no instante em que investidores do setor elétrico têm a sua disposição, de uma só vez, a maior oferta de ativos em energia limpa dos últimos anos no Brasil. Este sinuoso enredo não pode ser dissociado do timing político. Após passar quase dois anos trabalhando em cima do melhor modelo para o leilão, fica a sensação de que a Eletrobras corre para realizar a licitação das SPEs dentro do mês de setembro, portanto antes das eleições. É o tempo que resta até o apagar das luzes de Temer, Moreira e cia.

#Eletrobras #Michel Temer

Saideira

7/08/2018
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A italiana Gavio é forte candidata ao leilão da Rodovia de Integração do Sul, marcado para novembro – uma das raras concessões que ainda devem sair do papel no governo Temer

#Gavio #Michel Temer

Privatização?

1/08/2018
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O governo Temer deverá liberar a participação da própria Caixa Econômica na segunda – e provavelmente última – tentativa de privatização da Lotex. A primeira licitação das loterias federais foi suspensa por falta de candidatos.

#Caixa Econômica #Michel Temer

Prefeitos infelizes

19/07/2018
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O Programa Criança Feliz – criado, entre outras razões, para transformar a primeira-dama Marcela Temer em “garota propaganda” do governo –tornou-se um ponto de fricção entre prefeitos e Michel Temer. A Confederação Nacional dos Municípios prepara uma ofensiva para denunciar o desmonte do projeto e a suspensão dos repasses prometidos às Prefeituras.

#Michel Temer

Ausência programada?

16/07/2018
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Rodrigo Maia e Eunício de Oliveira foram a Michel Temer na tentativa de demovê-lo da ideia de fazer um giro pela África e pela Ásia entre o fim de julho e a primeira semana de agosto. O argumento é que o período concentrará o auge das convenções partidárias e a definição dos candidatos à Presidência. Temer ouviu, ouviu e não disse que sim nem que não.

#Michel Temer #Rodrigo Maia

Temer não ajuda ninguém

10/07/2018
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Michel Temer criou um problema a mais para a eventual candidatura de Henrique Meirelles. Na avaliação dos assessores de Meirelles, a decisão de Temer de tirar o Ministério do Trabalho do PTB sepultou as últimas esperanças do ex-ministro de contar com o apoio do partido de Roberto Jefferson

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Viagem de Temer à Rússia abre “vaga” para Cármen Lúcia

5/07/2018
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Segundo informações filtradas do próprio Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer está decidido a viajar para Moscou caso a seleção brasileira chegue à decisão da Copa do Mundo. A questão foi discutida na última segunda-feira à tarde, logo após a partida contra o México, pelo próprio Temer e o ministro Eliseu Padilha – além do sempre presente marqueteiro Elsinho Mouco. A essa altura, a viagem do mais impopular presidente da história do Brasil pouco importa pelo fato em si, mas, sim, pelo rebuliço institucional que provocará, mexendo com as principais peças dos três Poderes.  A ausência de Temer exigirá uma articulação envolvendo os comandos do Legislativo e do Judiciário. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício de Oliveira, não poderão assumir interinamente a vaga. Caso contrário, estarão impedidos de disputar a reeleição ao Congresso. A saída é uma “debandada” geral. Maia e Eunício também precisarão deixar o país simultaneamente à ausência de Temer, o que abrirá caminho para que a presidente do STF, Cármen Lúcia, despache no Palácio do Planalto enquanto Neymar e cia. disputam o hexa. O expediente, ressalte-se, já teve de ser usado em abril, quando Temer foi a Lima, no Peru, para participar da Cúpula da Américas. Na ocasião, Maia e Eunício cumpriram convenientes missões oficiais, respectivamente no Panamá e no Japão.

#Cármen Lucia #Michel Temer

Temer vai à China resgatar sobras de acordo bilateral

3/07/2018
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O presidente Michel Temer deverá ir a Pequim em agosto para salvar um acordo bilateral que, na prática, ainda não vingou: o Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva, uma herança dos tempos de Dilma Rousseff. A piro-técnica parceria começou com cifras siderais, da ordem de US$ 50 bilhões. Posteriormente, o valor caiu para US$ 20 bilhões. E, ainda assim, Temer vai atrás apenas de uns farelos dessa cifra, algo em torno de US$ 2 bilhões. Se tudo correr como o Planalto espera, os governos dos dois países vão anunciar os primeiros projetos beneficiados, a começar pela construção do terminal portuário de São Luís (MA), conduzido pela China Communications Construction Company (CCCC). O RR apurou que a Cofco, gigante chinesa do agronegócio, também deverá ser contemplada, com recursos, sobretudo, para a construção de estruturas de armazenagem. O governo brasileiro ainda tem a esperança de garantir financiamento ao menos para um dos grandes projetos ferroviários em estudo no país: a Ferrogrão ou a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. A seis meses do fim do mandato, no entanto, é muito pouco provável que consiga deslanchar nem que seja uma das duas licitações.

#China Communications Construction Company (CCCC) #Michel Temer

A Copa do Mundo de Temer já está perdida

26/06/2018
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O marqueteiro do Palácio do Planalto, Elsinho Mouco, encomendou pesquisa para avaliar o impacto que a Copa do Mundo pode ter no animus nacional. Puro diversionismo! A essa altura, não há hexacampeonato que melhore a popularidade de Michel Temer. Esse é um jogo perdido.

#Michel Temer

Quem sabe, em 2019?

26/06/2018
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O governo renovou por mais um ano – ou seja, pós-mandato – o contrato do intérprete pessoal de francês que atende a Michel Temer. Quem sabe, em 2019, ele não possa ser útil a Temer em alguma missão no exterior?

#Michel Temer

A última viagem

25/06/2018
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O presidente Michel Temer deverá fazer ao menos um grande giro internacional antes do fim do mandato. O Itamaraty trabalha para reagendar a viagem à Ásia, adiada duas vezes por conta das “flechadas” da PGR contra Temer. A avaliação do Planalto é que dificilmente haverá uma terceira denúncia. Nunca se sabe…

#Michel Temer #PGR

O lusco-fusco de Temer

22/06/2018
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Michel Temer, o presidente que “dominava” o Legislativo, corre sério risco de sofrer mais uma derrota no Congresso. A própria bancada do MDB, à frente o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, trabalha para derrubar o projeto de lei que prevê o pagamento das dívidas das distribuidoras da Eletrobras no Norte com a criação de fundos setoriais e o repasse de parte dos valores para as contas de luz.

#Michel Temer

Canarinho Pistola

15/06/2018
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A dois dias da estreia do Brasil da Copa do Mundo, os assessores de Michel Temer ainda discutem o rito a ser seguido pelo presidente no próximo domingo. Há divergências, por exemplo, quanto à conveniência de se produzir imagens de Temer assistindo à partida com a camisa da seleção. Queira-se ou não, “amarelinha” em político virou símbolo de corrupto protestando contra o seu ofício

#Copa do Mundo #Michel Temer

Atletas olímpicos armam ataque em bloco contra Temer

14/06/2018
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A popularidade de Michel Temer caiu abaixo de zero, ao menos entre os atletas brasileiros. Nomes conhecidos do esporte nacional, como o ginasta Diego Hypólito, a nadadora Joanna Maranhão e a ex-jogadora de vôlei Ana Mozer, se mobilizam e articulam uma grande manifestação contra o presidente Temer. A ideia é realizar um ato público já no próximo fim de semana, além de um bombardeio nas redes sociais. Interlocutores dos atletas também negociam com veículos da mídia espaços para o lançamento de uma campanha contra a Medida Provisória 821, assinada por Temer. A MP transfere para o Ministério da Segurança Pública recursos das loterias federais que eram destinados ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e outras entidades esportivas. Estima-se que cerca de R$ 500 milhões deixarão de passar pelo orçamento do Ministério dos Esportes e por secretárias estaduais e municipais. A Medida Provisória já é tratada como o “fim” de diversas modalidades olímpicas brasileiras, que dependem visceralmente de subsídios públicos. A “rebelião” dos atletas tem o apoio de grandes clubes brasileiros, como Flamengo e Corinthians. Os desportistas não são insensíveis ao gravíssimo problema da segurança pública, justificativa para a MP. Mas o entendimento é que o governo federal foi radical, além de sequer ter convocado as entidades esportivas para discutir outros cenários.

#Diego Hypólito #Michel Temer #Ministério dos Transportes

Jogo de cena

13/06/2018
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O DEM tem feito uma curiosa coreografia com o Palácio do Planalto. À luz do dia, Rodrigo Maia se distancia de Michel Temer e de seu entorno; quando a noite cai, o deputado Heráclito Fortes (DEM-PI) chega e reconstrói as pontes, com a ajuda de Romero Jucá e Eliseu Padilha.

#DEM #Michel Temer #Rodrigo Maia

Perigo real e imediato

8/06/2018
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Em seu jogo nervoso de aproximações e distanciamentos, Michel Temer e Rodrigo Maia tiveram um discreto encontro na semana passada para discutir cenários eleitorais. Segundo o RR apurou, a conversa girou em torno da “ameaça” de uma polarização entre a esquerda – seja o candidato do PT ou Ciro Gomes – e Jair Bolsonaro.

#Michel Temer #Rodrigo Maia

O apelo dos Yunes

7/06/2018
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O Planalto monitora, com alta dose de apreensão, os “batimentos” de José Yunes, o amigo de Michel Temer. Informações que circulam no Palácio dão conta de que o advogado estaria sendo pressionado pela família a fechar um acordo de delação premiada. O pedido da Polícia Federal de quebra do sigilo telefônico do próprio Temer, e também dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, deve aumentar o tom dos apelos familiares. A PF investiga a venda de um imóvel de Yunes à primeira-dama, Marcela Temer.

#José Yunes #Michel Temer

Memórias da Lava Jato

7/06/2018
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Vem aí a “terceira denúncia” contra Michel Temer. Rodrigo Janot, que está escrevendo um livro sobre os bastidores da sua passagem pela PGR, já tem proposta para transformar as memórias da Lava Jato em filme

#Michel Temer #PGR #Rodrigo Janot

Adiando aparição

6/06/2018
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Henrique Meirelles, o candidato do governo que não é candidato do governo, vai adiar ao máximo sua aparição em eventos públicos ao lado de Michel Temer.

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Anúncio de gaveta

5/06/2018
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Parece até que Michel Temer ainda é candidato. A comunicação do Palácio do Planalto, à frente o marqueteiro Elsinho Mouco, já tem engatilhada uma campanha para alardear o sucesso do leilão de blocos do pré-sal programado para a próxima quinta-feira. Tão logo a licitação da ANP seja concluída, começará o bombardeio nas redes sociais

#Michel Temer #Palácio do Planalto

Távola redonda

4/06/2018
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A távola redonda de Michel Temer, notadamente Eliseu Padilha e Romero Jucá, tem cobrado que o pré-candidato Henrique Meirelles seja mais incisivo na defesa do governo. Melhor esperar sentado.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Romero Jucá

Desimportante

4/06/2018
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Michel Temer descartou a ideia de viajar à Rússia para a estreia da seleção na Copa. De tão desimportante, a missão de representar o governo cairá no colo do ministro do Esporte, Leandro Cruz.

#Copa do Mundo #futebol #Michel Temer

Cenários de risco já admitem até estado de sítio e suspensão do processo eleitoral

29/05/2018
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O “sucesso” da greve dos caminhoneiros pode resultar em uma descarga  elétrica nos movimentos sociais com  impactos  imprevisíveis sobre a Segurança Nacional e o próprio processo eleitoral. O cenário desenhado por analistas políticos não é o mais provável nem o desejável, porém é possível. Essa probabilidade, ainda que diminuta, tem levado a área de Inteligência do governo a um estado de tensão inédito mesmo em uma gestão conturbada como a de Michel Temer.

O risco de um estágio avançado de desabastecimento, suspensão dos serviços públicos e comoção social resultaria na decretação de um  estado de sítio, permitindo, segundo o  Artigo 139 da Constituição, as seguintes  medidas: obrigação de permanência em  localidade determinada; detenção em  edifício não destinado a acusados ou  condenados por crimes comuns; restrições relativas à inviolabilidade da  correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; suspensão da liberdade de reunião; busca e apreensão em domicílio; intervenção nas empresas de serviços públicos; e requisição de bens. Esse cenário tétrico não suportaria a realização das eleições. O Gabinete de Segurança Insttucional da Presidência da República, que vem sendo acusado de responsável pela não antecipação do movimento dos caminhoneiros, está inteiramente voltado a medir a pulsação dos grupos de risco na área psicossocial.

Nos últimos dias, houve um número de  alusões a greves superior ao verificado  em todo o mandato de Temer. As ondas começam a se multiplicar: o locaute dos  caminhoneiros sequer foi contornado e já há uma paralisação dos petroleiros  que pode ser iniciada ainda hoje. No Rio de Janeiro, contavam-se ontem 20 focos de greve.

O GSI tem intensificado o monitoramento das principais entidades sindicais do país, que dão crescentes sinais de aproximação entre si. O mais acentuado até o momento veio no dia 1º de maio: pela primeira vez desde a redemocratização, o quarteto organizou um ato único no Dia do Trabalho, em Curitiba, que se transformou em um  protesto contra a prisão do ex-presidente Lula. Outro movimento agudo nesta direção está previsto para o dia 8 de junho, quando representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores  (UGT) e Central dos Trabalhadores e  Trabalhadoras do Brasil (CTB) vão se  reunir.

Será o primeiro de uma série de encontros com objetivo de discutir e elaborar uma agenda única do movimento trabalhista para as eleições. As propostas serão levadas aos principais candidatos à Presidência da República. As articulações têm sido conduzidas,notadamente, pelos presidentes da CUT, Vagner Freitas, e da  CTB, Adilson de Araújo. A negociação,  por si só, já representa um fato novo no ambiente político, a começar pela quebra do estado de abulia em que as grandes centrais sindicais do país estão mergulhadas.

O movimento sugere uma possível unicidade entre atores que hoje estão não apenas distantes uns dos outros, mas identificados com partidos distintos e até mesmo de campos políticos conflitantes. A CUT é historicamente ligada ao PT, assim como a CTB, ao PCdoB. A Força, por sua vez, é o braço sindical do Solidariedade – ambos controlados pelo deputado Paulinho da Força.

Já a UGT é alinhada ao PSD, de Gilberto Kassab. No âmbito do GSI, existe uma preocupação com o efeito dominó que estes movimentos possam provocar.  Há um receio ainda maior em relação ao risco de que essas manifestações de classe venham a retroalimentar, até de forma irresponsável, algumas das campanhas eleitorais.A partir de agora, muitas ações podem ser deflagradas não necessariamente de forma espontânea e sem que se saiba muito bem suas origens – a própria paralisação dos caminhoneiros ainda é um processo cercado de interrogações. Todos estes fatores cruzados trazem a reboque a ameaça de um novo “junho de 2013”.

#Eleições #Michel Temer

A Copa de Temer é outra

29/05/2018
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Em meio à grave crise deflagrada pela paralisação dos caminhoneiros, o Palácio do Planalto se debruça sobre uma questão a esta altura absolutamente prosaica: a presença ou não de Michel  na estreia do Brasil na Copa, no dia 17 de junho, em Rostov. O marqueteiro Elsinho Mouco, que ainda age como se o presidente fosse disputar a eleição, defende sua viagem à Rússia. Eliseu Padilha e Romero Jucá acham a ideia um disparate. E Temer? Como de hábito, o mais provável é que reflita, reflita, reflita e nada decida, o que, neste caso, significará ficar onde está.

Por falar em Copa, as vendas de camisas da seleção brasileira estão acima das projeções da Nike. Até o momento, o total comercializado já equivale ao dobro das vendas acumuladas no fim de maio de 2014. Isso, ressalte-se, em um intervalo menor: a Nike lançou a linha 2018 apenas em março – no Mundial do Brasil, as vendas começaram no início do ano. A essa altura, a julgar pelo panelaço contra Michel Temer no domingo à noite, é possível que as novas camisas tenham outra serventia além da torcida pela seleção.

#Copa do Mundo #Michel Temer

Um escorpião destila a chapa Alckmin-Meirelles

21/05/2018
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Fernando Henrique Cardoso já emplacou a equipe econômica; agora quer fazer o vice de Geraldo Alckmin. Mentor do movimento feito por Alckmin na semana passada, colando sua campanha ao dream team do Plano Real, à frente Pérsio Arida e Edmar Bacha, FHC dedica-se a costurar a aliança entre o PSDB e o MDB e consequente indicação de Henrique Meirelles como companheiro de chapa do candidato tucano. Pelo menos é o que se espera entre os próceres tucanos. Sabe-se que FHC é ambíguo por natureza. Mas, a priori, o rito será cuidadosamente cumprido.

Nesta semana, FHC deverá se reunir com Michel Temer, detentor da caneta do orçamento do governo e um dos árbitros do MDB. Além da costura política, trata-se do cumprimento do protocolo, pois Temer ainda não anunciou a inevitável retirada da sua pré-candidatura à Presidência. Há informações de que a desistência poderá ser formalizada amanhã, durante o lançamento do documento “Encontro com o Futuro”, do MDB.

Na ocasião, o partido anunciaria a candidatura de Meirelles. Ainda que isso ocorra, os dados continuarão rolando até o início oficial da campanha. O fato é que FHC parece disposto a usar seu poder de sedução para convencer Meirelles a ser a peça que falta na chapa de Geraldo Alckmin. A dobradinha “Alckmin-Meirelles” teria a sonoridade capaz de atrair DEM, PP, PTB, PSD etc. Ao mesmo tempo, poderia, enfim, colocar um brilho nos olhos opacos da Av. Paulista e da Faria Lima, por ora, desanimados com a abulia daquele que seria sua imagem e tradução eleitoral.

O ex-ministro detém ainda um ativo único, capaz de levar a candidatura Alckmin para um terreno do eleitorado que o PSDB não consegue alcançar. Por ser politicamente bipolar (PT e MDB), Meirelles pode reduzir a contaminação da impopularidade do governo Temer e afirmar que, sob sua gestão no BC, o país viveu um período de distribuição de renda e ascensão social sem precedentes na história – será papel dos marqueteiros fazer a parte maior do que o todo, leia-se o governo Lula. A entrada em cena de FHC é uma boa e uma má notícia para Geraldo Alckmin. Ela traz a reboque toda a sinuosidade característica do semi-deus dos tucanos.

Ao mesmo tempo em que a presença de FHC dá maior senioridade política e poder de articulação à campanha de Alckmin, pode ser também o seu alçapão. Da mesma forma como se encantou com Luciano Huck e sutilmente estimulou sua candidatura, FHC não titubearia em atravessar a rua caso surgisse outro nome capaz de empolgar o eleitorado e amalgamar os partidos de centro, algo que Alckmin não conseguiu até o momento. É da natureza do escorpião.

#Fernando Henrique Cardoso #Henrique Meirelles #MDB #Michel Temer

Que maldade

21/05/2018
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Na rádio Polícia Federal antecipa-se que, um dia após Michel Temer deixar o Palácio do Planalto, será deflagrada a “Operação Bela Lugosi”. Que maldade!

#Michel Temer

O pôquer de Kassab

18/05/2018
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Gilberto Kassab confidenciou ao presidente Michel Temer a intenção de deixar o Ministério das Comunicações em julho para cuidar das campanhas do PSD a governador. No Palácio do Planalto, no entanto, a sinalização foi vista como um blefe, uma tentativa oblíqua do ministro de ganhar maior poder de barganha na negociação de eventuais alianças entre o seu partido e o MDB. Kassab não tem mandato parlamentar. Se deixar o Ministério, perderá a marquise do foro privilegiado.

#Michel Temer

Turismo oficial

18/05/2018
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O cancelamento das duas viagens que Michel Temer faria à Ásia em maio e em julho deixou pequenos papagaios nos cofres públicos. A União gastou quase R$ 2 milhões com passagens, hospedagem e outros custos das equipes precursoras do Palácio do Planalto e do Itamaraty, que se dedicaram aos preparativos para as visitas de Temer que não ocorrerão.

#Michel Temer

Decoupling

16/05/2018
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Henrique Meirelles quer se descolar da gastança que será realizada pelo presidente Michel Temer. O discurso será o de que, enquanto permaneceu na Fazenda, o orçamento esteve equilibrado. Tá bem… Equilibrado, com déficits superiores a R$ 100 bilhões.

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Coalizão de festim

15/05/2018
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Na semana passada, as paredes do Palácio do Planalto testemunharam a conversa de dois “fantasmas eleitorais”. O ex-ministro e presidente do PRB, Marcos Pereira, ofereceu a Michel Temer a candidatura do empresário Flavio Rocha em “sacrifício” para a formação de uma chapa única de centro-direita capitaneada pelo MDB. Foi uma tertúlia de cínicos. Pereira vendeu o que não tem; e Temer – com seus 4% de popularidade – fingiu comprar algo em que nem mesmo ele acredita mais: uma candidatura chancelada pelo governo.

#Michel Temer #PRB

“Extradição”

15/05/2018
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Há uma articulação entre o presidente Michel Temer e o PSDB para que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, assuma e Embaixada do Brasil em Paris. De preferência, antes que a caixa-preta do Dersa venha a ser aberta. Investigações da Lava Jato ligam o chanceler ao ex-diretor da estatal, Paulo Vieira de Souza, o Paulo “Preto”.

#Dersa #Michel Temer

Temer na TV

14/05/2018
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O Palácio do Planalto costura, para o mês de junho, uma nova rodada de entrevistas de Michel Temer em programas de perfil popular na TV aberta, no estilo Ratinho. Entre outros pontos, o presidente deverá anunciar novos investimentos no Minha Casa, Minha Vida. Por ora, fica o suspense se Temer fará uma última tentativa de se “vender” ao eleitorado ou se já começárá a levantar a bola para Henrique Meirelles ou Geraldo Alckmin.

#Michel Temer #Minha Casa Minha Vida

MDB roda sem direção

11/05/2018
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Enquanto o próprio Michel Temer não se define, sua távola redonda se divide em relação à disputa presidencial. Moreira Franco defende que o MDB tenha candidato próprio ao Palácio do Planalto, seja ele o próprio Temer ou Henrique Meirelles. Do outro lado, o ministro Eliseu Padilha e o presidente do partido, Romero Jucá, pendem cada vez mais para a aliança com Geraldo Alckmin. Ambos pregam que a sigla deve aproveitar os recursos do fundo partidário para eleger o maior número de governadores, em vez de apostar em uma candidatura à Presidência com chances remotas de vitória. Jucá, por sinal, já negocia alianças nos estados, garantindo que o MDB não lançará um nome para a corrida presidencial.

#MDB #Michel Temer #Moreira Franco

Privatização da Infraero perde altitude

30/04/2018
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A privatização da Infraero corre o risco de ser mais um dos tantos balões de ensaio do governo Temer que caem murchos pouco depois de serem lançados ao céu. A operação perdeu com fôlego com a saída de seu maior defensor do governo, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha já teriam recomendado a Temer engavetar a proposta. Segundo o RR apurou, parte da equipe de trabalho montada para conduzir os estudos, composta por técnicos da Casa Civil e do Ministério dos Transportes, já teria sido desmobilizada. As primeiras sondagens junto a investidores do setor revelou a inapetência dos potenciais candidatos em relação ao modelo proposto, a venda de apenas 51% do capital. Além disso, a menos de seis meses das eleições, o governo não está disposto a enfrentar o desgaste de burilar a Infraero para a privatização, que, entre outras medidas, exigiria acelerar a redução do quadro de funcionários da estatal.

#Eliseu Padilha #Infraero #Michel Temer #Moreira Franco

Pato órfão

30/04/2018
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Ao que parece, a reunião da última quinta-feira, quando Paulo Skaf cobrou de Michel Temer o seu apoio nas eleições para o governo de São Paulo, não surtiu efeito. Temer já sinalizou que não deverá comparecer ao lançamento da candidatura de Skaf, no próximo sábado.

#Michel Temer #Paulo Skaf

“Caixeiro viajante”

27/04/2018
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Além da ida à Singapura, em maio, o Palácio do Planalto e o Itamaraty articulam uma viagem de Michel Temer à Rússia em julho. Enquanto a campanha eleitoral não começa para valer, T’emer vai em busca de investidores para reanimar as PPIs. Além disso, deverá assinar novos acordos com os russos para projetos na área de Defesa.

#Michel Temer

Sugestão do Chuchu

19/04/2018
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Michel Temer gostou da “dica” dada por Geraldo Alckmin em recente entrevista. Vai ele mesmo fechar a Empresa de Planejamento e Logística, criada para tocar o projeto do trem-bala que nunca saiu do papel.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer

Palanque

17/04/2018
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O presidente Michel Temer “ressuscitou” o CDES. Temer deverá participar de mais uma plenária do “Conselhão” em maio. A questão é quanto do PIB aceitará se reunir novamente ao redor de Temer dois meses após o encontro de março.

#Michel Temer

Planalto avalia troca na ANTT

16/04/2018
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Como se não bastasse a fuzilaria direta sobre Michel Temer, o Palácio do Planalto ainda tem de desviar das balas perdidas. Há um sério risco de que a prisão de Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”, ricocheteie no governo federal, mais precisamente na ANTT. A reta que liga os dois pontos é o engenheiro Mário Rodrigues Junior, nomeado há menos de dois meses para a direção-geral da agência reguladora por indicação do ex-deputado Valdemar da Costa Neto. No Planalto, já se discute a possibilidade de afastá-lo do cargo. Mario Rodrigues e “Paulo Preto”, apontado como operador de um suposto esquema de corrupção do PSDB em São Paulo, ocuparam cargos na direção do Dersa. O risco da indicação de Rodrigues para a ANTT já era pedra cantada. Seu nome foi citado na Lava Jato pelo ex-diretor da OAS Carlos Henrique Lemos. Antes o Planalto tivesse ouvido as manifestações feitas pelos próprios servidores da ANTT em fevereiro, pedindo que a nomeação de Rodrigues fosse revista. Agora, qualquer movimento no tabuleiro vai fazer um barulho maior.

#ANTT #Michel Temer

Suspense total

13/04/2018
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A pesquisa Datafolha do fim de semana trará respostas a algumas questões chave da disputa presidencial:

. O coeficiente eleitoral de Lula após a prisão;

. As intenções de voto de Ciro Gomes, Jair Bolsonaro e Marina Silva;

. O percentual dos votos em Joaquim Barbosa;

. A mudança ou não do viés de baixa de Geraldo Alckmin.

. Os dados estatísticos de Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e Michel Temer não são relevantes.

#Ciro Gomes #Jair Bolsonaro #Lula #Michel Temer

A encruzilhada de Rodrigo Maia

10/04/2018
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está dividido. Se levar o cadastro positivo à votação do Congresso, o projeto passa e o governo fatura. Se fizer forfait e sentar em cima, tira o pão da boca de Michel Temer, seu concorrente ao Palácio do Planalto, mas perde o apoio da banca. As instituições financeiras estão aguardando ansiosas pelo cadastro positivo, um mecanismo de seleção adversa, capaz de identificar o bom e o mau pagador. Por essa lógica, em vez de cobrar um spread astronômico para qualquer tomador de empréstimos,
os bancos selecionariam aqueles com histórico pagante intocável, que seriam merecedores de juros menores. Na média, as taxas baixariam. Essa dobradinha deliciosa – spreads mais reduzidos e custos com inadimplência mais baixos – se arrasta há anos no Congresso. É incrível como não aprovaram esse cadastro até hoje.

#Michel Temer #Rodrigo Maia

Coelho pula para longe do governo Temer

10/04/2018
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Fernando Coelho Filho, que até a semana passada ocupava o Ministério de Minas e Energia, rompeu com o governo Temer. O divórcio se consumou com a sua repentina decisão de se transferir do MDB para o DEM – segundo o RR apurou, acertada na madrugada de sábado após conversa com o deputado Rodrigo Maia. Coelho sentiu-se traído pelo Palácio do Planalto por conta da indicação de Moreira Franco para o Ministério. Havia um acordo tácito para que o então ministro fizesse o seu sucessor. Ele trabalhava por  dois nomes, ambos integrantes da sua equipe no Ministério: o secretário de Energia Elétrica, Fabio Lopes Alves, e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Marcio Bezerra. Mas, como Fernando Coelho não é Henrique Meirelles, não teve a regalia de manter influência sobre a Pasta – o que ex-ministro da Fazenda conseguiu ao indicar o sucessor Eduardo Guardia.

#Fernando Coelho Filho #Michel Temer

Candidato da fé

6/04/2018
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O pastor Marcos Pereira, presidente do PRB e ex-ministro de Michel Temer, está cotado para ser o vice o empresário Flavio Rocha. Seria a chapa “Nós na Terra e Deus no Céu” – o próprio empresário frequenta a Igreja Sara Nossa Terra.

#Michel Temer #PRB

Conversa ao pé do ouvido

4/04/2018
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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), já denunciado na Lava Jato, é um dos grandes vencedores da reforma ministerial. Com a ida do correligionário Gilberto Occhi para o Ministério da Saúde, foi Ciro quem negociou pessoalmente com o presidente Michel Temer a efetivação do vice de Habitação da Caixa Econômica, Nelson Antonio de Souza, no comando do banco. A conversa decisiva se deu na tarde do último dia 28 de março, no Palácio do Planalto. Souza, assim com Ciro, é PP e Piauí na cabeça. No governo Dilma, também por indicação do senador, presidiu o Banco do Nordeste.

#Lava Jato #Michel Temer

Chegou a vez da Marinha no governo de Michel Temer

28/03/2018
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A Marinha é a “bola da vez” no reaparelhamento da área militar. O governo de Michel Temer pretende tirar da gaveta um antigo projeto da força naval brasileira: a substituição da frota de aviões de combate embarcados. Trata-se de um contrato que poderá chegar à casa de US$ 1,5 bilhão, considerando-se a aquisição de aproximadamente 20 aeronaves. O investimento caminha pari passu ao projeto do novo porta-aviões brasileiro – a única embarcação deste tipo a serviço da Marinha, o São Paulo, entrou em processo de descomissionamento e desmontagem no ano passado.

Segundo o RR apurou, há contatos preliminares, na esfera do Ministério da Defesa, com fabricantes internacionais. Questões de ordem técnica fazem da sueca Saab, que fornecerá os novos caças da Aeronáutica, uma forte candidata ao negócio. O Sea Gripen, avião embarcado produzido pela companhia, dispõe dos mesmos sensores e tipo de armamento do Gripen NG que será entregue à Força Aérea. A aeronave é considerada versátil: pode operar a partir de porta-aviões Catobar (decolagem por catapulta) ou Stobar (decolagem curta).

O custo unitário do Sea Gripen gira em torno dos US$ 70 milhões. Procurado pelo RR, o Ministério da Defesa informou que caberia à Marinha se pronunciar sobre o assunto. Esta, por sua vez, garantiu que ainda não existem tratativas com fabricantes de aeronaves. Mas confirmou os planos de aquisição dos novos equipamentos. A Marinha informou estar conduzindo estudos, “no âmbito do Programa de Obtenção de Navio Aeródromo (Pronae), quanto às características e requisitos” do próximo porta-aviões.

Disse ainda que, “enquanto não forem estabelecidas as características do futuro Navio Aeródromo, não se poderá definir que tipos ou modelos de aeronaves comporão a sua ala aérea”. Uma vez confirmado, o pacote “porta-aviões/aeronaves embarcadas” selará uma espécie de trilogia de investimentos mais agudos nas Forças Armadas, que engloba a aquisição dos blindados Guarani para o Exército e a própria substituição dos caças da FAB. Este última, embora assinada na gestão Dilma, começou a ganhar altitude no governo de Michel Temer.

A compra dos novos aviões é um antigo pleito da Marinha. A Força dispõe de 23 aeronaves embarcadas modelo A-4 Skyhawk, produzidas no fim dos anos 70. Em 2009, o governo Lula assinou com a Embraer um contrato para a modernização de 12 destes jatos. Muito em razão das restrições orçamentárias na Defesa, a primeira aeronave só viria a ser entregue em 2015. Além disso, o programa de modernização sofreu um baque no ano seguinte, quando um A-4 Skyhawk reformado pela Embraer caiu durante um voo de treinamento.

#Marinha #Michel Temer

Seguidas preces

28/03/2018
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Marcelo Crivella e o ex-ministro e pastor Marcos Pereira têm feito seguidas preces a Michel Temer pela manutenção do interino Marcos Jorge de Lima, do PRB, no Ministério do Desenvolvimento. O PP disputa a mesma “graça”.

#Marcelo Crivella #Michel Temer

O looping da Embraer

22/03/2018
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O presidente Michel Temer já ultrapassou a linha dos 50% de probabilidade de vetar a compra da Embraer pela Boeing. Sua inspiração é a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impedir a compra da Qualcomm pela Broadcom, de Cingapura. Os analistas do mercado de aviação, entretanto, acham que a motivação é puramente eleitoral. Trump pelo menos alega questões de segurança nacional. Se reeleito, o Temer em estado puro bem poderia recuar e permitir o negócio. Mas aí o timing já teria passado. Digamos, no entanto, que o presidente deixe rolar o barco e a Boeing compre a Embraer: os norte-americanos, então, terão de torcer para que Ciro Gomes não venha a se eleger. O candidato do PDT já disse que “a Embraer, eu vou tomar de volta”.

#Embraer #Michel Temer

A trapalhada de Temer

21/03/2018
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O general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI, teve um trabalho danado para colocar panos quentes na desastrada forma como o presidente Michel Temer anunciou os recursos para o custeio da intervenção no Rio de Janeiro. Enquanto o general Braga Netto estimava um orçamento na faixa de R$ 3 bilhões, Temer acenava com números imprecisos de R$ 600 milhões, talvez R$ 800 milhões. “Vai ser algo na casa de milhões”, disse, de forma displicente. O generalato detestou.

#GSI #Michel Temer #Sérgio Etchegoyen

Sangue de Marielle Franco realça o caos da cidade do Rio de Janeiro

19/03/2018
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À exceção da fatalidade trágica, nada é o que parece ser no assassinato da vereadora Marielle Franco. A militante, com histórico exemplar na defesa de direito das minorias, era uma voz contrária à intervenção federal e militar no Rio de Janeiro. Sua morte, paradoxalmente, fará com que a ação das Forças Armadas seja intensificada na cidade, liberando os recursos que o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Vilas Bôas, vinha reiteradamente pleiteando. Até agora, a intervenção é um copo com moeda de centavo no fundo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aspirante a candidato à Presidência da República, mostrou que sua sensibilidade política é nanica. Ele tem sentado em cima do orçamento todas as vezes em que chegam pedidos por mais numerário para a intervenção. O RR apurou que o Palácio do Planalto exigiu urgência na transferência de verbas. Elas deverão ser capazes de custear o deslocamento para o Rio de tropas de outras regiões, o que não estava previsto.

Porém, os militares não irão tocar opânico na cidade, conforme desejam distintas tribos de ativistas e reacionários. Como disse o general Braga Neto, chefe da intervenção federal no Rio, a ação será sentida aos poucos. Agora, o que acontecerá é um reforço do efetivo e a aquisição de novos equipamentos. O aparato e a visibilidade do Exército vão se tornar maiores. A inteligência das três Forças Armadas cooperará na busca do assassino da vereadora.

Mas que não se espere uma caça como a feita pela Aeronáutica ao atirador Alcino e o motorista de táxi Climério após o atentado contra Carlos Lacerda. Os militares não se guiarão pela Lei de Talião. Duas razões contraditórias parecem ter motivado o assassinato da vereadora Marielle Franco. Na primeira, ela seria alvo de milícias e grupos de extermínio, julgando que o homicídio poderia deslocar o foco da sua ação criminosa para a busca da autoria do atentado. Na segunda hipótese, ativistas reacionários teriam praticado o assassinato para forçar uma ação militar mais intensa.

Querem o Exército barbarizando nas ruas. No lamentável episódio tudo é o que não é. Às 15h35 de ontem, o Google registrava 861 mil resultados santificando Marielle e 135 mil resultados sobre a nubência da parlamentar com Marcinho VP e a sua ligação com o Comando Vermelho, comprovadamente uma informação falsa. Nas praias de Ipanema, meninas douradas usavam bottons nos biquínis com fotos dos seus rostinhos sorridentes ladeado dos dizeres: “Marielle presente”. Ao contrário das palavras de ordem, o extermínio da vereadora não foi um atentado à democracia, tal como eleição sem Lula não é uma fraude.

Sua morte também não deflagrará homicídios em série e até justiçamentos conforme amedrontados ativistas faziam crer ontem no Facebook. O presidente Michel Temer, com seu senso de oportunidade, teria dito: “Atiraram no nosso peito, mas não atingiram o nosso coração: agora vamos com tudo”. Na manhã de ontem, um policial militar, de folga, foi morto no Rio, após troca de tiros, em Bangu. Não consta que os ministros da Segurança Pública, Defesa, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ou os Comandos Militares tenham tomado qualquer providência para criação de auditoria, corregedoria ou fiscalização excepcional da munição em poder das polícias, que repetidas vezes corre para o crime como as águas para o mar. Caetano Veloso compôs velozmente uma canção sobre a líder popular. Faz mais de 80 horas que Jair Bolsonaro está mudo em relação ao assunto. O sorriso de Marielle ainda embeleza as bancas de jornais.

#Marielle Franco #Michel Temer

Lealdade com lealdade se paga

16/03/2018
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Lucio Vieira Lima, irmão do presidiário Geddel, confirmou ao MDB que vai disputar a reeleição à Câmara pela Bahia. Conta, desde sempre, com o apoio de Michel Temer.

#MDB #Michel Temer

Temer não consegue tirar a segurança de Bolsonaro

14/03/2018
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Não parece ser nada simples desalojar o capitão Jair Bolsonaro da sua narrativa cativa: a defesa do direito à segurança. Segundo pesquisa qualitativa realizada pelos bolsonaristas, quanto mais se fala no tema, maior a aderência do assunto à candidatura de Bolsonaro. Simples assim. É como se a violência fosse a essência da nossa era, e esse espírito do tempo tivesse sido capturado pelo mais tosco dos candidatos. Um analista de pesquisa de opinião que assessora Bolsonaro considera que Michel Temer foi, no mínimo, precipitado quando disse que a “intervenção militar foi um golpe de mestre”.

À luz das primeiras impressões e mesmo da resiliência dos indicadores eleitorais, ao trazer a insegurança urbana para o centro da galáxia das políticas públicas, Temer acabou fortalecendo a “ideia-força” que diferencia o discurso do capitão. Não seria, portanto, uma questão da medida de emergência no Rio de Janeiro dar certo ou não. Se tiver algum êxito, fizeram o que Bolsonaro dizia. Se for um fracasso, ele teria feito diferente. Como se diz na linguagem do Google, pertencem ao capitão todas as palavras de busca vinculadas à intervenção: insegurança, militares, proteção, presídios etc. Bolsonaro surfa na intervenção de Michel Temer como se ela fosse sua.

Por essa ótica, a maior qualificação do debate sobre segurança não significaria um “take over” no discurso de Bolsonaro. Ao contrário, seu eleitorado entenderia apenas como confirmação de que está onde tudo começou, no lugar certo com a pessoa certa. Vale um registro simbólico: a última pesquisa de opinião CNT/MDA, segundo o analista consultado, identifica, na queda de Lula, a migração, ainda que rasa, de petistas na direção do seu antípoda. O voto da raiva é o voto em Bolsonaro. As próximas pesquisas vão dizer se ele aprisionou de vez o discurso do combate à violência. Aparenta ser mais fácil ganhar do capitão devido à sua fragilidade partidária, parco tempo de propaganda eleitoral, reduzidos recursos de campanha e nanismo intelectual. Entrar no seu campo de batalha é um risco não recomendável para nenhum dos adversários.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer

Garantia

12/03/2018
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Mário Rodrigues Júnior já pode redigir seu discurso de posse na direção da ANTT. O ex-deputado Valdemar Costa Neto recebeu do próprio Michel Temer a garantia da nomeação.

#ANTT #Michel Temer

A caravana do PR

8/03/2018
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O presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues, “arrancou” de Michel Temer a garantia de que o partido seguirá no comando do Ministério dos Transportes após a saída de Mauricio Quintella, em abril. O nome já indicado pela sigla para o cargo é o do ex-deputado Bernardo Santana. O PR acredita que, a esta altura, ninguém mais se lembrará de que Santana foi citado na Lava Jato. Até aí, morreu Neves. O próprio Rodrigues chegou a ser preso em dezembro do ano passado, sob a acusação de crimes de corrupção, extorsão e participação em organização criminosa.

#Michel Temer #Ministério dos Transportes

Cartilha do candidato

8/03/2018
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Além da segurança, que se tornou a chama do seu governo e da eventual candidatura à reeleição, Michel Temer vai desfraldar a bandeira da educação. Ainda neste mês, Temer iniciará um périplo pelo país para anunciar a divisão do bolo de R$ 1 bilhão reservados para programas de formação de professores.

#Michel Temer

Desonestidade 1

7/03/2018
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Delfim Netto, conforme dizia Mário Henrique Simonsen, nunca primou pela honestidade intelectual. Mas não precisava tanto. Em seu artigo de ontem no Valor, com o objetivo de louvar Michel Temer, Delfim mistura alhos com bugalhos; intervenção federal com uma agenda de 15 medidas das quais 12 já estavam no Congresso – o que ele mesmo reconhece. Quem ler verá.

Desonestidade 2

“Plunct, plact, zum, não há mais déficit algum”. José Serra se inspirou na canção de Raul Seixas para em uma só tacada mágica mudar a regra de ouro fora da Constituição, livrar o atual presidente e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de responsabilidades pelo descalabro fiscal de 2019 e dar um sumiço no desequilíbrio das contas públicas. Justiça seja feita, é exagero do RR: o projeto de lei do senador tucano só fatia o déficit do próximo ano pela metade, e não some com ele por inteiro. Mas é de um oportunismo raro e demonstra uma criatividade contábil para deixar os verdugos de Dilma Rousseff enrubescidos. Vá lá, Serra resolveu com seu condão um dos maiores problemas do futuro governante do país. No entanto, em ordem de grandeza, os principais favorecidos são os que estão hoje no timão. O tucano, pelos serviços prestados, está apto a ser vice-presidente de Michel Temer ou de Henrique Meirelles.

#Delfim Netto #José Serra #Michel Temer

House organ

6/03/2018
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O programa de Ratinho virou “Diário Oficial” do governo. Depois de Michel Temer e de Henrique Meirelles, o ministro da Segurança, Raul Jungmann, será a próxima atração.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Raul Jungmann

Temer e Meirelles fazem um acordo pré-eleitoral

5/03/2018
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Michel Temer e Henrique Meirelles estão irmanados em um acordo pré-eleitoral. O RR confirmou com duas fontes muito próximas do presidente que Temer e Meirelles chegaram a um entendimento em torno da candidatura à Presidência da República. A conversa se deu em encontro no último dia 24 de fevereiro, um sábado, no Palácio do Jaburu. O roteiro acordado se desdobra em dois momentos.

O primeiro deles em abril, quando o ministro da Fazenda deverá deixar o cargo para se lançar como pré-candidato à Presidência, não pelo PSD, ao qual ainda é filiado, mas pelo próprio MDB. A esta altura, no entanto, não terá qualquer manifestação de apoio da parte de Temer. O jogo continuará sendo jogado até maio, o tempo necessário para o presidente avaliar as suas chances. Se os seus índices de popularidade mostrarem uma reação – como todos no Palácio do Planalto esperam, no embalo da intervenção no Rio –, Temer será o candidato de si próprio.

Neste caso, automaticamente a candidatura Meirelles sairia de cena. Por outro lado, se a sua aceitação permanecer em níveis rasantes, prenunciando um fracasso eleitoral, o presidente é que abandonará o game, dando passagem para a campanha do seu atual ministro da Fazenda. Meirelles assumiria, então, a posição de candidato do governo. A convenção do MDB seria uma mera formalidade com o propósito de sancionar o nome já previamente erigido por Temer. Por essa lógica, Rodrigo Maia vira o Plano C do Planalto. Mantido o script, o candidato formal da situação virá do MDB. Muito em função do constrangimento causado pela suspensão da reforma da Previdência, Henrique Meirelles estava inclinado a abdicar da corrida eleitoral e permanecer na Fazenda até o fim do governo – ver RR de 21 de fevereiro.

No dia 22, despistou a galera, afirmando que sua etapa à frente da Pasta estava concluída. Esperava ouvir pedidos de permanência. Segundo uma das fontes do RR, Meirelles foi para a reunião com Michel Temer, no dia 24, disposto a dizer que abria mão de sua candidatura. O estímulo de Temer para que entrasse na disputa reabriu seu apetite. Meirelles terá ainda a prerrogativa de fazer seu sucessor na Fazenda, mantendo, assim, boa dose de influência sobre a condução da política econômica, um considerável handicap para um presidenciável.

Isso para não falar de outro de seus grandes atributos competitivos: se Temer é o dono da caneta mais carregada de tinta da República, Meirelles é o pré-candidato com maior volume de recursos próprios para financiar sua campanha. Seu patrimônio pessoal é estimado em mais de R$ 1 bilhão. O xeque-mate para o entendimento entre Michel Temer e Henrique Meirelles foi o condicionamento da candidatura, de um ou de outro, à performance nas pesquisas.

Por sinal, a confiança de Temer em relação a este quesito tem crescido seguidamente. Segundo o RR apurou, o presidente ficou especialmente entusiasmado com sondagem encomendada pelo ministro Moreira Franco que chegou recentemente as suas mãos. Em uma enquete sem o nome de Lula, Temer apareceu com 2%, à frente de nomes como João Amoedo, Manoela D ´Ávila, Paulo Rabello de Castro, Guilherme Boulos, Fernando Collor e do próprio Meirelles. Pode parecer pouco, mas trata-se de um salto de 100% sobre a base anterior, quando o presidente apareceu com algo em torno de 1%. A expectativa no Planalto é de um novo avanço até maio.

#Henrique Meirelles #MBD #Michel Temer

Jucá perdeu

2/03/2018
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Romero Jucá teve uma raríssima derrota no governo. Na última terça-feira, intercedeu diretamente junto a Michel Temer na tentativa de evitar a demissão de Fernando Segovia no comando da Polícia Federal. Temer, como sempre, disse que ia ver com carinho…

#Michel Temer #Romero Jucá

Temer atenta contra futuro presidente com herança criminosa na regra de ouro

1/03/2018
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Há no mínimo uma fissura moral na legislação da regra de ouro. Esta fenda pode levar a interpretações ou pelo menos ao debate sobre a responsabilidade do atual presidente por prejudicar extremamente o cumprimento do ditame constitucional no primeiro ano de governo do seu sucessor. O Art.85 da Constituição e a Lei no 1.079, de 1950, instituem que é responsabilidade do presidente e de sua equipe econômica a amortização ou criação de reserva para anular os efeitos de operações de crédito em descumprimento à regra de ouro.

O financiamento das despesas de custeio com a venda de títulos públicos caracteriza crime de responsabilidade contra a Lei Orçamentária e pode significar desde um obrigatório pedido de alforria ao Congresso até o impeachment do presidente. O que parece objeto de controvérsia é até que ponto o presidente pode passar para o sucessor como herança uma virtual impossibilidade de cumprimento da regra de ouro – até mesmo por motivações político-eleitorais – sem ser responsabilizado. Se for usado o regime contábil de competência, criminoso é quem deixa o governo sem tomar as providências para não contaminar o primeiro ano da gestão do entrante.

Ele carrega o ônus do futuro imediato resultante dos seus atos passados. Pelo regime de caixa, o abacaxi é de quem assumiu. Ele que se vire, cortando dedos e cedendo anéis. Hoje, a julgar pela interpretação dominante da legislação, o que vale é considerar o calendário gregoriano. Michel Temer e Henrique Meirelles, a quem foram dados os títulos de grão-mestres do ajuste das contas públicas, estão salvando a própria pele. Partem da interpretação de que seu compromisso com a regra de ouro acaba neste ano. Deixarão um buraco de R$ 200 bilhões para o sucessor, sem os recursos das piruetas fiscais com os quais o BNDES está pedalando, antecipadamente, os pagamentos ao Tesouro Nacional.

Temer está secando todos os recursos do banco para tampar o rombo da sua gestão. A equipe econômica está histérica com o atraso de meia dúzia de dias do BNDES no repasse de uma tranche de R$ 30 bilhões, ou 25% do valor devido. O atual governo confessa que a regra de ouro dificilmente poderá ser cumprida, em 2019, sem o pedido de recursos extraordinários ao Congresso ou mudança constitucional. Perguntaria o inquisidor: Dilma Rousseff não foi um bom exemplo de presidente que empurra para frente o descalabro fiscal?

Bem, Dilma foi “impichada” e não teve o benefício de poder demonstrar nos dois anos que lhe faltavam se conseguiria ou não lidar com a regra de ouro, que, diga-se de passagem, sempre foi honrada. Com Temer é diferente. Seus ministros anunciam desde já que a herança do sucessor é sinistra e de difícil resolução. O futuro presidente já assume como candidato a crime de responsabilidade. Se não houver uma regra para tornar regressiva a culpabilidade pela inconsequência fiscal, será o típico caso em que quem pariu Mateus não vai embalá-lo. E se Temer for reeleito? Sua atitude sugere que nem mesmo ele acredita nessa hipótese.

#BNDES #Michel Temer #Tesouro Nacional

O tempo de Jungmann

1/03/2018
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Raul Jungmann condiciona sua permanência no Ministério da Segurança Pública a que Michel Temer não seja candidato à reeleição. A questão é que Temer só decide sua vida em maio. Façam suas apostas.

Do candidato Ciro Gomes sobre o convite de Raul Jungmann a Armínio Fraga para construir uma ação empresarial pela segurança: “O Armínio está sendo chamado para articular o Ipes do Temer”.


Raul Jungmann não se limitará à demissão de Fernando Segovia do comando da Polícia Federal. Planeja também substituir a maioria dos 12 superintendentes regionais nomeados por Segovia em seus três meses no cargo.

#Michel Temer #Raul Jungmann

Eleições contemplam do plebiscito da privatização ao fundo de desestatização no atacado

28/02/2018
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O ex-presidente Lula, sabidamente um antiprivatista, recebeu da sua assessoria econômica, na semana passada, sugestão para que realize um plebiscito sobre a venda das estatais. Antes que se pense em oportunismos e narrativas eleitorais, a consulta popular não está para Lula como a intervenção federal no Rio para Michel Temer. A expectativa dos autores da ideia é que a privatização seja aclamada nas urnas. A imagem das companhias estatais foi uma das principais atingidas com a operação Lava Jato.

O plebiscito, caso favorável, liberaria o ex-presidente do seu compromisso com o estatismo. Se a decisão fosse antiprivatista, melhor para Lula, que ficaria onde sempre esteve. O mais provável, ressalte-se, é que o ex-presidente se torne inelegível e a proposta fique guardada na cachola dos seus conselheiros. O relevante, contudo, é que a privatização vai chegando ao coração da esquerda. Com diferenças de ênfase na aprovação da medida, o trio de potenciais substitutos de Lula na disputa pela Presidência – Fernando Haddad, Jaques Wagner e Ciro Gomes – não engrossam as hostes estatizantes.

A candidata Marina Silva, que ideologicamente se situa em um ecossistema desconhecido, é hoje privatista até mesmo quando quer disfarçar que não é. Como toda regra tem exceção, o provável candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, performa como isolado baluarte antiprivatista. Como o PSOL não passa de um átomo no macrocosmo da política nacional, as convicções de Boulos não alterarão o rumo de desmobilizações dos ativos públicos desde já traçado.

Todos os demais candidatos defendem com unhas e dentes que o Estado se desfaça das suas empresas. O saldo das antigas e novas adesões criou um cenário único: é inimaginável o país atravessar o período de 2019/2022 com o mesmo quadro de grandes estatais – ver RR de 18 de janeiro. Todos os presidenciáveis estão alinhados: dos mais contidos, como Ciro Gomes, aos mais disparatados, como Jair Bolsonaro. O capitão, inspirado pelo seu guru, o economista Paulo Guedes, namora privatizar no atacado. Transferiria todas as estatais para um fundo cujo valor seria abatido da dívida pública, fazendo uma espécie de recuperação judicial do passivo interno federal. O Brasil com diminuto número de empresas estatais era inimaginável. Agora, tudo indica que é inevitável. Para o bem ou para o mal.

#Fernando Haddad #Lula #Michel Temer

E Paulo Skaf?

28/02/2018
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O nome de Gilberto Kassab voltou à mesa de apostas como candidato ao governo de São Paulo. Com apoio de Michel Temer.

#Gilberto Kassab #Michel Temer

Russos viram parceiros-chave para as Forças Armadas

27/02/2018
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As sucessivas aproximações diplomáticas entre os governos de Michel Temer e Vladimir Putin colocaram a indústria militar da Rússia no lugar certo na hora certa. Os fabricantes russos surgem como fortes parceiros comerciais do Brasil no momento em que as circunstâncias pedem o aumento dos investimentos na área de Defesa. Segundo o RR apurou, o Ministério da Defesa mantém conversações com o governo Putin para a aquisição de um novo aparato de segurança aérea.

A negociação envolveria a compra do sistema de mísseis e artilharia antiaéreos S-300, desenvolvido e produzido por uma miríade de agências estatais e empresas russas. Estima-se que, em suas diversas etapas, a aquisição poderia chegar à casa de US$ 1 bilhão. Uma das prioridades das Forças Armadas, acentuada pela sua entrada na segurança pública no Rio de Janeiro, é o reforço do monitoramento e proteção do espaço aéreo, com o objetivo de inibir o ingresso de drogas e armas no território brasileiro.

Parte desta logística do crime é feita por meio de aeronaves e até mesmo por drones. Os mísseis do S-300, como o próprio nome sugere, são capazes de abater alvos a 300 km de distância. Ainda na esteira do acordo na área de Defesa assinado por Temer e Putin no ano passado, o governo deve acelerar as negociações para a compra de até dez helicópteros militares russos, modelo Ka-62. A parceria entre os dois países passa ainda por operações nevrálgicas para a área de Inteligência. Desde o ano passado, a russa Kaspersky Lab fornece soluções de segurança cibernética para as Forças Armadas brasileiras, notadamente sistemas antivírus.

#Michel Temer #Vladimir Putin

Romário 2018

26/02/2018
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Romário tem chamado a atenção nos corredores do Senado pelos desmedidos elogios à intervenção federal no Rio. Fala como um candidato ao governo do Estado no palanque de Michel Temer.

#Michel Temer #Romário

Uso das reservas cambiais vira coquetel antimonotonia

23/02/2018
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A proposta de utilização de parte das reservas cambiais voltou à tona no governo. A medida teria dupla missão: contribuir para o equacionamento da regra de ouro em 2019 e permitir, ainda neste ano, a realização de investimentos em programas que impliquem maior absorção de mão de obra. O governo reconhece que o pacote de “15 medidas microeconômicas” anunciado na última segunda-feira foi uma colcha de retalhos demasiadamente esfarrapada. Quer colocar algumas iniciativas em pauta, mas nada que passe pelo Congresso, cuja agenda já está cheia e contaminada pelas eleições.

O uso das reservas seria em um montante proporcionalmente pequeno, não superior a 12% do estoque. Esse cuidado busca manter estável a percepção de risco cambial do país, que deve fechar o ano com um lastro de US$ 400 bilhões. Do ponto de vista da regra de ouro, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, já disse que, como está, a conta não fecha em 2019.

O dinheiro das reservas seria uma forma de evitar o envio de uma PEC ao Congresso ou mesmo um pedido de perdão formal e a liberação de recursos extraordinários em meio ao tiroteio eleitoral. Cabe lembrar que o presidente Michel Temer e seus ministros serão responsabilizados, conforme a lei, pelo abacaxi da regra de ouro no próximo ano. Para efeito do regime de competência que rege a legislação, quem pariu o buraco de 2019 em 2018 que o embale, com todas as suas consequências.

Entre as múltiplas utilidades do uso das reservas, uma delas seria psicológica: reduzir o desconforto de Meirelles com o episódio de cancelamento da reforma da Previdência e do pacote dos 14 cacarecos, subtraída, pelo critério de maior importância, a privatização da Eletrobras. O ministro, hipoteticamente, sairia do estado de moral em baixa e teria algo de novo para mostrar na praça. Ocorre que Meirelles sempre foi contrário à utilização das reservas. Considera que somente algum tipo de pedalada permitiria que os recursos em dólares fossem internalizados sem que houvesse um aumento da dívida interna bruta.

Pode ser. O fato é que esse governo parece ter gostado da contabilidade criativa e da captura de recursos com expedientes discutíveis, a exemplo dos precatórios não reclamados pelos credores vitoriosos passados dois anos. O uso das reservas também tiraria uma das bandeiras da oposição, que defende a iniciativa basicamente para estimular o investimento e reduzir o desemprego. E Meirelles mudar de ideia, a essa altura do campeonato, não parece algo tão sofrido. O governo precisa de uma nova história para contar. E um pouco de aumento de emprego não seria nada mau.

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Meirelles será ministro da Fazenda até o fim do governo

21/02/2018
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Se prevalecer o senso comum, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não é mas pré-candidato à Presidência da República. É convicção desta newsletter que Meirelles anunciará a desistência por volta do mês de abril, data limite da desincompatibilização para as eleições, e comunicará sua disposição de permanecer no ministério até o fim do mandato do presidente Michel Temer. Pesam na decisão a pá de cal na reforma da Previdência, os números do desemprego, o fracasso na política do ajuste fiscal e o papelão de ter de anunciar um pacote de 15 medidas mofadas e desconjuntadas entre si como compensação pela derrocada da votação no Congresso.

O RR cercou o ministro através da opinião de colaboradores íntimos. Ninguém aposta um centavo no avanço da candidatura Meirelles. O consenso é de que sua gestão fracassou. O déficit primário acumulado na era Meirelles é de apocalípticos R$ 440 bilhões – já contabilizando – se a meta para este ano -, muitas vezes superior ao acumulado nas duas gestões de Lula e uma e meia de Dilma Rousseff. A Previdência foi para a lata do lixo. Sem ela, a PEC do Teto está ameaçada.

Quanto às medidas microeconômicas divulgadas como novidade, a média de tempo de existência dessas propostas  é de 312 dias, ou seja, elas estão na estufa sem geminar faz muito tempo. O cadastro positivo detém o recorde e foi inventado pela primeira vez há 870 dias. Em relação ao desemprego, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o tempo médio de desocupação já chega a 14 meses.

No final de 2016, estava em 12 meses. Um contingente de 62% acredita que o desemprego irá aumentar ou permanecerá o mesmo. A resiliência é fortíssima. A taxa média de desemprego cai a conta-gotas – deve concluir este ano em 11,9% segundo as projeções, contra 12,7$ em 2017. Um dado doloroso: 28% dos desempregados tiveram algum conflito familiar. Meirelles não tem mais uma narrativa. Michel Temer, pelo menos tem a sua nova bandeira de segurança.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto

Intervenção no Rio antecede mudanças no Exército, na Defesa e na segurança pública

20/02/2018
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O Ministério Extraordinário da Segurança, o Ministério da Defesa e o próprio Exército Brasileiro serão pivôs de mudanças que devem redefinir as lideranças e funções de proteção à integridade da população. Em paralelo à intervenção federal no Rio de Janeiro cozinham em banho-maria diversas hipóteses de remanejamentos e fusões de órgãos de Estado. São poucos os que acreditam, na área da Defesa, que o Ministério Extraordinário veio para ficar. Não há sequer tempo para sua estruturação em condições adequadas.

A aposta maior é que ele seja um arranjo político criado por Temer para tonificar a sua nova narrativa de candidato à reeleição: o de “estadista da segurança”. A probabilidade maior é que o efêmero Ministério Extraordinário da Segurança venha a ser fundido com o da Defesa, fortalecendo este último, que passaria a deter o controle da Polícia Federal. Hoje, o Ministério da Defesa não exerce a direção das Forças Armadas, cujos comandos são autônomos na prática. Sua função é meramente administrativa, estando sob sua alçada o Hospital das Forças Armadas e a Escola Superior de Guerra.

Até o fechamento desta edição do Relatório Reservado, na noite de ontem, as especulações eram de que o general Sergio Etchegoyen assumiria o Ministério Extraordinário e acumularia o cargo com a chefia do GSI. Outra versão quase inacreditável apontava para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, como ministro interino do GSI. É provável que Etchegoyen seja preservado. Ele é um dos nomes cotados para a Defesa – ver RR edições de 9 de maio e 28 de junho de 2017.

O atual titular, Raul Jungmann, deve deixar o cargo em abril para concorrer nas eleições. Etchegoyen chegou a ser cogitado para uma futura sucessão do Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Ele é respeitado entre seus pares e é amigo pessoal de Villas Bôas. Mas os ares do Palácio do Planalto não fizeram bem a sua candidatura ao posto máximo do Exército. O desejo geral é que o Comandante Villas Bôas, hoje uma unanimidade, permaneça no cargo o maior tempo possível. Hoje, o principal candidato é o chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva. Ressalte-se que o calendário traz um fator determinante para esta intrincada análise combinatória. Até o fim de março, os quatro mais antigos generais de Exército depois do comandante Villas Bôas passarão para a reserva: Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército; Antônio Hamilton Mourão, que, inclusive, já se despediu publicamente do quadro da ativa; Guilherme Cals Teophilo Gaspar de Oliveira, Comandante Logístico; e João Camilo Pires de Campos, chefe do Comando Militar do Sudeste. Automaticamente, o general Azevedo e Silva passará a ser o primeiro na linha de sucessão de Villas Bôas.

#Exército #Forças Armadas #Michel Temer

Cadeira cativa do PRB

16/02/2018
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Michel Temer deverá confirmar neste fim de semana a efetivação do interino Marcos Jorge como ministro da Indústria e Comércio Exterior. Às vésperas da votação da reforma da Previdência, será um carinho a mais no PRB.

#Michel Temer #PRB

Em nome do pai

9/02/2018
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Michel Temer e Roberto Jefferson conversaram na última quarta-feira. Temer tranquilizou o pai aflito. Deixou claro que as denúncias contra Cristiane Brasil entraram por um ouvido e saíram pelo outro e não interferem na sua indicação ao Ministério do Trabalho. A nomeação só não sai se o STF brecar.

#Michel Temer #Roberto Jefferson

Minha reeleição, minha vida

7/02/2018
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Michel Temer, com reforma ou sem reforma da Previdência, vai gastar uma baba neste ano. Sem os nomes originais dos programas Luz para Todos e Minha Casa, Minha Vida – marcas de Dilma Rousseff – vai triplicar as despesas com o primeiro e decuplicar as do segundo. Depois vai querer que alguém acredite na falta de dinheiro do governo ou que ele não é candidato à reeleição.

Por falar em campanha eleitoral, a Política Nacional de Segurança Pública, que será aprovada nos próximos dias pelo presidente Michel Temer (conforme o RR antecipou na edição da última segunda-feira), não é um buraco de agulha, mas um janelão de casa no estilo colonial. Vai passar muito dinheiro pelo generoso e muy nobre novo espaço.

#Dilma Rousseff #Michel Temer #Minha casa #Minha Casa Minha Vida

Negócios

Dever de casa

1/02/2018
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A equipe do marqueteiro Elsinho Mouco está submersa nos relatórios do Ibope, minuto a minuto, das entrevistas concedidas por Michel Temer no fim de semana. O objetivo é ajustar a dosimetria do discurso de Temer ao gosto do freguês.

#Michel Temer

Luz, câmera e palanque

31/01/2018
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Após o tour pelo SBT e pela Band, o Palácio do Planalto avalia a possibilidade de Michel Temer conceder uma entrevista a Luciana Gimenez, da Rede TV. Bem ao estilo do programa, Temer falaria menos de política e mais de família e outras amenidades. Mais candidato impossível.

Em breve, Michel Temer deverá visitar a Zona Franca de Manaus. A intenção do Planalto é propagandear o saldo positivo de quase dois mil postos de trabalho em 2017 como mais um indicativo da recuperação da economia.

#Band #Michel Temer #RedeTV #SBT

Lei do silêncio

26/01/2018
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Michel Temer, digamos assim, orientou seus ministros a evitarem qualquer declaração sobre a condenação de Lula no TRF4. Talvez a “mordaça” sirva mais para proteger seus colaboradores mais próximos do que o ex-presidente. O que não falta no Ministério de Temer é pedra que poderá se transmutar em vidraça.

#Lula #Michel Temer

O homem mais poderoso do Palácio do Planalto não se chama Michel Temer

23/01/2018
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Diz um observador palaciano atento que são nítidos os sintomas de uma admiração profunda do presidente Michel Temer pelo seu ministro-chefe da Secretaria Especial, Moreira Franco. A fonte afirma que Temer chega a sofrer da Síndrome de Stendhal quando se encontra frente a frente ao seu “ministro particular”. A Síndrome toma emprestado o pseudônimo de Henry -Marie Bayle, autor da obra-prima “O Vermelho e o Negro”. O fenômeno psicológico leva ao surgimento de diversos sintomas – emoção seguida de entorpecimento, desorientação têmporo-espacial, sudorese profusa e desrealização – mediante a contemplação de uma obra de arte ou um fato excepcional.

Noves fora as hipérboles e figuras de linguagem, Moreira Franco é o personagem gerador de tamanha deferência. O ministro assumiu uma posição sem par no governo. É o único que defende Temer com um entusiasmo que beira a fúria, quer seja na mídia, contra os adversários, na base aliada e junto aos demais ministros. Moreira Franco é um Leão. Michel Temer despacha com ele em todos os instantes, inclusive em casa em quase todos os finais de semana. O ministro estimula Temer a desdenhar das denúncias da Lava Jato e das reportagens na imprensa. “É tudo perereca do brejo”, diz. Ele se apodera de um velho bordão do seu jurássico passado de esquerdista: “No pasarán”. Moreira assopra no ouvido o que o presidente deve falar, escreve o esqueleto dos seus discursos e participa de todas as discussões ministeriais como se tivesse mais uma insígnia na lapela. Na maioria das vezes é quem dá o voto de minerva quando a bola está quicando entre ministros do porte de Henrique Meirelles e Eliseu Padilha.

Para ser o primeiro-ministro, a Moreira só falta o título. A eminência platinada quer Temer candidato à reeleição neste ano. É o principal entusiasta da ideia. “Já que estamos aqui, vamos seguir juntos”, diz. Encomenda pesquisas próprias, busca pesquisas dos outros, está sempre com dados para fazer a cabeça do presidente em relação à ideia. É uma mistura de Julian Assange, Cardeal Mazarini e Beth Davis. Um ornitorrinco angorá. Sem dúvida o homem mais poderoso do Planalto, bem mais proativo do que Michel Temer, falando por ele, fazendo por ele. Tem uma mão manobrando as verbas de publicidade e a outra, as licitações e todos os contratos da infraestrutura do país. Na circunstância, Moreira somente é ombreado pelo deputado Rodrigo Maia. Mas costuma dizer que sua caneta tem mais tinta do que a do presidente da Câmara dos Deputados.

Temer e Moreira se complementam como raros parceiros. Mas há algo delicado feito uma porcelana, um papel crepom. Quando Temer se depara com seu ministro querubim de cabelos brancos, seus olhos revelam que ali, mais do que um auxiliar, está um amigo dotado de habilidades especiais. E ele parece estar vendo a catedral da Santa Croce, em Firenze. A impressão é de que nunca dois colaboradores do governo se entenderam com tamanha sintonia.

#Michel Temer #Moreira Franco

Ao pé do ouvido

19/01/2018
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Geraldo Alckmin conversou pessoalmente com Michel Temer sobre a renovação antecipada da licença da usina de Porto Primavera, condição sine qua non para a privatização da Cesp. Saiu com a garantia de que o decreto estará no Diário Oficial em fevereiro. A conferir.

#Cesp #Geraldo Alckmin #Michel Temer

Falta de combustível

18/01/2018
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A “MP das Rodovias“, uma’ das cambalhotas legiferantes do governo Temer, está demorando a emplacar. Quatro meses após ser editada, apenas duas das seis concessões leiloadas em 2013 e 2104 aderiram à proposta, que estende o prazo da licença mediante a duplicação das respectivas estradas.

#Michel Temer #MP das Rodovias

Show do Temer

11/01/2018
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O Palácio do Planalto avalia a possibilidade de o presidente Michel Temer conceder uma entrevista a um programa de TV de perfil popular, ainda neste mês, para falar sobre a reforma da Previdência. A emissora mais cotada é o SBT, com maior penetração nas classes B e C. Isso para não falar do manifesto apoio do canal de Silvio Santos à reforma, por meio de seguidos spots em sua programação.

#Michel Temer #SBT #Silvio Santos

Carro-pipa

11/01/2018
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O governo do Rio trata o aporte de recursos na Prece, fundo de pensão da Cedae, como uma etapa decisiva para realizar a privatização da empresa de saneamento ainda neste semestre. Conforme o RR antecipou em 24 de outubro do ano passado, o próprio governador Pezão pôs pressão para que a estatal cobrisse parte do rombo atuarial da fundação. A Cedae entrará com a metade dos recursos necessários para tampar o dique, da ordem de R$ 470 milhões.

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Por falar em Pezão, o governador do Rio é só lamento com o recuo do governo federal em relação à possível quebra da “regra de ouro”. Pezão se encantou com a ideia de uma emenda constitucional que isentasse o presidente Michel Temer de crime de responsabilidade. O raciocínio do governador era sucinto: se valeria para o governo federal valeria para ele também.

#Cedae #Luiz Fernando Pezão #Michel Temer

“Furo certo” é o candidato do RR para 2018

29/12/2017
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No 12 de maio, quando ainda vigorava a projeção de R$ 139 bilhões, o Relatório Reservado informou que o déficit primário em 2017 ficaria acima dos R$ 154 bilhões do ano passado. Bingo! Deu R$ 159 bilhões na cabeça. Esta foi uma das mais reveladoras bolas de cristal do RR no ano. Ao longo de 2017, a newsletter deu, em primeira mão, 2.582 informações; citou 298 corporações dos mais diversos setores, mencionou 1.122 personagens centrais na cena brasileira, entre dirigentes empresariais, políticos e autoridades. Os oráculos do RR estão sempre em alerta!

Ao longo do ano, o RR antecipou várias das fórmulas que compuseram o receituário de Michel Temer e Henrique Meirelles, seja entre medidas efetivamente adotadas, seja entre propostas que não saíram do papel: da segunda perna da repatriação à securitização de imóveis e outros ativos da União, passando pelo uso de precatórios – leia-se depósitos judiciais não sacados pelos credores há mais de dois anos – para o equilíbrio fiscal. O RR foi também a primeira publicação a revelar, em 21 de fevereiro, a disposição do presidente Temer em extinguir a Reserva Nacional do Cobre (Renca). Temer assinou embaixo o furo do RR, só que a lápis: anunciou o fim da Renca, mas não suportou as manifestações contrárias e voltou atrás em sua decisão.

Por falar em sístoles e diástoles presidenciais, em 16 de janeiro o RR informou que Michel Temer empurraria para seu sucessor a reforma da Previdência dos militares. Aliás, em algumas ocasiões ao longo de 2017, as Forças Armadas, notadamente o Exército, foram empurradas, por “aproximações sucessivas”, para o centro das crepitações político-institucionais. A Corporação, no entanto, não arredou um só milímetro do seu ponto de equilíbrio muito em função da capacidade de liderança do Comandante Eduardo Villas Bôas, não obstante suas notórias limitações decorrentes de uma doença degenerativa – informação, aliás, divulgada com exclusividade pelo RR em 13 de março.

A Lava Jato parece ter entrado em processo de fade out. Ainda assim, em 2017, o RR perscrutou os passos de seus principais protagonistas. O reino de crimes de Sérgio Cabral foi virado e revirado pelo Ministério Público, pelo Judiciário e pelas fontes da publicação. Em 1 de fevereiro, a newsletter antecipou a investida da Lava Jato e de sua consorte Calicute sobre Regis Fichtner, secretário da Casa Civil durante do governo Cabral. No dia 20 do mesmo mês, o Relatório noticiou que o MPF exumava os benefícios fiscais concedidos em sua gestão. Em 23 de outubro informou que o ex-secretário de Saúde do Rio Sergio Cortes havia revelado aos procuradores um esquema para a compra de vacinas, medicamentos e próteses, o que viria a ser amplamente divulgado pela mídia na primeira semana de novembro.

No noticiário corporativo, a publicação antecipou, em 20 de fevereiro, uma das maiores operações de M&A do país em 2017 – e, convenhamos, não foram muitas: a venda da Votorantim Siderurgia para a ArcelorMittal. A negociação seria oficialmente anunciada três dias depois. Ainda em fevereiro, o RR informou que a área de refino também entraria no plano de desmobilização de ativos da Petrobras, decisão confirmada pelo presidente da estatal, Pedro Parente, em abril. A newsletter revelou também o cheiro do ralo da AmBev: na edição de 18 de janeiro, trouxe à tona o relatório, àquela altura inédito, do analista do HSBC Carlos Laboy, listando 15 graves problemas da cervejeira: do uso de caixas sujas com odor de cerveja podre no assoalho à falta de uma estratégia para as bebidas alcoólicas.

A fama de “pé sujo” custou muito em marketing e propaganda para a empresa de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Da economia real para a “virtualíssima”, o RR acertou em cheio, mais uma vez, na edição de 15 de setembro, quando informou que o BC e a CVM haviam criado grupos de  trabalho para acompanhar o crescimento do mercado de bitcoins no país. Ao apagar das luzes de 2017, só para não variar, mais um furo se consuma: a venda da Unidas à Locamerica, noticiada em junho. Por fim, um furo de reportagem, que vale mais pela admiração da newsletter em relação ao personagem: em 27 de janeiro, o RR informou sobre o lançamento da biografia do então presidente do Conselho do Bradesco, Lázaro Brandão.

#Henrique Meirelles #Jorge Paulo Lemann #Michel Temer #Pedro Parente

Michel Jekyll and Temer Hyde

29/12/2017
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Michel Temer fecha o ano e seus primeiros 18 meses de mandato com 82 Medidas Provisórias editadas. Quanta diferença do Temer presidente para o Temer parlamentar. Quando era presidente da Câmara, o “constitucionalista” era um crítico ferrenho do expediente das MPs e dizia que o Executivo não podia atropelar o Legislativo. Eram outros tempos.

#Michel Temer

Tela quente

29/12/2017
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Tema certo na grade de programação de Silvio Santos e Edir Macedo para 2018: voltar à carga sobre Michel Temer para aumentar o limite de participação do capital estrangeiro em emissoras de TV. O Homem do Baú acredita ter crédito na “casa”, dado o desmedido apoio do SBT à reforma da Previdência.

#Edir Macedo #Michel Temer #SBT #Silvio Santos

Pax brasiliense

26/12/2017
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Ficou tudo bem no Natal de Michel Temer e Henrique Meirelles depois da entrevista “espontânea” do ministro da Fazenda atribuindo a excessos editoriais o teor do programa do PSD exibido no último dia 21 de dezembro. Conforme antecipou o RR na edição de 18 de dezembro, o filmete foi uma rasgação de seda a Meirelles, dando a ele todo o mérito pela retomada da economia.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PSD

Força redobrada

26/12/2017
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O advogado José Yunes, amigo figadal de Michel Temer, voltou com força redobrada a conduzir assuntos de interesse do Palácio do Planalto.

#José Yunes #Michel Temer

Temer fará blitzkrieg para vender concessões no exterior

22/12/2017
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Michel Temer vai passar boa parte do primeiro semestre de 2018 vestindo o figurino de garoto-propaganda do PPI – Programa de Parcerias de Investimentos. O Palácio do Planalto e o Itamaraty estão montando uma agenda de viagens para Temer e seus ministros venderem os leilões de concessão previstos para o ano que vem. Segundo o RR apurou, um tour já está acertado: a partir de 18 de junho, o presidente visitará cinco países da Ásia, a começar pelo Vietnã.

Parte desse roteiro seria percorrida em janeiro, mas a viagem foi cancelada por conta dos recentes problemas de saúde de Temer. O governo está costurando também uma caravana a países árabes, notadamente os Emirados, ainda para o primeiro trimestre de 2018. O alvo são os trilhardários fundos soberanos da região, alguns deles já presentes no Brasil, caso do Mubadala, de Abu Dhabi. A Rússia é outro destino cogitado no governo, por conta das empresas locais dispostas a investir no Brasil, sobretudo no setor ferroviário. Todo esse roteiro, claro, dependerá da saúde de Michel Temer e da sua disponibilidade de agenda – uma eventual campanha eleitoral lhe tomará tempo e energia.

De toda a forma, seu empenho pessoal em fisgar investidores é proporcional ao peso do PPI para o cumprimento da meta fiscal de 2018. Os leilões de infraestrutura ganharam ainda mais importância com a nova leva de receitas frustradas – leia-se a não tributação dos fundos de investimento e a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, suspendendo artigos da MP que adiavam por um ano o reajuste do funcionalismo federal e aumentavam a contribuição previdenciária de servidores com salários acima de R$ 5,5 mil. As duas traulitadas significam a evaporação de R$ 21 bilhões em arrecadação projetada para 2018. As concessões, com receita prevista de R$ 20 bilhões, deixariam tudo elas por elas.

#Michel Temer

Ou vai ou racha

22/12/2017
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Logo após o período de festas, Michel Temer vai convocar um encontro com os governadores e jogar pesado em busca de apoio à reforma da Previdência. O tom da conversa será “Ou vai ou racha”.

#Michel Temer

Laços de família

20/12/2017
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Uma das primeiras missões de Carlos Marun como ministro da Articulação Política será “acalmar” o clã Vieira Lima – Geddel, Lucio e, sobretudo, a matriarca, Marluce, que promete não deixar pedra sobre pedra se Michel Temer abandonar seus rebentos.

#Geddel Vieira Lima #Michel Temer

Sub judice

18/12/2017
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Além do cancelamento da viagem à Ásia, a presença de Michel Temer no Fórum Mundial de Davos, em janeiro, também está sub judice por questões de ordem médica.

#Michel Temer

Temer deixa Meirelles livre e solto

18/12/2017
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O roteiro do programa eleitoral do PSD, que será exibido no próximo dia 21 e protagonizado pelo ministro Henrique Meirelles, causou trepidações no Palácio do Planalto. De acordo com informações que chegaram aos ministros palacianos, em uma de suas falas, Meirelles se apresenta como o grande responsável pelo ajuste econômico do governo Temer – ainda não se sabe se o trecho será usado na edição final. A princípio, a corte de intriguentos tentou convencer Temer de que a situação era mais séria e Meirelles merecia uma chamada às falas. O presidente, no entanto, não se deixou levar pelo ofidiário palaciano. Considerou que o episódio não passava de mais uma derrapada do ministro, empurrado pelo seu monumental ego. Mesmo porque não é hora de se indispor com o presidenciável Meirelles. O jogo das parcerias ainda está longe de ser resolvido.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PSD

Voto em bloco

18/12/2017
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O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, dá como certo que 35 dos 46 deputados do partido votarão a favor da reforma da Providência. E garantiu ao presidente Michel Temer que, até fevereiro, esse número passará dos 40 parlamentares.

#Michel Temer #Reforma da Previdência

Quem dá mais pela candidatura de Henrique Meirelles?

15/12/2017
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Mesmo antes de decidir se será pré-candidato à presidência e por qual partido disputaria as eleições, Henrique Meirelles vem sendo cortejado por todos os principais concorrentes de direita e centro-direita. Em várias das vezes a sedução é para que Meirelles assuma os dois cargos ao mesmo tempo: vice-presidência e Ministério da Fazenda. O ex-banqueiro é multiuso. O presidente Michel Temer, com o ar de distanciamento brechtiano, tratou da sua hipotética candidatura sondando en passant seu ministro. Repetiriam a dobradinha, que tanto tem encantado o empresariado.

Meirelles continuaria com seu papel de âncora fiscal e inflacionária. Mas subiria um degrau: seria o vice-presidente. Tudo depende da aprovação da reforma da Previdência, é claro. O candidato Jair Bolsonaro, que está apalavrado com o economista Paulo Guedes para o Ministério da Fazenda, tem em Meirelles o seu ideal de vice-presidente. Com ele, atrairia eleitores do centro-direita que duvidam do preparo do candidato e seus quadros, assim como do seu comprometimento com um programa liberal. Meirelles opera como se fosse uma hidra, com seus tentáculos espalhados pelo mercado financeiro internacional, e empresta cosmopolitismo a candidatos suburbanos. Ele já tem sua base aliada no Congresso. E se preciso for tem interlocução até com a outra extrema, o PT.

Bolsonaro o usaria como garantia da sua agenda liberal. Meirelles assumiria a posição de uma espécie de chairman do Ministério da Fazenda. O governador Geraldo Alckmin, candidatíssimo à Presidência, por sua vez, faz suas conjecturas sobre Meirelles vir a comandar o Novo Plano Real, proposta símbolo da sua campanha- ver RR edição de 6 de dezembro. Não haveria restrições para que ele acumulasse a vice-presidência caso fosse essa a exigência. Mas, como se disse, por enquanto são só conjecturas. Finalmente, o deputado Rodrigo Maia, cuja candidatura é a mais encruada, vê em Henrique Meirelles alguém que agregue uma dimensão maior a sua pretensão política.

Por enquanto, Maia é candidato dele mesmo e da sua trupe no Congresso. Se o ministro da Fazenda topasse ser vice, a sua postulação ganharia peso político e a mensagem de um ideário nítido. Para tudo e para todos, é preciso que Meirelles abdique da sua intenção presidencial. O deadline é dia 6 de abril. O ministro só assume a candidatura se a economia estiver voando em céu de brigadeiro. Caso contrário, estará na prateleira à disposição para ofertas. Quem dá mais? Quem dá mais?

#Henrique Meirelles #Jair Bolsonaro #Michel Temer

Itamar

15/12/2017
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Em conversa com um amigo muito próximo, o presidente Michel Temer fez uma curiosa “confissão”: disse que não seria “má ideia” ocupar uma Embaixada na Europa caso não esteja no Palácio do Planalto em 2019.

#Michel Temer

Propaganda da ameaça divide Palácio do Planalto e aliados

13/12/2017
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A corrida pela aprovação da reforma da Previdência está cindindo o Palácio do Planalto e parte dos líderes da base aliada. O principal ponto de fissura é a dosimetria das ameaças caso o projeto não passe na Câmara. O núcleo duro do governo, constituído pelos ministros Moreira Franco, Eliseu Padilha e Henrique Meirelles, partiu para uma estratégia de amedrontar tanto a opinião publica quanto os parlamentares recalcitrantes, anunciando os suplícios do inferno de Dante.

O ministro da Fazenda, por exemplo, declarou que vai cortar salários e benefícios de pessoas aposentadas. Por sua vez, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, ventríloquo de Moreira Franco em questões políticas, afirmou que cada cidadão perderá R$ 4,5 mil de renda em três anos se a reforma não for aprovada. Do lado da base aliada, há restrições ao tom crescente da propaganda das retaliações. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acha que a estratégia pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, obriga o governo a cumprir em ano eleitoral as barbaridades que está prometendo; por outro, afasta parlamentares pró-reforma que não querem ser associados ao elenco de malefícios programados.

Há, inclusive, um componente de farsa em todo o discurso, na medida em que a reforma pode não ser aprovada, o governo pode não castigar a sociedade e o ônus das mudanças estruturais pode simplesmente ser repassado para o próximo presidente, que deterá condições políticas mais propícias para tomar as inevitáveis medidas. O maior divisor de águas entre os grupos reformistas é a inclusão da mudança da política do salário mínimo no rol das ameaças. O tempo para que isso aconteça não acaba no próximo dia 18, pois o governo já trabalha com a hipótese de votação em fevereiro.

E o que diz Michel Temer disso tudo? O presidente parece concordar com os mais moderados e seguir as recomendações do seu marqueteiro, Elcinho Mouco, favorável à adoção de uma campanha de publicidade mais intensa, porém menos carregada de promessas punitivas. Contudo, a despeito do que pensa Temer, o medo já ganhou as ruas. Para o bem ou para mal.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Reforma da Previdência

Em peso

12/12/2017
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José Sarney já deu a palavra ao presidente Michel Temer que a sua “bancada” vai votar em peso a favor da reforma da Previdência.

#José Sarney #Michel Temer

Caça-voto

11/12/2017
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Geraldo Alckmin comprometeu-se com o presidente Michel Temer que, a partir de hoje, vai procurar os 43 deputados federais tucanos para catequizá-los a favor da reforma da Previdência.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer

Tucanagens

8/12/2017
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A presença de Aloysio Nunes Ferreira na convenção do PSDB, amanhã, é motivo de preocupação no partido. O temor é que o fiel ministro das Relações Exteriores faça um veemente e constrangedor discurso de apoio a Michel Temer.

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Mesmo aos frangalhos, Aécio Neves tentará emplacar dois aliados na direção nacional do PSDB: o senador Antonio Anastasia e o deputado Marcus Pestana.

#Aloysio Nunes Ferreira #Michel Temer #PSDB

Avançar rumo a 2018

6/12/2017
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Na esteira do Programa “Agora, é Avançar”, Michel Temer vai fechar o ano com uma intensa agenda de eventos públicos. Nos próximos dias, o presidente irá ao Rio para inaugurar obras do VLT. Até o Natal estão previstas também viagens ao Rio Grande do Norte, Maranhão e ao Norte do estado do Rio para a entrega de uma nova fornada de imóveis do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Ainda não está definido se Henrique Meirelles o acompanhará, a exemplo do que fez recentemente em inaugurações do MCMV em São Paulo, ou se o protagonismo será todinho de Temer.

#Michel Temer #Minha casa #Minha Casa Minha Vida

Temer 5%

4/12/2017
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O staff de Michel Temer trabalha com uma meta informal caso o presidente decida disputar a reeleição: chegar a abril com 5% nas pesquisas. Elsinho Mouco, marqueteiro de Temer, considera que este é o número mágico para colocá-lo no jogo a partir do segundo semestre.

#Michel Temer

Economia é o cacife eleitoral de Temer para 2018

1/12/2017
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O presidente Michel Temer está se autocoroando como peça central da eleição de 2018. Ou para ser mais preciso: de vetor decisivo na campanha para impedir o “Lula lá”. Temer tem certeza de que será um cabo eleitoral fortíssimo, esgrimindo a caneta mais cheia de tinta da República. Acha que tem bons candidatos em cada uma das mãos, ou seja, Rodrigo Maia e Henrique Meirelles – com preferência para este último, mais identificado com sua gestão. E arrisca afirmar que estão germinando as condições para a sua reeleição, uma hipótese implausível até então. Ou seja: Temer estaria em todas. Mas como pode um presidente com uma popularidade de somente 3% almejar a manutenção do cargo?

Os entusiastas do “Fica Temer” acreditam que os bons resultados da política econômica ainda não foram percebidos pela população. Os preços caíram tremendamente, mas é preciso uma permanência mais longa nesse patamar para que os consumidores acreditem que eles estão sob controle. A equipe econômica acredita que os juros mais baixos da Selic surtirão efeito maior sobre a economia por volta de março. É a inércia sempre aludida pelos monetaristas. Os laboratoristas eleitorais do Planalto, por sua vez, acreditam que a taxa de ocupação terá uma alta progressiva durante todo o ano de 2018.

O target dos“temeristas” seria um desemprego na faixa de 10%, gatilho para o lançamento da sua candidatura. Para efeito do discurso eleitoral, o presidente teria vencido todos os principais inimigos da economia popular – inflação, juros e desemprego –, herança do lulopetismo. O segundo round seria costurar uma grande aliança com o DEM e os partidos fisiológicos da sua base aliada, parte mais fácil da empreitada.

Nas contas dos “temeristas”, conforme divulgado na imprensa, se o presidente chegar a 12% do eleitorado em meados do próximo ano, dá para entrar firme no certame. A claque de Temer também desconsidera os problemas do presidente com a Lava Jato. Os adversários também estão no mesmo barco.

Pesa ainda uma pesquisa recente que revela o pouco caso do eleitor com a pecha de corrupto dos políticos. “Afinal, qual deles não é?”, seria a conclusão da sondagem. Para os lulistas e tucanos, esse desfecho, com a glorificação de Michel Temer, é uma obra de Stephen King, na qual haveria mais desejo do que inspiração na realidade. De qualquer forma, a despolarização da contenda clássica PT versus PSDB pode vir a ser a grande novidade da disputa presidencial, com uma inesperada vitória do patrimonialismo hiperprofissional pela via do voto democrático.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Rodrigo Maia

Operação água fria

1/12/2017
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A poucos dias da convenção do PSDB, o Palácio do Planalto fará uma cruzada neste fim de semana na tentativa de garimpar votos tucanos para a reforma da Previdência. O próprio Michel Temer tem um encontro marcado com Geraldo Alckmin amanhã, em São Paulo, para tratar do tema.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer #PSDB

Meu apartamento, minha vida

27/11/2017
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Um exemplo prosaico da natureza política no Brasil. Quase todos os ministros de Michel Temer com mandato no Legislativo abriram mão do direito de morar nas mansões do Lago Sul reservadas ao primeiro escalão federal. Sinal de desprendimento ou zelo pelo gasto público? Não é o caso. Como a maioria vai deixar o Ministério em abril e reassumir seus mandatos, os parlamentares optaram por seguir em seus apartamentos funcionais do Congresso. Caso contrário, ao deixar o Ministério e retornar à Casa, teriam de entrar no fim da fila de espera por um imóvel, pegando as piores unidades. Os melhores apartamentos são disputados a tapa por deputados e senadores.

#Michel Temer

Os homens do presidente

23/11/2017
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José Marcio Camargo, Marcos Lisboa, Samuel Pessoa… O presidente Michel Temer, ao que parece, vai revelando devagarinho o perfil da equipe econômica em um hipotético segundo mandato. O trio deu expediente ontem no Palácio da Alvorada. Por enquanto, tudo parece absurdo. A ver.

#Michel Temer

Chineses investem US$ 1 bi no agronegócio brasileiro

22/11/2017
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Os acordos firmados pelo presidente Michel Temer durante sua visita à China, em setembro, começam a deixar o campo da pirotecnia das relações bilaterais para dar seus primeiros resultados práticos. Segundo informações filtradas do Ministério da Agricultura, autoridades chinesas são aguardadas no Brasil no início de 2018 para anunciar uma série de projetos agropecuários, notadamente no Centro-Oeste e no sul do Pará. A expectativa é que os investimentos passem de US$ 1 bilhão. A maior parcela destes recursos virá do China-LAC Cooperation Fund. Neste caso, as tratativas já estão ocorrendo com alguma velocidade. Em viagem à Ásia há duas semanas, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, se reuniu com a direção do fundo para alinhavar investimentos no estado. Em contrapartida, segundo o RR apurou, desde o mês passado, representantes do fundo têm visitado cidades do Centro-Oeste. Estiveram também em uma das maiores cooperativas agrícolas da região.

#Michel Temer #Ministério da Agricultura

Cadeira cativa

22/11/2017
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Em conversa com o presidente Michel Temer no último fim de semana, Gilberto Kassab praticamente assegurou sua permanência no Ministério da Ciência e Tecnologia até abril. Era tudo que Kassab queria.

#Gilberto Kassab #Michel Temer

Lula deixa o mercado com os nervos à flor da pele

17/11/2017
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Dirigentes do mercado financeiro estiveram, ontem (16/11), à beira de um ataque de nervos. O motivo foram os rumores de que Lula daria uma entrevista anunciando a espinha dorsal do seu programa econômico: anular todas as reformas realizadas pelo governo de Michel Temer, a exemplo da trabalhista e da PEC do Teto. O ex-presidente já arranhou o
assunto antes, mas um pronunciamento formal seria bem diferente de declarações a esmo.

O aumento da tensão não se refletiu no prêmio de risco dos ativos. No entanto, a verdade é que a temperatura vem subindo nas últimas duas semanas com a crescente probabilidade de Lula vir a se candidatar. As mesas de operações, que o consideravam alijado das eleições, trabalham principalmente com a hipótese de ele ser condenado em segunda instância, mas obter uma liminar no STF, o que garantiria, mesmo na condição de réu, sua presença no certame. O ex-diretor de política monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, resume o sentimento: “Voltamos a dançar na borda do abismo”. O “fator Lula” pode não provocar a histeria de 2002. Mas incomodam as evidências de que a “margem de reconciliação” do ex-presidente com os mercados está se tornando mais estreita.

Lula não emitiu nenhuma mensagem ao empresariado. A ausência de comunicação tem preocupado, sobretudo, ao mercado financeiro, que enxerga o risco das agências de rating rebaixarem o Brasil. Ao contrário do primeiro mandato, o recurso a uma nova “Carta ao Povo Brasileiro” é descartado pelo próprio Lula, segundo apurou o RR. A interpretação é que o expediente seria considerado uma fraude.

Lula também tem pouca “gordura” de onde tirar o argumento para uma guinada à direita. Em 2002, o dólar estava a R$ 4,20 e dizia-se que o Brasil ia quebrar. Havia espaço para justificar a “Carta”. Hoje, o dólar está a R$ 3,20 e os juros Selic adormecem na faixa de 7,5%. Um cenário econômico bem mais suave do que o da primeira eleição. Também é bem diferente o naipe da sua equipe. Lula tinha Antônio Palocci, à frente, que era sua voz junto ao mercado. Isto para não falar de Henrique Meirelles, cuja presença no BC começou a ser cogitada antes da eleição. Lula agora está só.

Os bancos que lhe deram guarida estão assustados. As empreiteiras são peças fora do tabuleiro. E o empresariado da indústria nacional, atraído pelo vice-presidente José de Alencar, se sobreviveu, está retraído. O pavor é que o ex-presidente não acene com uma distensão até janeiro ou fevereiro. Este período seria a data limite para que as conquistas feitas na inflação, juros e câmbio fossem dinamitadas. O problema, contudo, é o que Lula vai dizer. Hoje é mais provável que nem mesmo ele saiba.

#Lula #Michel Temer

Ao pé do ouvido

17/11/2017
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No feriado da última quarta-feira, durante voo entre Brasília e São Paulo, Michel Temer conversou bastante com Henrique Meirelles sobre sua candidatura à Presidência da República.

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Lá vem o pato

17/11/2017
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No encontro com Michel Temer no último domingo, fora da agenda oficial da Presidência da República, Paulo Skaf recebeu sinal verde para colocar na rua sua candidatura ao governo de São Paulo em 2018. O caixa da Fiesp que se prepare.

#Michel Temer #Paulo Skaf

Que hora mais imprópria

13/11/2017
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Espera-se para os próximos dias que o ministro do TSE Luiz Fux apresente a revisão de seu voto no processo que absolveu a chapa Dilma-Temer. É o último rito antes da publicação do acórdão. Nesse momento, então, o PSDB, autor da ação que pede a cassação da chapa, terá de decidir se entra ou não com embargos infringentes. Se não o fizer, o processo contra a chapa – há muito um processo apenas contra Michel Temer – estará encerrado. É o mais provável. A essa altura do campeonato, a quem interessa seguir com esse assunto?

#Michel Temer #PSDB #TSE

Mais fácil o Paulo Rabello

10/11/2017
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Entre os diversos sopradores no ouvido de Michel Temer, um deles mandou essa: Alain Belda tem o perfil para ser o substituto de Henrique Meirelles, caso ele deixe a Fazenda para disputar a Presidência. Belda é único executivo brasileiro que rivaliza com Meirelles em prestígio internacional. Foi presidente da gigante do alumínio Alcoa. Atualmente, aos 74 anos, desfruta da calmaria da fortuna de centenas de milhões de dólares no escritório da Warburg Pincus, em São Paulo. O RR consultou três fontes que conhecem o mega executivo. A chance de ele ser o Rubens Ricupero de Meirelles é ínfima. Para quem gosta de estatísticas, na média das opiniões, a probabilidade de Belda aceitar a missão ficou em 3%. Na atual circunstância, o percentual pode até ser considerado alto.

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Psicólogo do Geddel

9/11/2017
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Eliseu Padilha foi escalado no Planalto para monitorar os humores do instável Geddel Vieira Lima. Se bem que, a essa altura, uma delação a mais ou menos já não faz a menor diferença para Michel Temer.

#Eliseu Padilha #Geddel Vieira Lima #Michel Temer

Forças de insegurança

6/11/2017
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As cotoveladas entre o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o governador Luiz Fernando Pezão não vêm de hoje. Quem acompanhou as tratativas para a atuação da Força Nacional de Segurança no Rio, em julho deste ano, sabe que o santo de um jamais bateu com o do outro. Em certo momento, Torquato recusou-se a enviar mais tropas para o estado alegando não ter verbas para o deslocamento dos agentes. Na ocasião, Pezão teve de recorrer diretamente ao presidente Michel Temer.

#Luiz Fernando Pezão #Michel Temer

TCU é um caminhão atravessado à frente da “MP das Rodovias”

3/11/2017
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A “MP das Rodovias”, um dos gatilhos legiferantes do governo de Michel Temer, corre o risco de andar 200 metros e parar no acostamento. A ANTT e o Ministério dos Transportes têm se deparado com a resistência das  concessionárias em aderir à proposta, que permite a extensão dos prazos de investimento nas estradas federais privatizadas em 2013 e 2014. O waiver até vem a calhar.

O problema é que a “MP das Rodovias” é vista como um instrumento frágil do ponto de vista legal. O temor das concessionárias é que seus efeitos venham a ser posteriormente derrubados pelos órgãos de controle da União, especialmente o TCU. O receio se reflete no reduzido ibope que a Medida Provisória alcançou. Até o momento, só a Triunfo Participações e a Odebrecht Transport procuraram a agência reguladora para negociar o enquadramento às novas regras.

Outras empresas do setor aptas a aderir à MP, como CCR, Invepar, EcoRodovias e MGO, andam em círculos e postergam a decisão. Ressalte-se que, em setembro, sem muito alarde, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara, aprovou a proposta de fiscalização e controle no 94/16. A medida determinou que o Tribunal de Contas da União faça uma auditoria nos contratos de concessão de todas as rodovias federais devido ao elevado índice de obras não realizadas – estima-se que, em média, mais de 80% das obrigações previstas nos editais não tenham sido plenamente cumpridos.

Na visão das empresas do setor, a decisão colide com a própria “MP das Rodovias”. Na prática, o Legislativo deu ainda mais poder ao TCU – se é que ele precisa – para contestar os acordos firmados entre a ANTT e as concessionárias. A MP prevê que o prazo para a conclusão das obras seja estendido em até 14 anos. Como a receita dos operadores será mantida, o waiver pode ser interpretado pelos ministros do Tribunal de Contas como um favorecimento às empresas que participaram dos leilões de 2013 e 2014 em comparação a outras concessionárias.

#ANTT #CCR #Invepar #Michel Temer

Pé na estrada

1/11/2017
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Revigorado após vencer as duas votações na Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer vai retomar sua agenda internacional. Segundo o RR apurou, Temer fará uma viagem à Ásia em janeiro. A agenda, que ainda está sendo montada pelo Palácio do Planalto e pelo Itamaraty, inclui Singapura, Vietnã e Timor Leste. Depois, Temer seguirá direto para a Suíça, onde participará do Fórum Mundial de Davos, na última semana de janeiro.

#Michel Temer

Risco de apagões aterroriza o Palácio do Planalto

31/10/2017
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O pavor de Michel Temer deixou de ser fiscal e passou a ser energético. O presidente já não teme mais o impacto político de um eventual racionamento de luz ou de aumento de impostos. O pânico diz respeito a apagões regionais. O nível dos reservatórios está pior do que em 2001, quando houve racionamento. A diferença é que, naquele episódio, o governo FHC, na figura de Pedro Parente, importou e acionou termelétricas que já se encontram desativadas.

O Brasil, por algum estranho recalque, não aprende que precisa ter um parque gerador de backup mais folgado. Desde o final do século passado, a geração hídrica tornou-se uma versão contemporânea do que representaram as secas do Sertão nordestino. Dizia Graciliano, ano sim, ano não, tem seca na Caatinga. As coisas melhoraram no semiárido nordestino e pioraram nos reservatórios das hidrelétricas.

Castigo dos céus: o Brasil onde não faltava energia limpa depende de energia suja, que ainda pode ser insuficiente para evitar o apagão. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, novo darling do Planalto, é o encarregado de dar luz ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Ele se reúne todos os dias com as autoridades do setor e reporta-se ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Pode não ser um consolo, mas uma coisa os governos aprenderam com as recorrentes crises energéticas: a se comunicar com a população em circunstâncias ameaçadoras. Quem se lembra de 2001 sabe o pânico que ocorria e o desastre que foi a comunicação. Agora é torcer que o “pior ano das barragens” não se traduza em um apagão.

#Eliseu Padilha #Energia elétrica #Michel Temer

Provisão

31/10/2017
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Eliseu Padilha e Moreira Franco informaram a Henrique Meirelles que a compra de votos da Reforma da Previdência vai sair caro. Na votação do processo contra Michel Temer, cada “sim” dos deputados custou, em média, R$ 5 milhões.

#Eliseu Padilha #Henrique Meirelles #Michel Temer #Moreira Franco

Árabes na saudade

30/10/2017
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Henrique Meirelles frustrou um grupo de 12 investidores dos Emirados Árabes que têm feito um tour pelo Brasil em busca de projetos no agribusiness. A delegação, reunida sob a placa do Food Security Center, de Abu Dhabi, tinha encontro agendado com o ministro da Fazenda na última quarta-feira. Na Hora H, no entanto, foram recebidos pelo secretário de Política Econômica, Fabio Kanczuc. De fato, não era o melhor dia para bater ponto em Brasília. A votação da denúncia contra Michel Temer empurrou tudo para o segundo plano, até a missão de arrancar alguns milhões de dólares dos árabes.

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Por falar em árabes, agricultura e negócios afins, o Brasil já está vendendo terras por conta. A participação do ministro Blairo Maggi na Sial Oriente Médio, feira mundial do agronegócio programada para dezembro, em Abu Dhabi, terá como um dos focos principais a atração de investidores para a aquisição de propriedades rurais no Brasil. Até lá o governo já espera ter votado no Senado o projeto de lei que libera a área para o capital estrangeiro.

#Blairo Maggi #Henrique Meirelles #Michel Temer

Troco em espécie

30/10/2017
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A decisão de Geraldo Alckmin de não exonerar seus secretários com mandato parlamentar para que eles pudessem votar com Michel Temer na última quarta-feira causou mal-estar no Palácio do Planalto. A resposta virá sob a forma de cifrões: Alckmin vai ter de padecer para receber a verba federal de aproximadamente R$ 500 milhões para a conclusão das obras do trecho norte do Rodoanel. Temer vai colocar em curso a operação tartaruga para a liberação dos recursos, cujo ritmo pode ir do conta-gotas ao não parando por centavos.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer

Inmetro sofre um sucateamento sem medidas

27/10/2017
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Não há balança capaz de aferir o vexame internacional que o governo Temer e o Brasil poderão protagonizar em 2018. No próximo ano, boa parte dos mais de 40 laboratórios do Inmetro será submetida à avaliação quadrienal coordenada pelo Bureau International de Poids et Mesures (BIPM). É grande o risco de que o órgão máximo da metrologia mundial constate o colapso do sistema de rastreabilidade dos padrões brasileiros de pesos e medidas e cole o carimbo de “não conformidade” em diversos dos serviços prestados pela estatal.

O Inmetro é hoje uma autarquia abandonada pelo governo e massacrada pela má gestão de uma diretoria cuja maior parcela só está onde está por motivações de ordem política que despertam terríveis suspeições. Segundo um tradicional – e descontente – usuário do Inmetro, com razoável trânsito no instituto, os técnicos estrangeiros enviados por laboratórios dos 58 países que compõem o BIPM encontrarão um cenário desolador: sistemas de controle de temperatura e umidade avariados, falta de condições ambientais adequadas para calibração dos padrões nacionais e instrumentos de medição fora de uso. Dos mais de 3,5 mil serviços prestados pela Inmetro, aproximadamente dois mil estão suspensos.

De acordo com a mesma fonte, no Laboratório de Metrologia Óptica, várias atividades foram paralisadas pela proliferação de fungos nas lentes. O Laboratório de Elétrica tem diversos medidores fora de uso. Mais grave ainda é a situação do Laboratório de Massas, que dá rastreabilidade aos padrões de referência nacionais. Vários serviços de medição tiveram de ser suspensos por conta da elevada umidade no local. Um laboratório marcado pelo selo de “não conformidade” do BIPM perde sua confiabilidade.

Seus serviços e, sobretudo, seus certificados viram algo sem valor, não reconhecidos no mercado internacional, o que teria graves consequências para grandes exportadoras brasileiras. Estas corporações seriam obrigadas a buscar o suporte de rastreabilidade de órgãos de outros países a custos muito altos. Para efeito de comparação, o National Institute of Standards and Technology (NIST), dos Estados Unidos, ou o alemão PTB chegam a cobrar até 30 vezes mais por serviços similares aos realizados pelo Inmetro.

O processo de sucateamento do Inmetro é uma conta de juros compostos. Entram neste cálculo os anos e mais anos de descaso de seguidos governos, potencializados pelos recentes cortes de orçamento na era Temer. A estimativa é que a autarquia arrecade neste ano algo próximo de R$ 1 bilhão com taxas pelos serviços prestados. Em contrapartida, sua dotação orçamentária em 2017 não passa de R$ 400 milhões.

Como se não bastassem as restrições de orçamento, as denúncias contra a gestão do atual presidente, Carlos Augusto de Azevedo, se acumulam. Em julho, a CGU abriu auditoria para apurar irregularidades na contratação de terceirizados. Um dos acordos suspeitos, no valor de R$ 3,3 milhões, tem como contraparte a Cardeal Gestão Empresarial de Serviços, que atua na área de limpeza e manutenção. Fiscais do Inmetro estariam, inclusive, se recusando a assinar contratações de terceirizados por suspeitas de irregularidades – alguns casos, já teriam sido relatados a órgãos internos de controle. Procurado, o Inmetro não se pronunciou até o fechamento desta edição.

#Inmetro #Michel Temer

Bacará

27/10/2017
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A bancada da roleta tirou a sorte grande. Líder do grupo, o deputado Nelson Marquezelli (PTB) recebeu de Michel Temer a garantia de que o governo apoiará a aprovação do projeto de lei no 186/2014, que prevê a liberação do jogo e a reabertura de cassinos no país. Nada mais justo. Marquezelli prometeu e entregou: a turma da jogatina votou em peso contra o pedido de abertura de processo encaminhado pela PGR.

#Michel Temer #PTB

Déficit do déficit

26/10/2017
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As prebendas com que Michel Temer mimoseou sua base aliada, no anterior e no atual pedido de investigação criminal, já somam R$ 17 bilhões. O valor inclui emendas parlamentares, anulação de multas, atendimento de pedidos de mudanças de medidas e alteração no prazo de projetos (adiamento do leilão do aeroporto de Congonhas). Um colosso!

#Michel Temer

A longa rapinagem das Docas pelos santos de pau oco

23/10/2017
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O presidente Michel Temer tornou-se adepto de um antigo pleito do setor de navegação e portos: a profissionalização da gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária de Santos. Desde que, é claro, ele faça os cargos centrais da diretoria. Segundo uma fonte do RR, a medida não passa de um subterfúgio para dissimular os desmandos praticados na companhia há quase duas décadas. O atual presidente da autoridade portuária, José Alexi Oliva, tem sentido cada vez mais o círculo fechar em torno da sua gestão.

A empresa tem o nome mencionado em extensos trechos de delações da Lava Jato. Estar hoje no comando da companhia sem abrir inquéritos administrativos é a mesma coisa que ser conivente com as operações pouco ortodoxas do passado. Consultada sobre as mudanças na direção, a Codesp não se pronunciou até o fechamento desta edição. Oliva faz parte de um seleto time de presidentes das Docas feitos sob a influência de Michel Temer: Marcelo Azeredo, Paulo Fernandez Carmo e Wagner Rossi.

O presidente, de acordo com a mesma fonte, quer mudar para que tudo continue como está. Ou seja: pretende deslocar a autoridade portuária e colocar um tampão naquela instância-marítima onde flutuam improbidades de toda ordem. Seu nome já está na boca do sapo, quer dizer do STF, que terá de apreciar o pedido da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para que seja autorizada investigação sobre as estranhas relações de Temer com a Codesp. Para o RR o assunto é velho, basta ver as edições de 21 e 22 de março de 2016 e 21 de março e 14 de setembro deste ano.

Temer aparece ligado às Docas paulistas em mais de mil citações no Google. Mesmo se fosse só a nata desse creme azedo, ela já seria esclarecedora. Basta ver os balanços da Codesp que, se não revelam repasses de propinas, explicitam estranhos passivos de operações pouco esclarecedoras. Os documentos das diversas administrações da companhia sobre o controle do mesmo grupo de interesse são comprovantes do que não fazer na gestão de uma empresa pública.

Durante esse período, a autoridade portuária não teve gestores independentes. Respondeu a ordens do oligopólio da marinha civil e da oligarquia dos governantes do país. Se forem buscados, não faltarão testemunhos para descortinar a quem serviu a autoridade portuária em Santos. Sobre os nomes das empresas que sofreram extorsão e as que usufruíram do butim, o RR pretende se manter em silêncio.

Eles estão repetidos em diversos e longos trechos nas delações premiadas. São grandes operadoras e políticos supracitados. Os números superam os R$ 3 bilhões. E muitos pagaram e não receberam a contrapartida pelo dinheiro que deram, tendo que engolir calados. Os delitos mais graves estão trancados em um cadeado com trinca de titânio. É mais fácil pressionar Eduardo Cunha para que inclua esses escândalos no seu “Almanaque de delação premiada”. Temer com certeza não dirá nada.

#Codesp #Governo do Estado de São Paulo #Lava Jato #Michel Temer

Porta de saída

20/10/2017
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Aloysio Nunes Ferreira já acertou com Michel Temer que sairá do Ministério das Relações Exteriores em abril para disputar a reeleição ao Senado. Deixará para trás uma das mais insípidas gestões de um chefe do Itamaraty. Só faz defender Temer.

#Aloysio Nunes Ferreira #Michel Temer

O Google tem cada uma

19/10/2017
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O presidente Michel Temer é o “garoto propaganda” de José Yunes. Ao menos para os sempre afiados algoritmos do Google. Ao se pesquisar o nome do escritório de Yunes, o site de buscas exibe com destaque à direita da página, em forma de anúncio publicitário, a ficha da firma e uma foto do advogado ao lado de Temer à mesa de um restaurante. Curioso…

#Google #José Yunes #Michel Temer

Self service

19/10/2017
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O apoio da bancada paulista para impedir a abertura de processo contra o presidente Michel Temer vai custar toneladas e toneladas de asfalto. Temer comprometeu-se com Geraldo Alckmin a liberar os recursos para a construção do trecho norte do Rodoanel. Dos R$ 620 milhões previstos, por ora o governo federal soltou apenas R$ 87 milhões.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer #Rodoanel

Celebração antecipada

18/10/2017
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O Palácio do Planalto avalia a possibilidade de Michel Temer fazer um pronunciamento à Nação às vésperas da votação do pedido de abertura de processo na Câmara. Como a vitória na Casa é dada como certa, os assessores de Temer enxergam mais prós do que contras na iniciativa.

#Michel Temer #Palácio do Planalto

Em mandarim o bordão do presidente é “Fica Temer”

16/10/2017
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Lula cultuava Chávez e Morales na sua política externa bolivariana, além de presidentes da África subsaariana. Já o fetiche de Michel Temer tem os olhos amendoados. O nome do idolatrado é Xi Jinping, presidente da República Popular da China. A identidade não é ideológica.

O projeto de Temer é arrancar um compromisso firme de investimento com os chineses, assinando o primeiro acordo bilateral do Brasil com outra nação, praticamente nos moldes de um mercado comum. Os termos iriam além dos firmados no despenteado Mercosul: cotas para trabalhadores brasileiros e chineses em obras mútuas de bandeira própria, dispensa de licitação para projetos de engenharia básica em empreendimentos pré-licitados, preferência em “privatizações estratégicas”, garantia de ampla desburocratização nos negócios da China, sistema preferencial de tarifas aduaneiras e criação de uma espécie de PPC – Parceria Público Chinesa etc. Os passos seguintes para consolidação do bloco Brasil-Ásia seriam acordos econômicos com a Coreia do Sul e a Índia.

Mas a prioridade do governo Temer é cimentar uma ponte para Beijing. O Brasil dos sonhos da segunda geração da Lava Jato é uma ópera comercial Sino-Tropicalista. Temer quer detonar os 35 acordos ocos que Dilma Rousseff fez com chineses para obter o falso montante de R$ 53 bilhões. O dinheiro não veio no seu tempo. De 2015 até setembro de 2017, os investimentos orientais superaram os US$ 60 bilhões – a maior parte, no entanto, pós-impeachment.

O Brasil é o segundo destino dos aportes de capital da China. E o passivo externo líquido (IDE) do país com os chineses já superou os US$ 100 bilhões. Parece muito, mas é pouco. Se Temer avançar um terço das suas ambições na China, terá compensado sua popularidade zero na margem de erro das pesquisas de opinião. É o maior projeto que o Brasil poderia almejar fora das suas fronteiras, nunca dantes sequer cogitado pelos governos anteriores.

#Michel Temer #PPC #Xi Jinping

Temer abre as portas da Caixa para a banca estrangeira

9/10/2017
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O governo pretende atrair bancos estrangeiros para participar da privatização da Caixa Econômica Federal. A decisão de venda da CEF será anunciada em pronunciamento do presidente Michel Temer, no final do ano, junto com diversas outras medidas de reestruturação da máquina do Estado, além da comunicação solene de que o governo pretende incluir o Bolsa-Família na Constituição. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já confirmou que está estudando a operação.

A responsabilidade pelo desenho da privatização está nas mãos do presidente da Caixa, Gilberto Occhi. O governo quer tratar da comunicação com cuidado, devido à delicadeza política do assunto. A venda da CEF é uma das raras operações capazes de gerar os recursos extraordinários para o equilíbrio das contas públicas, em 2018, um ano em que os calendários fiscal e eleitoral se entrechocam.

Entre os cinco bancos do governo – Banco do Brasil, BNB, Basa, BNDES e a própria CEF – a Caixa sempre foi a instituição financeira preferencial para efeito de privatização. Muito provavelmente devido ao seu maior grau de superposição com o Banco do Brasil. A venda da CEF viria na esteira da anunciada privatização da Eletrobras. O modelo de negócios, contudo, seria o da privatização do controle em leilão, ao contrário da holding do setor elétrico. O motivo é que as instituições financeiras têm de ter dono; não podem ter seu controle pulverizado.

No passado, diversos bancos estrangeiros tentaram a sorte no mercado brasileiro. Não tiveram êxito. Sobrou apenas um de mais de uma dezena: o Banco Santander. A CEF faz parte de um seleto grupo de cinco instituições financeiras que detém 80% dos ativos bancários nacionais. A Caixa tem 95 mil funcionários, mais de quatro mil pontos de atendimento e aproximadamente 80 milhões de clientes. A expectativa é que venha um candidato chinês por ai. Vai ter de descascar um abacaxi social e político de dimensões épicas.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Michel Temer

Uma tarde em Florença

4/10/2017
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João Doria levou um “não” de Michel Temer. O presidente recusou convite do Grupo Lide para participar do Meeting Internacional, que será realizado no fim do mês, no Paraguai. Doria não é sujeito de ouvir conselhos, mas já lhe sopraram ao ouvido que, na atual circunstância, o convite a Geraldo Alckmin seria um ato de fina política: uma tribuna besuntada de graxa que só serviria para prestigiar o anfitrião e adversário. Em 2015, aliás, Alckmin foi ao Meeting; em 2016, também. Eram outros tempos. Hoje, se pescar o real espírito do chamamento, passa longe desse alçapão.

#Grupo Lide #João Doria #Michel Temer

Guarda-costas

4/10/2017
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O RR apurou que, até às 21h30 de ontem, Michel Temer havia recebido 46 deputados e falado ao telefone com outros 32 parlamentares ao longo do dia. Desse jeito, não há flecha que atravesse as paredes da Câmara.

#Michel Temer

Está tudo dominado

2/10/2017
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Uma amostra do poder de Michel Temer no Congresso: nas contas do Planalto, 15 dos 36 deputados do PSB vão votar “não” à abertura do processo contra Temer, dando de ombros à determinação do partido.

#Michel Temer #PSB

Paulinho ainda tem a Força?

28/09/2017
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Paulinho da Força – um aliado, ainda que gelatinoso, do presidente Michel Temer – enfrenta o risco de uma dissidência em sua base política. Um de seus mais antigos colaboradores, o também sindicalista Miguel Torres está prestes a deixar o Solidariedade. A fissura está ligada à perda de espaço dentro do partido e da Força Sindical, no fundo uma coisa só. Bem mais importante do que a futrica partidária, é o impacto que o rompimento poderá ter no xadrez das relações partidário-sindicais. Além de vice-presidente da Força Sindical, Torres é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, historicamente um dos pilares da Central e antagonista do dueto CUT/PT.

#Michel Temer #Paulinho da Força #PT

Brasileiros e brasileiras…

27/09/2017
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Michel Temer pretende fazer uma conferência à nação para anunciar uma série de resultados positivos do seu governo. A ideia é uma apresentação no Congresso, com transmissão em rede nacional. O nome cogitado para a efeméride é “O Brasil progrediu”. Tudo com base em números e mais números favoráveis.

#Michel Temer

BC independente é o estepe da reforma da Previdência

26/09/2017
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O secretário-geral da Presidência da República, Moreira Franco, é hoje o maior entusiasta junto a Michel Temer da aprovação formal da independência do Banco Central. Moreira não está deixando momentaneamente seu monopólio das decisões governamentais sobre concessões e privatizações por veleidades monetaristas. Suas motivações são eminentemente políticas.

O “Maquiavel platinado” do Planalto sabe que a reforma da Previdência foi para o brejo e é preciso substituí-la por outra medida de forte impacto sobre as expectativas inflacionárias. Hoje, o único ativo do mais impopular dos governos junto às massas é a queda dos preços em geral, que vem desanuviando o mal-estar produzido pelas mazelas do desemprego e da redução do salário real. Moreira acredita que, na atual circunstância, o projeto de lei da criação do Banco Central independente será aprovado de roldão no Congresso.

Portanto, sairia de cena a reforma da Previdência e ingressaria no centro das atenções o BC todo pomposo e descolado dos desígnios do governo. A história do BC independente já atravessou muitas das esquinas políticas do país. Fernando Henrique Cardoso e Lula não lhe deram maior atenção – este último, contudo, tentou posteriormente aprovar a medida em manobra com Renan Calheiros. Dilma Rousseff tripudiou sobre a ideia: “O BC não é a Santa Sé”.

Aécio Neves desdenhou da proposta. Marina Silva incorporou-a ao seu programa de campanha, assumidamente aconselhada pela sua assessora “geneticamente banqueira”, Neca Setubal. Curiosa é a postura blasé do “bambino do BC” Arminio Fraga, que não considera este um assunto de maior importância. Pois, ao contrário de Fraga, dezenas de economistas se esgoelam em favor da medida.

O BC independente funcionaria como um seguro contra o populismo garantindo as condições para que a política monetária fosse implementada com consistência, sabendo-se que háum delay entre a adoção de juros mais elevados e a queda da inflação, que, muitas vezes, perpassa a duração de um governo. No mundo pululam os exemplos de BCs independentes, a exemplo dos Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Alemanha e Banco Central Europeu, só para citar os mais votados. E Henrique Meirelles? Por que não lidera a tropa de apoio à iniciativa? Quando era presidente do Banco Central – na gestão de Lula –, Meirelles desfiava com vigor argumentos favoráveis ao BC independente.

E o que mudou? Acredita-se que seja a indisposição de ter uma sombra que ameace seu estrelato absoluto na área econômica. Meirelles, segundo um amigo seu, é a versão masculina da diva Maria Callas: vaidoso, altivo, onipresente em cena. Na atual conjuntura, onde o protagonismo político lhe favorece, melhor que Ilan Goldfajn permaneça como um “subalterno autônomo”. Poder não se divide; poder se toma.

#Banco Central #Michel Temer #Moreira Franco

Há mais do que flechadas contra Geddel

26/09/2017
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Enquanto Michel Temer se esquiva das “flechadas” do ex-PGR Rodrigo Janot, os irmãos Geddel e Lucio Vieira Lima enfrentam um problema similar, só que sem aspas. É tenso o clima no entorno das propriedades rurais dos Vieira Lima no Sul da Bahia, mais precisamente na cidade de Potiguará, onde se concentra a tribo de mesmo nome, além de índios Pataxó. A ameaça de invasão da Fazenda Esmeralda no último fim de semana não foi um caso isolado. Homens que se identificam como líderes indígenas da região já teriam tentado entrar em outras duas propriedades de Geddel e Lucio no município. No último sábado, as flechas, por sinal, eram o de menos. Segundo a Polícia da Bahia, mais de duas dezenas de suspeitos carregavam armas de fogo. Por envolver comunidades indígenas, o episódio já foi comunicado à Polícia Federal, onde, aliás, se concentra a biografia recente de Geddel. Em tempo: os irmãos Vieira Lima controlam, no total, mais de 900 hectares de terras na região.

#Geddel Vieira Lima #Michel Temer #Rodrigo Janot

Será o Eduardo?

21/09/2017
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Curioso: o antigo endereço eletrônico de Eduardo Cunha na época da Câmara (eduardocunhapresidente.com.br) leva agora para um site de análise do quadro eleitoral de 2018. Michel Temer figura entre os candidatos.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Luzes, câmera, ação

20/09/2017
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O Palácio do Planalto prepara uma visita de Michel Temer à Zona Franca de Manaus. O local é visto como o set de filmagem perfeito para Temer celebrar a “retomada do emprego”. Neste ano, a ZFM voltou a somar mais contratações do que demissões.

#Michel Temer

Temer, livre, leve e solto

19/09/2017
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O Planalto está tão confiante em derrubar a segunda denúncia da PGR que se discute a possibilidade de Michel Temer assumir uma nova postura em comparação à primeira flechada de Rodrigo Janot. Em vez de se esconder no Palácio, desta vez Temer vai intensificar sua exposição nas redes sociais. Ao mesmo tempo, pretende combinar a frenética agenda de encontros com parlamentares com visitas pontuais a alguns estados, sempre associadas à inauguração de obras ou entrega de imóveis do Minha Casa Minha Vida. Mas tudo na dose certa de um presidente com taxa de reprovação de 95%: eventos fechados, com alta presença de aliados políticos e acesso restrito ao público.

#Michel Temer #Minha Casa Minha Vida #Rodrigo Janot

Tasso faz muito bem

18/09/2017
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Um sinal de que a ala oposicionista do PSDB desta vez nem vai se dar ao trabalho de bater bumbo pela denúncia contra Michel Temer. O presidente interino do partido e um dos principais defensores do desembarque do governo Temer, Tasso Jereissati, viajou para os Estados Unidos. Avisou a aliados que ficará oito dias “fora do ar”.

#Michel Temer #PSDB #Tasso Jereissati

Exumação

15/09/2017
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Gabriel Chalita, o protegido de Michel Temer, é só o fio da meada das campanhas peemedebistas. O doleiro Lucio Funaro abriu para a Lava Jato as vísceras das candidaturas majoritárias do PMDB em São Paulo desde 2006, com destaque para Paulo Skaf em 2010 e 2014. Temer está em todas.

#Lava Jato #Michel Temer #Paulo Skaf

Planalto ergue sua muralha anti-Janot

15/09/2017
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O Palácio do Planalto e sua máquina de esmagar denúncias da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer já trabalham a pleno vapor. Nos últimos dois dias, o próprio Temer esteve pessoalmente com 46 deputados, contabilizando-se apenas a agenda oficial – fora as dezenas de telefonemas. Na paralela, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, tem mantido uma intensa rotina de encontros com pequenos grupos de parlamentares do baixo clero, o que, dentro do próprio Palácio, já lhe valeu o jocoso apelido de “Poupa Tempo”. Imbassahy vem cumprindo a missão de massagear a vaidade de deputados inexpressivos, reduzindo a demanda de audiências com o próprio Temer. A rejeição, na Câmara, do segundo pedido de abertura de processo encaminhado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, é dada como certa. Segundo o RR apurou, ontem à tarde a planilha do ministro Eliseu Padilha, que nunca erra, já contabilizava 260 votos certos contra a denúncia, muito perto do número de 263 deputados que desviaram a primeira flechada de Janot na direção de Temer.

#Michel Temer #Rodrigo Janot

Já é Natal no Palácio do Planalto

14/09/2017
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Michel Temer vai fazer outra fogueirinha para aquecer o consumo. Amanhã, anuncia o cronograma para o saque antecipado dos beneficiários do PIS/Pasep com idade a partir de 62 anos – antes o mínimo era 70 anos. A boa nova é que a liberação de recursos pode ser maior do que a estimada, da ordem de R$ 16 bilhões. Calcula-se que poderão ser lançados R$ 20 bilhões na economia. A expectativa é que uma parte maior dessa dinheirama vá para o consumo e não para o pagamento de dívidas. Isto porque os saques das contas inativas do FGTS, uma medida gêmea adotada no início do ano, permitiram que os trabalhadores abatessem uma parte do seu endividamento mais urgente. O Natal, portanto, pode ser melhor para o assalariado, o comércio e, claro, para Michel Temer. O ajuste fiscal não tem nada a ver com isso.

#FGTS #Michel Temer #PIS

Michel Temer e as perigosas curvas da estrada de Santos

14/09/2017
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Se Rodrigo Janot ficasse mais tempo no cargo, teria um novo território onde escarafunchar uma terceira denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer. A investigação de favorecimento à empresa Rodrimar é apenas o fio da meada das ações inconfessáveis no setor portuário. Outras facilidades foram concedidas por meio da Companhia Docas de Santos, antigo feudo de Temer.

Nos anos mais recentes, as operações passaram a ser conduzidas por Eduardo Cunha, que, a mando do atual presidente, passou a ser o interlocutor entre as empresas, a autoridade portuária, a Advocacia Geral da União e a miríade de agências reguladoras do setor. Basta lembrar de todas as artimanhas de Cunha para embarreirar a votação da MP dos Portos, em 2013. A favor de Temer, pesa o fato de que essa “prestação de serviços”, digamos assim, aconteceu antes de ele assumir a Presidência da República, o que o eximiria de responsabilidade criminal.

Entretanto, uma empresa, pelo menos, teria sido agraciada no início da gestão de Temer, quando Cunha tinha o mandato para representá-lo. Se o ex-presidente da Câmara acertar a delação premiada, as travessuras no Porto de Santos estarão entre as tramoias reveladas. Basta convocar os executivos das operadoras de terminais e da autoridade portuária. Todo mundo sabe. Ou já ouviu falar. Santos sempre foi uma vaca leiteira.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Rodrigo Janot #Rodrimar

Michel Temer se sente menos impopular e pode reduzir ritmo do ajuste fiscal

12/09/2017
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O presidente Michel Temer passou a nutrir dúvidas em relação à intensidade do ajuste fiscal em 2018 – já que 2017 são favas contadas. Temer tem usufruído da brisa da redução do desconforto popular. O quadro econômico para a população melhorou, e quando não melhorou, estagnou, o que, frente ao longo período de índices negativos, pode ser celebrado como uma vitória.

A inquietude de Temer encontra mais eco em Eliseu Padilha do que em Moreira Franco e Henrique Meirelles, defensores da tese de que o sucesso desse governo não pode ser medido por satisfação ou empatia com o povo. Segundo a fonte do RR, a percepção de Temer é que, se reduzir sua impopularidade e continuar na sua toada, governando para a sua bancada no Congresso e a Avenida Paulista, poderá atingir uma inesperada força como cabo eleitoral em 2018, para dizer o mínimo. Relatório do Credit Suisse que circulou ontem nos meios financeiros canta algumas pedras animadoras para o presidente.

No cenário projetado pelo banco – um crescimento médio de 2% do PIB por um período superior a um quinquênio – as taxas de desemprego estimadas são 13%, em 2017; 12%, 2018; 11%, 2019; e 10%, 2020. Não chega a ser uma Brastemp, mas, comparando-se com o desemprego de 13,7% em março passado, os números são alvissareiros. A favor das expectativas do governo pesa o fato de que o banco suíço sempre foi pouco otimista em relação aos resultados da política econômica. Mas Temer já está saboreando outros frutos da boa safra na economia. A inflação é a menor em 37 anos na faixa do salário mínimo.

Os preços da cesta básica desabaram devido à deflação sobre alimentos decorrente da hipersafra agrícola. A renda da família aumentou, ainda por conta da queda da inflação, e é ela que vem puxando o Pibinho. O aluguéis em média estão mais baixos 20%. Pode dizer que nunca dantes a carestia tomou um tombo tão grande na história deste país. Mas, como acender uma vela aos pobres e outra ao empresariado? A inércia agora trabalha a favor.

O cenário favorável é de melhoria da conjuntura. Para manter as expectativas empresariais aquecidas, Temer vai prosseguir com os anúncios e ações de impacto nas privatizações e concessões e iniciar uma agenda de reformas microeconômicas. Como metas fiscais mais largas para 2017 e 2018, o governo prosseguirá no seu paradoxo de sucesso, que é confessar a falência no ajuste orçamentário, rever as contas para depois, então, atingir o compromisso
e vangloriar-se do seu feito.

Há também receitas não tipificadas que ajudarão a fechar o buraco, como o pagamento de R$ 180 bilhões devidos pelo BNDES ao Tesouro, junto com o repasse da economia do custo de carregamento das reservas cambiais na medida em que se reduz o diferencial entre a Selic e o juro de remuneração do lastro em moeda forte. Esses recursos irão todos para abater o déficit primário. E o fiscal estaria resolvido? Fica faltando a reforma da Previdência, que não só é aritmeticamente necessária, como tornou-se simbólica.

Mas se ela não sair até novembro, fica na conta do próximo governo. Na equação desse upgrade do presidente não é incorporada a variável da Lava Jato. Ela é imponderável e pode atingir a todos indistintamente. Se Temer avançar no ajuste, tomando novas medidas impopulares para a “modernização” da economia, se tornará em uma espécie de “Getulio Vargas da burguesia”, dando cabo das encomendas reformistas que trouxe para o centro do governo desde o impeachment de Dilma Rousseff. Se contiver o andor, pode ser que sua impopularidade caia e sua força eleitoral surpreenda.

#Eliseu Padilha #Henrique Meirelles #Michel Temer #Moreira Franco

Encontro marcado

12/09/2017
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A Rádio Lava Jato informa: a delação de Lucio Funaro e a prisão de Geddel Vieira Lima vão trazer de volta à ribalta o advogado José Yunes, o amigo de Michel Temer.

#Geddel Vieira Lima #Lava Jato #Michel Temer

Chorare

6/09/2017
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Informação preocupante que chegou ao Palácio do Planalto: o ex-ministro Henrique Alves, um dos cavaleiros da távola redonda de Temer, tem tido crises de choro quase todos os dias na prisão.

#Henrique Alves #Michel Temer

Monções chinesas

5/09/2017
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A viagem de Michel Temer a Pequim abriu as portas do setor elétrico brasileiro a mais um grupo chinês. Trata-se da China Power New Energy Development, que chega para comprar usinas de energia eólica. Só para não variar deverá trazer a reboque um cinturão de fornecedores, encabelado pela Goldwin, uma das maiores fabricantes de turbinas para geradoras da China.


Durante a estada em Pequim, os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e da Indústria, Marcos Pereira, têm mantido tratativas com autoridades russas para investimentos em açúcar e etanol no Brasil. Uma comitiva brasileira deverá ir a Moscou ainda neste ano para dar forma aos projetos.

#Blairo Maggi #China Power New Energy Development #Michel Temer

Recado de Josué

4/09/2017
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A declaração de Josué Gomes da Silva de que poderia ser candidato a vice-presidente em uma chapa com o também empresário Flavio Rocha foi recebida no PMDB como um recado para dentro do próprio partido. Josué foi “esquecido” por seus pares como um potencial candidato peemedebista ao Senado ou mesmo ao governo de Minas Gerais. Neste caso, o preferido é o deputado Fabio Ramalho, tão preferido que foi convocado para integrar a comitiva de Michel Temer na China. Ao mencionar o herdeiro da Lojas Riachuelo, Josué piscou o olho para o Partido Novo, ao qual Flavio Rocha deverá se filiar.

#Flavio Rocha #Michel Temer #PMDB

Sindicato dos camaleões

1/09/2017
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Paulinho da Força, que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e se enganchou feito um trailer no governo Temer, pisca uma seta para o lado de Lula e outra para Geraldo Alckmin.

#Dilma Roussef #Impeachment #Michel Temer #Paulinho da Força

Temer mostra aos chineses programa nuclear brasileiro

31/08/2017
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O memorando de entendimentos com a China National Nuclear Corporation (CNNC) para a conclusão de Angra 3 é apenas a ponta do iceberg. Segundo alta fonte do Ministério de Minas e Energia, em sua visita a Pequim Michel Temer terá conversas reservadas com o governo chinês sobre um projeto maior: a ressurreição do programa nuclear brasileiro. Os planos passam pela construção de quatro usinas nucleares, divididas entre o Nordeste e o Sudeste – duas a menos do que a proposta elaborada e engavetada ainda no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

O reavivamento do projeto está visceralmente ligado à firme disposição do Palácio do Planalto de quebrar o monopólio estatal na produção de energia nuclear e abrir as portas do setor para o capital estrangeiro – ver RR edição de 9 de agosto. Como tudo que diz respeito à era Temer, o tempo é curto. O governo teria de aprovar a PEC 122/07 do deputado Alfredo Kaefer, que autoriza o ingresso de investidores privados na construção e operação de reatores nucleares, rever o programa, encaminhar as conversas com os chineses e fazer conta, muita conta.Por maior que seja o interesse dos asiáticos, um projeto dessa dimensão não se viabiliza apenas no plano privado. Inexoravelmente o Estado terá de entrar com alguma fatia dos recursos.

Não será simples encaixar esse gasto de longo prazo em um orçamento com projeção de déficit para os próximos cinco anos. Apesar de todos os pesares, o governo identificou uma janela de oportunidade com vista para Pequim. O término de Angra 3, um projeto de aproximadamente R$ 7 bilhões, é pouco para o apetite e o rol de interesses que a CNCC representa. A companhia carrega atrás de si toda uma cadeia de negócios, que engloba bancos de fomentos, empresas de construção pesada, fornecedores de equipamentos e tecnologia e até mesmo a oportunidade de trazer mão de obra chinesa para o Brasil.

Para os asiáticos a exclusividade no programa nuclear seria altamente estratégica em função desse múltiplo pacote de variáveis. Sob a ótica do governo, a ressurreição do programa nuclear é uma engenharia com impacto sobre a autoestima nacional. Ela seria embalada com um discurso de Brasil Grande, na mão inversa do regime militar, ou seja, com menor presença do Estado e consequentemente reduzido endividamento público. A abertura do setor ao capital estrangeiro seria acompanhada do instrumento da golden share, que desde já começa a assumir o papel de pau para toda obra nos planos de privatização do governo Temer.

#CNNC #Michel Temer #Ministério de Minas e Energia

Governo Temer reduz dívidas das Forças Armadas

30/08/2017
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O presidente Michel Temer está levando ao pé da letra o seu compromisso de atender às demandas militares de ponta a ponta. O governo tem se empenhado em reduzir as dívidas das Forças Armadas com os maiores fornecedores. De dezembro para cá, o Ministério da Defesa teria diminuído em aproximadamente um quinto o estoque de pagamentos atrasados desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

O valor das pendências caiu de R$ 10 bilhões para algo em torno de R$ 8 bilhões. Os casos mais emblemáticos envolvem encomendas das Forças Armadas a Embraer, Helibras e Iveco. Somente em 2015, o governo deixou as Forças Armadas inadimplentes em R$ 500 milhões com a Embraer. O valor se refere à aquisição de 28 cargueiros modelo KC-390 – um contrato total de R$ 7 bilhões.

Em relação à Helibras, segundo o RR apurou o passivo em aberto desceu de R$ 1,7 bilhão para aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A cifra diz respeito à compra de 50 helicópteros H-X BR, 16 aeronaves para cada Força – também entraram no pacote dois veículos para a Presidência da República. No caso da Iveco, o governo regularizou os pagamentos relativos à compra dos blindados Guarani – o contrato total soma R$ 6 bilhões e se estende até 2035.

Consultado pelo RR, o Exército confirmou, por meio da assessoria de comunicação, que não há débitos com a Iveco. A Aeronáutica, por sua vez, informou que os “pagamentos previstos no cronograma do projeto H-X BR deste ano foram efetuados normalmente até o mês de julho” e “o cronograma relativo à aquisição do KC-390 foi atualizado”. O governo Temer parece empenhado em blindar as Forças Armadas da crise fiscal.

No ano passado, o Orçamento militar realizado chegou a R$ 9,1 bilhões, 24% a mais do que a cifra prevista. A indústria de defesa nacional agradece. Os atrasos acumulados no governo Dilma atingiram diretamente o setor. O desenvolvimento do KC-390 ficou praticamente parado durante 18 meses. Somente em julho deste ano, o cargueiro foi apresentado no Salão de Paris. Com relação à Helibras, o impacto foi ainda maior, ao menos para o chão de fábrica, com demissões na unidade de Itajubá.

#Forças Armadas #Michel Temer

Grande marcha…

30/08/2017
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Integrante da comitiva de Michel Temer em Pequim, o ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, terá uma importante conversa com dirigentes da China Railway Construction Company. Espera trazer na bagagem a confirmação da participação dos chineses nos leilões do PPI, notadamente da Ferrogrão.

#China Railway Construction Corporation (CRCC) #Ferrogrão #Michel Temer

…Pequena marcha

30/08/2017
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Por falar em China, o deputado Fabio Ramalho foi escolhido a dedo para participar da comitiva. Com o afago, Temer espera tirar da cabeça de Ramalho a ideia de deixar o PMDB e disputar o governo de Minas pelo PSDB.

#Michel Temer #PSDB

Gilmar Mendes e seu crucial ponto de mutação

28/08/2017
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes é o que poderia se chamar de um homem de aço. Porém, mesmo com o perfil siderúrgico, tem acusado o bombardeio maciço das últimas semanas na mídia convencional e nas redes sociais. O RR apurou que Gilmar confidenciou a pelo menos um interlocutor do Olimpo da República seu plano alternativo de se candidatar ao Senado por Mato Grosso nas próximas eleições.

O ministro caracterizaria a opção de trocar o Supremo pela carreira parlamentar como um ato de indignação com as acusações e a campanha difamatória, além de ressaltar sua disposição de participar do processo de renovação do Congresso Nacional. Com a iniciativa, abriria uma vaga para Michel Temer fazer seu sucessor no STF. Consultada, a assessoria de Gilmar Mendes informou que “não há previsão de aposentadoria do ministro, nem de qualquer candidatura a cargo eletivo”. Afirmou também que Gilmar Mendes “acredita que ainda tem muito a colaborar no STF.”

Caso venha a ser tomada, trata-se de uma decisão radical, pois, se Gilmar Mendes é alvejado por todos os lados, ao mesmo tempo tem um dos maiores escudos que se pode imaginar na República. A fonte do Relatório Reservado fez questão de ressaltar: este é um caminho que pode ser trilhado, mas não foi ainda escolhido. Não fossem as pesadas críticas à libertação de nove presos da Lava Jato no Rio de Janeiro e a sua defesa explícita de que condenados só sejam presos após julgamento de recursos no STJ; o abaixo-assinado virtual solicitando seu impeachment, que se aproxima de um milhão de signatários; as notas de repúdio da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB); os pedidos da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) para que o STF freie o seu comportamento; as denúncias de contribuição de empresas estatais ao seu instituto; a ausência de manifestações de apoio de seus próprios pares e a personificação da vilania em rede televisiva nacional, poderia se dizer que Gilmar Mendes fez um acordo mefistofélico com sua eternidade no Supremo.

#Gilmar Mendes #Michel Temer

Marimbondos de fogo

28/08/2017
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O “Partido do Sarney” nunca esteve tão em alta no governo de Michel Temer. O presidente tem ouvido assiduamente os conselhos não só de José Sarney, mas também de Roseana Sarney e do senador Edison Lobão.

#José Sarney #Michel Temer

Escolha de Sofia(s)

25/08/2017
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Dilema de Eliseu e de Moreira: deixar seus cargos em abril para disputar as eleições ao Congresso ou servir ao governo Temer até o fim? Em outras palavras: tentar o foro privilegiado pelos próximos quatro anos ou garantir a “apólice” pelo menos até dezembro de 2018?

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco

Todo dia

23/08/2017
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Aécio Neves conversa todo santo dia com o presidente Michel Temer. Quando não de viva-voz, por meio do ministro Antonio Imbassahy.

#Aécio Neves #Michel Temer

Estado de calamidade é a bala de prata de Temer na economia

22/08/2017
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O presidente Michel Temer poderá decretar o estado de calamidade pública em âmbito financeiro. A medida está sendo discutida com seus principais assessores e lideranças da base aliada e deve ser a carta na manga para o cenário de não aprovação da reforma da Previdência. Há um risco nada desprezível de que, mesmo com uma melhora da economia, a arrecadação não reaja conforme o esperado.

A relação entre essas duas variáveis vem se descolando lentamente devido à mudança na capacidade de geração dos setores da economia com maior incidência tributária. Com a receita caminhando atrás das despesas e sem a aprovação de um novo regime para a Previdência, restaria ao governo mudar novamente a meta de déficit deste e do próximo ano e majorar a carga tributária, ambas as medidas tomadas às vésperas do calendário eleitoral. O governo considera que o aumento dos impostos para cobrir o déficit fiscal a frio e a seco seria a receita perfeita para responsabilizá-lo pelas barbeiragens de Dilma Rousseff e pelo componente estrutural do desajuste das contas públicas.

Na sua estratégia de sobrevivente, Temer se considera um herói saneador das malfeitorias do governo antecessor, do qual ele fazia parte, mas desconhecia a governança. Uma terceira meta fiscal, por sua vez, seria uma confissão de baderna fiscal. As medidas radicais necessárias a suprir a ausência da reforma previdenciária seriam politicamente mais confortáveis se adotadas dentro de uma moldura institucional excepcional. Por enquanto, todas as fichas estão sendo apostadas na mudança da Previdência.

Os anúncios e vazamentos de um quadro fiscal tétrico objetivam pressionar o Congresso para que cumpra com sua responsabilidade. A mais recente atrocidade é a perspectiva de shutdown se o governo descumprir o artigo 167 da Constituição, que proíbe a emissão de dívida pública superior à despesa de capital. Não é à toa que a expressão “guerra fiscal” tem sido usada por parlamentares e governadores.

Mas o pau que mata Chico mata Francisco. O alarmismo que serve para empurrar a reforma da Previdência tem a mesma utilidade para justificar uma situação de anormalidade na administração pública. O estado de calamidade em âmbito financeiro já foi adotado, recentemente, nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Assim como existe a “quase moeda”, o expediente não deixa de ser uma “quase moratória”. Vai uma grande diferença a sua adoção em estados quebrados e na União em tempo de eleição e com um governo suspeito de corrupção. Roga-se que não se chegue a esse extremo.

#Michel Temer #Reforma da Previdência

Lula começa a esculpir a imagem do candidato

16/08/2017
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O ex-presidente Lula voltou a se aconselhar com o marqueteiro Duda Mendonça. Tudo na moita, conforme recomenda a delicada situação pública dos dois interlocutores. O telefonema curto e breve ocorreu na semana passada e envolveu um intermediário. Lula, como é do seu feitio, quis testar com Duda aquilo que já está decidido na sua mente. Sua estratégia não é informar nem convencer, os dois mantras de Duda, mas confundir.

O “Lula brigão”, pronto para o pau, vai ceder lugar a um Lula mais ausente, que dispensa o barulho da militância nessa fase, um Lula que morde e recua. O ex-presidente fez chegar ao marqueteiro que não quer agitação, pelo contrário. Quanto menos ruído ele e sua turma fizerem maior o estrondo de cada ato administrativo da situação a favor da sua candidatura. Não é mais, portanto, o “Lulinha paz e amor”, mas um Lula maduro, sofrido, que cogita voltar, mesmo com todo sacrifício, em nome de um povo subtraído dos seus direitos e cujas condições de vida pioraram muito desde sua gestão. Pelo menos é o que ele quer fazer com que os outros pensem. O teste da estratégia começa a partir de amanhã, quando o ex-presidente inicia sua caravana pelo Norte-Nordeste.

Nada de cuspir fogo nos palanques. Segundo a fonte, Duda concordou com a estratégia do “deixa o governo botar o retrato do velho outra vez”. Michel Temer é o grande eleitor de Lula. Cada movimento da sua gestão corresponde a mil comícios a favor do PT. O momento, portanto, não é de fazer marola, mas de torcer que mais e mais reformas venham à tona. Lula teria comentado:”O incrível é que o Temer e a banda dele não entendem isso”.

Na próxima audiência com o juiz Sérgio Moro, por exemplo, estará presente um Lula mais tranquilo e contido. O projeto é evitar manifestações depois do depoimento. Os excessos somente atrapalham aquele que pode correr parado. Duda teria gostado dessa estratégia de ora confirmar a candidatura, ora a deixar em dúvida, enquanto os fatos vão cevando o seu fortalecimento eleitoral.

Uma mistura de “vou, sim” com “vou ver”. Quando estiver com a candidatura consolidada, Lula decidiria à luz das circunstâncias se iria ele próprio para o certame ou indicaria o seu abençoado. Para o sim ou para o não, Duda Mendonça teria aconselhado a mesma estratégia de “ficar na sua” ao conterrâneo Jaques Wagner. Cresce o convencimento de que, se fosse hoje o dia da decisão e Lula não partisse para a disputa, o baiano, judeu, umbandista e carnavalesco teria a sua bênção para ser o candidato do PT.

#Lula #Michel Temer #PT

Candidato do PMDB, sem o PMDB

16/08/2017
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Boa parte do PMDB virou as costas para a campanha de Eduardo Braga, candidato do partido no segundo turno das eleições no Amazonas. É o troco pelo fato de Braga, ex-ministro de Dilma Rousseff, ter se mantido contra o impeachment. Em maio, Braga já havia experimentado um petit dejeuner da vendetta de Temer com a demissão da então superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, que ele havia indicado para o cargo.

#Dilma Roussef #Eduardo Braga #Michel Temer #PMDB

O verdadeiro Tiririca

16/08/2017
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Wladimir Costa – o deputado da tatuagem “permanente” que desapareceu – botou na cabeça que vai organizar uma festa no Pará, seu estado, para celebrar os 77 anos do presidente Michel Temer, em setembro. De preferência, com o aniversariante presente.

#Michel Temer

Dividendos

11/08/2017
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Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, poderá aterrissar no Ministério das Cidades. Assim, Michel Temer quitaria sua dívida pelos votos do PTB contra o seu afastamento da Presidência.

#Michel Temer #PTB #Roberto Jefferson

Monopólio nuclear está por um fio

9/08/2017
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O governo Temer tem se aproveitado do poderio da base aliada no Congresso para revirar a Constituição e promover a liberalização de setores até então restritivos à participação do capital privado. O próximo passo nessa direção é a quebra do monopólio estatal na produção de energia nuclear, como informa o boletim Insight Prospectiva, que circula exclusivamente entre seus assinantes. A Câmara deverá votar nas próximas semanas as Propostas de Emenda Constitucional 122/07, do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), e 41/2011, de Carlos Sampaio (PSDB-SP).

As duas PECs autorizam a entrada de investidores privados na construção e operação de reatores nucleares para geração de energia elétrica, que hoje são atividades exclusivas da Eletronuclear. A medida permitirá ao governo vender participações nas usinas de Angra 1, 2 e 3. A China National Nuclear Corporation (CNNC) já sinalizou o interesse de entrar no capital desta última, um passo além do memorando de entendimentos firmado com a Eletronuclear no ano passado para a conclusão das obras da geradora.

Para todos os efeitos, a PEC 122/07 fixa em 30% o limite para a participação de investidores internacionais no capital das usinas nucleares. Na prática, porém, a tendência é que os grupos estrangeiros assumam uma posição de proa no setor por conta da musculatura financeira e da supremacia tecnológica. Amparado no discurso das “reformas estruturais”, o presidente Michel Temer tem mostrado apetite de sobra para “desregular” atividades vinculadas ao conceito de soberania nacional. Além da energia nuclear, entram neste rol a liberação da venda de terras para estrangeiros, a permissão para atividades de mineração em faixa de fronteira, a autorização para que grupos internacionais detenham até 100% de companhias aéreas e a chamada “MP da Grilagem”, que abre caminho para a legalização e transferência à propriedade privada de terras públicas ocupadas ilegalmente.

#Eletronuclear #Michel Temer

Temer nas alturas

8/08/2017
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Virada a página da votação do processo na Câmara (pelo menos até a nova denúncia da PGR), Michel Temer já se sente mais à vontade para se ausentar do país. Deverá fazer uma viagem internacional de maior fôlego ainda neste ano, provavelmente ao Oriente Médio. No radar, o agronegócio, notadamente as exportações de carne brasileira.

#Michel Temer

O troféu de ACM Neto

7/08/2017
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ACM Neto recebeu de Michel Temer a promessa de que o PMDB estará em seu palanque em uma eventual candidatura ao governo da Bahia. Trata-se de um golpe de mestre do prefeito de Salvador para enfraquecer seu principal adversário, o atual governador e candidato à reeleição, Rui Costa, que chegou ao cargo exatamente numa aliança com os peemedebistas. É o mínimo que Temer pode fazer por ACM Neto, que o apoiou publicamente e foi decisivo para dobrar parlamentares da bancada nordestina que ameaçavam votar contra o presidente.

#ACM Neto #Michel Temer #PMDB #Rui Costa

Cebola nos olhos de Temer é refresco

4/08/2017
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Rodrigo Janot confidenciou a um procurador amigo de peito que já esperava o resultado da votação favorável a Michel Temer. Mas confia na “Operação Cebola” para minar o balcão de agrados do presidente aos parlamentares. Janot está descascando as denúncias em fatias. Em setembro, vem outra camada ardente e mais um pedido de abertura de inquérito contra Temer. Os congressistas vão ter de dizer novamente que o presidente é impoluto, com seus votos abertos na frente da TV. A não ser que, melhor não falar…

#Michel Temer #Rodrigo Janot

Parabenizando

4/08/2017
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Poucos minutos após a votação na Câmara, o fiel Rodrigo Rocha Loures, o deputado da mala, fez chegar a Michel Temer os parabéns pela acachapante vitória.

#Michel Temer #Rodrigo Rocha Loures

TCU é um quebra-molas no caminho da “MP das Rodovias”

3/08/2017
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O que parecia ser a solução sob medida para um imbróglio com alguns dos maiores grupos de infraestrutura do país está se revelando um novo problema para o governo Temer neste seu “recomeço”, pós-vitória na Câmara. Trata-se da Medida Provisória que prevê a extensão do prazo para as obras de duplicação das rodovias leiloadas em 2013 e 2014. Segundo o RR apurou, o Palácio do Planalto já captou a resistência do Tribunal de Contas da União (TCU) à proposta, antes mesmo da MP ser editada.

A iniciativa estaria sendo interpretada no TCU como um waiver a empresas que atropelaram cronogramas e descumpriram os investimentos previstos nos respectivos editais, casos, por exemplo, de CCR, Invepar e Galvão Engenharia. Ressalte-se que o Tribunal de Contas tem adotado uma postura extremamente rígida em relação a mudanças em contratos de concessão. No início deste ano, por exemplo, posicionou-se contra a extensão da licença da Nova Dutra, pertencente à própria CCR. A “MP das Rodovias”, em fase final de elaboração na Casa Civil, entrou em cena após pressão das operadoras do setor reunidas na Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR).

A proposta surgiu como uma alternativa à solução mais radical: a retomada das licenças pela União. Em defesa da iniciativa, o governo argumenta que a MP não é um perdão e tampouco vai sair de graça para as empresas. Pelo texto, as concessionárias terão mais 14 anos para concluir as obras de duplicação das vias – o prazo atual é 2019. Em contrapartida, os contratos de concessão, originalmente de 30 anos, serão encurtados.

O governo alega que esta é a solução mais factível para destravar investimentos da ordem de R$ 30 bilhões. Todos os prazos previstos para as concessões de 2013 e 2014 já foram para o espaço. A CCR deveria duplicar um trecho de 806 quilômetros da BR-163 até o fim de 2019. A dois anos do prazo, as obras atingiram apenas 138 quilômetros. É o menor dos problemas. A Invepar concluiu apenas 78 quilômetros em um total de 516 quilômetros. Pior é a situação da Galvão Engenharia, que sequer iniciou as obras de duplicação da BR-153 entre Anápolis (GO) e Palmas (TO).

#CCR #Galvão Engenharia #Invepar #Michel Temer

Vindas…

3/08/2017
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Aloysio Nunes Ferreira está mais privilegiado do que nunca no Planalto. Mesmo em caso de saída dos tucanos do governo, Michel Temer pretende mantê-lo à frente do Itamaraty. Debitaria a presença do intruso em sua cota pessoal.

#Itamaraty #Michel Temer

Pronunciamento no facebook

2/08/2017
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Em caso de resultado favorável, como se espera no Palácio do Planalto, Michel Temer deverá fazer um pronunciamento nas redes sociais logo após a votação de hoje na Câmara.

#Facebook #Michel Temer #Palácio do Planalto

Fundo partidário e TV podem virar um “cheque ao portador” em 2018

1/08/2017
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Enquanto os holofotes se voltam ao pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, partidos da base aliada e da oposição aproveitam as penumbras do Congresso para colocar mais um jabuti na árvore da reforma política – diga-se de passagem, um quelônio capaz de fazer diferença nas eleições de 2018. Trata-se da chamada “emenda da portabilidade”, que permitiria ao parlamentar carregar consigo o tempo de TV e o fundo partidário em caso de troca de sigla. Nos últimos dias, as negociações para a inclusão da proposta no projeto de lei da reforma política, de relatoria do petista Vicente Candido, avançaram muitas jardas.

A mudança passaria a valer já na próxima “janela partidária”, a princípio prevista para março do ano que vem. Desde 2015, os congressistas que viram casaca não têm direito de levar para a nova sigla sua parcela no tempo de TV e no fundo partidário. Ou seja: saem de mãos abanando.

Caso se confirme, a reviravolta aumentará consideravelmente o “passe” dos parlamentares que atravessarem a “janela da infidelidade”. Até porque eles próprios carregarão no bolso uma espécie de cheque ao portador. Não custa lembrar que, em sua campanha à presidência da Câmara, o próprio Rodrigo Maia prometeu trabalhar pela portabilidade.

#Eleições #Michel Temer #TV

Tasso foi o prato principal de Aécio Neves

1/08/2017
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No jantar com Michel Temer, no último sábado, no Palácio Jaburu, Aécio Neves notabilizou-se pelo tom ríspido com que se referiu a Tasso Jereissati e outras lideranças do PSDB. Por mais de uma vez, o senador disse que renunciar à presidência do partido “está fora de cogitação”. Mostrou-se especialmente irritado ao se referir a reportagens publicadas dois dias antes por dois grandes jornais dizendo que ele deixaria o comando do partido antes mesmo da reunião da direção nacional convocada para este mês.

#Aécio Neves #Michel Temer #PSDB

Caça às bruxas no PSB

1/08/2017
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A direção nacional do PSB vai se reunir amanhã mesmo, após a votação do pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, para decidir o que fazer com os parlamentares que ficarem ao lado do governo. Ontem à noite, Beto Albuquerque, um dos líderes do partido, defendia uma punição para os dissidentes, leia-se a expulsão do partido.

#Michel Temer #PSB

Montando o quebra-cabeça

1/08/2017
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A delação do doleiro Lucio Funaro tem ajudado a Lava Jato a montar o quebra-cabeças da atuação de Michel Temer na arrecadação de campanha do pupilo Gabriel Chalita.

#Lava Jato #Michel Temer

Intriga palaciana

31/07/2017
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O Palácio do Planalto tem feito mal à imagem do general Sergio Etchegoyen, ministro do GSI, junto a seus pares no
Alto Comando do Exército. Há quem diga que Michel Temer e seus ministros próximos estão tirando proveito da integridade do general.

#GSI #Michel Temer #Palácio do Planalto

Reserva Nacional do Cobre reluz feito ouro para os Moreira Salles

28/07/2017
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A família Moreira Salles está acompanhando de perto a decisão do governo de privatizar a Reserva Nacional do Cobre – uma gigantesca área metalogenética encrustada no estado do Pará, com enorme potencial de minerais não ferrosos e radioativos. A Reserva do Cobre ainda é um resquício do enrosco entre o empresário Daniel Ludwig,
idealizador do Jari, e os governos militares. A região pertencia a Ludwig, mas acabou sendo tomada na mão grande pelo então comandante do Grupo Executivo do Baixo Amazonas (Gebam), Almirante Roberto Gama e Silva. Foi fechada, lacrada e transformada em uma espécie de ativo estratégico da União.

Agora, Temer quer vender tudo. Na Reserva do Cobre, além do minério que lhe empresta o nome, encontram-se em abundância quase todas as matérias-primas: cassiterita, ferro, níquel, manganês, zinco, tungstênio, ouro – muito ouro, aliás – anatásio e nióbio. Os Moreira Salles querem comprar as reservas deste último minério e somá-las ao portfólio da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), detentora do monopólio mundial de nióbio e localizada na região de Araxá (MG).

A monumental jazida foi repassada de bandeja pelo então ministro de Minas e Energia, Antonio Dias Leite, a Walther Moreira Salles, que sempre dizia que seu melhor negócio não era o banco, mas a CBMM. Recentemente, os Moreira Salles venderam 15% do seu latifúndio de nióbio para um grupo de empresas chinesas, que deverá acompanhar a tradicional família banqueira na incursão para abocanhar o nióbio amazônico. A Reserva Nacional do Cobre é cheia de lendas e histórias.

O general João Baptista Figueiredo dizia que, se alguém quisesse explorá-la, ele prendia e arrebentava. Mais recentemente, o empresário Eike Batista moveu montanhas junto a Dilma Rousseff no afã de comprar a região inteira de uma tacada só. As negociações estavam até se encaminhando bem quando Eike foi seduzido pelo canto da sereia do petróleo. O resto todo mundo sabe.

#Michel Temer #Ministério de Minas e Energia #Moreira Salles

Gasolina na fogueira

28/07/2017
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O encontro da última quarta-feira no Palácio do Planalto não aparou as arestas entre Michel Temer e Paulo Hartung. Pelo contrário. Ontem, em conversas reservadas com parlamentares do PMDB, o governador do Espírito Santo
subiu o tom nos ataques a Temer. Coisa de quem já usa a camisa do DEM e o bottom de Rodrigo Maia por debaixo do paletó.

#DEM #Michel Temer #Paulo Hartung #PMDB

Vitor ou Vitória?

28/07/2017
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No “toma lá dá cá” para barrar o pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, o governo está ressuscitando ou engavetando pautas no Congresso ao gosto do freguês. Para receber as bênçãos da bancada evangélica, por exemplo, promete apoiar o projeto de lei do deputado e pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), que proíbe o uso do
nome social de travestis e transexuais em órgãos da esfera federal, como estatais, autarquias e universidades. A proposta é tão polêmica, para se dizer o mínimo, que nem o evangélico Eduardo Cunha topou levá-la adiante quando comandava a Câmara.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

As palavras são eternas

27/07/2017
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As redes sociais não perdoam. Nos últimos dias, antigas declarações do agora ministro da Cultura, Sergio Sá Leitão, contra Michel Temer foram fartamente reproduzidas no Facebook e no Twitter.

#Facebook #Michel Temer #Twitter

O voo dos tucanos

27/07/2017
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À caça de votos no Congresso a favor de Michel Temer, os líderes governistas têm se confrontado com um problema prosaico: a dificuldade de interlocução com o “board” do PSDB. O presidente afastado, Aécio Neves, é fósforo queimado. Já o presidente interino, Tasso Jereissati, viajou com a família de férias para a Europa. Passa boa parte do
dia incomunicável. Sobrou o indecifrável Geraldo Alckmin.

#Aécio Neves #Michel Temer #PSDB

Dois pés no Palácio

26/07/2017
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Ontem, no fim da tarde, a listagem de Eliseu Padilha, que nunca erra, contabilizava 90 deputados indecisos em
relação ao pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer. Até o dia 2 de agosto, data prevista para a votação
no plenário da Câmara, Temer não arredará o pé de Brasília. Vai se dedicar a apertar a mão, olhar no olho e arrancar
o voto de boa parte dos parlamentares hesitantes.

#Eliseu Padilha #Michel Temer

Batalha cibernética

25/07/2017
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O Palácio do Planalto intensificou o monitoramento dos chamados “haters” nas redes sociais. Nos últimos dias, teria identificado e bloqueado dezenas de perfis ligados a partidos ou organizações da oposição que estavam praticando “cyber bullying” nas páginas oficiais do presidente Michel Temer.

#Facebook #Michel Temer #Palácio do Planalto

Pato manco

25/07/2017
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Se alguém do governo foi pego no contrapé pela ressurreição do “pato da Fiesp“, certamente não foi Michel Temer. O presidente teria tomado conhecimento, de véspera, do protesto feito pela entidade na última sexta-feira contra o aumento de impostos. Paulo Skaf não pregaria uma peça dessas em Temer – avalista da sua candidatura ao governo de São Paulo. Em relação a Henrique Meirelles, talvez já não se possa dizer o mesmo.

#Fiesp #Henrique Meirelles #Michel Temer #Paulo Skaf

Temer garante

25/07/2017
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A indicação de Cristiane Brasil para o Ministério da Cultura desafinou. Mas Michel Temer garante ao PTB que a filha de Roberto Jefferson estará sentada em uma cadeira quando a dança da reforma ministerial terminar.

#Michel Temer #PTB #Roberto Jefferson

Venda de terras a estrangeiros entra no pacote do “SOS Temer”

21/07/2017
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O solo brasileiro virou moeda de troca no esforço de Michel Temer para preservar seus hectares de Poder. O Palácio do Planalto está montando uma “Operação Trator” com o objetivo de acelerar a votação do projeto de lei que libera a venda de terras para o capital estrangeiro. A Casa Civil já concluiu o texto substitutivo do PL no 4.059/12, que está parado na Câmara há mais de um ano. O governo trabalha para que a nova proposta seja votada em plenário até setembro. Segundo o RR apurou, nas contas do ministro Eliseu Padilha, o projeto já tem o voto favorável de mais de 300 deputados, o que dá certa folga em relação ao piso necessário: 257 parlamentares.

À medida que se aproxima o Dia D de Michel Temer na Câmara dos Deputados, o projeto de lei da Casa Civil é mais uma vela no ofertório montado pelo governo para barrar a denúncia de Rodrigo Janot e a abertura de processo contra o presidente da República. A prece, neste caso, é dirigida à bancada ruralista, que reúne, por baixo, cerca de 200 votos na Casa. Em boa parcela, são donos de propriedades agrícolas que esfregam as mãos diante da possibilidade duma marcha de investidores internacionais no setor.

O próprio Temer tem conduzido pessoalmente as tratativas com os líderes da chamada Frente Parlamentar da Agropecuária. Seus principais interlocutores são os deputados Jovair Arantes (PTB-GO) e Nilson Leitão (PSDB-MT). Como se sabe, trata-se de um dos “partidos” mais exigentes do Congresso. Além do projeto de lei que autoriza a venda de terras para estrangeiros, a bancada ruralista se aproveita das circunstâncias para levar também a MP do Funrural, que deverá ser editada nos próximos dias. A Medida Provisória permitirá o parcelamento dos débitos de produtores rurais e agroindústrias com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, que somam cerca de R$ 26 bilhões.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Rodrigo Janot

Uma vez cacique…

20/07/2017
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Paulo Skaf tem conversado recorrentemente com Michel Temer sobre 2018. Quer, desde já, a garantia de que será o candidato do PMDB ao governo paulista. Mesmo que Temer venha a ser detonado da Presidência da República, dificilmente o partido lançará um candidato sem a sua bênção.

#Michel Temer #Paulo Skaf #PMDB

Mantra

18/07/2017
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A quem lhe pergunta sobre os “traidores” do próprio PMDB, Michel Temer repete, como um mantra, que não vai agir com o fígado. Aliás, quando foi que Temer tomou uma atitude mais Madura na política?

#Michel Temer #PMDB

“Bolsa gratidão”

18/07/2017
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O deputado Carlos Marun – o mais estridente defensor de Michel Temer, Eduardo Cunha et caterva no Congresso – tem colhido seus dividendos por tão desmedido apoio. Nas últimas semanas, vem fazendo um giro pelo interior do Mato Grosso do Sul para anunciar, todo pimpão, a liberação de verbas do governo federal para educação, saúde, saneamento etc.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Hora do troco

17/07/2017
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Com o PSDB dentro ou fora do governo, os dias de Bruno Araújo no Ministério das Cidades estão contados. Mesmo no cargo, Araújo foi um dos primeiros tucanos a defender a saída do partido da base aliada após a divulgação da conversa entre Michel Temer e Joesley Batista. O PMDB, que sente o cheiro de fritura de longe, já avisou que quer a Pasta.

#Joesley Batista #Michel Temer #PSDB

Temer deixou o cavalo da infraestrutura passar a sua frente

17/07/2017
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É possível que agora Michel Temer não tenha mais o que fazer, envolvido que está em não ser apeado do Planalto como chefe de organização criminosa. Mas houve época em que ele tinha mais tempo para tocar o governo. Se tivesse se debruçado sobre o trabalho feito sobre concessões e PPPs pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura (Sinicon), suas obras estariam de vento em popa. Rodolpho Tourinho, que ocupava a presidência da entidade, teve dezenas de reuniões com um grupo de trabalho interministerial, com cada um dos ministros e com o BNDES.

Incansável, Tourinho desenhou um mapa completo para que o programa de concessões deslanchasse, desde a regulamentação do project finance integral até os certificados de garantia em cada dos empreendimento. Tourinho faleceu (em maio de 2015) e deixou o alentado trabalho de posse da Abdib, entidade congênere ao Sinicon-Infraestrutura. Virou um documento cult, quase desconhecido. As concessões entraram em passo de cágado e foram entregues aos interesses kryptorepublicanos de Moreira Franco.

Deu no que deu. A maior parte delas ficou para 2018, e olhe lá. Não sobrou nem um rush de leilões encruados. De qualquer forma o plano anda por aí. Basta pedir o original a Petronio Lerche, presidente do Sinicon, ou a Venilton Tadini, presidente da Abdib. Ou mesmo ao BNDES, que guarda a memória das discussões.

#Abdib #BNDES #Michel Temer

Henrique Meirelles já não consegue nem ser âncora de si próprio

14/07/2017
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A lua de mel de Henrique Meirelles com Michel Temer, os empresários e próceres da base aliada, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eclipsou, ou, melhor, tornou-se pontilhada de fel. O ministro da Fazenda tem feito exigências, dificultado a liberação de verbas e mostrado soberba, inclusive nas reuniões com o grupo palaciano. A estratégia de Meirelles é capciosa: mantém sua palavra de permanecer no governo desde que suas diretrizes na economia sejam mantidas e ninguém o ofusque na sua esfera de atuação. O que em outras palavras quer dizer: “Não me contrariem que eu me mando”. Ocorre que a intocabilidade do ministro não é mais a mesma.

Meirelles é uma âncora em processo de corrosão e imersa em um chão viscoso. As reformas estruturais, sustentáculo do governo, já deixaram há muito de ser “As reformas que dependem do Meirelles”. A julgar pela velocidade dos fatos, caminham para serem as reformas de Rodrigo Maia ou de qualquer um que se apresente. O ministro reduziu bastante sua agenda de encontros com políticos – que já foi intensa quando a parte técnica da reforma da Previdência estava sob sua alçada. Sua presença no Congresso era algo de marcial.

Hoje a maior interlocução com os parlamentares é realizada pelo Secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida. Os políticos acham chato o papo com Meirelles. O sucesso na política anti-inflacionária e na redução dos juros já foi depositado na conta do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Na área fiscal, os números obtidos na gestão do ministro são os piores da história republicana. O Brasil vai acumular um déficit primário de cerca de R$ 500 bilhões no triênio que se encerra em 2018, o maior já registrado no país.

A dívida pública interna alcançará cerca de 90% do PIB. De âncora fiscal, portanto, o ministro não tem nada. Desemprego, recessão, atraso nas concessões, não há nada para ser mostrado na vitrine. Há ainda a presença de Paulo Rabello de Castro no BNDES, avaliada por Temer e pela Fiesp. Há o aconselhamento de José Marcio Camargo e Marcos Lisboa a Rodrigo Maia. Existe também a expectativa de respingo da delação de Antônio Palocci. E mais: foi iniciada a safra despudorada de Medidas Provisórias para compensar os parlamentares que votarem atendendo aos interesses palacianos.

A torrente de MPs corresponde a algo como “Não me enche o saco com política fiscal”. Finalmente, há o recurso ao aumento de impostos, que, na linguagem do mercado, pode ser traduzido como “Vai para casa, Meirelles”. Aos poucos, portanto, o ministro vai se transformando em uma cópia enrugada de Joaquim Levy, que, pelo menos, podia atribuir a calamidade a Dilma Rousseff. Meirelles é um busto encrostado em praça pública em homenagem ao ministro que ele foi um dia, sobrevoado por passarinhos prontos para fazer xixi na sua cabeça.

#Henrique Meirelles #Ilan Goldfajn #Michel Temer

Planalto já lança em balanço o racha tucano

13/07/2017
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O Palácio do Planalto contabilizava ontem uma importante vitória política: o racha dos governadores tucanos. Se Beto Richa partiu de vez para a “oposição”, Michel Temer conseguiu evitar o desembarque definitivo de Geraldo Alckmin, ao menos até a votação do pedido de abertura de processo contra ele na Câmara. Além disso, nas contas do governo, Marconi Perillo, de Goiás, Pedro Taques, do Mato Grosso, e Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul, estão fechados com Temer. A expectativa do Palácio é que as bancadas do PSDB nos três estados votem contra o afastamento de Temer da Presidência. Na planilha de Eliseu Padilha, são oito votos a mais a favor do governo.

#Beto Richa #Geraldo Alckmin #Michel Temer

Temer invade as redes sociais

12/07/2017
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O Palácio do Planalto vai lançar ainda nesta semana uma estratégia para impulsionar a comunicação do governo nas mídias sociais. O plano de ação foi delineado a toque de caixa nos últimos dois dias. A ordem é bombardear as redes com boas notícias da economia. O Planalto pretende também utilizar as contas oficiais de Michel Temer no Twitter e no Facebook para centralizar a divulgação de fatos com maior impacto social, como, por exemplo, a entrega de imóveis do Minha Casa, Minha Vida. Alguns destes eventos serão transmitidos online nos perfis do presidente da República. A operação de guerra prevê também a postagem mais frequente de vídeos gravados pelo próprio Temer, a exemplo da mensagem veiculada na última quinta-feira antes da sua viagem à Alemanha. Segundo medições da área de comunicação do Planalto, o expediente tem razoável eficácia pela reprodução dos vídeos nas próprias redes sociais e do áudio em emissoras de rádio.

#Michel Temer

“Partido do Ceará”

12/07/2017
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O interesse “pátrio”, ao que parece, cala fundo no governador do Ceará, Camilo Santana. O petista tem defendido o nome do tucano Tasso Jereissati para suceder o presidente Michel Temer em caso de eleição indireta no Congresso. Desde já, apoia ainda a candidatura do também conterrâneo Ciro Gomes em 2018. E o PT, partido de Santana? Viria de vice, com Fernando Haddad.

#Ciro Gomes #Michel Temer

Farelos de poder

10/07/2017
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Seja Michel Temer, seja Rodrigo Maia, pouco importa: a tropa governista da Câmara já duela pelas quatro pastas tucanas que deverão voltar às páginas dos classificados nos próximos dias. PMDB e DEM são os mais ávidos pelas cadeiras de Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes Ferreira (Itamaraty) e Luis linda Valois (Direitos Humanos). A bancada do PSDB se reúne nesta semana para formalizar a rebelião contra o presidente Temer, liberando seus deputados para votar contra o governo na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário da Câmara.

#DEM #Michel Temer #PMDB #Rodrigo Maia

Daqui não saio…

5/07/2017
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Amanhã, pouco antes de embarcar rumo à Alemanha, Michel Temer vai gravar um vídeo para as redes sociais – mais uma produção do publicitário Elcio Mouco, seu marqueteiro de confiança. Na mesma linha de seus recentes pronunciamentos, Temer usará o filmete para reafirmar sua permanência no cargo.

#Michel Temer

Janot pede bis contra Moreira e Padilha

5/07/2017
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O cerco se fecha em torno de todos os homens do presidente. O RR apurou que, nos próximos dias, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai encaminhar ao STF nova denúncia contra Eliseu Padilha e Moreira Franco. O pedido de abertura de processo se baseia nas investigações contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima e na delação do doleiro Lucio Funaro. Em seu depoimento, Funaro teria revelado o repasse de propina para os dois ministros palacianos. Como disse o próprio Janot, ele ainda tem muita flecha para disparar antes de deixar a PGR, em setembro. A primeira denúncia da PGR contra os dois aliados figadais de Michel Temer foi encaminhada ao STF em março, a partir da delação de executivos da Odebrecht. Até hoje, a Suprema Corte não se manifestou. Temer já declarou que, se um ministro do seu governo virar réu, deixará o cargo. Pelo andar da carruagem, muito em breve terá a oportunidade comprovar se a promessa era para valer.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Rodrigo Janot

Primeiramente, fora…

3/07/2017
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As redes sociais têm permitido à comunicação do Palácio do Planalto medir em tempo real a “popularidade” de Michel Temer. Cada post de Temer no Twitter, por exemplo, recebe, em média, 98% de comentários negativos.

#Michel Temer #Twitter

Meirelles é o estraga-prazer do governo Temer

23/06/2017
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está mostrando que “pau que dá em Chico bate em Francisco”. Meirelles tem dificultado todas as ações solicitadas por Michel Temer e o grupo palaciano para reanimar a economia. Ele condiciona os gastos à obtenção das receitas extraordinárias. E as receitas andam a passos de cágado. O ministro simplesmente se recusa a usar o expediente de empurrar despesas para o ano que vem usando a rubrica orçamentária dos restos a pagar.

Meirelles tem restringido o voo do novo darling do governo, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, solicitando que o banco devolva recursos devidos para que o buraco do déficit primário seja contido e a Fazenda fique mais confortável para liberar novos gastos. Só que o dinheiro do BNDES está sendo guardado para mimosear os empresários e não sanar o caixa do governo, o que tem significado fiscal, mas nenhuma valia política. Meirelles sentou em cima do Refis o quanto pode, mesmo ele representando uma ajuda ao equilíbrio nas contas no curto prazo. E não libera a correção da tabela do Imposto de Renda.

O argumento do ministro da Fazenda é que o alívio no torniquete deve ser precedido pela aprovação das reformas, o que terá um efeito de transmissão para o fiscal por meio das mudanças das expectativas. Só que também não se sabe quando as reformas passarão. Henrique Meirelles continua sendo a âncora do presidente Temer na economia. E não consta que ele tenha ido para o governo para se desdizer e fazer o que o seu mestre mandar. Portanto, quem pariu Mateus que o embale. Se depender do termômetro do ministro da Fazenda, o clima será seco, quente, quase asfixiante, em todo o país.

#BNDES #Henrique Meirelles #Michel Temer

Agenda nuclear

23/06/2017
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A agenda nuclear foi o que mais bombou na visita de Michel Temer à Rússia. Muito em breve, os projetos serão descortinados.

#Michel Temer

A mão de ferro de Michel Temer sobre a propriedade privada

20/06/2017
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O governo Temer está reagindo à Lava Jato com a adoção de um “intervencionismo democrático”. A resposta às recorrentes operações do Ministério Público e da Polícia Federal são Medidas Provisórias a granel, todas a título de proteção do mercado, que mais intimidam do que tranquilizam. A última geração das MPs na fronteira dos atos de exceção ainda fervilha nos tubos de ensaio do laboratório do Planalto. Com o discurso salvacionista das empresas e dos acionistas minoritários, o novo dispositivo judicial permitiria intervir na gestão e no controle da propriedade privada.

Os empresários responsáveis por danos ao mercado e ao Estado, condenados por delitos graves na área econômica, seriam obrigados a alienar sua participação societária. A depender do ângulo, parece justa a intervenção. Em casos como os da JBS e da Odebrecht, quem paga o pato pela má conduta dos donos é a empresa, seus funcionários, fornecedores a acionistas. Enquanto os controladores estão à frente da companhia, ela será submetida a punições mais prolongadas por inidoneidade, terá dificuldades nos seus acordos de leniência, verá o business ser contaminado pelo marketing da imoralidade dos seus proprietários, e massacrada por todas as instâncias do próprio governo.

Os que esgrimem em favor dessa argumentação lembram o Proer, quando os donos dos bancos foram forçados a se afastar do controle das instituições. Só que no Proer, é bom que se faça a ressalva, os bancos estavam quebrados. A outra ótica é a do grito de alerta contra o arbítrio em relação à propriedade privada. Os critérios que determinariam a intervenção são de tangibilidade discutível. O governo também poderá julgar onde e como quer intervir. Ao contrário do que se propõe, a MP pode se tornar uma ode à insegurança regulatória e uma péssima mensagem ao capital estrangeiro.

Mas Temer não está para brincadeira. A MP da alienação do controle das empresas privadas será apenas mais um ponto cardeal de uma estrada em construção. De certa forma, o governo já tem ensaiado ou mesmo adotado medidas que caminham nessa direção. Foi o caso da “MP das Concessões”, cuja gestão foi confirmada por agências reguladoras, que permitirá a intervenção em qualquer concessionária ou permissionária de serviços públicos, de operadoras de telefonia a aeroportos, rodovias e ferrovias – o governo, que não pisa no próprio calo, tirou as concessões de radiodifusão dessa lista.

O dispositivo bate de frente com a Emenda Constitucional no 8. Em seu artigo 2o, ela diz que: “É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional” – o inciso XI trata exatamente da exploração dos serviços de telecomunicações, pela União ou mediante autorização, concessão ou permissão. Mas o governo já anunciou que seus tentáculos invadirão todas as empresas de infraestrutura sob o regime de concessão ou PPP.

A ideia permanece no paiol, mas a essência da blitzkrieg já está materializada, por exemplo, na Lei 13.448/17, que abriu espaço para o governo decretar a caducidade e retomar as concessões das rodovias licitadas em 2013 e 2014. Está também no espírito da MP 784, que inaugura um novo jugo nas áreas de regulação e fiscalização do setor financeiro, permitindo – ou estimulando – que as empresas negociem com o Banco Central e a CVM acordos de leniência na esfera administrativa. Os poderes de ambas são turbinados. O limite de multa máxima do Banco Central saltou de R$ 250 mil para R$ 2 bilhões. Já o limite de multa da CVM disparou de R$ 50 mil para R$500 milhões. O conjunto de MPs, a despeito do juízo do mérito, enfeixa o governo de um poder descomunal. É prepotente, arbitrário, invasor de direitos. Temer, definitivamente, quer mostrar que sabe reagir à altura.

#Lava Jato #Michel Temer

Prestidigitação

19/06/2017
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Sandro Mabel deixou o posto de assessor especial da Casa Civil, mas algum sósia dele continua no Palácio do Planalto. E tem cumprido uma série de missões para Michel Temer, especialmente na distribuição de cargos para a base aliada.

#Michel Temer #Palácio do Planalto

Rubens Ometto só colhe ingratidão do governo

14/06/2017
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Rubens Ometto, dono da Cosan, é um dos raros empresários que apoia publicamente o governo – vide sua presença em jantar de desagravo ao presidente Michel Temer, há cerca de duas semanas em São Paulo. No entanto, seu sentimento é que tem colhido muito pouco para o tanto que semeia. Os mais importantes projetos da Rumo Logística, uma de suas empresas, estão parados nos escaninhos do Poder à espera de respostas que não chegam. Ometto comprometeu-se a investir quase R$ 5 bilhões na expansão e modernização da malha ferroviária da companhia.

Há poucas semanas, também acenou ao governo com o interesse em participar do leilão de concessão da Ferrovia Norte-Sul no trecho que cortará São Paulo, Minas, Goiás e Tocantins – um dos empreendimentos incluídos na PPI. Estes dois movimentos, no entanto, estão condicionados à renovação antecipada, por mais 30 anos, da licença da Malha Paulista, uma das principais operações da Rumo. Ocorre que o pedido hiberna na ANTT há mais de um ano. Nem mesmo as insistentes gestões de Ometto junto aos ministros palacianos, Moreira Franco e Eliseu Padilha, têm ajudado a desatar o nó. Curiosamente, não é apenas na esfera federal que Rubens Ometto vem se deparando com a falta de carinho dos governantes que apoia.

Pulando de Brasília para São Paulo e da área de logística para o setor de energia, o empresário tem motivos de sobra para estar decepcionado com Geraldo Alckmin. Ometto não vê qualquer esforço do governo Alckmin para resolver o impasse entre a Comgás, outra de suas empresas, e a Arsesp. Desde o fim do ano passado, a distribuidora está em um embate com a agência reguladora de serviços públicos de São Paulo por conta da revisão das tarifas do gás.

É mais um enrosco que engessa os planos empresariais de Ometto. Enquanto não houver uma definição para os preços do insumo em São Paulo, a Comgás não vai se arriscar a levar adiante o plano de consolidar outras distribuidoras do setor – um dos alvos seria a participação de 49% da Cemig na Gasmig. Consta, aliás, que Ometto abordou o assunto com o governador Alckmin no próprio jantar oferecido ao presidente Temer. Saiu de lá sem a sobremesa que tanto queria.

#Michel Temer #Rubens Ometto #Rumo Logística

Lembranças de Pequim

14/06/2017
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Vai dar no Beijing Daily: a iminente delação de Rodrigo Rocha Loures deverá colocar foco nas relações sino-brasileiras de Michel Temer, desde a época em que ele presidia a Câmara dos Deputados. No momento em que o governo tenta estreitar os laços entre os dois países, especialmente na área de infraestrutura, não é a melhor das notícias.

#Michel Temer

Com a palavra, o Palácio do Planalto

14/06/2017
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Em relação à matéria “Governo Temer lança uma agenda nuclear em meio a crise”, publicada na última segunda-feira, o Palácio do Planalto entrou em contato com o RR para esclarecer que “inexistem discussões no governo sobre eventual revisão de sua adesão ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP)”. Segundo a assessoria da Presidência, recentemente “o país renovou seu compromisso com o Tratado ao participar do I Comitê Preparatório à Conferência de Exame de 2020 do TNP, realizada em Viena”. Ainda de acordo com o Planalto, o governo reafirma também “seu compromisso com o uso somente civil da energia nuclear.” O Relatório Reservado reitera as informações publicadas sobre os debates em andamento nas Forças Armadas, com o conhecimento do Planalto, sobre a mudança de postura do Brasil em relação ao TNP. A fonte do RR não poderia estar mais bem situada.

#Michel Temer #Palácio do Planalto

Inferno na torre

13/06/2017
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Os aeroportos brasileiros vão ferver… Os funcionários da Infraero preparam uma operação- tartaruga contra a decisão de Michel Temer de esquartejar e vender a estatal. Consultada, a empresa diz que “conta com um plano de contingência em caso de eventualidades.”

#Infraero #Michel Temer

Governo Temer lança uma agenda nuclear em meio a crise

12/06/2017
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O Palácio do Planalto está reabrindo uma questão tão estratégica quanto diversionista. Segundo informações do boletim Insight Prospectiva, que circula com exclusividade entre assinantes, há discussões ainda embrionárias no governo para que o Brasil deixe o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, assinado por FHC em 1998. O primeiro aceno neste sentido foi dado com a recente entrevista do ministro do GSI, Sergio Etchegoyen, com críticas à participação do país no acordo.

O comandante do Exército, general Villas Bôas, teria, inclusive, abordado o assunto, por uma questão de mesura, em conversa reservada com o próprio Fernando Henrique, durante sua recente palestra no Instituto FHC. O maior clamor pela saída do Brasil do Tratado vem exatamente da área de Defesa. O argumento é que o país abriu mão de um quesito fundamental para a segurança nacional ao passo que nações instáveis dominam a tecnologia de produção de armas atômicas, casos de Irã e Coreia do Norte.

Procurados pelo RR, o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa não se pronunciaram. Os signatários do Tratado estão impedidos de desenvolver tecnologia nuclear com fins armamentistas. Ao menos em tese. Estados Unidos, Rússia (então União Soviética), Inglaterra, França e China, que já tinham avançados programas na área, tiveram permissão para tocar seus projetos. Além de questões relacionadas à Defesa, o entendimento é que a permanência no Tratado é um fator de atrofia para o país no campo da inovação. As amarras impostas pelo pacto inibem avanços em áreas como energia ou na medicina.

#Michel Temer #Palácio do Planalto

A crise vai para a Rússia ou fica no Brasil?

9/06/2017
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No Palácio do Planalto, discute-se a possibilidade de o presidente Michel Temer cancelar sua viagem à Rússia e à Noruega, prevista para o próximo dia 21 de junho. A avaliação no entorno de Temer é que não há “teto” para ele deixar Brasília neste momento. Pelo jeito, neste e em qualquer momento. Há cinco meses, o presidente da República não faz uma viagem internacional – a última, fora da agenda, foi para acompanhar o velório de Mario Soares, em Portugal. Em tempo: se Temer, de fato, suspender a viagem à Europa, FHC não poderá repetir uma de suas frases preferidas, que talhou quando o então presidente José Sarney saía do país: “A crise viajou”.

#Michel Temer

Nova lei põe Temer e operadoras rodoviárias em rota de colisão

8/06/2017
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Como se já não tivesse problemas em altíssima escala, o governo Temer está às portas de um contencioso com um grupo de empresas de infraestrutura – diga-se de passagem, uma espécie de “Clube da Lava Jato”, que inclui CCR, Invepar, Triunfo e Galvão Engenharia. Todas elas arremataram concessões rodoviárias na 3ª etapa dos leilões da ANTT, em 2013 e 2014, e agora se mobilizam para entrar em bloco na Justiça. A medida é vista como a única saída para brecar os efeitos da Lei 13.448/17, sancionada por Michel Temer na última segunda-feira.

Ela abriu caminho para a retomada e a relicitação das licenças. Originária da MP 752, a nova lei excluiu a possibilidade de revisão dos investimentos e dos prazos, como pleiteavam as concessionárias. As companhias pediam um intervalo de 12 anos para concluir a duplicação das rodovias. No entanto, a exigência de cinco anos foi mantida. No fim de semana passado, o ex-governador baiano e hoje presidente da Associação Brasileira das Concessões Rodoviárias (ABCR), Cesar Borges, fez uma série de gestões em Brasília no intuito de convencer o presidente Michel Temer a não sancionar a lei.

Em vão. Formalmente, a ABCR adota um tom conciliador. Consultada, afirmou que a lei “prevê procedimentos para que as empresas possam fazer uma devolução amigável de contratos (relicitadas)”. No entanto, intramuros, as concessionárias avaliam que o governo foi intransigente nas negociações e não levou em consideração a crise econômica e a queda de tráfego nas rodovias. Neste cabo de guerra, o que menos importa é quem tem razão. O contencioso vai para a conta da FBCF, da taxa de desemprego, do PIB etc.

Cresce o risco de que o imbróglio paralise de vez os investimentos em mais de cinco mil quilômetros de rodovias. No atual ambiente político e econômico, não há qualquer garantia de que as concessões eventualmente retomadas pelo governo sejam relicitadas a curto prazo. Em extensão, as concessões da chamada 3ª etapa equivalem à metade de quase todas as rodovias federais já sob gestão privada.

Com uma Lava Jato nas costas, somada à maior recessão da história do país, as operadoras não seguraram o tranco. Todas as obras estão atrasadas ou paralisadas. A Invepar, por exemplo, só conseguiu duplicar um terço dos quase mil quilômetros da BR 040 entre Juiz de Fora e Brasília. A CCR suspendeu as obras da BR-163 no início de maio. O caso mais grave é da Galvão Engenharia. A empresa só teria ampliado até agora algo como 8% do trecho total da BR-153 entre Goiânia e Gurupi (TO).

#CCR #Invepar #Lava Jato #Michel Temer

Arquivo Temer

6/06/2017
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Apareceu o Porto de Santos na conta de Michel Temer, conforme antecipou o RR nas edições de 22 de março de 2016 e 21 de março de 2017. Agora falta o álcool da BR Distribuidora, pedra cantada pelo RR nos dias 28 de setembro de 2015 e 21 e 22 de março de 2016.

#BR Distribuidora #Michel Temer

O cofre vazio fala mais alto

5/06/2017
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A cúpula do PT tem feito duras críticas à postura do cinco governadores do partido em relação a Michel Temer, especialmente após o estouro do grampo da JBS. A avaliação é que todos se encolheram de forma excessiva, evitando declarações mais agudas contra o presidente. O comedimento é atribuído à extrema dependência dos recursos da União, a começar por Fernando Pimentel, que carrega sobre os ombros um déficit projetado para este ano superior a R$ 8 bilhões. Isso para não falar dos seus próprios enroscos com a Justiça.

#JBS #Michel Temer #PT

Brasilianas

1/06/2017
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Lula torce em silêncio para que Michel Temer prossiga no cargo, se esvaindo em sangue por todos os poros.

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O entorno de Nelson Jobim aguarda um eventual acordo de delação premiada do banqueiro André Esteves. Jobim não quer ser presidente só até 2018, mas, sim, prosseguir até 2022.

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O Palácio do Planalto tem informações seguras de que o deputado da mala, Rodrigo Rocha Loures, está fazendo sua “delação” todos os dias. Pela imprensa.

#André Esteves #Lula #Michel Temer

Blindagem

1/06/2017
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Bernardinho, recém-filiado ao Partido Novo, tem sido aconselhado a deixar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, vulgo “Conselhão”, como um gesto de distanciamento do governo Temer. Aliás, para que mesmo serve o “Conselhão”?

#Bernardinho #Michel Temer

Carta Magna

31/05/2017
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A tese do indulto animou o início da semana em Brasília. O perdão está previsto na Constituição, que, em seu artigo 84, inciso XII, dá ao presidente da República o direito de inocentar criminosos condenados. Quem indultaria Temer, se o caminho fosse esse, seria Rodrigo Maia, então no exercício interino da presidência. Até mesmo o conhecido “juiz Lalau”, condenado por desvios no TRT, teve seu crime de corrupção perdoado pela presidente Dilma Rousseff.

#Dilma Roussef #Michel Temer #Rodrigo Maia

Criança triste

31/05/2017
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A grave crise política e os rasteiros índices de popularidade de Michel Temer têm freado a agenda de viagens da primeira-dama Marcela Temer para apresentar o Programa Criança Feliz.

#Marcela Temer #Michel Temer

A força de Temer

31/05/2017
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Sinal da “força” de Michel Temer: o Senado sequer marcou a data da sabatina de Alexandre Barreto de Souza, indicado pelo Planalto para a presidência do Cade há mais de um mês.

#Michel Temer

Antas de plantão

30/05/2017
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O RR não cansa de falar: o maior crime da chapa Dilma RousseffMichel Temer é a omissão nos acordos de leniência. É uma ignomínia que, com mais de 13% de desemprego no país, não haja nenhum caminho sem obstáculos da burocracia.

#Dilma Roussef #Michel Temer

“Maldade”

30/05/2017
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O presidente do Insper, Marcos Lisboa, ficou chateado, mas muito chateado mesmo com a “maldade” do grampo de Michel Temer. Chegou a pensar até em se manifestar.

#Insper #Michel Temer

BC dá ou desce?

29/05/2017
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No mercado, fala-se que o escândalo Temer colocou novamente em xeque a independência do BC. A piadinha é pesada: se o BC reduzir os juros até 1%, é autônomo; mais do que isso, é uma casa de cômodos da Presidência da República. O Planalto vazou nas mídias que Michel Temer pretende incluir no seu saco de bondades um corte da Selic de 1,25%, a ser aprovada na reunião do Copom, nos próximos dias 30 e 31.

#Copom #Michel Temer

A ausência de Temer

25/05/2017
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A ausência de Michel Temer, ontem, no anúncio da ação de Garantia da Lei e Ordem no DF foi mais eloquente do que as palavras não ditas pelo general Sergio Etchegoyen ao lado do ministro Raul Jungmann. O último refúgio de Temer é o silêncio obsequioso dos generais.

#Michel Temer

A Operação Lava Jato que se cuide: os pragmáticos estão chegando

24/05/2017
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A proposta de um circuit breaker na Lava Jato espocou, ontem, em Brasília, São Paulo e Rio, os três pontos cardeais da política, como o elo ideal de um acordo entre os partidos para a sucessão do presidente Michel Temer via eleições indiretas. Segundo as informações vindas dessas três direções, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e o próprio Rodrigo Maia seriam favoráveis a um pacto que levasse em consideração um mínimo de previsibilidade no cenário nacional, o que incluiria dar continuidade às reformas já decididas, apoiar a política econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e congelar o risco Lava Jato até as eleições de 2018. Esta última premissa implicaria um waiver para a frente em delações premiadas, vazamentos seletivos e prisões coercitivas, entre outras práticas menos votadas.

O ponto de concórdia é que o país é maior do que a República de Curitiba. A tarefa exige alinhamento total entre os astros. Primeiro é necessário convencer a obstinada força-tarefa curitibana, e suas ramificações paulistas e cariocas, além dos bolsões radicais, porém sinceros, da Polícia Federal. Esse agrupamento tem monopólio de informações comprometedoras capazes de enrubescer até o mais longevo chefão do FBI, Edgar Hoover, caso ele estivesse entre nós.

Depois é preciso articular a mídia, que teria de ser mais parcimoniosa em relação ao provável ataque de vazamentos. Seria obrigatório acertar com Lula como ficaria o seu passivo de sete inquéritos quase repetitivos, já que o waiver a ser acordado é para o porvir e não para trás. E finalmente o entendimento exigiria uma saída sem constrangimento prisional a Michel Temer. Tudo passaria pelo crivo do Supremo Tribunal Federal, anfiteatro do pacto nacional. Em uma visão cínica, eventuais ressalvas às concessões no acordo não seriam excepcionais, tendo em vista decisões de imensa magnitude pragmática tais como a premiação pela delação de Joesley Batista.

O jurista Nelson Jobim é a unanimidade entre os poderosos para assumir o papel de negociador e liaison entre o Congresso e o STF. O maior desafio, contudo, é explicar essa colagem para o distinto público. Apesar de que algumas forças da mídia já ensaiam a defesa da tese na antessala de qualquer acordo. Por enquanto, há mais desejo do que encaminhamento factível pelas partes interessadas.

#Eleição Nacional -2018 #Lava Jato #Lula #Michel Temer

Lula vai ao ponto: “Diretas Já”, mas nem tanto

23/05/2017
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Nas coxias dos festejos de posse da nova diretoria do PT municipal de São Bernardo dos Campos, na última sexta-feira (19), o grito de “Diretas Já” soou abafado pela preocupação com as suas próprias consequências. Ao longo do fim de semana, Lula, Ruy Falcão e juristas do partido se dedicaram a decifrar as possibilidades de conflito jurisdicional entre as decisões do TSE, do STF e do Congresso Nacional nas múltiplas hipóteses de desfecho do governo Michel Temer. Falou-se mais sobre o Amazonas do que sobre a PEC do deputado Miro Teixeira propondo a escolha imediata do novo presidente pelo voto popular.

A jurisprudência reafirmada com a cassação pelo TSE da chapa do governador e vice-governador amazonenses e a determinação de que sejam realizadas eleições diretas deixa um flanco por onde passaria a escolha popular para o substituto de Temer. No cenário sobre o qual os petistas mais se debruçam, entre 6 e 8 de junho, o TSE cassaria a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, a julgar pela carrada de provas de uso ilegal de dinheiro. O presidente também pode ser apeado por processo penal, mas o prazo para que isso ocorra antes dos 14 dias que faltam para a decisão do TSE parece exíguo.

No caso de impeachment, outra hipótese deste mosaico, esse, sim, ficaria para bem depois do julgamento das contas de campanha, ainda que Rodrigo Maia aceitasse de imediato um dos pedidos de afastamento protocolados na Câmara. Uma solução menos torturante seria a renúncia, conforme preconiza a mídia mais poderosa, que levaria diretamente ao art. 51 da Constituição com o Congresso elegendo em 30 dias o futuro comandante da Nação. Para Temer, essa hipótese faria sentido se negociada no âmbito do recurso ao STF caso o TSE decida pela cassação da chapa com Dilma Rousseff.

Lula e seus acólitos avaliam o quanto de gasolina devem despejar sobre o fogo ligeiramente aceso da militância. Uma primeira questão é a garantia de que, na hipótese de diretas, o presidente eleito poderá concorrer novamente em 2018 sem empecilho de ordem legal. Caso haja a menor possibilidade de restrição, o candidato do PT seria tampão, muito provavelmente o ex-ministro Celso Amorim.

O ex-presidente seria preservado para a próxima eleição. As diretas no curto prazo livrariam Lula do impedimento da sua candidatura, com eventuais e prováveis condenações em julgamentos de primeira e segunda instância. Mesmo que a batalha de Temer com o STF durasse até dezembro, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumindo o cargo nessa situação de dupla vacância do poder, não haveria  tempo para a realização do segundo julgamento do ex-presidente.

Se ganhar a candidatura, Lula deverá acusar perdas na integridade do discurso político. Provavelmente seria levado a fazer concessões em relação a algumas das principais iniciativas do atual governo, a exemplo da PEC do Teto e as reformas da Previdência e trabalhista. Mesmo alguns lulistas de carteirinha volta e meia repetem a máxima de Leonel Brizola: “Não confie no Lula.

Ele é capaz de trair até o último momento”. No caso em questão, trair a sua própria militância. Não seria a primeira vez. Na eleição presidencial de 2010, Lula mandou às favas seu compromisso de campanha e assinou a célebre Carta ao Povo Brasileiro. Quem sabe poderia fazer novas reformas e um controle de gastos sem um teto constitucional? Trocar seis por meia dúzia? E Lula seria crível para o sistema, que o odeia mais do que nunca?

Há também uma questão de fundo: quanto mais incendiar a militância mais fortes serão as pressões para que Temer renuncie antes mesmo de qualquer decisão do TSE, atitude esta que, por sua vez, jogaria água gelada nas diretas. Por essa ótica, seria de bom senso acalmar as ruas. Ou não, se a PEC de Miro Teixeira for para valer. Segundo a fonte do RR, Lula anima mais a torcida pelas eleições imediatas do que os dirigentes do PT. De contradição em contradição, o “Diretas Já” vai se aproximando de uma palavra de ordem oca.

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PT

Ibad 2, a missão

23/05/2017
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O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estaria articulando um manifesto dos empresários em apoio ao presidente Michel Temer.

#Fiesp #Michel Temer #Paulo Skaf

Idas e vindas de Temer

23/05/2017
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O recuo do presidente Michel Temer retirando o pedido ao STF para a suspensão do inquérito foi uma simples correção de rota. A defesa caiu em si que, caso o plenário do Supremo julgasse a favor do prosseguimento do inquérito, isso soaria como uma criminalização antecipada de Temer. A história do perito que identificou 70 pontos obscuros na gravação foi mais uma forma de justificar o meia volta volver.

#Michel Temer #STF

Temer não queria ser ouvido; por isso, acabou sendo “escutado”

22/05/2017
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Um dos enigmas do grampo de Michel Temer – a incapacidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em rastrear escutas e garantir a privacidade do presidente da República – foi respondido em parte ao RR por uma fonte do setor de informações das Forças Armadas. Por arrogância ou intenção proposital de não ter suas conversas monitoradas, Temer deixou “pontos vazios” e mandou relaxar os procedimentos de controle e segurança nas suas dependências. É até razoável aceitar que o porão do Palácio do Jaburu não estivesse entre as dependências mais visadas para que fosse montado algum sistema de averiguação.

Mas é estranho que Joesley Batista, um empresário notoriamente envolvido na Lava Jato, tivesse liberado seu ingresso de carro na guarita do Jaburu sem a obrigatoriedade de identificação. Ou mesmo que, com tamanha folha corrida, não fosse feita pelo menos uma revista protocolar no “convidado” – abrir pastas, palmear bolsos etc. Algo bem menos invasivo do que a busca realizada pela Alfândega norte-americana no ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim. Convém rememorar que foi o próprio Temer quem desautorizou a aquisição de equipamentos para interferência em dispositivos eletrônicos (ver RR edição de 18 de maio).

A metade do enigma da esfinge, portanto, está decifrada: o setor de informações não foi inepto nas suas responsabilidades. Foi Temer que não deixou o GSI funcionar. A segunda interrogação é de um silêncio ensurdecedor: o presidente agiu de caso pensado ou por se sentir acima de qualquer risco? É um dilema entre a criminalidade e a onipotência. Nenhuma das hipóteses abona plenamente Michel Temer.

Currículo do crime

O Serviço de Inteligência do Exército tem informações de que grandes facções criminosas, como o PCC, montaram uma espécie de “universidade do crime”, algo razoavelmente similar ao modelo adotado por grupos terroristas. Seus integrantes têm aulas sobre logística, armamentos, tecnologia etc. Em alguns casos, há um sistema de avaliação com notas, que serve como referência para “promoções hierárquicas”.

#Joesley Batista #Lava Jato #Michel Temer

Segredo de polichinelo

22/05/2017
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Um ponto relativamente menor diante do todo passou despercebido no diálogo grampeado entre Michel Temer e Joesley Batista. Em determinado momento, o empresário deixou escapar que o “Ministério do Planejamento é do Jucá”. Como em tantas outras partes do diálogo, não foi retrucado por Temer.

#Joesley Batista #Michel Temer #Romero Jucá

Tucano precipitado

19/05/2017
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O tucano Antonio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo da Presidência, foi criticado por líderes do PSDB pela ligeireza com que gravou um vídeo de apoio a Michel Temer. O filmete foi postado nas redes sociais antes das seis da manhã de ontem, assim como os depoimentos de Moreira Franco e Eliseu Padilha. Horas depois, a cúpula do PSDB discutia sua saída do governo, o que, por ora, não aconteceu.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #PSDB

Silêncio das ruas

19/05/2017
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Há uma brutal expectativa em relação à próxima pesquisa CNT Sensus para a Presidência da República, que deverá ser divulgada no mês de junho. Imagina-se que não será medida a popularidade do presidente Michel Temer.

#CNT #Michel Temer

Obra incompleta

19/05/2017
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Roberto Freire deixou o ministério de Michel Temer sem emplacar seu “maior”projeto na área cultural: o fim da comissão responsável por indicar o filme brasileiro candidato a candidato ao Oscar. Melhor para ele: a classe artística já preparava protestos contra o ex-comunista.

#Michel Temer

A serenidade das instituições sólidas

18/05/2017
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reinou na interlocução com o Palácio do Planalto desde o primeiro momento do estouro do escândalo das delações contra Michel Temer. Nenhum outro parlamentar teve o protagonismo de Maia, que, a partir das 19 horas, participou das reuniões com Temer e ministros palacianos e da área econômica. Maia tornou-se um fauno político, meio presidente da Câmara, meio presidente da República, a depender do impedimento de Temer, agora provável a despeito do julgamento pelo TSE da chapa de Dilma Rousseff com seu então vice.

No Legislativo, pipocaram manifestações pró-impeachment e renúncia de Temer, indo de um espectro que uniu de Alexandre Molon (Rede) a Ronaldo Caiado (DEM). A comunicação do STF e das Forças Armadas com o Planalto foi rarefeita, segundo o que foi possível o RR apurar nessa circunstância junto a fontes privilegiadas. As duas instituições têm seu papel hiperbolizado na atual crise como guardiãs da ordem e da moral, devido à contaminação do Congresso pela Lava Jato (um terço dos parlamentares está citado nas investigações).

Não foram apuradas maiores movimentações ou focos de tensão no Supremo nem no Alto-Comando militar. A fonte do RR informou que o liaison do STF com o Planalto foi o ex-ministro da Justiça e atual integrante da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. A ministra Carmem Lúcia, mencionada como potencial candidata à Presidência da República em uma eventual eleição indireta, não manteve contato co a cúpula do governo. Também não teria havido call, reunião de emergência ou mesmo um frisson de telefones cruzados entre os togados, conforme-se poderia imaginar.

O ministro do STF Edson Fachin – a quem cabe homologar ou não a delação de Joesley Batista, dono da JBS, comprometendo o presidente da República – comunicou o fato anteriormente a seus pares do Supremo. No início da noite, fechou-se no seu gabinete com assessores, não atendendo a demandas da imprensa. Nada vazou antes da hora D, quando “O Globo” soltou o artefato nuclear.

O ministro do GSI, general Sérgio Etchegoyen, comunicou-se com os comandos militares somente de fora para dentro do Planalto, por meio de informes da respectivas Segundas Seções das três Forças. Segundo apurou o RR, a principal preocupação foi com a segurança pública. Manifestações poderiam eclodir aqui e acolá – a exemplo do que aconteceu em frente ao Palácio do Planalto e na Av. Paulista.

O general Etchegoyen tinha motivo particular de incômodo ou de conforto, dependendo da ótica, pois recomendara ao gabinete presidencial que adquirisse equipamentos capazes de interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos, como celulares, gravadores ou câmeras, dentro do Planalto e do Jaburu e simplesmente teve sua orientação ignorada. O Brasil parecia que ia acabar nos jornais televisivos de ontem à noite. É provável que hoje a coisa ainda piore. Mas é bom saber que há serenidade nos polos cruciais de condução do país não contagiados pela suspeição.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer #Rodrigo Maia

A missão de Temer na “Operação Troca Dono”

16/05/2017
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A operação Lava Jato e o governo de transição de Michel Temer têm objetivos complementares declarados e não declarados. O combate à corrupção e a caracterização de Lula e do PT como núcleo central da roubalheira são bandeiras explícitas do Ministério Público. No caso do governo Temer, há concordância plena com a punição dos entes privados envolvidos na Lava Jato.

O alvo não declarado, contudo, é a mudança da titularidade e da geografia no controle societário dos grandes grupos empresariais. Digamos que Lula e o PT tenham aparelhado o Estado brasileiro, com a nomeação dos cargos de primeiro, segundo, terceiro, quarto e outros escalões de estatais e do setor público. Temer, por sua vez, quer aparelhar a grande burguesia nacional. Está dito no não dito.

A inação sobre o imbróglio da leniência é eloquente. Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, AGU, TCU e MP divergem em relação ao acordo, atrasam o processo de salvação das empresas e ninguém se apresenta para arbitrar o impasse. Com isso, BNDES, Petrobras, Banco do Brasil e governos importadores de serviço matam os principais conglomerados. Michel Temer et caterva não podem vocalizar oficialmente o projeto de “mudança societária na marra”. Mas, há francos porta-vozes à disposição. Exemplo: para o tucano Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, a Odebrecht deveria ser vendida.

No caso das empresas envolvidas na Lava Jato, ele sugere um modelo similar ao Proer, em que os controladores dos bancos foram afastados. A bola da vez dessa escalada para criação de um empresariado novo, cosmopolita – e, preferencialmente, sob o mando do capital estrangeiro – é a indústria da proteína (há sites que insistem irresponsavelmente que os bancos virão a seguir). Quando se fala nesse setor, fala-se da JBS. Há uma sequência de acontecimentos que induzem a pensar que os objetivos declarados da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal e os não declarados do governo Temer se reencontram agora na cadeia da proteína e, mais especificamente, na empresa dos irmãos Batista.

Nessa linha do tempo, não obstante seu impacto nocivo sobre o setor e as contas externas brasileiras, a Carne Fraca teria sido apenas um aquecimento para a operação deflagrada na última sexta-feira, com as diligências na sede da JBS e no BNDES e os mandados de condução coercitiva contra o empresário Joesley Batista e o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho. Grandes empresas do país podem ter cometido práticas condenáveis e devem ser punidas por elas. Isso não quer dizer que há de se concordar com um projeto de poder cujo objetivo seria deslocar o controle de algumas das maiores corporações do país que deram certo.

No caso da JBS, em 2009 a empresa empregava aproximadamente 19 mil pessoas. Cinco anos depois, esse número já beirava os 120 mil, contando apenas os postos de trabalho diretos no Brasil – hoje são 160 mil. Em 2007, as exportações da JBS somavam US$ 3,8 bilhões. No ano passado, bateram nos US$ 14 bilhões. Do ponto de vista do investimento em si, poucas vezes na história o BNDES fez um negócio tão rentável.

Se tivesse vendido sua participação na JBS quando a ação bateu nos R$ 17, em setembro do ano passado, o banco realizaria um lucro da ordem de R$ 6 bilhões – no momento do primeiro aporte da agência de fomento na empresa, em 2007, a cotação era de apenas R$ 7. O Brasil ganhou em todos os sentidos com a hegemonia no mercado mundial de proteína, o que tacanhamente é reduzido à aposta em um “cavalo vencedor”. Pode ser que haja um projeto em curso para desnacionalizar a JBS, entre outras corporações. Assim é, se lhe parece.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT

CNA vive um clima de impeachment

11/05/2017
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O armistício entre as federações do setor agrícola e o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, é um balão de voo baixo prestes a lamber, segundo apurou o RR. Os agricultores deram um voto de confiança a Martins sabendo que seu histórico não o favorece. Mas, frente à eminência de perder a batalha do Funrural, toda declaração de apoio é bem vista, mesmo que seja a de um notório traidor das causas do setor — e até agora ele não se manifestou categoricamente contra a cobrança do imposto.

Diversas federações chegaram a considerar um pedido de impeachment de João Martins, que, mesmo simbólico, teria um forte impacto dentro da comunidade corporativa do agrobusiness. Martins foi omisso em todas as disputas da área agrícola. Se mexeu pouco quando foi decidida a redução de verbas para o Plano Safra e calado ficou na discussão de corte dos subsídios para o setor. A gota d’água foi a bananice do presidente da CNA por ocasião da decisão do STF em relação à constitucionalidade da cobrança do Funrural.

Procurada pelo RR, a CNA não se pronunciou até o fechamento da edição. Segundo a ex-ministra da Agricultura e ex-presidente da CNA, Katia Abreu, foi o próprio Martins que recomendou ao Supremo a aprovação do gravame que pode quebrar centenas e centenas de agricultores. João Martins é próximo de Michel Temer, o que aumentou o potencial de crítica a sua passividade e omissão. A verdade é que o presidente da CNA se aproveita dessa convivência com o Planalto para exibir sua proximidade com o poder, andando no avião presidencial e participando de jantares privados com Temer.

Em entrevista ao RR, a senadora Katia Abreu criticou com veemência a postura do presidente da CNA. “Todo o Brasil me associa à CNA, só que eu estou afastada da presidência há dois anos e meio e nunca compactuei com essa imoralidade praticada pelo presidente João Martins. Isso, sim, foi uma traição aos produtores rurais. Ficar do lado de quem você foi ministra da Agricultura até o fim, com o barco afundando, isso não é deslealdade, é honestidade”, diz Kátia, referindo-se ao episódio da cassação do mandato de Dilma Rousseff, quando defendeu a presidente e permaneceu no governo até o último momento.

Katia Abreu afirma que todo o setor de agronegócios no Brasil “está sofrendo as consequências da má conduta do presidente da CNA, que sem consultar a diretoria da instituição, sem consultar as federações, teve uma atitude mesquinha e pagou caro o jantar da noite anterior com o presidente Michel Temer e, num acordo espúrio, aprovou e recomendou ao STF a confirmação da constitucionalidade do Funrural”. O mais provável, a despeito da brisa que sopra entre João Martins e os principais associados, é que o Conselho Superior da entidade detone a sua presença no comando da CNA neste final do ano. Martins terá batido um recorde na presidência da Confederação: nunca dantes um dirigente da entidade foi tão improdutivo para seus filiados.

#Katia Abreu #Michel Temer

Temer apela ao “Avançar no escuro”

11/05/2017
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Com o Programa Avançar, Michel Temer se rende ao keynesianismo de botequim, cria a “novicíssima” matriz econômica, manda o ajuste fiscal – e quiçá a PEC do Teto – para o espaço, lança um plano de investimentos sem projeto e inaugura o “New Deal” com motivação e prazos explicitamente eleitorais. Tomara que dê certo.

#Michel Temer

Falta de foro

9/05/2017
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima está bastante aflito com a falta de foro privilegiado. Chegou a tocar no assunto em recente conversa com Michel Temer no Planalto.

#Geddel Vieira #Michel Temer

Maçonaria é uma voz de apoio às reformas

5/05/2017
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Um parlamentar da bancada maçônica informou ao Relatório Reservado que a instituição vai publicar, na segunda quinzena de maio, uma carta aberta de apoio às reformas do governo de Michel Temer. Segundo a fonte, a iniciativa partiu do Grande Oriente do Brasil (GOB), a mais antiga Potência Maçônica, que reúne cerca de 2,4 mil Lojas e quase cem mil afiliados. Desde o Império, a atuação política da Fraternidade no Brasil sempre se deu à meia-luz, com articulações interna corporis.

Nos últimos anos, no entanto, suas posições têm sido externadas com alguma recorrência. À época do impeachment de Dilma Rousseff, circulou na internet uma mensagem de apoio ao afastamento da presidente atribuída à Maçonaria. Durante as seguidas manifestações contra o governo Dilma em 2015 e início de 2016, o movimento maçom protestou publicamente em algumas cidades. Em fevereiro do ano passado, um grupo chegou a se manifestar no Congresso. Vestidos de terno preto e luvas brancas – “para simbolizar a pureza e a honestidade” –, cerca de 250 representantes da Fraternidade se reuniram no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Quase dois anos antes, mais precisamente em abril de 2014, integrantes da Loja Maçônica Força, Lealdade e Perseverança 319 foram às ruas de São Paulo celebrar os 50 anos do golpe militar de 1964.

O site Avança Brasil, associado à Fraternidade, publica posicionamentos ou notícias favoráveis ao governo Temer. O RR fez seguidas tentativas de contato com o Grande Oriente do Brasil, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O que há em comum entre o próprio Michel Temer, os senadores Álvaro Dias, Romero Jucá e Valdir Raupp, o juiz Sergio Moro e 12 ex-presidentes da República, entre os quais o primeiro deles, o Marechal Deodoro da Fonseca, e Jânio Quadros? Todos são ou foram maçons.

Estima-se ainda que a bancada maçônica no Congresso tenha aproximadamente 60 integrantes. O mais célebre dos seus representantes no Parlamento nas últimas duas décadas hoje está no Palácio do Planalto. Temer se esquiva do assunto, mas foi membro da Maçonaria, mais especificamente da Loja Simbólica Colunas Paulistas, por 14 anos. Ingressou na Ordem em 4 de dezembro de 2001, como “aprendiz”. Passou pelo posto de “companheiro” e chegou a “mestre” em 4 de janeiro de 2004. Em 2015, quando já acumulava a vice-presidência da República com o “cargo” de aspirante à cadeira de Dilma Rousseff, solicitou o “Quite Placet”, o desligamento na linguagem maçônica.

Os próprios mistérios em torno da Maçonaria alimentam informações desencontradas e acabam contribuindo para a sua instrumentalização. Não transparente e vista como controversa, a Fraternidade tem sido usada de forma apócrifa ou falsa para fins de ataque político. De todo o modo, é fato que a instituição vem adotando uma postura mais ativa, inclusive em períodos eleitorais. No ano passado, a Maçonaria apoiou 27 candidatos a prefeito em todo o estado de São Paulo, dos quais 10 foram eleitos – o mais ilustre deles, João Doria.

#Michel Temer #Reforma da Previdência

Apoio policial

3/05/2017
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O governador Luiz Fernando Pezão decide até hoje à noite se pedirá ao presidente da República, Michel Temer, o reenvio de tropas federais para o apoio ao policiamento no Rio de Janeiro.

#Michel Temer #Pezão

O quarto de despejo de Michel Temer na economia

2/05/2017
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Michel Temer não quer saber do povo – e a recíproca é verdadeira. Ponto final. Vai governar de forma impopular junto aos ministros que sobrarem e os novos colaboradores que estão por vir, enfurnado com políticos da base aliada e enfeitando fóruns, seminários e eventos festivos do empresariado. É o que tem. As reformas serão à meia bomba. É o que pode.

Agora que alguns cortes de subsídios foram realizados, removeu-se o marco do conteúdo local – notadamente no setor de óleo e gás – e flexibilizaram-se algumas tarifas de importação, além da vitoriosa mudança das leis trabalhistas, é hora dos ajustes microeconômicos. Temer fará a rearrumação da malha de benefícios creditícios e incentivos fiscais, impondo contrapartidas em pesquisa e tecnologia. O mesmo será exigido para a manutenção da desoneração das folhas de salários de alguns setores acarinhados.

No automotivo, o rearranjo dos benefícios contemplaria a produção de carros elétricos, mas é amplo o ceticismo sobre o êxito da medida. A Lei de Falência terá uma nova atualização – a bilionésima primeira. Um dos empresários paparicados por Temer sugeriu que ele criasse uma zona de esforço compartilhado entre as estatais – Petrobras, BNDES, BB, Eletrobras etc. – para puxar o investimento em algumas áreas onde a geração de emprego fosse emergencial.

Uma espécie de “Sudene das estatais”. Temer aquiesceu, naquele seu estilo de quem concorda discordando profundamente. Mexer com estatais nesse momento, nem morto! O presidente vai entregar a simplificação do sistema tributário e a agilização das licenças obrigatórias para novos investimentos, mas ninguém acredita muito que os pequenos consertos despertem o espírito animal do empresariado. De qualquer forma, pretende chamar tudo de reforma. Já encomendou a entrega de um pacotão de pequenas correções e aperfeiçoamentos na engrenagem da economia. É preciso dar na vista.

A novidade é que serão terceirizados profissionais da academia e tecnocratas do setor privado para participar desse mutirão econômico. Uma leva desses luminares de fora do governo irá para a conta da Fazenda. Seus nomes já foram, inclusive, publicados no Diário Oficial. Diversas medidas vão na direção certa, mas significam o mesmo que lustrar os móveis de uma casa soturna, empoeirada e assombrada por uma legião de larápios de dentro e de fora do governo; um desemprego que teima em aumentar; um crescimento que, não fosse a revisão das contas pelo IBGE, beiraria o negativo neste ano, e uma nada redentora taxa de expansão do PIB entre 0,5% e 1%, em 2018. Tudo miúdo. A gestão Temer na economia cabe em uma quitinete. Melhor, cabe em um quarto de despejo.

#BNDES #Michel Temer #Petrobras #Reforma da Previdência

Conquistando a telinha

26/04/2017
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Depois de conquistar Silvio Santos e o SBT, que passou a veicular anúncios favoráveis à reforma da Previdência, Michel Temer vai agora atrás do apoio da Record e da Band ao projeto.

#Michel Temer #Rede Record #SBT #Silvio Santos

Não basta o discurso

25/04/2017
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O presidente Michel Temer deveria pedir emprestado o escriba dos discursos do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Cada pronunciamento do general é um modelo de fala à Nação. Mas, bobagem… Na boca de Temer não ia adiantar mesmo.

#Eduardo Villas Bôas #Michel Temer

MP das concessões descarrila no Congresso

18/04/2017
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Além da maior de todas, a reforma da Previdência, o governo está perdendo outras batalhas no Congresso. É o caso da Medida Provisória que autoriza a renovação antecipada de concessões, notadamente ferroviárias e rodoviárias. Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício de Oliveira, têm sido pressionados pela bancada ruralista a tirar o projeto da pauta de votação enquanto não for feita uma série de mudanças no texto original. Os insurretos são liderados pelo senador Ronaldo Caiado e pelo deputado Jovair Arantes, dois aliados escorregadios do governo Temer. Entre outras questões, os ruralistas exigem um percentual mínimo obrigatório para que as operadoras ferroviárias concedam direito de passagem em sua malha a outras concessionárias. Devem emplacar essa e outras imposições. O governo precisa votar o projeto até 3 de maio. Caso contrário, a MP caduca.

#Jovair Arantes #Michel Temer #Reforma da Previdência

A razão cínica da “Constituinte Já”

18/04/2017
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O jogo foi pesado nesses dias da Semana Santa. Com sua entrevista à Band, Michel Temer assumiu-se como o Pôncio Pilatos da sua própria ópera bufa. Denunciou o golpe em Dilma Rousseff, lavrado por Eduardo Cunha. Sua aquiescência foi uma confissão de cumplicidade. Lavou as mãos. As mesmas que estendeu a Lula sob o corpo de D. Marisa e estão novamente ao seu dispor.

O Plano B do PMDB de reeditar uma chapa com Lula na cabeça pode passar a ser o Plano A se houver somente uma boia salva vidas para todos. Ou seja: enquanto o TSE pensa sobre o andamento do processo de cassação da chapa Dilma/Temer, a conspiração para uma nova tabelinha PT/PMDB correria solta. Das cinzas, o renascimento. O ex-presidente reza a todas as santas de São Bernardo, Santo André e Diadema, por uma solução que o poupe de ter de partir para a briga.

Lula carrega evidências de crimes nas costas, tem dúvidas se seu exército atende o chamado para a luta e, o que é pior, teme, caso venha a ser preso, que ninguém vá para as ruas. Seria a sentença aplicada pelo povo. Só agendas diversionistas como a da Constituinte e do pacto o tiram dessa. O cacife que Lula dispõe é a resiliência de 30% do eleitorado. Mas, para esse jogo ser jogado, é preciso que emissários de todos os reinos se disponham a defender firmemente seu protetorado.

Os ex-presidentes da República, FHC à frente, alicerçam o pacto que seria firmado não em cima da Lava Jato, mas da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que tomaria posse neste ano. Eles conduziriam o governo Temer ao seu desfecho em 2018, fazendo do pacto um cordão sanitário, pelo menos do ponto de vista simbólico e ritualístico. É quase certo que a Constituinte teria uma participação especial da tropa do STF, que não pretende entregar de mãos beijadas o caminhão de poder arrancado dos últimos governos.

Nesse cenário em que a ficção flerta com a realidade, o condutor dos trabalhos seria o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, na condição de candidato a vice-presidente em uma virtual chapa com Lula. As reformas de Temer entrariam no bojo da Constituinte, passando, assim, a serem emendas com maior legitimidade. Com a mudança prevista da Constituição, tudo que foi operado pela Lava Jato, até a própria forma de funcionamento do Ministério Público, uma jabuticaba amarga que brotou na carta de 1988, fica sub judice ou na espera de reconstitucionalização.

Da boca para fora, a velha guarda dos parlamentares pregará a renovação da política. Ao mesmo tempo buscará a costura de um acordo que alivie as penas e reduza os dolos próprios e dos seus pares. O pacto é plural. A melhor metáfora seria a de uma orquestra sinfônica com um naipe de metais e uma seleta de violinos e violoncelos cortantes de tão afiados. Ou um filme de George Lucas, com a Constituinte voando na velocidade da luz e cuspindo leis como balas, sem poder errar o alvo. E as eleições representando o lado claro, clean, da força, trazendo a mudança e o rejuvenescimento. Há um quê de realismo mágico sem dúvida nesse enredo do RR. Um combinado de informações de cocheira com uma composição literária à lá Julio Cortázar. São muitas as predições a confirmar. Quem viver verá?

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PMDB

Prestígio em SP

17/04/2017
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José Yunes, o amigo de Michel Temer, tem usado de seu prestígio para ajudar um banco médio sediado em São Paulo a encontrar um sócio.

#José Yunes #Michel Temer

Quem não se comunica perde a batalha da Previdência

12/04/2017
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A reforma da Previdência não é apenas uma guerra política. Trata-se também de uma batalha da comunicação, ainda que, até o momento, marcada mais pela omissão do que pela artilharia dos seus combatentes. Essa semitrégua, no entanto, está com os dias contados. O Palácio do Planalto tem informações de que a oposição – leia-se PT e outros partidos de esquerda – prepara uma forte ofensiva nas redes sociais.

O ataque se dará com a produção de um vídeo cobrando as contradições do governo e de sua base aliada quando o assunto é aposentadoria. O filmete vai mirar em quatro nomes: o próprio presidente Michel Temer, Eliseu Padilha, José Sarney, todos do PMDB, e o tucano Aécio Neves. Segundo informações colhidas pelo Planalto, o protesto terá como slogan “Aposentadoria: devolvam a sua antes de tirar a nossa”. O Planalto está apreensivo com o impacto que a estratégia terá nas mídias sociais.

O engajamento de artistas e personalidades ligadas à esquerda certamente aumentará o poder de viralização do vídeo. A produção vai contrapor o discurso e a prática de lideranças políticas que trabalham pela aprovação da reforma da Previdência, mas não abrem mão de suas polpudas aposentadorias, a começar pelo próprio Michel Temer. O presidente se aposentou como procurador do estado de São Paulo com apenas 55 anos e recebe aproximadamente R$ 30 mil por mês.

Segundo as informações que chegam ao Planalto, Eliseu Padilha também terá seus segundos de fama. Desde os 53 anos, o atual ministro da Casa Civil recebe uma aposentadoria da Câmara dos Deputados em torno de R$ 20 mil. Aécio Neves também será citado: como ex-governador de Minas, ele embolsa cerca de R$ 18 mil. O vídeo vai bater ainda mais duro em José Sarney, imbatível na arte de empilhar aposentadorias.

São três, como ex -governador, ex-senador e servidor aposentado do Tribunal de Justiça do Maranhão, que lhe garantem uma renda mensal de R$ 73 mil Entre os próprios aliados, a percepção é que o Planalto está perdendo a guerra da reforma da Previdência pela sua própria soberba. Não obstante já ter cedido em diversos pontos da proposta, o governo é criticado pela inércia na comunicação. Há quase um mês, o Palácio discute a criação de uma campanha e a contratação de um nome, notadamente um artista, de grande apelo popular para convencer a opinião pública da necessidade de mudança nas regras da Previdência – ver RR edição de 17 de março. Pelo jeito, a oposição, mesmo fragilizada, será mais rápida no gatilho.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Reforma da Previdência

Forças Armadas são a instituição mais confiável do país; Congresso, a mais corruptível

6/04/2017
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Parece até que o Brasil voltou no tempo: as Forças Armadas são a instituição mais confiável do país, enquanto o Congresso Nacional é visto como a mais propensa de todas a corrupção. É o que revela sondagem realizada pelo Relatório Reservado junto a uma parcela da sua base de assinantes. A enquete, no modelo de respostas espontâneas, foi feita entre 27 e 31 de março.

Entre os 142 assinantes que participaram do levantamento, 67% apontaram a tríade Exército, Marinha e Aeronáutica como o estamento de maior credibilidade. A boa imagem das Forças Armadas não chega a ser uma novidade. O que chama a atenção é a diferença para os demais. A segunda instituição mais lembrada foi o MP, com distantes 10%. STF e Polícia Federal ficaram em terceiro e quarto, respectivamente com 7% e 5%. A seguir, a Igreja (4%), a imprensa (3%) e o TCU, com 2%. Por fim, apareceram o governo federal e o Congresso, cada um com apenas 1%. A reputação do Parlamento está mesma em baixa.

O Congresso foi citado por 36% dos entrevistados como a instituição mais propensa a atos de corrupção. O governo do Rio ficou em um nada honroso segundo lugar, com 13%. A Petrobras veio logo a seguir, com 10%, um indício de que a estatal ainda terá de trabalhar muito para recuperar sua imagem. Receita Federal e Polícia Militar empataram, cada uma com 6% dos votos. Ressalte-se a presença da própria Presidência da República na relação das instituições mais suscetíveis a corrupção, com 5%, mesmo percentual de citações ao Judiciário.

Na sequência, apareceram o Detran, a Polícia Civil e o governo de Minas Gerais, cada um com 4%. Com 3% surgiu o BNDES, possivelmente por conta das ilações que cercaram algumas operações do banco no governo do PT. Foram votados ainda a Fazenda, 2%, e o BB e a Polícia Federal, cada um com 1%. O RR também perguntou: “Qual é a autoridade que mais honra seu cargo?” Pule de dez: deu Sérgio Moro na cabeça, com 34%. Cármen Lucia ficou em segundo, com 17%. João Doria recebeu 15%; Jair Bolsonaro, 9%. Logo a seguir, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato (7%).

O top five é uma evidência de que o Brasil está cada vez menos “político” e mais “judicializado”. Se não vinculados ao Judiciário, Doria e Bolsonaro personificam em seus discursos o “político que não é político”. Os assinantes do RR mencionaram ainda o presidente da Petrobras, Pedro Parente, com 5%, e ACM Neto (4%). Apenas 2% citaram Henrique Meirelles como um personagem que honra seu cargo público, certamente um reflexo da crise econômica.

Os entrevistados mencionaram ainda Rodrigo Janot e Geraldo Alckmin, com 2% cada um, além da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, e de Gilmar Mendes, cada um com 1%. E Michel Temer? Ele aparece no rodapé da enquete, também com 1%. Michel Temer “brilhou” também na quarta e última pergunta: “Se possível, quem você tiraria de um cargo público?”. Entre os entrevistados, 38% cravaram o nome de Temer, mais do que o dobro do segundo colocado, Eliseu Padilha (15%).

Aliás, o Planalto pontificou nos três lugares mais altos do indesejável pódio: Moreira Franco chegou em terceiro, com 11%. Logo atrás, Luiz Fernando Pezão, com 10%. A relação dos “impeacháveis” seguiu com Romero Jucá e Aécio Neves, cada um com 5%. Henrique Meirelles recebeu 4% das respostas. Certamente por outros motivos, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, também foi citado por 4%. Entre os assinantes, 3% disseram que gostariam de ver Maria Silvia fora da presidência do BNDES. Rodrigo Maia foi outro lembrado por 3% dos consultados. Por fim, um fato curioso. Para 2% dos entrevistados, Sérgio Moro é que deveria ser afastado de suas funções. Devem ter lá seus motivos.

#Cármen Lucia #João Doria #Michel Temer #Sérgio Moro

Planalto troca a reforma da Previdência “ideal” pela possível

5/04/2017
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O governo decidiu aceitar uma reforma da Previdência mais light. A mudança de rota, que vinha sendo defendida pelos ministros políticos do Planalto, ganhou a concordância de Henrique Meirelles e a bênção de Michel Temer. A concepção de que a reforma era um fato consumado pelo impeachment deu muitos passos atrás. Mesmo a publicização da tragédia econômica decorrente da fórmula atual da Previdência não resistiu à versão tupiniquim da célebre frase do marqueteiro norte-americano James Carville: “É a voz do bolso do povo, estúpido!”.

O argumento é que é preciso passar a reforma já nesse primeiro semestre, pois a partir daí o calendário estará contaminado pelas eleições de 2018. Há ainda o risco do texto da PEC ser tão mutilado a ponto de transformar o projeto em um Frankenstein indefensável. Ou pior ainda: sequer haver votação. O governo precisa de 308 votos. Chegou a considerar que tinha 246 praticamente certos. Ou seja: faltavam 62 deputados para “trabalhar”.

Ontem, esse número subiu para 78. Portanto, caíram votos considerados garantidos. Há preocupação com o excesso de emendas parlamentares apresentadas (147) e a probabilidade de diversas delas obterem as 171 assinaturas necessárias para a alteração do texto enviado ao Congresso. Na verdade, não é mais o texto, mas sim os “textos”, que o próprio governo enviou offline. A ideia é encaminhar em off outras propostas.

São essas “alternativas”, a exemplo da idade da aposentadoria das mulheres, o busílis da reforma light. Uma proposta esperada é a alteração da emenda mais perversa de todas, a que estabelece um teto abaixo do mínimo para o auxílio a idosos deficientes. E todos os cálculos atuariais que foram feitos visando reordenar as contas públicas? Continuam valendo – em parte. A fórmula de acomodação do retalhamento do texto original com o projeto de longo prazo é tão singela quanto óbvia: incluir na PEC a previsão de que alguns pontos serão rediscutidos em um prazo posterior com objetivo de que as metas sejam atingidas. O governo ainda ganha muito aprovando uma reforma meia-bomba. E acaba, de fato, se a Previdência não sofrer modificações.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Reforma da Previdência

Cisne branco

5/04/2017
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O presidente Michel Temer segue soltando calculadamente o orçamento das Forças Armadas. Além da encomenda já confirmada de quatro corvetas, ao valor de US$ 1,8 bilhão, a Marinha deverá receber o sinal verde para contratar mais oito embarcações semelhantes.

#Michel Temer

“MP das Concessões” seria o Ato Institucional nº 1 do governo Temer

3/04/2017
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As recorrentes notícias sobre uma possível intervenção do governo na Oi, que chegaram ao ápice na sexta-feira com os boatos da edição de uma “MP das Concessões”, levaram o mercado a um estado de forte apreensão. A longo do dia, o assunto tomou os escritórios de advocacia de investidores institucionais e grupos interessados em participar dos leilões de privatização. As interpretações iam de que a MP não somente era inconstitucional como representava um “Ato Institucional” do atual governo sem precedentes desde o regime militar.

No caso específico das telecomunicações, o principal argumento utilizado é o da Emenda Constitucional no 8. Em seu artigo 2o, ela diz que: “É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional” – o inciso XI, por sua vez, trata exatamente da exploração dos serviços de telecomunicações, pela União ou mediante autorização, concessão ou permissão. A preocupação é abrangente, uma vez que a MP permite ao governo mudar as regras do jogo e intervir, sem critérios claros e objetivos, em qualquer concessão pública no país – além da telefonia, energia elétrica, óleo e gás, saneamento, transporte rodoviário ou ferroviário, aeroportos, rádio e televisão etc. O RR consultou três renomados escritórios de advocacia da área de M&A e a reação foi unânime: a medida cria um risco jurisdicional para todo o setor de infraestrutura.

Um dos juristas afirmou que o silêncio do governo acabará por materializar um monstrengo institucional capaz de abalar a credibilidade do país e gerar um cenário de insegurança no ambiente de negócios: “Essas coisas, a gente sabe como começam e nunca sabe como acabam”. O consenso entre as fontes do RR é que falar na ameaça de intervenção em qualquer concessão pública no momento em que o Planalto tenta colocar as PPIs na rua é de um contrassenso que beira a esquizofrenia. A insegurança criada pela possível MP é uma ameaça à privatização das 55 licenças que serão ofertadas ao mercado a partir do segundo semestre, entre ferrovias, rodovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão.

Soma-se ainda a péssima comunicação do governo em torno do assunto: a questão tomou conta do noticiário nos últimos dias sem que qualquer autoridade tenha trazido o assunto para si em on the records. Não por acaso, a celeuma criada pelo vazamento da suposta “MP das Concessões” causou grande incômodo no próprio Palácio do Planalto. Responsável pelas PPIs, o ministro Moreira Franco já teria identificado cheiro de pólvora disparada por fogo amigo. Por sinal, um “muy amigo” bem próximo. Mas o que faz menos sentido é a “MP das Concessões” ser cogitada no governo de um professor de Direito Constitucional. Com certeza, o presidente Michel Temer não conhece os detalhes do que estaria sendo urdido nos porões do Planalto.

#Michel Temer #MP das Concessões #Oi #PPI

Governo muda salário mínimo de olho na Previdência

30/03/2017
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No intervalo entre a aprovação do projeto de lei da terceirização e a reforma trabalhista – eufemismo para morte lenta da CLT -, o governo vai perpetrar a mudança da correção do salário mínimo. Trata-se de uma pedra cantada há muito tempo, tal como a extinção do crédito direcionado ou o aumento da idade com direito aos proventos da Previdência Social. Se pudessem, Michel Temer et caterva acabariam com o salário mínimo, visto como um dos bastiões da indexação que freia a economia e retroalimenta a inflação.

Mas, como diria o esquartejador, melhor ir por partes. Para o momento está prevista a mudança do reajuste do salário pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do último ano. A correção não mais levaria em conta a reposição da inflação passada, mas,sim, o inflation target perseguido. Se a inflação for menor do que a meta, melhor para o trabalhador.

A medida vigoraria somente em 2018. O governo acredita que ganha o embate da correção do mínimo com o discurso de que o aumento do poder de renda proporcionado pela queda da inflação terá um efeito mais do que compensatório em relação à reposição da inflação passada. Ficaria mantida a regra do ganho real, que corresponde à variação do PIB do penúltimo ano (Lei no 12.382/2011).

Como se sabe, o ganho real será nulo qualquer que seja a fórmula de reajuste do mínimo em 2018, pois o resultado do PIB foi negativo. A mudança da base de correção do mínimo tem um olho no bolso do trabalhador e o outro nos custos da Previdência Social. É possível que ela permitisse até alguns arreglos no texto da reforma. Por exemplo: há fortes resistências à proposta do governo para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e deficientes de baixa renda, uma das medidas mais cruéis da reforma.

O governo pretende desvincular a BPC do salário mínimo, criando um novo piso para os hiperdesfavorecidos: o mínimo do mínimo. Com a nova fórmula de reajuste, Temer talvez pudesse recuar em medidas desumanas, tais como essa. A ver. O certo é que os reformistas estão matando Vargas pela segunda vez.

#CLT #Michel Temer #Reforma da Previdência

As boas novas de Michel Temer

28/03/2017
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Nos próximos dias, o presidente Michel Temer anunciará, em cadeia televisiva, um conjunto de medidas voltadas para o aquecimento dos negócios, redução do endividamento das famílias e desburocratização. A ideia é que as boas novas enfeixem o pedido de apoio para a reforma da Previdência. O governo quer condicionar as notícias positivas à reforma e, por consequência, o pior dos mundos à ausência dela.

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O governo colocou uma pá de cal no projeto de antecipar a reforma trabalhista. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já tinha até recebido sinal verde para defender essa troca de cronograma. Depois da péssima comunicação do projeto de lei da terceirização, o governo quer postergar qualquer bola dividida com a regulamentação do trabalho. Sai a reforma da Previdência na frente, e seja o que Deus quiser.

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Por falar em Previdência, aviso aos aposentados: o Ministério da Saúde vai anunciar o reajuste dos medicamentos na próxima sexta-feira, dia 31 de março – data confirmada ao RR pela própria Pasta. A tendência é que o aumento seja dividido em três partes ao longo do ano – em 2016, a paulada veio de uma só vez. Entre os próprios laboratórios, a expectativa é que a conta final seja inferior aos 12% do ano passado. Talvez seja o caso de o próprio Michel Temer, tão em baixa com os aposentados, anunciar a boa notícia.

#Michel Temer #Reforma da Previdência

E nada do sertão virar mar

27/03/2017
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Michel Temer posou para fotos às margens do São Francisco, inaugurou as obras de transposição do Rio na cidade de Sertânia (PE), mas água que é bom está difícil de chegar naquela região. O governo federal está represando cerca de R$ 100 milhões que seriam destinados à construção do Sistema Adutor do Oeste, responsável por irrigar parte do sertão pernambucano. As obras estão paradas há quase dois anos. Na semana passada, o governo pernambucano recebeu a promessa de que o dinheiro sai até junho.

#Michel Temer

Uma aliança de 40 anos

24/03/2017
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Michel Temer mantém uma interlocução mais assídua com José Yunes, o delator, do que com o ministro Eliseu Padilha, o delatado. E olha que um está em São Paulo e outro, apenas um andar acima do gabinete da Presidência da República.

#Eliseu Padilha #José Yunes #Michel Temer

O cargo mais político

21/03/2017
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Não há cargo mais político do que a presidência da Antaq, entregue a um primo do ministro Gilmar Mendes. Talvez só a Companhia Docas do Estado de São Paulo. O presidente Michel Temer sabe disso.

#Antaq #Gilmar Mendes #Michel Temer

O admirável mundo novo do emprego

9/03/2017
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As voltas que o mundo dá. Quando era vice-presidente, Michel Temer compartilhava do orgulho de participar do governo que mais formalizou a força de trabalho. Agora, torce na arquibancada pela volta do emprego informal. Não que sua disposição em mudar a legislação do trabalho chegue a tanto. Mas é o que se tem. A atividade informal reage antes, enquanto o emprego formal demora mais a dar sinais de vida. E o “empregado por fora” também faz compras, ajuda a entes familiares que estão fora do mercado de trabalho e até contrata gente – também “por fora”. Ressalte-se que o emprego informal tem a menor renda média da PNAD. Como os direitos getulianos não têm qualquer simpatia do governo, incomoda pouco se o Brasil virar uma Índia, com parte maciça do emprego desregularizado ou reduzidamente legalizado, com meneios de sub-regulamentações tais como os contratos de terceirização. Nos seus devaneios mais íntimos, os algozes da CLT instituiriam um leilão da força de trabalho para que o investimento retornasse firme e as empresas voltassem a produzir com força total. Quem dá mais? Quem dá mais?

#Michel Temer

A Meirelles, a maré mansa da economia; a Temer, as bombas da Lava Jato

7/03/2017
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Michel Temer, ao mesmo tempo em que se enrola no arame farpado da Lava Jato, começa a colher bons resultados na economia. Corre o risco, contudo, de ver diluída sua autoria no conjunto da obra. No momento, a visibilidade está toda voltada para Henrique Meirelles, tornado primeiro-ministro pelas circunstâncias. É ele quem decide tudo. Mas digamos que Temer, por direito, foi quem semeou melhorias nos fundamentals, aumentando a previsibilidade das políticas monetária e fiscal.

Não resta dúvida de que colaborou. Se bem que, pelo menos nessa fase, a conjuntura melhoraria por suas próprias pernas – e quem acompanha o RR já sabia – em decorrência da “teoria perversa da economia”, a mesma tese do fundo do poço que apregoa a recuperação estatística após um declínio profundo. A boa novidade, entretanto, é a brisa que sopra os preços das commodities, pressionando em favor da desvalorização do dólar, a melhoria dos termos de troca e um saldo bem mais favorável na balança comercial. Ou seja: um ambiente externo mais amigável para o Brasil. No mais, a inflação desce abaixo da meta de 4,5% – na previsão mais otimista chega a 4% em dezembro – e a Selic cai entre 9% e 9,5% no final do ano.

Por sua vez, o PIB encerra 2017 também em perspectiva mais alvissareira, na faixa de 1%, mas com a expansão da atividade produtiva rodando entre 2,5% e 3% no último trimestre. A aprovação das reformas da Previdência e trabalhista altera pouco o cenário do curtíssimo prazo. Ambas já estão precificadas. No entanto, uma eventual votação contrária no Congresso, especialmente no caso da Previdência, teria um forte impacto sobre as expectativas. Os investidores continuam regidos pela insegurança decorrente da Lava Jato, que voltou a subir elevados decibéis, e pela mais do que provável desmontagem do carry trade devido à queda dos juros.

As empresas e as famílias continuam padecendo as agruras da desalavancagem, depois de baterem o recorde de endividamento da história do país. As bolsas permanecem com tendência de alta ao sabor dos ventos das commodities, aguardando, entretanto, uma sinalização mais firme da política monetária norte-americana. E o desemprego? Ele desafina a maré de números positivos de 2017.

Por uma lógica inercial própria, a taxa de desocupação é a última a se recuperar com um atraso de quatro a cinco meses. Antes disso pode subir, ultrapassando os 14%. A percepção da melhoria do cenário econômico, portanto, fica nublada sem uma queda nítida do nível de desemprego. Vale anotar que o ministro Henrique Meirelles assumiu uma posição confortável no xadrez político: fatura o que der certo na política econômica e deixa deslizar por gravidade para Temer tudo aquilo que der errado. Hoje, Meirelles posa de âncora e o presidente de goma arábica. O que colar em Temer colou.

#Henrique Meirelles #Lava Jato #Michel Temer

Ao pé do ouvido

6/03/2017
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Grandes usineiros paulistas foram ao presidente Michel Temer pedir que o governo freie as importações de etanol anidro. Embora a produção de cana esteja na entressafra, as usinas ainda dispõem de expressivos estoques. Com o aumento das importações, os preços do etanol anidro já caíram quase 5% desde dezembro.

#Etanol #Michel Temer

Até onde o Copom irá?

22/02/2017
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O presidente Michel Temer, a maioria dos seus ministros e a quase totalidade da base aliada têm conspirado para que o Copom surpreenda a previsão de queda de 0,75 ponto percentual e reduza a Selic em um ponto, na reunião que termina hoje. É a única notícia, no curto prazo, capaz de iluminar um pouquinho o cenário sombrio que assola o país. Se o Copom não ceder, é prova de que não há nada que altere a lentidão da política monetária. Talvez Deus.

#Copom #Michel Temer

Segurança nacional dá lugar ao “entregou geral”

21/02/2017
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O governo Michel Temer, com movimentos sinuosos e sempre em nome da necessidade de estimular os investimentos, vai mudar ou extinguir diversas leis que um dia foram consideradas medidas de segurança nacional. À frente dessa desconstrução regulatória estão os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. Atrás, se posicionam lobbies privados ferrenhos, alguns deles em atuação desde meados do século passado. Observando em prudente expectativa se encontra o general Sergio Etchegoyen, ministro chefe do GSI. Etchegoyen tem uma visão crítica de alguns penduricalhos que permaneceram associados à segurança nacional, mas não concorda com o conteúdo e a condução de diversas mudanças que estão sendo cogitadas. Cabe a Moreira, um ex-maoísta, a ação mais destemida entre os palacianos.

A orientação do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência é clara: o país precisa de novos marcos regulatórios para que o capital volte a empreender. Em outras palavras, é hora de abrir, privatizar e entregar o que puder. As medidas são a venda de terras para estrangeiros, a permissão para mineração em faixa de fronteira, a extinção da Reserva Nacional do Cobre – um cluster polimetálico no Pará, controlado pela União, que foi preservado como estratégico – e a exploração e comercialização privada em larga escala do urânio in natura. Ficam guardadas no pipeline a permissão para o capital estrangeiro na geração nuclear e a regulamentação para as empresas explorarem minérios em terra indígena.

Há um pouco de bom e um pouco de ruim em cada uma dessas iniciativas. A preocupação para que somente mineradoras 100% nacionais operem em faixa de fronteira é boa. É preciso também evitar que pequenas e médias empresas, as “mineradoras vagalume”, possam operar na região, pois tornam mais difícil o controle da operação. A venda de terra para estrangeiros também pode ser boa ou ruim. São necessários cuidados para que não seja semeado um “laranjal”, transferindo uma extensão do solo pátrio para o estrangeiro superior aos 25% que estão sendo discutidos pelo governo.

Existe ainda o risco de que haja um estímulo ao surgimento de gigantescos latifúndios improdutivos. O governo justifica o enterro das leis de segurança nacional pela premência da atração dos investidores. Uma das intenções é fazer com que a indústria extrativa mineral passe dos atuais 4% para 7% do PIB. De resto sobram adjetivos para as medidas, tachadas de anacrônicas e atrasadas. Espera-se que este discurso esteja alinhado com os militares. Afinal, foram eles que criaram esses mecanismos de proteção e guarda, prestes a serem detonados para o gáudio do capital estrangeiro – e, vá lá, algum aporte de recursos externos na economia do país.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco

A voz da Vale

20/02/2017
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Eliezer Batista, founding father da Vale, diz que, frente às intempéries, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, “fez o possível e o impossível”. Segundo Eliezer, “ele deveria ficar na presidência da empresa”. Por falar em presidência da Vale, o que Michel Temer tem a ver com isso? Vai colocar o cargo na conta da coalizão partidária? Tá mesmo tudo dominado.

#Eliezer Batista #Michel Temer #Murilo Ferreira #Vale

A sociedade dirá se quer arma, droga e cassino

13/02/2017
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O ex-presidente do Senado Renan Calheiros lidera um grupo de parlamentares empenhado em articular um dos movimentos mais polêmicos da política brasileira. Deslocar do âmbito do Congresso Nacional para a consulta popular a legalização de três dos mais satanizados “direitos” hoje regulamentados ou em fase de liberalização em grande parte dos países mais civilizados: porte de arma, consumo de drogas e jogo de azar. Todos eles já foram motivo de recorrentes projetos de lei, submetidos ao Congresso e invariavelmente desaprovados.

O grupo de parlamentares considera que há mais simpatizantes da aprovação entre deputados e senadores do que o contrário, mas eles são temerosos do julgamento da opinião pública e da sua própria bancada, além da mídia, é claro. A saída seria submeter a legalização ao crivo do povo, que definiria o vencedor dessa guerra fria. O referendo, e não o plebiscito, seria o instrumento adequado para a consulta, pois já existem leis repressoras do jogo, do porte de armas e do uso de drogas.

A grande pergunta é se a população quer virá-las de ponta- cabeça, ou seja, liberar as práticas reprimidas. A ideia é realizar o debate à luz dos exemplos de maior notoriedade no mundo, como a Segunda Emenda da Constituição do EUA, que permite manter e portar armas, inspirada na common-law inglesa. Há legislações em diversos outros países regulamentando o uso de droga e os cassinos – o livre funcionamento destes últimos é quase um consenso na maioria das nações ocidentais.

Renan Calheiros, ressalte-se, terá de renegociar seu posicionamento anterior contrário ao uso de armas – ele foi autor do Estatuto do Desarmamento – em nome da proposta de um tríplice referendo. Jogo e liberalização das drogas é com ele mesmo. As bancadas do jogo, da bala e pró descriminalização de drogas no Congresso são bem menores do que se imagina (jogo: 59 parlamentares; armas: 31; e drogas: 11). Quando comparadas à das empreiteiras (223), ruralista (205) e empresarial (201) nem sequer chegam a fazer cócegas. Mas os defensores da legalização acham que ganham a parada se o povo for consultado. Foi assim com o plebiscito da comercialização das armas, contra oponentes como a Igreja e a Rede Globo.

Hoje não faltam posicionamentos favoráveis à legalização das drogas, entre eles o do militante pró-maconha Fernando Henrique Cardoso, dos juízes do STF Gilmar Mendes e Luiz Roberto Barroso e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ah, Lula também figura nesse time. Há também a bancada da execração da droga, comandado pelo deputado Omar Terra (PMDB-RS), que prega a amputação das pernas dos traficantes. Entre os defensores da abertura dos cassinos estão sete ministros do governo Michel Temer, ele próprio um simpatizante da proposta. O futuro ministro do STF Alexandre de Moraes já tem até sugestão para o destino da arrecadação estimada de R$ 18 bilhões (para um faturamento de R$ 60 bilhões) com o jogo: 5% iriam para o Fundo Nacional de Segurança. Já o senador Fernando Bezerra defende que 95% sejam carregados para a seguridade social.

Os militantes pró-jogo contam com o apoio expressivo de governadores e prefeitos, carentes que são de novas fontes de recursos. Os paladinos das armas de fogo apostam que o ambiente de insegurança, criminalidade e violência empurrará a população a decidir em seu favor. Entre os apoiadores, há quem ache que é necessário ir devagar com o andor pelo risco de medidas tão complexas cindirem o país. Além disso, tirar essas questões do Congresso e levá-las para as ruas depende dos próprios parlamentares. Câmara e Senado terão de abdicar do seu poder legislativo para entregá-lo à população. Renan Calheiros acha que as citações ao seu nome na Lava Jato não atrapalham os avanços do projeto. O convencimento das duas casas do Congresso é uma questão de tempo.

#Lula #Michel Temer #Renan Calheiros #STF

Será 2018 o ano consecratio de Temer?

8/02/2017
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A proposta do economista Aloisio Araujo (FGV) de fazer uma reforma tributária em 2021, virtual segundo ano de superávit primário, tocou fundo os corações e mentes do alto comando peemedebista. Eis aí a potencial bandeira da campanha presidencial de Michel Temer. Ela foi hasteada no alto do mastro do Palácio do Planalto. Os ministros da casa, Eliseu Padilha e Moreira Franco, fizeram o presidente Temer ler duas vezes o artigo de Aloisio Araujo, segundo fonte do RR. Mas o que parece um achado é, na verdade, a algaravia de reformas, com reações alternadas em tempos distintos, que levariam o país ao crescimento sustentado. Seria o dia em que a oposição diria: “Ok, Temer! Com seus truques vampirescos, você venceu”.

O primeiro passo veio com a PEC 241. Foi pouco. No projeto do professor Aloisio Araújo, o governo tem que mostrar sua força e aprovar as reformas da previdência e trabalhista. Essas mudanças nas regulamentações permitiriam um forte choque de expectativa capaz de aumentar a arrecadação em 2018, ano chave para o enlace de todos os fatos. Segundo a FGV, o PIB no último trimestre de 2017 estará crescendo 3% na margem, o que vai puxar o índice acima de 1,5% – a projeção mais otimista para 2018.

O PIB maior traz recursos tributários provenientes do aquecimento da economia, que interagem com a PEC do Teto por meio da geração de superávit primário. Em 2020, o país já estaria com folga fiscal. Em 2021, o superávit permitiria a estabilização da dívida bruta/PIB. A ideia é o governo marcar previamente este período como aquele da reforma tributária, que seria a pedra de toque do programa político eleitoral. Quando ouvem falar em reforma tributária, empresários, governadores e prefeitos tendem a sacar a pistola.

O que Temer oferece é um bombom: repartir algum dinheiro do primário para os estados e municípios e reduzir a carga tributária, agraciando os empresários. Aloisio Araujo, o matemático, garante que vai ter dinheiro, aliás quem garante é a PEC 241, a tal do Teto, que vai blindar o orçamento, liberando verba tributária novinha em folha. Como a dívida estará paralisada e os juros, mais baixos, o abatimento do passivo interno poderia ser feito sem pressa, com apenas uma parte do resultado primário. A outra iria para o desenvolvimento, ou seja, redução do custo empresarial e aumento dos repasses condicionados às obras de estados e municípios.

E o povaréu nesta equação? Ó, xente, até meados de 2018, o governo estima que voltem entre 500 mil e 700 mil empregos, mais ou menos lá por outubro. É um número pequeno se confrontado com a projeção de 13 milhões de desempregados em 2017. Mas a partir daí o crescimento das vagas seria exponencial. Em 2021, o Brasil voltaria novamente a nadar em pleno emprego. Os recuos de conquistas sociais e direitos seriam o preço a ofertar no altar do mercado. Não é impensável, portanto, imaginar Michel Temer candidato, um “andador que no tiene otra solución si no seguir el camiño que ha elegido”. O professor Aloisio Araujo já terraplenou um trecho para que o mordomo de vampiro prossiga sua assombração.

#Eleição Nacional -2018 #FGV #Michel Temer #PEC 241

Recálculo do PIB dá alívio póstumo à era Dilma

2/02/2017
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Michel Temer teria sido informado de que o IBGE pretende recalcular a série do PIB de 2011 para cá, segundo uma fonte do RR. Até ai, é a missão natural do IBGE. O que dá um contorno político à iniciativa é a possibilidade da revisão do índice melhorar o resultado da economia no governo Dilma Rousseff, ou seja, o PIB do “Dilma II” passaria a ser menos ruim, digamos assim.

O governo e seus aliados têm deitado e rolado sobre os péssimos indicadores econômicos dos últimos anos, considerados os mais tétricos desde 1910, segundo estimativa do Comitê de Datação da Recessão da FGV. Esta seria a maior queima de riqueza do país desde a primeira década do século XX. Ainda de acordo com a FGV, a recessão já está no seu 33o mês consecutivo. O PIB brasileiro desabou em 2015 (-3,8%) e 2016 (-3,6%).

Colocar o Produto Interno na batedeira das contas nacionais, sacudindo o índice até ele ressurja cheio de espuma, parece suspeito, mas é uma prática usual na busca dos governos por indicadores que meçam mais precisamente a realidade da economia. Em 2015, foi mudada a metodologia de cálculo do PIB, elevando o índice de 2011 de 2,7% para 3,9%. Não custa lembrar, no entanto, que o recálculo pode também baixar o índice. Na série que começa em 2001, o PIB foi reduzido em 0,1% nos anos de 2005, 2007 e 2009. O IBGE pode demorar até dois anos para divulgar o número oficial do PIB, mas os dados de acompanhamento trimestral permitem que se utilize uma estimativa abalizada até o cálculo do indicador final.

Existem economistas, como o professor Francisco Lopes, que atribuem um peso maior à calculeira estatística em suas análises macroeconômicas. Em artigo publicado recentemente, Chico chega a estimar um crescimento do PIB de 1,7% em 2017 usando a fórmula de calcular a variação percentual entre o final de 2016 e o final de 2017, ou seja, ele expurga o que aconteceu dentro de 2016 e compara só as pontas. Assim é se lhe parece.

Consultado sobre o recálculo do Produto Interno, o IBGE informou que, em 2015, reviu a série histórica até 2011. Ressaltou que o fechamento de 2016 será divulgado no dia 7 de março, que não faz nenhum tipo de projeção para o PIB, e mais não quis informar. Em tempo: o economista Paulo Rabello de Castro, presidente do IBGE, é próximo de Michel Temer, a quem visita com frequência no Palácio do Planalto, segundo seu próprio relato.

#IBGE #Michel Temer #PIB

Acervo RR

Telefone sem fio

2/02/2017
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O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer. O que significa dizer que Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Telefone sem fio

2/02/2017
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O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer. O que significa dizer que Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Um novo destino para Marcela Temer

1/02/2017
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O Planalto reavalia a agenda de viagens da primeira-dama Marcela Temer para divulgar o Criança Feliz. Os planos originais preveem uma visita à Boa Vista (RR) na primeira quinzena de fevereiro. Mas a última coisa que Michel Temer deseja é associar a bela imagem de Marcela à recente carnificina carcerária na cidade.

#Criança Feliz #Marcela Temer #Michel Temer

A hora e a vez de Marcelo Caetano

30/01/2017
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Passada essa temporada na qual a prioridade do governo é equacionar a vacância do STF e a relatoria da Lava Jato, quem está escalado para protagonizar a próxima pauta da vez é o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. Tanto Michel Temer quanto Henrique Meirelles acham que ele tem um papel importante para desempenhar na batalha pela reforma da Previdência. Ou seja: quem vai para mídia é Caetano. O secretário é um dos maiores especialistas do país na matéria e foi colocado no cargo por Meirelles para dar uma clara sinalização da prioridade do tema para o governo. Portanto, com a palavra, Marcelo Caetano.

#Lava Jato #Michel Temer #Ministério da Fazenda #STF

Blairo Maggi passa a enxada na direção da Embrapa

26/01/2017
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O governo Michel Temer parece disposto a finalmente acabar com rincões da Era Dilma que ainda perduram nas estatais. Após defenestrar o quase eterno Jorge Samek do comando de Itaipu, o alvo agora é a diretoria da Embrapa, a começar pelo presidente, Mauricio Lopes, no cargo desde 2012. A tarefa está nas mãos do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que já negocia com líderes da bancada ruralista nomes para a estatal.

Consultado, o Ministério da Agricultura diz “não ter informações” sobre mudanças na Embrapa. No que dependesse de Blairo Maggi, a direção da Embrapa já teria sido arrancada pela raiz há tempos. O ministro identifica a atual gestão como um foco de resistência à proposta de venda de 51% da Embrapatec, subsidiária que está sendo criada para concentrar a comercialização de biotecnologias desenvolvidas pela empresa.

Maggi chamou a operação para si e quer concluí-la neste ano – ele negocia com a base aliada para que o Projeto de Lei no 5.243/16, que institui a subsidiária, seja votado com celeridade. A proposta andou a passos de quelônio nos últimos meses do governo Dilma Rousseff. Praticamente toda a diretoria da Embrapa remonta à Era Dilma.

Mauricio Lopes é bastante identificado com a ex-ministra da Agricultura, Katia Abreu. Já a diretora de Administração e Finanças, Vania Castiglioni, é ligada à senadora Gleisi Hoffmann. Vania, inclusive, chegou a ser investigada pela Controladoria-Geral da União por supostas irregularidades na criação da Embrapa Internacional, nos Estados Unidos. O projeto, que acabou não indo adiante, teria sido conduzido sem aprovação do Conselho de Administração da estatal. Por sua vez, o diretor de Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, saiu do PT do Rio Grande do Sul.

#Blairo Maggi #Embrapa #Itaipu Binacional #Michel Temer

Lava Jato mais longe do “trio calafrio” do STF

26/01/2017
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Os algoritmos do Palácio do Planalto e da presidência STF indicam que a solução de menor risco para a Lava Jato é exatamente aquela até agora menos cogitada, mas, ressalte-se, prevista no Regimento. Ontem, no fim do dia, um caminho até então pouco trilhado começou a despontar como rota preferencial: a extensão a todo o plenário do sorteio da relatoria da Operação. Seria uma alternativa a decisões mais ortodoxas.

A primeira delas, a relatoria ser herdada automaticamente pelo substituto de Teori Zavascki indicado por Michel Temer. A outra hipótese, limitar o sorteio dos processos à Segunda Turma, da qual Teori fazia parte. A terceira, entregar a relatoria ao ministro mais velho da Segunda Turma, Celso de Mello. Esta saída, no entanto, exporia demasiadamente suas reais intenções.

A proposta do sorteio entre todos os ministros em plenário diluiria um risco implícito na “roleta russa”: a probabilidade de a Lava Jato cair nas mãos de Gilmar Mendes, José Dias Toffoli ou Ricardo Lewandowski, integrantes da Segunda Turma. A ascensão de um deles à relatoria da “Mani Pulite brasileira” poderá abrir espaço para um tufão de vazamentos, reclamações na mídia e questionamentos por investigados e réus, gerando uma maré contrária à Lava Jato. Os três ministros são permanentes alvos de contestação por supostamente carregarem preferências ideológicas ou mesmo partidárias sob a toga.

Entre os integrantes da Força Tarefa, a possibilidade de um dos três ministros vir a ser o relator da Lava Jato é vista como um fator de risco tão grande quanto a hipótese do substituto de Teori, escolhido por Michel Temer, assumir a Operação. Por ora, o próprio presidente descarta esta solução. A decisão quanto ao sorteio só deverá ser anunciada após o recesso do STF.

De qualquer forma, a redistribuição dos processos em plenário também tem suas sequelas, a começar pela reação daqueles a quem a medida pretende mitigar a participação. Como membros da Segunda Turma, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Lewandowski vêm atuando na Lava Jato desde o início. Por sua vez, a remoção de um dos juízes da Primeira para a Segunda Turma, também prevista no Regimento, não resolve a questão da relatoria.

Existem interpretações distintas sobre quais processos sob responsabilidade de Teori seriam transferidos para este novo integrante. Há apenas duas certezas. A primeira é que ele carregaria seus casos da Primeira para a Segunda Turma. A outra é a ordem de preferência das remoções: Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Este último, estranhamente apontado como o preferido na dança das cadeiras.

#Lava Jato #Michel Temer #STF #Teori Zavascki

Páreo duro

25/01/2017
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Renan Calheiros e Eliseu Padilha duelam para ver quem mais tenta influenciar Michel Temer na escolha do substituto de Teori Zavascki.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Renan Calheiros

Temer cozinha o “risco Derziê” em banho-maria

19/01/2017
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Desde o fim de semana, assessores palacianos tentam persuadir Michel Temer a matar o mal pela raiz e afastar o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica, Roberto Derziê. Por ora, o presidente tem optado por manter tudo como está para ver como é que fica, como é do seu feitio em casos desta natureza. Antigo assessor de Temer, com que trabalhou na vice-presidência da República e na articulação política, Derziê ameaça empurrar a Lava Jato algumas jardas a mais para dentro do Palácio do Planalto. O executivo está citado na Operação Cui Bono, deflagrada na semana passada. Ele é investigado pela suposta participação em um esquema para o desvio de verbas da Caixa à BR Vias, da família Constantino.

#BR Vias #Caixa Econômica #Michel Temer

Casa própria

19/01/2017
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O empresário Rubem Menin, dono da MRV, tem chamado a atenção de seus pares pelos rasgados elogios ao governo Temer. Mais de 90% do faturamento da construtora estão pendurados no “Minha Casa, Minha Vida”. Qualquer soluço no programa habitacional é capaz de trincar as paredes da MRV.

#Michel Temer #Minha Casa Minha Vida #MRV

Temer se livra de uma granada previdenciária

16/01/2017
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O presidente Michel Temer empurrou para o seu sucessor a missão de descascar o abacaxi verde-oliva da contribuição dos militares na reforma da Previdência. O entendimento com os comandos militares é que o prazo mínimo para apresentação de uma solução será de dois anos contados a partir do equacionamento do novo modelo de previdência dos funcionários civis e do INSS. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, têm sido os principais interlocutores com os comandantes das Forças Armadas.

Temer decidiu não mais se pronunciar sobre o assunto. Acha que qualquer declaração sua será politizada e não ajuda em nada a governança cutucar um estamento que tem, naturalmente, os nervos expostos à flor do uniforme. Um eufemismo que seria melhor dito ao estilo dos quartéis: o presidente sabe muito onde a jurupoca vai piar. Que haverá alguma colaboração dos militares não se tem mais dúvida. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, empenhou publicamente sua palavra de que eles não se furtarão a participar no ajuste da Previdência. A questão é que cota será essa.

As Forças Armadas, notadamente o Exército, estão muito bem municiadas de estudos e pareceres que justificam a contribuição distinta dos civis. Os militares têm uma jornada de trabalho completamente diferente, podem ser chamados para missões depois de reformados, atuam como tripulação de navio por meses a fio e passam enormes temporadas no meio do mato. O calibre mais pesado nessa confrontação de razões e motivos é um estudo da Fundação Getulio Vargas que não só fornece subsídios para a diferenciação dos regimes de contribuição, como assume uma firme posição institucional em defesa da separação dos modelos previdenciários. A FGV leva em consideração quatro eixos temáticos para inspirar seu parecer: equidade, inovação e adaptabilidade, dimensões legais e históricas e comparação internacional.

Segundo o estudo, existem especificidades na profissão do militar sem similar no meio civil, com regras de dedicação e comprometimento compatíveis com essa missão, genérica de lugar e de tempo, que implicam a disponibilidade permanente sem remuneração extra, as mudanças constantes para toda a família, o comprometimento de colocar em risco a própria vida, a restrição de direitos sociais e políticos. A tese central é que o sistema previdenciário civil não pode ser confundido com a reserva militar remunerada, a qual não é de forma alguma uma aposentadoria. Segundo a FGV, somente os seguintes países têm um sistema previdenciário comum entre civis e militares: Kuwait, Síria, Vietnã, Romênia, Lituânia, Luxemburgo e Bulgária. São sete contra o resto do mundo.

#Michel Temer

Suelto sobre o PIB, recessão e algumas obviedades

11/01/2017
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Se o Conselheiro Acácio fosse um economista diria: o crescimento do PIB em 2017 pode ser 1%, conforme a estimativa do governo; 0,5%, segundo as projeções do mercado; um pouquinho acima ou pouquinho abaixo, de acordo com ambas as projeções. Em síntese, pode ser o que for. Mas tende a ser inferior à estimativa original do governo e declinar mais do que aposta o mercado se as previsões continuarem caindo conforme a média do governo Temer.

O ambiente econômico está muito ruim. Um PIB de -0,1% já ribombaria o palavrão “recessão”.  Se chegar aos sofridos 0,5% – viva! – teremos saído da recessão. Agora, se, em 2018, cair novamente para –0,1% por dois trimestres consecutivos, pronto, estará caracterizada novamente uma recessão técnica.  Do ponto de vista da teoria trágica da economia, de tão combalidos, estaríamos perto de levantar voo. Mesmo que seja um voo de galinha.

A alta ociosidade da economia, com desemprego explosivo, aumento da produtividade e redução do endividamento familiar, constituiria condições concretas para que o PIB volte a crescer. É a tese do fundo do poço. Só que ninguém tem certeza de onde fica o fundo do poço e quanto tempo demora para chegar lá. O Produto Industrial, por exemplo, cai há 33 meses seguidos. É garantido que vai parar de cair em algum momento. E daí?

Alterações percentuais curtas na taxa de crescimento – ou decréscimo – do PIB podem ser consideradas como de valor simbólico. Nesse intervalo, são mais um selo do que uma faixa de vencedor – ou perdedor. O PIB pode dar um saltinho e – viva de novo! – ir a 1,5%, em função de carregamentos e outros pedalinhos estatísticos, tais como mudanças nas regras de cálculo. Isso não mexe muito ou nada com a economia e, necessariamente, em “zero” no investimento social.

A impressão que se tem é que a crise política, moral e de confiança emagrece mais o PIB do que o rescaldo dos erros na condução econômica do governo de Dilma Rousseff. Por uma lógica bizarra, foi Dilma, com seus desatinos na economia, que criou as condições cruentas para a retomada do crescimento. Há quem diga que a queda do salário real é boa para o trabalhador, porque reduziria os índices de desemprego. Mas também há quem diga que o massacre carcerário de Manaus é positivo, pois serve de exemplo para futuros criminosos e reduz a hiperpopulação de prisioneiros. Para o RR, “Pibão” ou “Pibinho” é um detalhe. O que interessa são os indicadores de emprego, renda e assistência aos miseráveis. A PEC do Teto e os demais instrumentos de política econômica que se adequem às prioridades da sociedade.

#Michel Temer #PEC do Teto #PIB

Um pé fora do Palácio

11/01/2017
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Michel Temer começa a sair do Palácio. Após entregar ambulâncias em São Paulo, a expectativa no Planalto é que ele vá ao Nordeste em fevereiro para o lançamento de projetos do “Minha Casa, Minha Vida”. Por ora, visitas a presídios estão fora de cogitação.

#Michel Temer

Agência de Águas sofre desidratação

6/01/2017
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O governo Temer pretende tirar poder da Agência Nacional de Águas (ANA). Pelo projeto, a autarquia não terá mais ingerência sobre a construção de hidrelétricas em rios da União. Os estudos sobre bacias hidrográficas serão apenas referência para a definição das novas usinas e não mais impedimento.

#Michel Temer #Usina hidrelétrica

Romero Jucá articula o acordão do “Fica, Temer”

2/01/2017
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O senador Romero Jucá tem se aproveitado da sua condição de parlamentar anfíbio – um pé no Congresso e o outro no Executivo – para conspirar, dentro e fora do governo, sobre propostas que envergonhariam golpistas ferrenhos e de tradicional linhagem. Jucá desmente na lata quem disser que ele está querendo raspar da Constituição os trechos que, conforme seu discurso, “ameaçam a ordem” do país, na mais atípica das circunstâncias críticas nacionais. Mas está sim.

O movimento viria do Legislativo e das classes empresariais. O STF seria parceiro no golpe. Ou seria golpeado. A ver. O RR fez várias tentativas de contato com o senador Romero Jucá, por e-mail, celular e por intermédio de sua assessoria, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. A chicana viria em dois movimentos. O primeiro seria encontrar expediente que pudesse blindar Michel Temer no caso de uma decisão do TS cassando a chapa com Dilma Rousseff.

Temer gozaria de dois anos de anistia, de forma a completar o ajuste econômico e concluir a transição para as eleições diretas em 2018. A alternativa, segundo os dizeres atribuídos a Jucá, seria a barbárie política com o risco do retrocesso do autoritarismo. Temer somente sairia em um processo de impeachment clássico, com provas de culpabilidade criminal. Mesmo assim, com o Congresso na mão, teria condições para esticar a corda.

É uma boa aposta que não deixaria o governo antes de 2018. Para o caso desse drible por fora da lei não dar certo, Jucá costura uma segunda proposta: se Temer sair, a equipe econômica (Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn, Pedro Parente, Maria Silvia Bastos etc.) fica, tornando o futuro presidente um monarca ridiculamente sem poderes. O grupo dos tecnocratas eleitos deveria estar protegido das delações e da sede punitiva da Lava Jato.

Caberia a eles dar sequência ao plano de estabilização econômica, transformado, nos novos termos, em um programa de Estado. O RR exibe o trailer dessa película trash para conferência futura. Quem assistiu aos últimos filmes da escatologia política nacional não tem por que duvidar de mais essa obscenidade.

#Eleição Nacional -2018 #Michel Temer #Romero Jucá

Fortaleza

29/12/2016
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A reserva militar da Restinga da Marambaia, no Rio – onde FHC e Lula já foram habitué –, está montando um esquema de segurança sem precedentes para receber Michel Temer e família no réveillon. O maior receio do zeloso Temer é o assédio dos paparazzi à primeira-dama Marcela e ao filho do casal, Michelzinho, que raramente aparecem em público.

#Michel Temer

FGTS, uma questão de fundo

26/12/2016
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Até o fechamento da edição da última sexta-feira, o RR não tinha tido acesso à mudança da mudança do saque no FGTS, que tanto irritou Henrique Meirelles. O RR publicou a primeira versão, de que o saque não poderia ser superior a R$ 1 mil por trabalhador apud Meirelles. Influenciado pelos ministros da casa, Moreira Franco e Eliseu Padilha, Temer liberou o saque do FGTS, mas restrito às contas inativas.

O presidente foi convencido pelo argumento de que, se não tomasse uma decisão mais otimizante contemplando o trabalhador, ficaria marcado como o comandante-em-chefe do pior Natal do povo brasileiro. Em tempo: os empresários da construção chiaram porque terão menos recursos para financiar as obras – e menos construção pesada é menos emprego. Os banqueiros não falaram nada, mas adoraram, pois as medidas parecem ter sido feitas sob medida para reduzir a inadimplência. O dinheiro começa a pingar só a partir de fevereiro.

#FGTS #Henrique Meirelles #Michel Temer #Moreira Franco

Os pacotes e pacotinhos de papelão de Michel Temer

23/12/2016
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Nas duas últimas semanas, Michel Temer lançou mão do velho expediente de anunciar pacotes de medidas econômicas com objetivo de mudar a impressão de que só sentou na cadeira da presidência para fazer da bela Marcela a Primeira Dama. Não conseguiu. Foram dois pacotes e um pacotinho, fora o projeto com as exigências para que os governos estaduais tenham acesso às bondades do Tesouro e a Lei de Recuperação dos Estados, devidamente detonado pela Câmara. A ver agora como os estados se enquadram na PEC do Teto.

Temer gastou munição em cerca de 50 medidas: as já prontas, vocalizadas por um esgoelado e nitidamente cansado Henrique Meireles; as inacabadas, que ajudaram a adensar o pacote; e as no terreno das intenções, voltadas, sobretudo, a polir as expectativas. Todas as iniciativas são de cunho microeconômico e, de uma maneira geral, estão na direção correta. Mas são medidas “meia bomba”, de impacto somente no médio e longo prazos, com forte potencial de rejeição pelo trabalhador (a desconstrução mimetizada da CLT) e que nem sequer arranham a recessão.

O governo procurou focar em novos mecanismos para refinanciamento ou renegociação de dívidas. Na direção certa, repita-se. Mas em escala insignificante para o elevadíssimo nível de endividamento da história desse país. É bem verdade que na véspera do Natal o governo anunciou um refresco de até R$ 1 mil nos saques do FGTS. O alívio maior do débito do consumidor parece ter ficado para 2017, em outro pacote ou pacotinho. Com o desemprego crescente – as projeções já apontam uma taxa de 13,5% –, o investimento em queda, os pátios da indústria repletos de estoques e a retração do consumo atingindo também fortemente o comércio, a volta do cidadão às compras, assim como o futuro, parafraseando Althus-ser, pode demorar muito ainda. Sem querer fritar ninguém, talvez fosse a hora de experimentar o receituário de Armínio Fraga, que, em essência, é 90% da fórmula de Joaquim Levy com 10% do pernosticismo tucano. Se, no momento, não há alternativa à ortodoxia econômica, ao menos que seja uma “ortodoxia de resultados”.

#FGTS #Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto

Sensível

23/12/2016
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Às vésperas de uma reforma ministerial, Michel Temer está muito sensibilizado com as palavras de apoio que tem recebido de Abilio Diniz.

#Michel Temer

Reforma 2

21/12/2016
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Por falar em reforma ministerial, Michel Temer parece gostar de viver perigosamente. Um dos cotados para o novo Ministério é o deputado Aguinaldo Ribeiro, presidente do PP, partido que já teve 38 integrantes citados em inquéritos da Lava Jato.

#Lava Jato #Michel Temer

Dúvida de festim

20/12/2016
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No PMDB, o que se diz é que Michel Temer vendeu o mesmo carro a duas pessoas. Garantiu tanto a Romero Jucá quanto a Eunício de Oliveira seu apoio na eleição à presidência do Senado em 2017. No partido, a aposta é que, passado o jogo de cena, Eunício ficará a pé.

#Michel Temer #PMDB #Romero Jucá

PEC do Teto já nasce sem chão

16/12/2016
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A “PEC da Morte” conseguiu finalmente ser aprovada com um baita deságio no valor simbólico que teve no início do governo de Michel Temer. Já nasce também debilitada pelo cobertor curto da incompletude. O próprio Temer fez questão de relevar a desimportância da alteração constitucional. Diz o presidente da República: “Qualquer um dirigente no porvir poderá mudar a PEC do Teto. O próximo presidente poderá, caso assim o queira, alterar a constituição para mudar esse modelo de restrição dos gastos” A referida PEC tem também o seu black hole.

Em um bem sucedido ajuste ortodoxo com dois anos consecutivos de queda da inflação e manutenção da taxa no centro da meta, o governo cavoucaria um buraco entre a queda do valor real do orçamento e os recursos necessários para manter constantes os gastos por habitante. Se o programa de estabilização não der certo e, por alguma acidentalidade, a inflação do calendário do orçamento subir, este terá de ser reduzido em termos reais. Isto mesmo que a base de correção seja a inflação (projetada) do ano anterior. Pelo menos é o que está no livrinho.

Digamos que o cenário inclua arrecadação fiscal cronicamente mais baixa, recessão prolongada e desemprego. A PEC do Teto, então, seria o quarto cavaleiro do apocalipse. Provocaria uma brigalhada entre os ministérios, com suas consequências políticas, à medida que os orçamentos da saúde e educação, mesmo corrigidos a partir de um piso maior do que os demais, tendem a se mostrar insuficientes. Os recursos para complementá-los viriam das outras pastas ministeriais sabe-se lá por quais critérios de escolha. Poderia ser o Henrique Meireles dizendo: “Ei, você aí, me dá o dinheiro da ciência e tecnologia para a saúde e a educação. Ou então do Bolsa Família”.

No fundo do fundo, a reforma da previdência, noves fora estar mal ou bem idealizada, é o que conta para efeito de ajuste fiscal. A PEC do Teto é perfumaria muito bem apresentada em um frasco refinado, com os dizeres de que a gastança irresponsável tem de ser contida. Mas nem sequer arranha o déficit nominal, que, de repente, deixou de ser importante. E vai criar uma brutal demanda reprimida de outros remendos constitucionais por causa dos gastos obrigatórios. Mário Henrique Simonsen dizia que não é inteligente se engessar as possibilidades de uma decisão. Ele respeitava profundamente a Constituição. Mas talvez topasse a realização de uma Constituinte fiscal para proteger a Carta Magna desse desmanche desorganizado e homeopático.

#Michel Temer #PEC do Teto

Vale a pena ver de novo

16/12/2016
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O PT pretende retomar a estratégia de usar a mídia internacional para desferir seus ataques ao governo de Michel Temer. A escolha de Dilma Rousseff como uma das “Mulheres do Ano” pelo Financial Times apenas reforçou no partido a convicção de que a imprensa estrangeira enxergou o golpe que a “mídia doméstica não quis ver”.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer #PT

Comodoro

16/12/2016
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Fora do governo, o advogado José Yunes terá mais tempo para a se dedicar a uma de suas paixões: a náutica. O grande amigo de Michel Temer é comodoro do Yatch Club de Ilhabela, onde costuma ter a bombordo e a estibordo a constante companhia de importantes empresários, entre eles José Luiz Gandini, dono da Kia Motors.

#Kia Motors #Michel Temer

Pró-bono

16/12/2016
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Temer, Aécio, Renan… Gilmar Mendes é um consultor pró-bono para causas do STF.

Pode?

#Aécio Neves #Gilmar Mendes #Michel Temer #Renan Calheiros

O fator Yunes

15/12/2016
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Uma medida do poder do advogado José Yunes, parceiro de Michel Temer há mais de quatro décadas. Ao contrário do que ocorreu nos casos de Romero Jucá e Geddel Vieira Lima, nem mesmo o desestabilizador-mor do Planalto, Moreira Franco, ousou fazer pressão pelo afastamento do então assessor especial da Presidência da República. A saída de Yunes do cargo foi acertada exclusivamente entre Temer e o fiel escudeiro.

#Geddel #Michel Temer #Romero Jucá

FHC promete uma pinguela mais ?rme do que Michel Temer

14/12/2016
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Fernando Henrique Cardoso não renega sua natureza. Que o diga o presidente Michel Temer, que está sentindo na pele a marca doída da traição. Com toda a sua manha de político tarimbado, Temer acreditou, sabe-se lá por que, que levar FHC como conselheiro para dentro do Palácio do Planalto seria uma manobra inteligente para fechar uma aliança sólida com o PSDB e garantir a governabilidade. Deu de bandeja o óleo e acendeu o fogo para a sua própria fritura.

Michel Temer chegou a pensar na criação de uma secretaria especial para alojar Fernando Henrique ao seu lado no Planalto, buscando ampliar o acordo com os tucanos e usufruir da aura de respeitabilidade do ex-presidente. Mais provável que estivesse seguindo a máxima de Lao Tsé: “Mantenha os amigos sempre por perto e os inimigos mais ainda”. A ideia não prosperou. Temer foi dissuadido pelos assessores mais próximos da proposta, ruim sob todos os aspectos: FHC não aceitaria o convite, vazaria que não aceitou e transformaria suas considerações pela imprensa em recados a Temer. Se é que a história ocorreu exatamente dessa forma, é mais provável que a sugestão tenha sido um balão de ensaio do presidente da República.

Em retribuição à aproximação de Michel Temer, FHC saiu em disparada para os jornais, com declarações de que prefere não ser candidato, que não tem idade para presidir o país, que nunca ouviu isso e coisa e tal. Nas últimas três semanas, foram três entrevistas para tratar sobre um eventual chamado à Presidência da República, quer seja do Congresso, quer seja da população. É improvável que ele não queira “passar” pela presidência como o condestável que conduziu o Brasil da desordem institucional às eleições salvadoras de 2018. FHC também tem dado recados a terceiros por intermédio do seu ?lho, Paulo Henrique Cardoso, que, se “esse infortúnio” acontecer, manterá todo o eixo da política econômica de Temer, sancionará a PEC do Teto – caso isso ainda não tenha sido feito -, promoverá as reformas da previdência e trabalhista e talvez troque um ou outro ministro. Só para ?car bem esclarecido, é muito difícil que Paulo Henrique esteja passando mensagens sem a anuência do pai. FHC conhece bem o seu rebento. Portanto, está escrito: o ex-presidente vai crescer no noticiário, sempre buscando “poupar” Temer, mas acicatando a mídia sobre o seu irrefreável dever caso uma hecatombe ocorra. Cínico. FHC sabe que o “Indiretas, já!” é a sua bala de prata na vida pública. É até para dar pena de Michel Temer.

#FHC #Michel Temer #Planalto

Temer ensaia um esbarrão de leve no topo da renda nacional

1/12/2016
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 Com a popularidade em queda livre, o presidente Michel Temer tem se debruçado sobre conselhos até então inimagináveis, tudo para se livrar da pecha de “vampiro do social”. Nas salas mais fechadas do Planalto, são ponderadas todas as combinações possíveis assim como as perdas e ganhos do impacto sobre públicos essenciais de um imposto sobre fortunas e o aumento da taxação sobre heranças e doações. A medida, que era tratada como uma agenda intocável, tem sido discutida pelo staff presidencial e, ainda que com uma certa azia, pelo Ministério da Fazenda. Seria uma reação aos declinantes índices de aprovação da gestão Temer e ao insucesso predominante na comunicação do governo. A rigor, a mexida na alíquota do imposto sobre heranças e a criação do tributo sobre fortunas farão cócegas no andar de cima da renda nacional. Os gravames não chegarão a ter um efeito redistributivo para valer. Mas, no aspecto simbólico, seria uma maneira de o Planalto lançar um contraponto a medidas que, à primeira, segunda e terceira vistas, vão contra o social, notadamente a reforma da Previdência e a PEC do Teto. Seria também uma sinalização de que a conta do ajuste não ficará restrita a idosos, mulheres e, sobretudo, ao pé da pirâmide social. Temer daria uma demonstração de que também consegue ir contra a sua base de apoio e não tem receio de ser odiado por ninguém, conforme reza a cartilha de definição do verdadeiro estadista.

 Ressalte-se que o imposto sobre fortunas é um dos sete tributos federais previstos na Constituição brasileira, mas nunca foi regulamentado. Especialistas em tributação estimam que uma taxação de 1% sobre patrimônios superiores a R$ 1 milhão poderia gerar uma arrecadação de até R$ 100 bilhões por ano. No caso do imposto sobre heranças, a alíquota atual é de 3,86%. Um aumento residual ainda manteria esta taxa longe dos patamares praticados, por exemplo, na França (32,5%), na Inglaterra (40%) ou mesmo no Chile (13%).

 De todo o modo, a medida tem seus inconvenientes. Há quem diga que a tributação de fortunas e o imposto adicional sobre as heranças poderiam afetar o espírito animal do capital – espírito animal esse que não anda lá muito arisco. A combinação da medida com a presença de Henrique Meirelles na Fazenda também é complicada. Tratando-se de um ministro que representa os bancos no poder – ainda que ele jure de pés juntos o contrário –, seria como se Meirelles estivesse traindo a sua gente. Entre os prós e os contras, o prato da balança parece pesar um pouco mais para o segundo lado. Nem tanto pelos possíveis óbices à medida, mas pela natureza do governo. No que depender da vocação de Michel Temer para tomar medidas mais agudas com celeridade, o RR tem todos os motivos para acreditar que nada ocorrerá.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto

Igual à coletiva do Planalto nem na Série C

1/12/2016
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Prova cabal de que a comunicação pode destruir qualquer discurso ou anúncio. A entrevista do presidente Michel Temer no último fim de semana – ao lado dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros – ainda ecoa entre os jornalistas de Brasília devido aos requintes de mau gosto. Talvez seja o caso do cerimonial do Planalto se inspirar nas coletivas dos times de futebol após as partidas, muito mais organizadas nos seus mínimos detalhes. Primeiramente, o pronunciamento de Temer foi realizado no domingo de manhã, para horror dos jornalistas, convocados às pressas em um dia de descanso santo. Vá lá que o caso Geddel pedisse urgência. Não bastasse, todas as autoridades usavam roupas de folguedo, ou seja, blazer sem gravata. Além disso, a mesa era excessivamente estreita para os três: em vários momentos, Maia e Renan ficaram com as pernas para fora. Por fim, um garçom enfiava-se entre os três a todo o instante para servir garrafas d´água de plástico. Faltou apenas um pinguim de geladeira sobre a mesa.

#Michel Temer #Renan Calheiros #Rodrigo Maia

Sabatina

1/12/2016
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Além de Michel Temer, Eduardo Cunha pretende chamar Jorge Picciani como sua testemunha de defesa. Nem que seja apenas para também lhe enviar uma lista de apimentadas perguntas.

#Eduardo Cunha #Jorge Picciani #Michel Temer

Planalto

28/11/2016
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Na sexta-feira, circularam entre empresários pelo menos três listas elencando políticos supostamente citados na delação da Odebrecht. Uma delas foi a requentada e manjadíssima relação divulgada em março. As outras duas traziam nomes diversos apesar da base ser mantida. Em todas constavam Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá. Michel Temer e Eliseu Padilha só figuravam em uma delas.

#Geddel #Michel Temer #Odebrecht #Romero Jucá

A nova matriz econômica aguarda Temer na esquina

25/11/2016
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 O presidente Michel Temer já deve ter marcado na sua agenda o mês de março de 2017. É tempo mais do que suficiente para mostrar que tem autoridade para aprovar as reformas prometidas na primeira hora do seu governo. Ou não! Nesse caso o “estadista” sem medo de tornar-se impopular viraria uma fraude. Restaria a ele adotar alguma política gêmea da “nova matriz econômica”, que foi uma das causas da condenação do governo anterior ao índex da História. Temer, então, se tornaria um duplo traidor, tendo enganado os antigos aliados e a base de apoio que o levou ao poder. O enredo pode parecer um tanto quanto barroco, mas não briga com os fatos. Temer perdeu o timing para afirmar sua autoridade e passar ao menos as PECs do Teto e da Previdência quando sua popularidade estava inflamada pelo impeachment e a deterioração do cenário econômico era ofuscada pela perseguição ao PT. A estratégia de anunciar um “ajuste” com resultados somente no longo prazo, condicionando a credibilidade à franqueza, não trouxe os louros almejados. Pelo contrário: aumentou a dúvida sobre sua virilidade fiscal.

 Na realidade, até o momento não houve sequer tentativa de ajuste, e, sim, uma série de enunciados sem prazo de votação pelo Congresso e com perspectiva de implementação cada vez mais distante. Nessa toada, mesmo se aprovadas, as medidas não trariam efeitos concretos antes do início da próxima década. No meio do caminho havia outra pedra: a quebradeira dos estados, que vem sendo tratada generosamente de indutora do “pacto do ajuste”, em mais uma simplificação grosseira feita pelo presidente. A crise federativa será um empecilho ainda maior para a aprovação das reformas e o aumento da arrecadação. O próprio presidente, como se tivesse jogado a toalha, reafirmou no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social “que sair de uma recessão leva tempo”. Ainda mais quando ela aumenta a cada rodada dos indicadores. Rezava a malfadada “nova matriz econômica” que o problema do país era de arrecadação e que os empresários não se mexeriam para fazer os novos investimentos sem o empurrão do governo. Na idealizada gestão Temer, o espírito animal do empresariado seria despertado pela melhora das expectativas. Ledo engano.

 Já podem ser vistas as sementes da velhíssima “nova matriz econômica” renascendo lá e cá. Os empresários e economistas reunidos no “Grupo Reindustrialização” clamam por menores taxas de juros reais e pelo ativismo do BNDES. Não estão sós. O pato da Fiesp voltou a pedir redução de impostos ou desonerações. Já antecipando que essa história de redução dos juros pode sobrar para ele, o presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, solicitou que o governo libere as amarras dos recursos bancários, quem sabe diminuindo o recolhimento compulsório sobre os depósitos. Esse filme todos já viram. O mais curioso é que a presidente afastada largou a condenada matriz para praticar uma política econômica muito próxima da adotada por Temer e Henrique Meirelles, a “Levyeconomics”. Se Temer der dois passos atrás no tempo, haverá algo de comédia no ar. De qualquer forma, e pelo bem de todos, tomara que ele tenha mais sucesso do que sua antecessora.

#BNDES #Fiesp #Itaú #Michel Temer

Dinheiro chinês I

21/11/2016
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Representantes do Ministério da Agricultura chinês virão ao Brasil em dezembro para se reunir com Blairo Maggi. Em pauta, o financiamento de projetos de infraestrutura agrícola, notadamente a construção de terminais portuários e armazéns. Será a partida no fundo de investimento agrícola de US$ 1 bilhão criado pelos dois países na recente viagem de Michel Temer a Pequim.

#Blairo Maggi #Michel Temer

Dinheiro das pedaladas pode salvar os estados

14/11/2016
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 O presidente Michel Temer poderá tornar-se um defensor do diferimento dos recursos devidos pelo BNDES ao Tesouro Nacional. Para ser mais preciso, Temer tem sido pressionado pelos governadores a amortecer uma potencial crise federativa, ajudando as unidades estaduais em dificuldade com recursos triangulados entre o Tesouro e o banco de fomento. Pelo menos três governadores “sugeriram enfaticamente” a medida ao presidente. O dinheiro viria do montante de R$ 100 bilhões decorrentes das pedaladas, que a presidente do banco, Maria Sílvia Bastos Marques, insiste em pagar a toque de caixa como contribuição ao ajuste fiscal do governo.

 Ninguém está cobrando de Maria Sílvia tanta celeridade. Nem Henrique Meirelles. Mais pressa têm o gari, o bombeiro, o policial, o médico e a professorinha que não recebem seus salários. O Rio é o cartão postal da falência das províncias brasileiras. Se o BNDES transferisse para um fundo de emergência metade do valor devido ao Tesouro – R$ 50 bilhões –, essa quantia já seria o correspondente à soma das multas e impostos sobre o total dos recursos repatriados. Algum tipo de acerto patrimonial seria feito entre as partes. Um termo de compromisso garantiria a transferência de ativos dos estados para o Tesouro. Posteriormente, eles seriam repassados à iniciativa privada por meio de privatizações e concessões.

#BNDES #Michel Temer

Fogo amigo

11/11/2016
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 Eunício de Oliveira recebeu o beijo da morte do Planalto. Ele tinha a garantia de que seria o candidato do PMDB à presidência do Senado em 2017. No entanto, com a devida orientação de Michel Temer, todo o partido estaria deslizando para a candidatura de Romero Jucá. É bem verdade que todo esse barulho pode ser por nada. Quem vai mesmo decidir a parada é Sergio Moro.

#Michel Temer #PMDB #Romero Jucá #Sérgio Moro

Os gastos nada olímpicos da Autoridade Pública

9/11/2016
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Promete ser árdua a missão de Marcelo Calero, ministro da Cultura, designado pelo presidente Michel Temer para comandar o processo de encerramento da Autoridade Pública Olímpica (APO). Os custos totais previstos para este ano não cabem no orçamento de R$ 20 milhões liberado pela entidade, criada para centralizar a atuação dos governos federal, estadual e municipal na realização da Rio 2016. Calero vai se deparar com uma situação, no mínimo sui generis. Mesmo após a Olimpíada, a pira das contratações continuou acesa. Um exemplo dos gastos desmedidos é o escritório de Brasília. No início do ano, a representação foi extinta e os sete funcionários acabaram dispensados. Por mais incrível que possa parecer, a Olimpíada passou e a APO reativou sua operação na Capital Federal, desta vez com um contingente ainda maior: 12 profissionais.  No Rio, onde fica sua sede, a temporada de contratações também foi reaberta, inclusive com a vinda de profissionais de outros estados. Pela lei que criou a Autoridade Olímpica, executivos vindos de outra cidade com sua família recebem, na partida, o equivalente a um salário a mais para cada dependente. Ou seja: um funcionário com esposa e filho e remuneração de R$ 15 mil vira, na chegada, um custo de R$ 45 mil para os cofres da APO. Há ainda um adicional ao salário para pagamento de aluguel. A festa, tudo leva a crer, está com os dias contados. Uma lembrança: pouco depois de ter assumido o Ministério da Cultura, Calero demitiu 81 funcionários. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Autoridade Pública.

#Jogos Olímpicos #Michel Temer #Ministério da Cultura

Traço no ibope

9/11/2016
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 Pesquisa encomendada pelo PMDB e recém-saída do forno traz Michel Temer com apenas 2% das intenções espontâneas de voto para presidente em 2018. Longe de Lula, Aécio Neves e Geraldo Alckmin e Marina Silva e atrás de Jair Bolsonaro.

#Michel Temer #PMDB

Na escuta

8/11/2016
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 Os ministros Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima foram destacados para monitorar a pulsação de Eduardo Cunha na prisão, notadamente seus batimentos cardíacos em relação a Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Eliseu Padilha #Geddel #Michel Temer

Acervo RR

Mãos dadas

31/10/2016
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 Na sua coreografia contra o Judiciário, não há um passo de Renan Calheiros que não seja meticulosamente ensaiado com o presidente Michel Temer.

#Michel Temer #Renan Calheiros

Mãos dadas

31/10/2016
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 Na sua coreografia contra o Judiciário, não há um passo de Renan Calheiros que não seja meticulosamente ensaiado com o presidente Michel Temer.

#Michel Temer #Renan Calheiros

PEC do Teto deixa assalariado sem chão

28/10/2016
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  O governo mentiu: a PEC 241 vai forçar obrigatoriamente a mudança na regra de reajuste do salário mínimo – a indexação das demais grandes rubricas de despesas ao mínimo estoura o teto de gastos públicos se ele for aumentado em termos reais. Caso a PEC seja levada ao pé da letra, serão 20 anos – 10 no mínimo – sem que o piso salarial volte a honrar o trabalhador.  Por outro lado, ainda bem que Michel Temer fala a verdade e tranquiliza a todos afirmando que a PEC 241 não é para valer tanto assim. Segundo ele, a emenda pode ser remendada em quatro ou cinco anos ou até mesmo no primeiro dia de mandato do próximo presidente, desde que “o país tenha melhorado e superado seus principais problemas”. Só faltou dizer que ele próprio pode mudar a PEC. Temer não apresenta meta, métrica ou forma de avaliação dessa melhora. A PEC do Teto é crível até o presidente colocar o galho dentro.

#Michel Temer #PEC do Teto

Banca chinesa

25/10/2016
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 O Haitong Bank, com sede em Xangai, está em busca de ativos no Brasil. O assunto foi discutido na recente visita de Michel Temer à China. O grupo já tem uma operação de investment banking no país, que soma R$ 8 bilhões em ativos. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Haitong.

#Haitong Bank #Michel Temer

Os “Cantos mesóclicos” de Michel Temer

14/10/2016
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  Recomenda-se a Michel Temer a leitura dos poemas minimalistas da Aldravia, escola que busca o caminho da simplicidade contra a tortura das significações. A condensação como princípio, conforme preconiza Ezra Pound em seu seminal “Os Cantos”– o mínimo de palavras para a abertura do máximo de possibilidades – pode ser uma inspiração para o ser e o viver. Temer parece ter baixa sensibilidade a medidas simplificadoras. É um homem de algaravias, da mesóclise, do gótico. No caso da PEC do Teto, a delicada Aldravia atende por uma recomendação expressa: a manutenção do regime de correção dos gastos nos orçamentos da saúde e da educação . Na saúde, a regra atual é o repasse ao menos do mesmo valor do orçamento anterior mais a variação do PIB. Na educação, a exigência é de 18% da receita arrecadada. Fica tudo como está e ponto final, diria um revivido Ezra Pound a um Temer em versão minimalista.  Sim, a proposta de reduzir riscos de agitação social tem sido soprada nos ouvidos presidenciais. Ela foi uma das pautas da reunião de Temer com FHC e Gilmar Mendes. A conversa girou em torno do impacto da PEC do Teto pós-aprovação da medida: os enfrentamentos com a “sociedade civil” e o Judiciário. Sabe-se que a PGR considera a PEC inconstitucional. Algumas associações de magistrados seguem a mesma estrada. Diz-se que Gilmar Mendes relativizou problemas, na linha do “está tudo sob controle”. Já FHC recomendou que a governança não se desvie da “ética da responsabilidade”, frase da sua absoluta e total preferência.  No entorno de Temer, mesmos os mais duros não têm dúvida sobre o potencial de encrenca da medida nos meios sociais. Dissipando o viés tecnocrático, parece mais fácil fazer oposição contra a restrição nas despesas da saúde e educação depois da sua aprovação. Ela galvanizaria o “Fora, Temer” com os que procuram alguma pugna onde depositar suas apoquentações. Segundo o Ipea, os gastos orçamentá- rios com saúde estão está- veis há 15 anos, na casa de 1,7% do PIB. Em 20 anos, a queda mínima prevista é de 30%. Mas não é preciso esperar 20 anos: no dia seguinte à aprovação da PEC do Teto direita e esquerda estarão condicionando as filas, desastres e tragédias de todos os dias na rede do SUS ao plano de ajuste fiscal. Recuando, o governo perde pouco e ganha muito. O grande prêmio desta partida é a mudança estrutural na relação dívida pública bruta/PIB. São vetores principais a queda dos juros, o crescimento do PIB – e da arrecadação – e o efeito progressivo da reforma da previdência no ordenamento das contas fiscais. Se seguir a escola da Aldravia, Temer reduz o ativismo anticonstitucional. Melhor seria se criasse um piso para as despesas gerais, em sintonia com padrões mais recomendados por agências de rating à silhueta do Brasil. Poderia ser um gatilho para a flexibilização do teto toda a vez que a relação dívida pública bruta/PIB batesse em 45%, 50% ou 55%. De tudo um vaticínio, que também seria um poema: os juros vão desabar. E a educação e a saúde não têm nada a ver com isso.

#Michel Temer #PEC do Teto

Padilha busca a cura da “joaquinização” do governo

3/10/2016
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 O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, é quem mais sofre no governo com a morosidade na aprovação das reformas. Padilha é um parlamentar profissional, mas tem um coração verde oliva – lembra, fisicamente, um primo do general Ruben Ludwig, o “Rubão”. Se pudesse, empurrava as reformas goela adentro. Às favas, pois, com o Congresso, a tramitação e seus ritos. O “general Padilha” tem seus motivos para essa alergia a atrasos na área econômica. Do quarteto fantástico – Michel Temer, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e o próprio Padilha – ele é o mais sensível à moléstia da “joaquinização” que acometeu o governo anterior. Por “joaquinização”, entenda-se uma referência à performance do ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que passou um ano no cargo sem conseguir executar as políticas econômicas devido à relutância do Legislativo. Na visão de Padilha, o governo Temer tem se deparado com um ambiente menos cooperativo no Congresso do que se imaginava. Trata-se de uma resistência gelatinosa, dissimulada, mas forte o suficiente para atrasar os ponteiros do relógio do governo.  A PEC do Teto carrega sintomas típicos da “joaquinização”. Padilha costuma dizer que ela tem 14 meses se debatendo na placenta parlamentar, contando o tempo em que foi elaborada pelo próprio Joaquim Levy até os dias correntes. Há interveniências de todos os tipos. A Procuradoria Geral da República já entrou com um mandado suspensivo por considerar a PEC inconstitucional devido às restrições com gastos na saúde. Há propostas de criação de um gatilho para mudar o índice de correção das despesas públicas e de alteração do prazo de revisão da PEC (fala-se em 20 anos, 10 anos, sete anos). Existem ainda manifestações do corporativismo no Congresso de toda ordem e feitio. Padilha acha que só o envio de um projeto de reforma em urgência absolutíssima combateria a enfermidade da “joaquinização”. Pensa até, no caso da reforma da previdência, em mandar uma PEC em aberto, um monstrengo que permitiria sua alteração durante um determinado tempo de carência, ou seja, o indexador era um, muda-se para outro; o piso de determinado gasto era um, passa a ser outro, e assim vai.  Reza a cartilha da infâmia na arte de governar que a “joaquinização” de um governo não se manifesta apenas numa atitude menos colaborativa do Legislativo. Vide o caso das concessões. O governo requentou projetos, catou o que tinha e o que não tinha para oferecer à iniciativa privada, mas ainda não há prazo para que os primeiros ativos sejam colocados na gôndola. Os editais sequer foram rascunhados, até porque não se sabe quem vai elaborá-los. Assim é quando a famigerada doença se alastra: o governo sabe o que fazer, todos os enunciados estão postos, mas quase nada anda. Padilha sabe que as expectativas levarão o governo Temer às trevas. Portanto, tem de enviar um projeto de reforma, de preferência dois, ao Congresso Nacional. Se não curar a “joaquinização”, o governo Temer já nasce morto.

#Eliseu Padilha #Joaquim Levy #Michel Temer

Casa própria

30/09/2016
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 Marcela Temer queria permanecer no Palácio do Jaburu, ao menos até o fim do ano. No entanto, acabou convencida por Michel Temer de que simbolicamente seria muito ruim a família continuar morando na residência oficial da vice-presidência, por sinal, apelidada nas redes sociais de “QG do Golpe”.

#Marcela Temer #Michel Temer

Briga de paróquia

29/09/2016
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 Renan Calheiros e o ex-deputado Henrique Alves disputam um cabo de guerra para indicar o novo ministro do Turismo. O primeiro trabalha junto a Michel Temer pela nomeação do deputado Marx Beltrão; o segundo, pelo ex-presidente da Embratur, Vinicius Lummertz.

#Embratur #Henrique Alves #Michel Temer #Ministério do Turismo #Renan Calheiros

O destino de Maia

23/09/2016
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 No xadrez político idealizado por Michel Temer para 2017, Rodrigo Maia seguirá para a Esplanada dos Ministérios ao fim do seu mandato na presidência da Câmara, em janeiro. Sem poder concorrer à reeleição, Maia assumiria a Pasta do Meio Ambiente. O atual ministro, Sarney Filho, está desgastado depois das seguidas campanhas contra a construção de hidrelétricas na Amazônia.

#Michel Temer #Ministério do Meio Ambiente #Rodrigo Maia #Usina hidrelétrica

Temer mete a colher na sopa de letras do setor elétrico

21/09/2016
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  O presidente Michel Temer autorizou seu ministro-chefe do Gabinete Civil, Eliseu Padilha, a mexer em toda a estrutura decisória do setor elétrico. O motivo é mais do mesmo, ou seja, a fragilidade do governo federal frente à própria burocracia do Estado, que paralisa quando bem entende as obras das grandes usinas hidrelétricas – o último exemplo foi o arquivamento da licença ambiental da usina de São Luiz do Tapajós. A primeira mudança será no perfil de atuação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até então restrita à realização de estudos sobre o setor. A EPE agora vai planejar e entregar o pacote de medidas pronto para ser aprovado. A principal atividade da estatal, a confecção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), não terá mais um caráter sugestivo e indicativo de novas usinas. Ele passará a ter a força de uma decisão governamental do que deverá ser feito para expandir o parque gerador do país. Padilha terá de tourear um lobby intragovernamental dos outros órgãos, a exemplo do Ibama e do ONS, que pretendem indicar representantes no futuro conselho consultivo da EPE. A preocupação é não contaminar a decisão com a diversidade de participantes, alguns deles os principais criadores de caso do setor elétrico, como o Ibama. Dessa forma, haverá menos arestas para aparar na aprovação final do Plano Decenal pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).  O CNPE também será alvo de mudanças. É a instância maior das políticas do setor, constituído por uma miríade de 14 membros, sendo nove ministros. Atualmente os membros do Conselho têm a prerrogativa de alterar os estudos da EPE e até mesmo retirar empreendimentos. No novo formato, o CNPE terá um poder menor de ingerência, na medida em que suas decisões serão tomadas em relação ao bloco de medidas, e não uma intervenção pontual, o que atrasa as decisões, transformando a instituição em uma espécie de assembleia. As alterações visam reduzir drasticamente o tempo entre a elaboração do projeto e a licitação das usinas. O CNPE deverá ter ainda a sua composição ampliada com um representante da sociedade civil especialista em meio ambiente, escolhido a dedo pelo Gabinete Civil. O que está em jogo é a construção encruada de dez usinas hidrelétricas na Amazônia, com potencial de geração de 30 mil megawatts e investimentos de R$ 35 bilhões, suficientes para garantir a expansão da oferta por quatro anos, sem contar com qualquer outra fonte de energia elétrica.

#Eliseu Padilha #Ibama #Michel Temer #Usina hidrelétrica

Bullets

20/09/2016
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Todas as noites, Michel Temer tem tirado o ponto com Marcela Temer. Ambos se debruçam sobre o conteúdo do programa “Criança Feliz”   A Transnordestina acabou afastando de vez Benjamin Steinbruch e Paulo Skaf. O presidente da Fiesp “esqueceu” completamente que prometeu tratar do assunto junto ao Planalto.   O diretor de planejamento do BNDES, Vinicius Carrasco, foi encarregado pela presidente Maria Sílvia Bastos de construir um disclosure capaz de catar pulga. Vai inovar com métricas criativas.

#Benjamin Steinbruch #BNDES #Criança Feliz #Fiesp #Marcela Temer #Maria Sílvia Bastos #Michel Temer #Paulo Skaf #Transnordestina #Vinicius Carrasco

Lula quer apresentar Michel Temer à Lava Jato

16/09/2016
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 O PT tem duas estratégias e um posicionamento definidos para reagir à denúncia do Ministério Público Federal contra Lula. Estes pontos foram exaustivamente debatidos pela cúpula do partido ao longo da tarde de ontem, após o pronunciamento do ex-presidente. Segundo a fonte do RR, assíduo interlocutor do ex-secretário da Presidência da República Gilberto Carvalho, a postura de Lula não será a do candidato de 1989, mas de 2002. Ou seja: indignado, sim, no entanto, até segunda ordem, cordial, bem humorado e disposto ao diálogo. Já as referidas estratégias se cruzam entre si. Uma delas é evitar o confronto aberto com a Lava Jato, mas, ao mesmo tempo, desacreditá-la. Isso significa colocá-la sob suspeição, lançando sobre ela a pecha de parcial e de olhar apenas para um partido ou grupo político. A questão é a sutileza, o ponto da massa antes de tirá-la do forno, coisa em que Lula é perito.  Este movimento abrirá caminho para o complemento da tática delineada pelo PT. O partido pretende colocar foco no atual governo, adotando um discurso com o intuito de colar o Ministério Público em Michel Temer e seus colaboradores mais próximos, muitos deles já devidamente carimbados pela Lava Jato. A premissa é que o bombardeio ao atual presidente e sua távola redonda ajudaria a quebrar o protagonismo do PT e do próprio Lula na Operação. Permitiria também o take over do “Fora, Temer”, grudando o slogan das ruas às investigações do “petrolão”. Ao mesmo tempo, jogar foco sobre Temer evitaria que o ex-presidente concentrasse sua munição contra os procuradores de Curitiba. Até porque este está longe de ser o melhor Lula. Quando se dirige ao Ministério Público, ele automaticamente precisa vestir uma camisa de força e tomar todos os cuidados. Ontem, por exemplo, não fez qualquer menção nominal a Deltan Dallagnol, chefe da força tarefa e âncora do espetáculo midiático conduzido na véspera pelo Ministério Público. No PT, há a convicção de que um duelo escancarado não é o caminho mais recomendável. Seria muito desgaste para pouco resultado, tamanho o prestígio de Sergio Moro e seus cruzados junto à opinião pública. Além do mais, até no discurso oficial quem quer abafar a Lava Jato é Temer, Renan, Cunha, Aécio etc. Não Lula.  No entanto, talvez o ponto mais sensível seja como Lula deve abordar a palavra que não ousa dizer seu nome. Ontem, em 1h20 de discurso, ele não pronunciou o termo “prisão”. Contudo, quem o psicografa garante que o tema terá a sua vez e Lula, como de hábito, saberá o timing exato de colocá-lo sobre a mesa. Ao citar a questão de viva-voz, ele poderá dizer que sua detenção está decidida há décadas e décadas pelas elites. E que o que está em jogo não é o seu cárcere, mas a prisão de uma causa. Por enquanto, não há pistas sobre quem terá o mando de campo do destino de Lula: o discurso evangelizante dos rapazolas da procuradoria ou o rugido rouco das ruas. A única aposta firme é que a imolação de Lula é uma fagulha com inegável poder de combustão.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT

Washington

16/09/2016
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 O Itamaraty ainda não perdeu as esperanças de costurar um encontro entre Michel Temer e Barack Obama até janeiro, quando o presidente norte-americano deixará a Casa Branca. Recentemente, durante a reunião de cúpula do G20 na China, a Pasta de Relações Exteriores fez de tudo para que ambos tivessem ao menos uma rápida conversa tête-à-tête. Ficou na vontade.

#Barack Obama #Itamaraty #Michel Temer

Sempre na foto

16/09/2016
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 Nem quando era ministro do Planejamento, Romero Jucá estava tão próximo de Michel Temer. O senador tem marcado presença em quase todos os eventos oficiais ao lado do presidente. O mais recente foi a posse de Grace Mendonça na AGU.

#AGU #Grace Mendonça #Michel Temer #Romero Jucá

Ministério do Turismo desperdiça o legado olímpico

14/09/2016
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 Justo no momento em que o Brasil deveria surfar na onda olímpica para impulsionar o fluxo de visitantes estrangeiros, a Pasta do Turismo é um ponto cego na Esplanada dos Ministérios. Desde que Michel Temer assumiu interinamente a presidência, em maio, a área está acéfala: Alberto Alves ocupa o cargo de ministro interinamente. A indefinição política combinada aos graves problemas de orçamento têm afetado os principais projetos do Ministério. Os Jogos Olímpicos passaram e a Embratur não sabe se terá verba para viabilizar uma campanha de marketing no exterior com o objetivo de capitalizar o sucesso do evento. Até o momento, segundo o RR apurou, não há qualquer movimentação para o lançamento da concorrência e consequente contratação da agência responsável pela ação publicitária. A esquerda tem sido mais bem sucedida em vender o discurso do golpe no exterior do que o governo em propagandear as atrações turísticas do Brasil.  A participação em feiras e congressos internacionais, fundamental para o setor hoteleiro, também está sob risco. No ano passado, a estatal marcou presença em 15 eventos. Neste ano, o número não chegará a dez. Além disso, para alguns deles, a Embratur tem enviado apenas um funcionário, contra uma média de cinco no ano passado. Consultada pelo RR, a empresa confirmou “que as restrições orçamentárias impedem a execução de projetos de promoção turística no exterior”. A empresa informou ainda que está em tratativas com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) em busca de apoio para realizar uma “campanha consistente nos principais centros emissores de turistas”.  Em 2015, o orçamento da estatal para o Programa de Promoção Internacional ficou em US$ 17 milhões. Não deu nem para a saída. A comparação com outros países da América Latina, competidores diretos do Brasil na busca por turistas, chega a ser uma covardia. No ano passado, o México gastou mais de US$ 470 milhões para propagandear suas atrações no exterior. Colômbia e Equador, por sua vez, desembolsaram algo em torno de US$ 100 milhões cada um. Já a Argentina investiu US$ 57 milhões. Vá lá que o governo Michel Temer tenha outras prioridades, mas cada ponto percentual de queda na indústria do turismo significa uma perda de aproximadamente R$ 2 bilhões.

#Embratur #Jogos Olímpicos #Michel Temer #Ministério do Turismo #Secom

Deficiência na comunicação

14/09/2016
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 O triunvirato que cerca Michel Temer do Planalto – Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima – acha que o governo tem um problema sério de comunicação. A percepção de que as medidas oficiais sofrem de lentidão não teria base na realidade e seria, sim, uma deficiência da comunicação. O nome dos sonhos de Temer é o jornalista Merval Pereira. Experiente, conhecedor dos meandros da política e embaixador do Grupo Globo. É uma opção difícil. Mas se não der, Temer já se contentaria com alguém assim como Miguel Jorge, que, por sinal, está na pista.

#Eliseu Padilha #Geddel #Globo #Michel Temer #Moreira Franco

Privatizações e Lava Jato têm encontro marcado no PPI

13/09/2016
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 A segunda-feira foi de bate-cabeças no Palácio do Planalto. Muitas ideias, poucas decisões. Ontem à noite, a poucas horas da primeira reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ainda não havia uma definição dos projetos e do pacote de benefícios aos futuros investidores que serão levados para o encontro de hoje, em Brasília. O secretário Moreira Franco passou o dia catando pedacinhos de programas anteriores. Até raspas e restos do velho PAC foram usados para dar um toque sinfônico, digamos assim, à apresentação. Colocar vértebras no projeto talvez seja o menor dos problemas. O núcleo duro do Planalto – leia-se o próprio Moreira, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha – está ciente de que o governo perdeu o que seria o grande ativo para a realização de um programa de privatizações em larga escala: uma espécie de leniência coletiva, ou seja, um grande acordão que permitisse às maiores empreiteiras do país – tanto as já condenadas quanto aquelas ainda sob investigação – além dos grandes investidores, a exemplo dos fundos de pensão, purgar seus malfeitos, quitar seus débitos com a Justiça e, assim, voltar ao game das concessões.  Esta hipótese parecia ter sustentação em Michel Temer e seu grupo político. Puro desejo. O próprio presidente da República e alguns de seus mais próximos colaboradores – a começar exatamente pelo trio Moreira, Geddel e Padilha – são alvos de investigações da Lava Jato, o que automaticamente lhes tira a autoridade para articular uma solução dessa natureza. Um movimento neste sentido vindo dos lados do PMDB será visto como uma tentativa de abafar Curitiba. Ao mesmo tempo, qualquer facilidade ou benfeitoria no programa de desmobilização patrimonial teria a fragrância da suspeição. Ou seja: com o governo Temer, a Lava Jato tornou-se uma “doença” auto-imune.  As aflições do Planalto passam ainda pela crise econômica e pela tensão das ruas. O projeto de ajuste fiscal tem um delay entre a produção de mal estar e bem estar. Enquanto a sensação é de usurpação de direitos, piora da renda e do desemprego – em parte carry over do governo Dilma –, o ambiente de indignação ganha novos decibéis a cada dia. A maneira de mitigar o bordão “Fora Temer” seria entregar parte do que os movimentos sociais querem, entre outras ações suspendendo as reformas trabalhista e da previdência. Mas seu nome não seria Michel se lá estivesse para repetir o governo anterior.  Os ativos de Michel Temer começam a se queimar rapidamente. De maior avalista do seu governo e potencial candidato em 2018, Henrique Meirelles periga se transformar em um ministro insípido, silenciado pelo seu próprio e repetitivo discurso. Só o próprio Temer poderia salvar seu governo de se tornar cada vez mais ralo, com vigor, decisões enérgicas, capacidade de comunicação e carisma. Alguém viu esse Michel Temer por aí?

#Eliseu Padilha #Geddel #Henrique Meirelles #Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #PMDB #PPI

Arbitragem

12/09/2016
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 Quem pensa que é muito cordial a convivência entre as raposas de Michel Temer está enganado. Recentemente, o secretário de Governo, Geddel Vieira Lima, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se espetaram devido a um by pass no relacionamento político com alguns estados. Por enquanto, é tudo xique-xique. Mas, se fosse para valer, Padilha ganhava.

#Eliseu Padilha #Geddel #Michel Temer

Acervo RR

Bumerangue

9/09/2016
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 Romero Jucá e Geddel Vieira Lima fizeram de tudo para convencer Michel Temer a não aprovar o novo slogan criado pelo marqueteiro Elsinho Mouco: “Fora, ladrões”. Foram votos vencidos. Bastaram poucas horas para mostrar que Jucá e Geddel sabiam do que estavam falando. Assim que saiu a notícia sobre a campanha, o slogan ganhou um adendo nas redes sociais: “Fora, ladrões golpistas”.

#Geddel #Michel Temer #Romero Jucá

Bumerangue

9/09/2016
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 Romero Jucá e Geddel Vieira Lima fizeram de tudo para convencer Michel Temer a não aprovar o novo slogan criado pelo marqueteiro Elsinho Mouco: “Fora, ladrões”. Foram votos vencidos. Bastaram poucas horas para mostrar que Jucá e Geddel sabiam do que estavam falando. Assim que saiu a notícia sobre a campanha, o slogan ganhou um adendo nas redes sociais: “Fora, ladrões golpistas”.

#Geddel #Michel Temer #Romero Jucá

Meirelles rima fama de mau com ajuste fiscal

6/09/2016
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 O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem tentado convencer Michel Temer que o timing do anúncio das maldades fiscais é agora, na primeira semana do presidente oficialmente no cargo. O clichê de Meirelles vai além da máxima de Maquiavel – a maldade se faz de uma vez só; a bondade, aos poucos. Ele considera que uma medida fiscal de forte impacto, ainda que impopular, sinalizaria positivamente junto aos agentes formadores de expectativas. Bons exemplos seriam a recusa do pleito de aumento do reajuste dos salários do Judiciário em R$ 4 bilhões, mexer na política de indexação do salário mínimo e suspender a estabilidade do funcionalismo publico, além de promover o congelamento dos seus salários por tempo determinado. Eles teriam efeito de ampliação do fluxo de capital, essencial para atrair os investimentos, principal catalisador da nova matriz de crescimento econômico. O ministro da Fazenda sabe que a PEC do teto tem eficiência relativa e até agora somente a reforma da Previdência, apesar da sua antipatia intrínseca et por cause, tem o poder de sacudir as expectativas. O risco da Previdência é ela tornar-se um anticlímax fiscal durante todo o governo Temer, com impacto bem menor do que o esperado na redução do déficit primário. Meirelles acha que o governo tem de enviar dois projetos contundentes de reformas para o Congresso. Podem ser as mudanças tributárias e trabalhistas herdadas do governo Dilma Rousseff. Mesmo que a batalha campal para sua aprovação no Congresso seja longa, o efeito sobre as expectativas, a começar pelos juros futuros, seria positivo. O ministro conta com cenário animador nessa área. Na semana passada, o Itaú projetou uma queda na taxa Selic para 10% no final de 2017.  Outro movimento favorável depende do leiloeiro Moreira Franco. Caso a venda do patrimônio público fique muito abaixo dos R$ 50 bilhões ficará descortinado que o déficit primário de 2017 é maior do que o estimado. Para convencer os aliados a endurecer sem perder a ternura, Meirelles ameaça todo mundo com uma nova rodada de impostos. É só gogó. A medida é maldita para Eliseu Padilha, Moreira e Geddel Vieira Lima. E Temer já declarou que não mete a mão nesse vespeiro. Meirelles quer dureza, virilidade na política econômica. Na vida real, fechou o corpo com uma estratégia de ajuste fiscal gradualista, um fantástico hedge contra a hipótese de fracasso rápido, algo como o sucedido com o ex-ministro Joaquim Levy. Ou seja, Meirelles não pode mais ser cobrado no curto prazo; a previsão do seu plano de ajuste fiscal é que o efeito surja nas calendas do governo Temer. Quer ser visto como o granítico e incorruptível ex-ministro Octávio Gouvêa de Bulhões. Uma comparação difícil de um santo com um banqueiro. Bem, toda essa ortodoxia pode não dar certo. Meirelles aposta seu futuro político que dará.

#Ajuste fiscal #Henrique Meirelles #Michel Temer

Em revista

5/09/2016
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 O  desfile de 7 de setembro deverá marcar a primeira aparição pública da primeira dama Marcela Temer após a posse em definitivo de Michel Temer.

#Marcela Temer #Michel Temer

Menos é mais

5/09/2016
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 Com a polidez que o caracteriza, Michel Temer pediu ao seu escudeiro Moreira Franco que seja mais econômico em suas declarações sobre os planos do governo.

#Michel Temer #Moreira Franco

Temer vai à China colher o arroz semeado por Dilma

2/09/2016
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 O presidente Michel Temer desembarca hoje em Xangai, na sua primeira missão como titular do cargo, sabendo que os jornais Xinmin Evening News, Beijing Daily, Canako Xiaoxi e Nanfang City News – somente para dizer alguns dos mais votados periódicos chineses – não economizaram palavras simpáticas a sua antecessora. Não poderia ser diferente. Os acordos que serão assinados nos próximos dias avançam muito pouco em relação à agenda bilateral negociada ao longo do governo Dilma Rousseff. A rigor, Temer leva na bagagem, sem maior alarde, apenas duas novidades: o iminente fim das restrições à compra de terras no Brasil por investidores estrangeiros e a flexibilização das regras para a importação de mão de obra. São temas fulcrais para os chineses. O primeiro diz respeito a algumas das maiores tradings agrícolas do mundo, a exemplo do China National Agricultural Development Corporation e do PetroPetron, que têm planos de adquirir áreas para a produção de grãos, notadamente no Centro-Oeste.  A segunda questão interessa diretamente a empreiteiras e grupos de infraestrutura chineses, fortes candidatos a ocupar os vazios deixados pela indústria da construção pesada no Brasil após a Lava Jato. Neste caso, os acordos de financiamento para projetos no setor teriam como contrapartida a garantia de contratação de trabalhadores do país asiático. Já há precedentes no aproveitamento, em menor escala, de mão de obra estrangeira em grandes empreendimentos no país. Um exemplo é o da construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico , que contou com a importação de 600 operários chineses. É bem verdade que trocar investimentos por postos de trabalho não é uma escolha simples. Mas talvez doa menos para um governo que, na sua interinidade, já mostrou não dar prioridade à agenda social.  Praticamente todos os grandes acordos – do financiamento para a Petrobras à compra de aeronaves da Embraer – estão engatilhados desde a visita do primeiro-ministro Li Keqiang ao Brasil, em maio do ano passado. Michel Temer vai apenas pespegar sua assinatura sobre a de Dilma Rousseff. A verdade verdadeiríssima é que a origem desse namoro com os chineses antecede todos os personagens citados. Ela pertence por mérito ao ex-presidente da Vale Eliezer Batista. Já no governo Lula, Eliezer defendia a atração de investidores chineses como forma de viabilizar a execução de grandes projetos de infraestrutura. Construiu as pontes e saiu de campo. Agora, quem sabe Temer colha do arrozal germinado. Arroz é que não falta.

#China National Agricultural Development #Dilma Rousseff #Embraer #Impeachment #Michel Temer #Petrobras

Advogado Geral

2/09/2016
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 Assim que voltar da China, o presidente Michel Temer vai anunciar o nome do novo Advogado-Geral da União, no lugar de Fabio Osório.  Para quem não lembra, Osório sofreu uma dura derrota nos primeiros dias de governo Temer. A AGU não conseguiu evitar o retorno de Ricardo Mello à presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Ligado a Dilma Rousseff, Mello foi demitido por Temer, mas voltou ao cargo graças a uma decisão do STF.

#AGU #EBC #Michel Temer

Solo fértil

31/08/2016
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 O emergente senador Wilder Morais (PP-GO) tem se notabilizado como um dos principais interlocutores de Michel Temer junto à bancada ruralista. Morais já articula, inclusive, um evento com agropecuaristas do Centro-Oeste para celebrar sua posse definitiva na Presidência. Há dois meses, Temer marcou presença em um churrasco na fazenda do senador, quando discursou para mais de 160 prefeitos.

#Michel Temer

Valiosa colaboração

30/08/2016
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 Michel Temer contou com a valiosa colaboração da Academia Brasileira de Letras na ourivesaria do seu discurso de posse.

#Michel Temer

A hora e a vez de Temer ser picado pela saúva

25/08/2016
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 O presidente interino, Michel Temer, já sabia o texto inteiro da missa. Mas, quando rezado de viva voz, no latim do empresariado, o impacto da burocratização nacional é ainda mais desolador. Desde sempre, o setor empresarial é refém do Estado, que, por sua vez, é refém das corporações, que se nutrem das dificuldades que elas próprias criam. Essa simbiose, contudo, está piorando cada vez mais. O mau corporativismo tem ganhado todas as pelejas disputadas. Ele está na raiz da baixa produtividade do país. É um canibal do Estado. Representa um coeficiente da inflação renitente. É a zika da ineficiência produtiva. Os potentados empresariais Carlos Alberto Sicupira, Jorge Gerdau, Luiz Carlos Trabuco e Pedro Moreira Salles, entre outros, fizeram para Michel Temer uma apresentação de como essa saúva tem corroído o Brasil.  Os casos são bastante minuciosos e impactantes. O presidente do Conselho Administrativo do Itaú-Unibanco, Pedro Moreira Salles, colaborou na exposição detalhada dos péssimos exemplos com a menção à insanidade tributária do país, que está menos no tamanho da carga do que na esquizofrenia de mudanças frenéticas dos gravames. Segundo Moreira Salles, o banco tem de estar preparado para dar conta de uma modificação na legislação de impostos a cada duas horas, em média. Esse número tem sido crescente.  O empresário Carlos Alberto (Beto) Sicupira, quarto homem mais rico do Brasil, segundo o ranking da Forbes, e um dos controladores da Ambev, informou que a companhia cervejeira tem de gerar 23 mil processos por lata ou garrafa produzida no mercado brasileiro, somente em função da mixórdia criada pela legislação do ICMS. A Ambev opera em todos os 27 estados e nos quase 5,5 mil municípios do Brasil. Nos Estados Unidos, ela também atua de ponta a ponta no território norte-americano, mas precisa gerar somente 1.300 processos por lata ou garrafa. E isto levando em consideração todos os impostos que são cobrados, e não apenas um único.  O presidente da Natura , Pedro Passos, reclamou do fluxo de processos trabalhistas, um montante superior a quatro milhões por ano. Um dado bastante estarrecedor: o fluxo se altera pouco. Ao contrário do que seria recomendável, a legislação vai se tornando mais nebulosa com o passar do tempo. E todo ano são pedidas na Justiça a criação de mais e mais Varas do Trabalho. Pedro Passos deu outro exemplo nada edificante: a fabricante de produtos de beleza gasta R$ 15 milhões por ano somente para manter sua máquina de atendimento da burocracia funcionando. Os números são grandiloquentes e bastante atualizados, mas, à primeira leitura, a sensação é de um grande déjà vu.  Consta que o presidente interino ouviu atentamente, franziu o cenho, pousou a mão sobre os joelhos e com um olhar grave fez aquilo que se esperava dele. Temer pediu sugestões dos empresários para resolver os problemas e uma maior interação junto ao governo federal para uma colaboração conjunta. Por ora, é só. Mas o filme parece muito antigo.

#Ambev #Itaú #Michel Temer #Natura

Open House

22/08/2016
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 A primeira-dama Marcela Temer já se dedica aos preparativos da celebração dos 76 anos de Michel Temer, no dia 23 de setembro. Se tudo correr como o previsto, será também uma espécie de “open house” do Palácio da Alvorada.

#Michel Temer

Fora do ar

19/08/2016
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 Silvio Santos e Johnny Saad tentam persuadir o presidente Michel Temer a mudar a lei que restringe a 30% o capital estrangeiro nas emissoras de TV abertas. De antemão, é possível dizer que o pleito dos donos do SBT e da Band terá traço de audiência no Planalto.

#Band #Michel Temer #SBT

Dívida do Exército fura os blindados da Iveco

18/08/2016
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 O futuro da operação de blindados da Iveco no Brasil está nas mãos do ministro da Defesa, Raul Jungmann, e, em última linha, do presidente Michel Temer. O grupo italiano vai encerrar definitivamente a produção de veículos militares em Sete Lagoas (MG) caso não chegue a um acordo com o governo para a quitação de uma dívida de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. O valor se refere aos mais de 160 blindados modelo Guarani já entregues pela companhia ao Exército. O passivo se acumula desde 2014, quando o governo começou a atrasar os pagamentos à Iveco. Do ano passado para cá, a situação se tornou insustentável: com os agudos cortes orçamentários, as Forças Armadas suspenderam os repasses à empresa. Esta, por sua vez, não teve outra alternativa se não paralisar a produção e interromper o fornecimento dos veículos. Consultada, a Iveco informou que não há pendência de pagamento, mas a fonte do RR garante que há valores em atraso sendo renegociados.  A Iveco não está sozinha. As Forças Armadas devem mais de R$ 10 bilhões a grandes fornecedores, como a Embraer – ver RR edição de 2 de maio. O caso do grupo italiano, no entanto, é mais delicado. A linha de montagem do Guarani em Sete Lagoas foi instalada exclusivamente em função do contrato com o Exército brasileiro. Originalmente, o acordo previa o fornecimento de dois mil blindados até 2020. Até agora, no entanto, não foram entregues sequer 10% desse volume. O fechamento definitivo da fábrica de Sete Lagoas significaria a demissão dos 250 funcionários envolvidos diretamente na operação. O impacto desta decisão, no entanto, irá muito além dos muros da companhia. A montagem do Guarani enfeixa uma cadeia de produção com mais de 50 empresas e cerca de três mil empregos.

#Iveco #Michel Temer

Cabo de guerra

18/08/2016
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 Romero Jucá tem usado de toda a sua influência sobre Michel Temer para brecar a transferência da Secretaria de Orçamento do Planejamento para a Fazenda, como quer Henrique Meirelles. Como se sabe, Jucá deixou o Ministério do Planejamento, mas a Pasta não deixou Jucá.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Romero Jucá

Michel Temer tem muito a aprender com Sun Tzu

16/08/2016
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 O governo está começando a perder por ser um mau ganhador. Michel Temer e o seu grupo de interesse, operadores do inevitável impeachment da presidente Dilma Rousseff, não se aperceberam das vantagens de mudar o curso do vendaval de ódio que abateu mortalmente a hegemonia do PT. Foi esse rancor exacerbado o responsável, em grande parte, pelo sucesso da empreitada. Serviu ao que veio. Mas, ao vencedor, as batatas.  Caberia a Temer mudar a estação no pós-Dilma. Acenar com uma distensão política para toda a oposição. Um governo e sua República de Vichy. Parece ingênuo, mas não é. Todo bom general sabe que o primeiro passo após a vitória é não humilhar os vencidos, e muito menos atiçar ainda mais a sua raiva natural (apud Sun Tzu, “A Arte da Guerra”). O estímulo ao estado de ódio estaria funcionando como uma retroalimentação congestiva. O saldo dessa cultura de cólera pode ser a cegueira em relação às melhorias que o governo conseguir em sua gestão, muitas delas, diga-se de passagem, contratadas no final da “era Dilma”.  O “Fora Temer” está sendo alimentado por essa incompreensão. Não vai passar, enquanto o ressentimento dos abatidos for estimulado pela propagação da ira dos vencedores. O primeiro passo seria um grande acordo com a mídia, que não só combate, como zomba e tripudia sobre os derrotados, incitando-os a uma luta que já poderia ter sido arrefecida. Parece, sem dúvida, que a mídia está devolvendo um mal estar de muitas décadas, que não começou com a chegada de um operário à Presidência da República. Vem de longe. As chamadas reformas estruturais, que passam ao largo das bases, exatamente por cassar os seus direitos, poderiam ser discutidas em mini-constituintes. Nelas teriam assentos representantes da CUT, técnicos oriundos da esquerda, representantes da sociedade civil etc. Que sejam minoria! Mas já seria uma sinalização contrária ao ódio. Pois bem, o RR reconhece que essas observações estão assentadas em alguns pressupostos cínicos. Contudo, o que é política senão uma visão enviesada da realidade. Enquanto as elites soprarem esse bafo de fel, o “Fora Temer” continua.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer

Santos Dumont

15/08/2016
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 O Aeroporto Santos Dumont é o iô-iô do programa de privatizações de Michel Temer. No primeiro formato, o aeroporto estava fora da lista. Posteriormente, foi incluído. Agora, nova reviravolta: a venda deve ficar para 2017.

#Michel Temer

Destino traçado

11/08/2016
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 O apagado ministro da Indústria e Desenvolvimento, Pastor Marcos Pereira, não precisará se dar ao trabalho de ameaçar novamente que vai deixar o cargo. Segundo fontes do Planalto, Michel Temer vai defenestrá-lo nas próximas semanas. É o tempo de achar um outro cargo para confortar o PRB.

#Michel Temer

Primeira-dama

8/08/2016
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 Aliados mais próximos de Michel Temer, como Geddel Vieira Lima e Henrique Alves, tentam convencê-lo do valor simbólico de ter a primeira dama, Marcela Temer, à frente de funções na área social do governo. Temer, no entanto, ainda reluta.

#Michel Temer

Road show

5/08/2016
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 Moreira Franco prepara-se para sair pelo mundo em busca de dólares. Em setembro, deverá visitar uma série de investidores europeus e asiáticos com a missão de vender o plano de concessões e privatizações do governo de Michel Temer.

#Michel Temer

Pré-Olímpico

29/07/2016
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 O Planalto avalia os prós e contras de um pronunciamento de Michel Temer em cadeia de rádio e TV na véspera da cerimônia de abertura da Olimpíada. Por ora, prevalecem os contras. Há o receio de um panelaço olímpico.  Aliás, o governador interino Francisco Dornelles está propenso a se abster de qualquer pronunciamento na abertura da Olimpíada. Prefere deixar as vaias para Michel Temer e Eduardo Paes.

#Francisco Dornelles #Jogos Olímpicos #Michel Temer

22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer

22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer

22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer

22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer

Comício

19/07/2016
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 Na semana passada, a agenda do presidente interino Michel Temer contabilizou audiências com 11 senadores em apenas três dias. Isso sem contar o intenso trabalho de “panfletagem” que tem sido conduzido por Geddel Vieira Lima e pelo senador Romero Jucá a pouco mais de um mês da votação final do impeachment.

#Impeachment #Michel Temer

Troca de guarda

18/07/2016
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 Já é certo que haverá mudança na diretoria-geral da ANP, com o fim do mandato de Magda Chambriard, em novembro. O nome preferido de Michel Temer é o de Symone Christine de Santana Araújo, diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia.

#ANP #Gás natural #Michel Temer

Troca-troca

15/07/2016
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 Ainda que a Lei de Responsabilidade das Estatais não tenha caráter retroativo, o presidente Michel Temer pretende mudar os conselheiros das companhias do governo federal que sejam dirigentes de partidos ou parlamentares. O assunto deverá provocar rebeliões na base aliada do Congresso.

#Michel Temer

O jeito Serra de ser contra tudo e todos

11/07/2016
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 Extra! Extra! O chanceler José Serra tem fritado em banha fervente o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, aquele que recebeu propostas de Alexandre Frota para melhoria do setor. Diz que Bezerra ignora a potencial contribuição da iniciativa privada e defende que as universidades deixem de ser caixa preta e tenham governança e transparência igual à das companhias abertas em bolsa.  Extra! Extra! Serra tem feito campanha junto a Michel Temer para que ele se empenhe na obstrução do projeto que regulariza os jogos de azar. Engajar o presidente da República contra o jogo é complicado, basta ver a sua vizinhança de muro. Entre os favoráveis à jogatina estão os pesos-pesados Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Blairo Maggi. O chanceler, com seu cabedal de ex-ministro da Saúde, acha que as doenças, vícios e casos de morte provocados pela indústria do jogo não compensam os ganhos de arrecadação. Até porque a receita para o Estado será baixa. Pelo menos é o que diz ele.  Extra! Extra! José Serra faz intriga que Henrique Meirelles entende tanto de ajuste econômico quanto o louro José, papagaio da apresentadora Ana Maria Braga. O ministro da Fazenda não estaria buscando receitas extraordinárias para redução do déficit durante o gap até a PEC do teto produzir seus efeitos. Vocifera que Meirelles trouxe a Previdência Social para debaixo da asa da Fazenda para simplesmente não fazer nada, quando essa é a mãe de todas as reformas. E envenena o ministro-banqueiro criticando como tolice o seu desdém público sobre o aumento de impostos, principalmente a Cide, que é transitória e ele vai ter de acabar usando mesmo.  Extra! Extra! O elétrico Serra confronta o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O chanceler resolveu trazer para si um projeto por ora engavetado pelo colega de Esplanada dos Ministérios: a construção de uma hidrelétrica binacional com a Bolívia. O empreendimento, avaliado em R$ 15 bilhões, recebeu ressalvas do ministro Fernando Coelho por conta das exigências de Evo Morales de compartilhamento do controle da usina, mas com funding composto por recursos de financiamento público e privado brasileiros. Serra, no entanto, defende que o projeto seja tratado como política de Estado e inserido nos planos de integração com países vizinhos. Ele olha para o tabuleiro “diplomático energético” de forma mais ampla.  O ministro das Relações Exteriores pretende usar a usina como moeda de troca para garantir o sinal verde da Bolívia à expansão da hidrelétrica de Jirau. A ampliação depende do aumento do reservatório e do alagamento das margens do Rio Madeira no lado boliviano. Por isso, Serra já atropelou Fernando Coelho e recentemente tratou do assunto com o embaixador do Brasil em La Paz, Raymundo Magno. A estratégia é levar o projeto para ser discutido diretamente com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e levado por ele para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

#Blairo Maggi #Eliseu Padilha #Fernando Coelho Filho #Geddel #Henrique Meirelles #José Mendonça Bezerra Filho #José Serra #Michel Temer #Usina hidrelétrica

Temeridades

11/07/2016
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 O governo avança na definição do público alvo do seu ajuste fiscal. Depois das mulheres e velhos pobres, agora chegou a vez dos inválidos e doentes. Espera-se que não alcance a maternidade.   Aliás, segundo a Casa Civil as pessoas que sofrem de invalidez “não precisam correr ao posto do INSS para avaliar sua situação”. Como diria Dilma Rousseff, podem ir devagar, devagarinho.   Por outro lado, o próprio Michel Temer se articula com Renan Calheiros para acelerar a votação, no Senado, do aumento do soldo das Forças Armadas.  Por fim, o RR quer ver as tais medidas impopulares de ajuste cacarejadas pelo governo serem aplicadas aos nababos do país, que aqui gorjeiam cevados a subsídios pétreos.

#Forças Armadas #INSS #Michel Temer #Renan Calheiros

Lista negra

8/07/2016
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 Michel Temer trocará suficiência energética por um agrado à área ambiental. Quer agilizar a concessão de hidrelétricas, com o fim de algumas etapas do licenciamento. A moeda de troca com os verdes é a suspensão dos projetos de termelétricas a carvão nos leilões de energia a partir de 2017.

#Michel Temer #Usina hidrelétrica

Temer precisa pagar pelo passado antes das novas concessões

7/07/2016
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 O anúncio da secretaria geral do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) de que a temporada de novos leilões de concessões está prestes a ser iniciada é considerada uma piada de salão na indústria de bens de capital. O secretário-ministro Moreira Franco até pode se esforçar para dar celeridade ao processo. Só que o buraco dos investimentos é bem mais embaixo. O governo é inadimplente em contratos de concessões desde 2012. O valor dos recursos travados já chega a R$ 40 bilhões. Em tese, a retenção de verbas não estaria projetada no déficit primário de R$ 170 bilhões estimado para este ano. Se fosse para valer, o rombo saltaria para R$ 210 bilhões, ou, na hipótese mais edulcorada, para R$ 185 bilhões, com o governo honrando os aditivos em contratos do século passado, a partir de 1994, no valor de R$ 15 bilhões. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), esses aditivos poderiam ser destravados no curto prazo, com os pagamentos realizados em até seis meses.  O pré-calote com as concessões não é um fato isolado no sertão da formação bruta de capital fixo. A falta de uma solução para o acordo de leniência com as empreiteiras e os pagamentos suspensos pela Petrobras – quer seja pelo simples atraso dos investimentos, quer seja pela inidoneidade dos seus fornecedores – se juntam às dívidas oficiais com as concessionárias. Aliás, bom negócio se os atrasados forem considerados dívidas e não simplesmente pagamentos cancelados por alguma motivação não prevista. Entre os múltiplos motivos da queda dos investimentos consta a Lava Jato. A operação passa a limpo o país do futuro, mas, no curto prazo, cria um psiquismo enorme entre os empreendedores do setor de infraestrutura. É o chamado risco de “quem será a próxima vítima?”.  Se quiser reverter esse cenário de 10 trimestres consecutivos de retração na formação bruta de capital fixo, o governo de Michel Temer terá de ir além das trucagens com as expectativas, valendo-se de juras e promessas refletidas nos índices de confiança. Um bom início é coçar o bolso e saldar algum dos atrasos com esses mesmos empresários que pretende chamar para a próxima rodada de concessões.

#Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #Petrobras #PPI

Vazio sobre os olhos Olímpicos

7/07/2016
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 Proeza do governo de Michel Temer: a menos de um mês da Olimpíada, o Brasil não tem ministro do Turismo nem presidente da Embratur.

#Jogos Olímpicos #Michel Temer

Promissória

4/07/2016
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 Michel Temer assegurou ao PMDB mineiro que o deputado Leonardo Quintão terá seu espaço na Esplanada dos Ministérios. Se não for agora na Pasta do Turismo, será em um segundo movimento, provavelmente nos Esportes.

#Michel Temer #PMDB

Jogo aberto

1/07/2016
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 O presidente interino Michel Temer está fazendo uma mexida que atiça os partidos aliados no Nordeste. Exonerou o presidente do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Antonio Iran Magalhães, indicado pelo PP. O PMDB de Pernambuco, comandado por Jarbas Vasconcelos, e o PTB do estado, liderado por Armando Monteiro, disputam o órgão a faca. O que está em jogo é um caminhão de verbas.

#DNOCS #Michel Temer

Economia sorri sem que Temer tenha feito nada

30/06/2016
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 Provém do ex-ministro Aloizio Mercadante o alerta nada original: “É a economia estúpido!” Mercadante captou os sinais de uma melhoria que Lula, Dilma Rousseff, Rui Falcão, o PT, e, em síntese, a própria esquerda não esperavam que se manifestasse tão rapidamente. Até agosto, data provável para a votação pelo Senado do impeachment de Dilma, é bem provável que esses indicadores antecedentes se tornem bem perceptíveis. Os índices de confiança meio que abençoam o governo Temer, a despeito dele não ter feito muito mais do que atiçar o imaginário coletivo. O presidente interino e sua equipe doiram as expectativas com juras, promessas e mudanças ministeriais e em outros cargos públicos relevantes. Segundo o livro texto da economia comportamental, quando todos querem que uma coisa vire realidade, ela vira. E não interessa que seja ou não racional. “Se eu acredito, é racional, e ponto final.”  As sondagens indicam que, independentemente de ideologia, as pessoas querem que a situação melhore rapidamente. O Índice de Confiança do Consumidor da FGV em junho subiu pela segunda vez consecutiva, o que não ocorria desde 2013, quando o indicador começou a desabar. O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo avançou em maio, após queda consecutiva desde junho do ano passado. A classe C e a Região Sul do país foram determinantes para a reversão do Economia sorri sem que Temer tenha feito nada pessimismo. Mas a classe E e as demais regiões do país também acusaram uma mudança no ânimo. O índice da Fecomercio-SP ascendeu em junho depois de 40 meses de queda. O empresariado seguiu pelo mesmo diapasão. A confiança do industrial, que foi quem mais sofreu na última década, subiu em junho, segundo a FGV, com a maior pontuação desde fevereiro de 2015. Para confirmar a tendência, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, da Confederação Nacional do Comércio, atingiu no mês de junho seu maior nível em 11 meses.  Lula, Dilma, o PT e Cia. têm um considerável problema nesse cenário de bonança antevista. Lula apostou que Temer sangraria esfaqueado pelos mesmos problemas que tragaram Dilma para o precipício. Parece que o enredo será outro. Dilma atirou no próprio pé com a tese do plebiscito para consulta sobre eleições diretas. Uma superfria. Até seus algozes, como o presidente interino, se aproveitam da deixa para ironizar o seu projeto de testar a própria legitimidade. O PT está entre o rochedo e o mar: só pode criticar a política econômica de Temer caso se rebele contra Dilma. Afinal, a política é a mesma, só que agora está sendo aplicada. Vão sobrar o PCdoB e seus 17 filiados, em média, pelo Brasil, bradando palavras de ordem já envelhecidas e tentando tocar a militância. Convenhamos, é pouco para reverter a situação.

#Dilma Rousseff #Michel Temer #PT

Arquibancada

30/06/2016
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 Michel Temer ainda não se decidiu se vai ou não discursar na abertura da Olimpíada. Ele pretende medir a temperatura da opinião pública até as vésperas do evento. Mas o staff de comunicação de Temer diz que está mais para sim.

#Jogos Olímpicos #Michel Temer

Fast track para tirar a agenda presidencial do limbo no Congresso

29/06/2016
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 Michel Temer quer aprovar com a maior celeridade possível um projeto de lei criando um mecanismo de fast track, leia-se um sistema para a votação sumária no Legislativo de propostas consideradas de grande interesse nacional. Trata-se de um movimento fundamental para um presidente que terá, no máximo, mais dois anos e meio de mandato. Domar o timing parlamentar é visto pelo Planalto como condição sine qua non para a aprovação, no período que vai até 2018, de projetos de alta complexidade política, como a reforma da Previdência e a viabilização de novos empreendimentos na área de infraestrutura. Um modelo que poderia ser adotado é o novo regime de fast track implantado no Congresso norte-americano para a votação de acordos comerciais. Desde o ano passado, a Câmara e o Senado não podem mais apresentar emendas a projetos nesta área encaminhados pelo Executivo. No Congresso brasileiro, já virou praxe uma proposta ir a plenário deformada por um penduricalho de adendos. O recorde pertence ao Projeto de Lei nº 8.035/2010, que criou o Plano Nacional de Educação. Ao ser votado, somava 2.915 emendas.  Independentemente do modelo que vier a ser adotado para o fast track, é consenso no governo que, como está, não dá mais. Um exemplo específico é a proposta de José Serra para extinguir a participação obrigatória da Petrobras nos campos do pré-sal. Às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, Temer tratou do assunto como prioridade absoluta em suas elucubrações pré- presidenciais. Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras com a promessa de Temer de mudança na lei, considerada fundamental para o deslanche do pré- sal. E, ainda assim, o projeto praticamente não andou no Senado. Hoje, nas mais otimistas projeções do governo, ele só entrará na pauta de votação em aproximadamente 120 dias.  No caso da área de infraestrutura, o governo parte da premissa de que não adianta estipular um prazo máximo para a aprovação de um determinado procedimento por um órgão técnico, como o Ibama, se o próprio Congresso tem a prerrogativa de barrar ou acelerar um projeto como bem quiser. A Câmara dos Deputados, por exemplo, tem uma hierarquia para a tramitação de projetos, dividida em três níveis: ordinário (votação em até 40 sessões em cada uma das comissões), prioridade (10 sessões para cada comissão) e urgência (máximo de cinco sessões, com andamento simultâneo nas comissões). O fast track, que é definido como uma transferência de competência ou outorga de poder, desbastaria camadas de resistência parlamentar. Mas há quem diga que boas ideias de caráter administrativo, muitas vezes consideradas estratégicas para a obtenção de resultados, não raras vezes são péssimas iniciativas sob o ângulo da perspectiva democrática. Espera-se que não seja o caso.

#Ibama #Michel Temer #Petrobras

Comício olímpico

28/06/2016
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 Não é só Michel Temer que deverá passar por uma saia justa na cerimônia de abertura da Olimpíada, caso Dilma Rousseff decida comparecer ao evento. Para constrangimento de Eduardo Paes e de seu candidato a tiracolo, Pedro Paulo, Romário já avisou que pretende marcar presença entre as autoridades. A dois meses das eleições, aproveitará a efeméride para testar sua popularidade.

#Dilma Rousseff #Eduardo Paes #Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Jogos Olímpicos #Michel Temer #Pedro Paulo #Romário

Uma freada de arrumação nos subsídios fiscais

27/06/2016
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  Uma proposta alternativa ao plano de um corte amplo nos subsídios – conforme antecipado pelo RR na edição de 14 de junho – repousa embotada sobre a mesa do presidente interino Michel Temer. Trata-se de um paliativo: as renúncias fiscais seriam suspensas inicialmente só por dois anos, período em que o governo faria uma auditoria até para compreender a extensão do carnaval de benefícios. Somente no biênio 2017/18, se a medida for levada a ferro e fogo, haveria um impacto positivo da ordem de R$ 250 bilhões sobre o orçamento federal. O governo respiraria, iniciando antecipadamente um processo de geração de superávit primário e desinchaço da dívida pública bruta. Com o teto das despesas públicas, estaria aberto o caminho para a arrumação das contas do Estado e o início de um ciclo virtuoso da economia. Os subsídios seriam redirecionados posteriormente e com parcimônia para setores essenciais, devidamente analisados e justificados. As chamadas sinecuras fiscais são que nem carrapato: uma vez obtidas, grudam no couro dos favorecidos. E vá tirar, para ver se consegue. Exemplo: as desonerações sobre a folha de salário concedidas candidamente por Dilma Rousseff. Hoje, esse subsídio ainda soma o montante de R$ 100 bilhões por ano. Se devidamente auditado, saltaria da varredura o descumprimento dos seus principais objetivos: aumento dos investimentos e majoração/retenção do emprego. A proposta de suspensão dos subsídios é boa porque, em sua grande maioria, não envolve direitos adquiridos e constitucionais. É dinheiro dado porque é dado sem que sua finalidade e resultado tenham sido passados a limpo. O problema, para não variar, é a falta de virilidade política para tomar a decisão. O governo, ao que tudo indica, prefere colocar a conta do ajuste sobre mulheres e velhos pobres.

#Michel Temer

O sol e a lua

15/06/2016
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 Ontem, durante a visita de Michel Temer ao Parque Olímpico da Barra, o que chamou a atenção de muitos foi o contraste entre os Picciani. O pai, Jorge, eclipsou a presença do governador interno Francisco Dornelles e monopolizou as conversas com Temer. Já o filho, Leonardo, Ministro dos Transportes, permaneceu apagado durante todo o evento.

#Francisco Dornelles #Jogos Olímpicos #Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Michel Temer

Temer olha de soslaio para as sinecuras fiscais

14/06/2016
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 Está chegando a hora de tirar a limpo se Michel Temer põe o galho dentro ou mostra a que veio. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, levou à apreciação do presidente interino e dos ministros do Planalto uma proposta alternativa de ajuste fiscal, sem novos impostos ou restrições de despesas sociais. O programa de restrições das despesas não precisará ser aprovado pelo Congresso. Meirelles defende que seja feito um corte radical na cordilheira de subsídios que cerca de distorções a economia brasileira. A medida está pendurada em uma dúvida e uma certeza. A certeza é de que não há garantia que os benefícios revertam em novos investimentos ou geração de emprego. A dúvida é se o governo terá força política para suspender o usufruto crônico, incorporado na estrutura de custos e na formação de preços, com o favorecimento na fronteira entre o benefício social e a transferência de renda para grupos privilegiados. Lembrai-vos de que junho de 2013 começou com o aumento das tarifas do transporte urbano.  Recebem subsídios desde a classe média que desconta o valor da sua consulta médica no Imposto de Renda ao Movimento dos Sem Terra; desde os produtores de eletrodomésticos de Manaus à totalidade dos produtores de automóveis; desde o algodão à Embraer. Os grandes números falam com maior eloquência: chegam a R$ 108 bilhões anuais as renúncias feitas pelo governo. A concessão desses recursos inclui a desoneração fiscal sobre a folha de trabalho, subsídios no futebol, no comércio exterior, nos preços de energia, nas importações, na compra de papel jornal, nas bebidas, passagens de ônibus, entradas de cinema e teatro, agronegócio, enfim em todos os setores e segmentos socioeconômicos do país.  Esses R$ 108 bilhões levam em consideração estudos feitos pela Receita, pelo Tribunal de Contas da União, pelo BNDES e pela equipe do ex-ministro Joaquim Levy. De uma só tacada, essa economia por pouco não detonaria com o déficit primário projetado para 2016, da ordem de R$ 170 bilhões. Seria genial se não houvesse complicadores. Um subsídio representa um imposto ao contrário. Temer não precisa perguntar a Paulo Skaf o que ele acha em contribuir com renúncia dos favorecimentos fiscais e creditícios à prometida suspensão de novos tributos pelo governo. O pato vai entrar em transe. Todos os setores da sociedade teriam um queixume a fazer. Como manter um ou outro subsídio descaracterizaria o programa, demonstrando preferências e favorecimentos, todos os beneficiários – vá lá, salve-se um ou outro – seriam atingidos. Assim, cada brasileiro teria um objetivo pessoal para se queixar contra o presidente interino. As evidências são de que Temer vai botar o galho dentro.

#BNDES #Michel Temer

Furnas é candidata a abre-alas do programa de privatizações

9/06/2016
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  Assim como encontrou no “Ordem e Progresso” um slogan para o seu governo, o presidente interino Michel Temer acredita ter achado o emblema do seu programa de privatizações. Furnas deverá ser a escolhida para puxar a fila de estatais ofertadas à iniciativa privada. No entendimento do governo, a subsidiária da Eletrobras tem o “physique du rôle” adequado para inaugurar o processo de desmobilização de ativos da União. Se não tem o porte de uma Caixa Econômica Federal ou, quiçá, de uma Petrobras, nem de longe resvala nas arestas que praticamente inviabilizam qualquer tentativa de venda de dois colossos como estes – no caso da petroleira, então, seria um suicídio político.  Ainda que não esteja no top five das estatais, Furnas tem um notório peso no setor elétrico. Responde por um quarto do parque gerador do Sistema Eletrobras, com 10 mil MW de capacidade instalada entre 12 hidrelétricas e duas térmicas. Concentra praticamente um terço da rede de transmissão do grupo, com 23 mil quilômetros de linhas. É bem verdade que o futuro controlador terá a missão de fazer um ajuste na companhia, que vem de recorrentes prejuízos – quase R$ 500 milhões nos últimos dois anos. Em contrapartida, quem comprar a estatal carregará mais de 20% da receita total da Eletrobras, ou algo em torno de R$ 6,5 bilhões ao ano. Por essas razões, o governo interino de Michel Temer está convicto de que Furnas tem o punch necessário não apenas para simbolizar o programa de desestatização, mas, sobretudo, para afiançar ao mercado que ele não é apenas uma “promessa de campanha”.  Caberá ao secretário de investimento, Moreira Franco, a missão de clonar o programa de privatizações puro-sangue da era FHC. Aliás, vem de lá a disposição de se desfazer da joia da coroa do Sistema Eletrobras. A ideia surgiu no segundo mandato de Fernando Henrique. Muito antes de Sergio Moro ou de Rodrigo Janot, o então governador Aécio Neves também se manifestava favorável à privatização da empresa. Com modelos diferentes, a alienação de parte do capital de Furnas foi cogitada também nos governos Lula e Dilma.  Bem recentemente, o presidente de Furnas, Flávio Decat, executivo de confiança da presidente afastada Dilma Rousseff, reuniuse com representantes sindicais para apresentar uma proposta de abertura de capital da empresa. A ideia era vender até 49% da companhia. A venda do pedaço com a manutenção do controle, no entanto, não interessa a Temer e cia. O secretário de investimentos já disse em boa voz: “Vamos privatizar de verdade e não para fazer cena”.

#Caixa Econômica #Eletrobras #Furnas #Michel Temer #Petrobras

É de todo mundo

9/06/2016
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 Jorge Gerdau tem sido um interlocutor frequente de Michel Temer no empresariado. Como foi de Dilma, de Lula, de FHC…

#Jorge Gerdau #Michel Temer

O que Temer faz não é o que Temer diz

8/06/2016
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 A Vale está prestes a levar um golpe. Um golpe que expõe a farsa dos anúncios feitos pelo presidente interino Michel Temer. Ao que tudo indica, a volta das privatizações, a gestão independente das empresas estatais, o respeito aos contratos e o primado da governança não passam de bolhas de sabão: tão logo estourem, terão servido apenas para que escorreguem no solo movediço aqueles que acreditaram em promessas. Temer pretende intervir no comando da Vale, uma empresa privada, arrombando com abuso de poder e a chutes de coturno o direito de seus acionistas majoritários. Quer destituir o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, à revelia dos seus controladores. É o mesmo Temer que diz que irá privatizar para proteger as estatais da intervenção política do governo.  O presidente da Vale, Murilo Ferreira, é um quadro técnico, que tem enfrentado com valentia, e em silêncio, as maiores tormentas arrostadas por um dirigente do setor privado em tempos recentes. Ninguém foi mais afetado pela crise das commodities do que a Vale. Que outra grande corporação teve seu faturamento reduzido a 30% da média histórica dos últimos 20 anos? E o que dizer da tragédia da Samarco? Ferreira tem feito a sua parte. Se for atingido, será por um golpe baixo, pois sua permanência no comando da companhia já foi decidida em reunião do Conselho de Administração há dois meses. Sairia devorado pelos pantagruéis saqueadores dos cargos que não lhes pertencem. Estranha sina esta da Vale, que parece se confundir com a do Brasil. Ambos, a seu jeito e maneira, atravessaram processos de quebra da normalidade em um terço de século. Será um ato de exceção se Temer conseguir encurralar os acionistas controladores da Vale. Não vai ter golpe.

#Michel Temer #Murilo Ferreira #Vale

Scheinkman pode ser a nova estrela na bandeira de Temer

6/06/2016
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 O ministro Henrique Meirelles tem recomendado ao presidente Michel Temer que ele prossiga fortalecendo o seu dream team de colaboradores na área econômica. Segundo uma fonte do RR, Meirelles teria feito uma sugestão específica: o convite ao medalhão José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade de Princeton, para coordenar a pauta de reformas microeconômicas do governo. Scheinkman cumpriu uma missão idêntica a pedido de Ciro Gomes, organizando a elaboração do emblemático documento “Agenda perdida”. O economista não somente traria uma contribuição técnica efetiva, como representaria mais bolinha pendurada na árvore de luminares da gestão Temer. A “Agenda reencontrada” não seria muito diferente da anterior, com propostas para redução e simplificação tributária, desburocratização, desobstrução dos entraves aos investimentos, aperfeiçoamento regulatório etc. Parece uma agenda embolorada, repetitiva, mas os problemas elencados permanecem como de extrema importância.  Caso a ideia prospere, Scheinkman provavelmente convocará o seu exército de plantão, constituído de economistas festejados pelo mercado, a exemplo de Afonso Celso Pastore, Samuel Pessoa, Armando Castellar e José Márcio Camargo, entre outros. Na construção da “Agenda perdida”, participaram 17 especialistas, com Marcos Lisboa na liderança. “Zé Alexandre” é um ortodoxo notório e confesso. Foi chefe, muito jovem, do departamento de economia da Universidade de Chicago, altar do lendário Milton Friedman. Mas mesmo essas fortes dosagens de conservadorismo não impediram o economista de assinar embaixo da proposta de extensão do Bolsa-Escola para adolescentes, como uma forma de evitar seu ingresso na criminalidade. Tudo bem, sempre há espaço para mais uma agenda microeconômica. A contribuição indiscutível de Scheinkman para Michel Temer será somar mais uma estrela ao pastiche da bandeira brasileira, que o presidente interino adotou como emblema de governo.

#Henrique Meirelles #Michel Temer

Sempre ao lado

3/06/2016
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 Observação de um ministro “abandonado”: Michel Temer despacha mais com Romero Jucá do que com a maioria esmagadora dos titulares do seu Ministério. No ranking das agendas, Jucá só está atrás de Eliseu Padilha e Moreira Franco.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Romero Jucá

Mr. Transparência

1/06/2016
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 Anedota infame que corre em Brasília: Michel Temer deveria nomear Sergio Machado para o Ministério da Transparência. Afinal, ninguém até agora foi tão competente no disclosure das práticas do PMDB quanto Machado.

#Michel Temer #PMDB #Sérgio Machado

Um pacto à luz do dia em nome da democracia

31/05/2016
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 O futuro da democracia brasileira passa, nas próximas semanas, pela antecipação da eleição direta para a Presidência, um pacto entre as principais lideranças políticas e os Poderes da República e a definição sobre a negociação de uma “janela” na Lava Jato para que o pleito possa se dar de forma soberana. A ordem dos fatores altera o produto. O pacto social antecede os demais, pois lubrifica as mudanças constitucionais necessárias e o novo ambiente institucional. O acordão por meio do qual pretende se legitimar as “Diretas Já” é primo distante daquele conspirado por Romero Jucá e Sérgio Machado. É motivado por intenções distintas, pode ser articulado e anunciado à luz do dia e, em vez de ser uma costura entre Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros et caterva, seria alinhavado, por cima, por Fernando Henrique Cardoso, Lula, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, Jaques Wagner, Tasso Jereissati e, acreditem, Aécio Neves, além de empresários de primeira grandeza que voltaram a pensar no Brasil.  Os articuladores não acreditam em uma reação de Temer e sua turma, denunciando o “golpe dentro do golpe”, apesar de estarem atentos aos afagos cada vez mais explícitos do presidente interino aos comandantes militares. O professor de Direito Constitucional e suas eminências pardas sabem que a governança do país é extremamente frágil. Um “frentão” juntaria as ruas com a Av. Paulista e mudaria de direção o leme da imprensa. O espinho é o que fazer com a Lava Jato, que, se por um lado, descortinou as tenebrosas transações com a pátria mãe tão distraída, por outro, gangrenou a democracia com a criminalização do futuro. A instituição de uma “janela” na nossa Operazione Mani Pulite seria uma concessão para que as eleições diretas já não se dessem no ambiente de investigações, delações e aceitação de provas forjadas que sancionam a culpa antes mesmo da denúncia. Pensa-se em algo derivado a partir do modelo de anistia com punições razoáveis criado para a repatriação do capital estrangeiro: quem confessa sua irregularidade não é criminalizado, mas paga multa pecuniária.  Todos os participantes desse programa de adesão espontânea não teriam seus direitos eleitorais subtraídos inteiramente, mas somente no próximo pleito. A condição para que o próprio infrator confessasse a “malfeitoria de fato” sem ser criminalizado esterilizaria os porões das investigações, nos quais a intimidade do cidadão é devassada e revelada no limite dos seus pensamentos inconfessáveis, que nada têm a ver com qualquer dos delitos aventados. É nesse ponto crucial que surge a importância simbólica de Sérgio Moro em toda essa arrumação. Caberia a ele validar a seguinte mensagem: a Lava Jato não morreu, a Lava Jato entrou em uma nova fase. E não vai ter “golpe” e crime estampado diariamente nas bancas de jornais. Vai ter eleição e vai ter governança.

#Aécio Neves #Ciro Gomes #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #FHC #Jaques Wagner #Lava Jato #Lula #Michel Temer #Renan Calheiros #Romero Jucá #Sérgio Machado #Sérgio Moro

Protestos de São Paulo

31/05/2016
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 Michel Temer está com Geraldo Alckmin atravessado na garganta. Para o presidente interino, o governo de São Paulo demorou a montar um esquema de segurança capaz de coibir os seguidos protestos em frente a sua residência, no Alto Pinheiros. As ruas na região só foram fechadas depois que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, entrou no circuito. No círculo íntimo de Temer, os mais afeitos a teorias da conspiração cravam que houve mais do que um erro de cálculo da PM paulista no episódio.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer

GSI marca os movimentos sociais sob pressão

23/05/2016
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  O governo Michel Temer se defende do “contragolpe”. O recriado Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob o comando do general Sergio Etchegoyen, tem se dedicado especialmente ao monitoramento de grupos sociais, a exemplo do MST e do MTST. A operacionalização está ancorada no Centro de Inteligência do Exército (CIE) e no Centro de Defesa Cibernética, localizados em Brasília. O trabalho dos órgãos de inteligência tem se concentrado notadamente no acompanhamento de redes sociais e de outros meios de comunicação digital, com o objetivo de se antecipar a protestos com maior poder de impacto sobre a população. Na semana passada, por exemplo, o Batalhão de Caçapava, no Vale do Paraíba paulista, passou três dias em regime de prontidão por suspeitas de que movimentos sociais realizariam um grande bloqueio na Presidente Dutra.  Além do fechamento de estradas, que tem forte impacto simbólico e efeitos sobre a própria economia, a área de defesa do governo monitora eventuais paralisações em vias urbanas nos grandes centros. Outro foco de preocupação é a possibilidade de ocupação de instalações estratégicas com maior potencial de riscos a segurança, como usinas geradoras, torres de transmissão de energia elétrica e ferrovias.

#Michel Temer #MST

“Governo Cunha” avança novas jardas

20/05/2016
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  A cada dia que passa, Eduardo Cunha amplia seu raio de ação e estende um novo tentáculo no governo Michel Temer. Cunha mira agora nos bancos estatais. Na Caixa Econômica Federal, a bola da vez é o deputado Manoel Junior (PMDB-RJ), forte candidato à vice-presidência de Operações Corporativas. O parlamentar carrega como maior credencial para o cargo o fato de ser um dos mais fiéis aliados de Cunha no Congresso. Ao mesmo tempo, o presidente afastado da Câmara estaria cavando uma diretoria do Banco do Brasil para o executivo Joaquim Cruz, funcionário de carreira da instituição. Neste caso, a indicação pode ser atribuída a um “consórcio” entre Cunha e Ciro Nogueira, presidente do PP. Foi o próprio Nogueira que há cerca de dois meses garantiu a nomeação de Joaquim Cruz para a diretoria de negócios do Banco do Nordeste .  O que mais chama a atenção é a investida de Eduardo Cunha sobre a Caixa Econômica. Caso se confirme, a nomeação de Manoel Junior configurará caso de reincidência. Durante o governo Dilma Rousseff, Cunha manteve os dois pés no banco com a presença de Fabio Cleto na vice-presidência de Governo e Loterias. Deu no que deu. Hoje, Cleto negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. Ele já teria confirmado aos procuradores de Curitiba que Eduardo Cunha recebia propina de empresas beneficiadas com recursos do FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa.

#Banco do Nordeste #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #FI-FGTS #Lava Jato #Michel Temer

Uma longa amizade

18/05/2016
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 Mesmo após ter pulado do governo de Dilma Rousseff para o de Michel Temer, Helder Barbalho não se faz de rogado. Costura, desde já, o apoio do PT à sua candidatura ao governo do Pará, em 2018. Já teria até oferecido o posto de vice à ex-governadora Ana Julia Carepa. Tudo, claro, com o luxuoso auxílio do patriarca Jader Barbalho nas articulações.

#Dilma Rousseff #Michel Temer

Cautela

17/05/2016
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 Michel Temer avalia os prós e contras de abrir a caixa preta dos fundos de pensão estatais.

#Michel Temer

Trilogia dos descaminhos do novo governo

13/05/2016
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 A aprovação do impeachment, com a destituição de Dilma Rousseff, não encerra o episódio da usurpação da governança brasileira. Nos 180 dias de confinamento de Dilma no Alvorada ou mesmo com a abreviação pelo Senado do mandato presidencial, não há clareza sobre a permanência de Michel Temer até o final do governo. Os cenários montados por estrategistas militares, cientistas políticos e lideranças empresariais, todos eles estabelecendo o horizonte de término em 2016, consideram, inclusive, que, depois da nomeação de Temer, venha a sua deposição. A reviravolta capaz de evitar esse desfecho dependeria de uma guinada populista do novo presidente, adotando um estelionato programático para se manter no poder. Nesse primeiro cenário, Temer abriria o saco de bondades com uma das mãos, aumentando os gastos sociais, e com a outra soltaria a inflação. O primeiro, festivo e de fruição imediata, disfarçaria o segundo, cujo efeito é diferido no tempo e sempre pode ser golpeado em um round posterior, com a velha política do stop and go. A inflação traz o ajuste fiscal em um primeiro momento. Mas é como receitar a amputação da perna para uma entorse no pé.  O perfil do governo Temer, entretanto, parece ser diferente do vira-casaca. Imagina-se que, para isso, ele não teria chamado o ultraconservador Henrique Meirelles para tocar a Fazenda e a Previdência. E lembrai-vos que ele tem de atender aos reclamos da Av. Paulista. No segundo cenário, Temer governaria no ritmo que tem sinalizado, desagradando as classes já irritadas com o golpe. A desobediência civil grassaria, manifestações de rua pipocariam aqui e acolá, cada vez mais violentas. Lula, perseguido, caminharia pelo país como candidato. O Congresso não seria o facilitador que todos esperam, pois cobraria o débito dos votos para o impeachment. O duo Ministério Público e Polícia Federal seguiria destrinchando a infindável Lava Jato, agora cada vez mais perto de Temer. E o STF ficaria “aguardando ativamente” algum processo capaz de contragolpear o presidente. Seriam, então, decretadas novas eleições.  O terceiro cenário é explosivo. Temer mostra-se obcecado com a fantasia de que é um estadista, reencarna o marechal Humberto Alencar Castello Branco e anuncia o programa de ajuste que o PSDB inventou para não ser aplicado. Dilma e Lula, vistos como mártires, estão presos e fazem pressão do cárcere. As ruas estão enlouquecidas. Lembram as jornadas de julho de 2013. Os governos estaduais acionam suas máquinas de repressão. Empresários e parlamentares pedem a intervenção do Exército, que cede contra a vontade. Temer é deposto. Um ministro do STF assume a presidência e prepara a transição para as eleições de 2018. As três variantes poderiam se multiplicar em outras infinitas. O RR não privilegia qualquer uma delas na medida em que o provável afasta-se cada vez mais de si mesmo. Mas há bastante método na análise da loucura em que se tornou a conjuntura política e psicossocial do país.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer

Fim de férias

13/05/2016
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 Ligado a Michel Temer, Roberto Derziê de Santanna está cotado a reassumir uma diretoria na Caixa. Ele foi exonerado por Dilma Rousseff no início de abril.

#Caixa Econômica #Michel Temer

Utilitário

11/05/2016
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 Lobistas da Anfavea tentam persuadir a “guarda suíça” de Michel Temer – notadamente Eliseu Padilha e Romero Jucá – para que sua primeira viagem oficial ao exterior seja à Argentina. O objetivo é acelerar a aprovação do novo acordo automotivo com o presidente Mauricio Macri. Por enquanto, os lobistas estão cheios de dedos em abordar José Serra.

#Anfavea #Eliseu Padilha #José Serra #Mauricio Macri #Michel Temer #Romero Jucá

Santo de fora

9/05/2016
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 Se Michel Temer levar adiante a ideia de entregar a liderança no Congresso a outros partidos aliados que não o PMDB, Pauderney Avelino (DEM-AM) é visto como pule de dez para ser a voz do governo na Câmara.

#Michel Temer

Paulo Skaf é candidato a pato do governo Temer

6/05/2016
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 Paulo Skaf corre o risco de virar o pato da gestão Michel Temer. Virtualmente nomeado para a Pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – o dote pela virulenta campanha a favor do impeachment –, Skaf poderá se tornar um náufrago do governo, ou, melhor dizendo, um “sem pasta”. Consta que Moreira Franco, o Cardeal Mazarin da era Temer, fez pessoalmente uma sondagem aos maiores industriais do país sobre a importância dada ao Ministério do Desenvolvimento. Os empresários, em sua maioria, afirmaram que se trata de um conceito ultrapassado, plenamente substituível por um Ministério do Planejamento forte, dividindo com a Pasta das Relações Exteriores a organização e fomento do comércio internacional. O Ministério do Desenvolvimento se tornaria ainda mais desnecessário na medida em que o próprio Moreira pretende relançar os grupos executivos setoriais da indústria, experiência desenvolvimentista que tanto sucesso fez no governo de Getulio Vargas. Como é preciso cortar ministérios, a pasta prometida ao presidente da Fiesp seria candidata à extinção.  Com uma só cajadada, Temer se livraria da presença de um fundamentalista na Esplanada dos Ministérios. Skaf é um osso duro de roer até mesmo para os ultraliberais. As medidas de choque que propôs com o objetivo de zerar o déficit primário de R$ 96 bilhões projetado para este ano não encontram eco sequer no próprio Temer, seu maior fiador político. Pelos mesmos e por outros motivos, Skaf também falará no vazio dentro da equipe econômica, leia-se, sobretudo, Henrique Meirelles, Romero Jucá e José Serra, que acreditam em estratégias consistentes e cautelosas e não em choques econômicos no estilo dos regimes de exceção. Com um fator extra que faz toda a diferença: se Meirelles e Serra têm aspirações eleitorais, como tudo leva a crer, não serão doidos de fazer uma política de terra-arrasada no social, na linha do que propõe Skaf. Não bastasse a desagradável obsessão, a falta de consistência e antipatia que provoca por onde passa, o “Risco Skaf” vai além do seu ideário.  Não obstante seu desabrido apoio ao afastamento de Dilma Rousseff, entre os próprios aliados de Michel Temer seu desembarque no ministério é visto com reservas. Se um dos objetivos de Temer é montar uma equipe sem ilibações, a nomeação de Skaf leva para dentro do governo a ameaça de uma “Lava Fiesp”. O iminente titular da Pasta do Desenvolvimento usou e abusou da entidade para fazer a campanha pelo impedimento e se credenciar como um ministeriável do novo governo. Estimase que a Fiesp teria desembolsado mais de R$ 5 milhões em um só dia com anúncios nos grandes jornais do país a favor do impeachment. A origem do funding para a ostensiva e dispendiosa campanha ainda é uma incógnita. Pairam suspeitas de que a casa da indústria paulista tenha usado recursos do Sistema S, leia-se Sesi e Senai – um cesto onde entram subsídios públicos, por meio de repasses do governo federal, e dinheiro do próprio trabalhador. Não é o melhor cartão de visitas para um novo ministro. No quesito ética, Temer já tem passivos demais em seu futuro governo.

#Fiesp #Michel Temer #Paulo Skaf

Catequese

6/05/2016
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 Depois de gravar um reclame comercial com o pastor Marco Antonio Feliciano destinado à população evangélica, Michel Temer deverá estrelar um filmete com Paulinho da Força, endereçado aos “trabalhadores do Brasil”. Tanto num caso quanto no outro, produções assinadas por Eduardo Cunha. – Em tempo: mais do que o PRB, a quem o cargo foi oferecido, o novo ministro da Ciência e Tecnologia terá a bênção do próprio Feliciano.

#Michel Temer #Paulinho da Força

As estatísticas positivas no “golpe oculto” de Temer

4/05/2016
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 No entorno de Dilma Rousseff, há quem se refira à provável mudança nos ventos da economia como o “golpe oculto”. A combinação de ações restritivas, impeditivas e manipuladoras imposta pela oposição, pelo empresariado e pela mídia solapou a guinada da política econômica ortodoxa do governo Dilma II. Ela não somente fermentou o impeachment como deixará o prêmio de um carregamento estatístico de crescimento de até 5% do PIB em 2018.  A burguesia está rindo à toa. Como a base de comparação de praticamente todos os índices é baixíssima, basta apostar na inércia e correr para a torcida. Já contando com a projeção para 2016, o PIB acumulará uma queda de 12,5% no triênio. O agregado da indústria cairá de 17,5% para 14,9% do Produto Interno no mesmo período. O setor automotivo chegará ao fim deste ano com um decréscimo de 28% em igual intervalo. O saldo estatístico do avanço da economia em 2017, em torno de 1%, ainda não será saboroso. Mas, para 2018, a festa do crescimento inercial já começou.  O golpe que ninguém chamou de golpe, dizem as vozes mais críticas do Planalto, começa com o achincalhamento pela oposição das medidas restritivas adotadas por Dilma, consideradas pífias pelo frentão pró- impeachment. A política econômica da presidente foi vendida como um furto ideológico e um estelionato eleitoral. Joaquim Levy foi incinerado nos seus acertos. Em paralelo, os arautos do impedimento vetaram todas as propostas que complementariam, nas áreas fiscal e regulatória, o ajuste à la Lula I. Até então, Dilma e os seus ainda acreditavam que faturariam o amargo do purgante sob a forma doce do crescimento econômico.  Saboreado o impeachment, Michel Temer deverá herdar uma taxa de inflação caminhando de forma mais célere para o centro da meta, juros cadentes, um ajuste nas contas externas que inclui um superávit da balança comercial da ordem de US$ 50 bilhões já neste ano, entre outros presentes legados por Dilma. Para entregar essa herança, a presidente sofreu as dores de um ajuste cambial, da recessão e de queda de emprego. Temer vai surfar na onda dessas estatísticas e lubrificar a aprovação de algumas medidas que já estão no pipeline, ou seja, os ajustes fiscais e a rearrumação de algumas contas públicas. A mudança certa da legislação do petróleo, conforme fonte do RR em uma indústria do setor, deverá carrear um expressivo fluxo de recursos para novos investimentos. É bom que se diga que todo esse refogado estatístico não deverá trazer, pelo menos neste horizonte, o crescimento do emprego e da renda, pois, mais uma vez, a economia reinicia sua escalada abaixo do nível do mar. Esse “golpe” não será denunciado nos palanques. O impeachment foi apenas uma parada rumo à estação 2018.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer

Acervo RR

Cessar-fogo

4/05/2016
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 Aliados de Michel Temer tentam demovê-lo da ideia de realizar auditorias nos bancos públicos, notadamente a Caixa Econômica. Numas dessas, o tiro se volta contra o sniper. O próprio PMDB chegou a ter seis vice-presidências na CEF durante o governo Dilma.

#Caixa Econômica #Michel Temer #PMDB

Cessar-fogo

4/05/2016
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 Aliados de Michel Temer tentam demovê-lo da ideia de realizar auditorias nos bancos públicos, notadamente a Caixa Econômica. Numas dessas, o tiro se volta contra o sniper. O próprio PMDB chegou a ter seis vice-presidências na CEF durante o governo Dilma.

#Caixa Econômica #Michel Temer #PMDB

Acervo RR

Embaixador

2/05/2016
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 Quem se surpreendeu com a indicação de José Serra para o Ministério das Relações Exteriores de Michel Temer não leu o Relatório Reservado na edição de 29 de setembro de 2015. Seis meses antes da votação do impeachment, o RR informava que Serra já havia se escalado para ser o “embaixador do governo Temer”.

#José Serra #Michel Temer

Carro de som

29/04/2016
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 O deputado Paulinho da Força – uma espécie de imediato de Eduardo Cunha no Congresso – está pessoalmente empenhado na organização dos eventos da Força Sindical para o Dia do Trabalho, no próximo domingo. Seu objetivo é mostrar o apoio da “classe trabalhadora” ao iminente governo Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Temer quer trocar concessões por privatizações ao pé da letra

28/04/2016
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 Pode ser que não dê tempo. Pode ser que resistências políticas e corporativas inviabilizem o projeto. Pode ser que tecnicamente várias obras e serviços públicos não caibam no modelo. Mas a disposição de Michel Temer é clara: substituir as concessões por privatizações puro-sangue. A proposta visa despertar um maior interesse dos investidores em participar dos leilões de venda para valer. No fundo, seria uma adaptação do regime de privatizações que vigorou no governo FHC ao atual, que mescla empresas em funcionamento com companhias a serem construídas. A lógica por trás da mudança é que o modelo de concessões reduz o apetite dos potenciais compradores por ter um prazo de uso e devolução, portanto sem a posse permanente do ativo. A privatização não; ela transforma o bem em propriedade. Além do mais, o novo modelo exterminaria com os complicadores que foram pendurados no leilão de concessões, tais como taxa de retorno e modicidade. Bastaria ao governo, a exemplo da Vale, deter uma golden share.  Temer revigoraria o império do maior preço. As empresas compradoras teriam maior liberdade de arrumar o seu negócio, inclusive formar preços. A regra para os recursos captados nos leilões de privatização seria a “fórmula Simonsen”, ou seja, não poderiam ser gastos em custeio das despesas do governo, mas em novos investimentos e abatimento da dívida pública. Paralelamente à mudança, a cada vez mais provável gestão Temer promoveria o fortalecimento da estrutura regulatória do governo. O movimento poderia ser resumido em poucas palavras: descomplicar e entregar para sempre.

#Michel Temer #Vale

Silêncio duplo

28/04/2016
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 Não foi apenas Michel Temer que convidou o Secretario de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, para a AGU sem consultar previamente o governador Geraldo Alckmin. Moraes também só levou o assunto ao atual chefe após dizer “sim” ao futuro patrão.

#AGU #Geraldo Alckmin #Michel Temer

Agenda nuclear

28/04/2016
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 O governo Mauricio Macri abriu conversações com o Itamaraty e o Ministério da Defesa para comprar urânio brasileiro. Ressalte-se que os argentinos fecharam um acordo com a China para construir duas usinas nucleares no país.

#Michel Temer

Curinga

26/04/2016
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 Rubens Ometto, que já foi Aécio, foi Marina e foi Dilma, é hoje um dos empresários mais próximos de Michel Temer. Ometto tem colaborado na formulação de políticas para o setor de energia.

#Aécio Neves #Dilma Rousseff #Marina Silva #Michel Temer #Rubens Ometto

Feliz da vida

22/04/2016
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 A economista Monica De Bolle está dando pulinhos com a indicação de Armínio Fraga a Michel Temer para que ela venha a integrar um futuro governo.

#Michel Temer #Mônica de Bolle

Temer III

20/04/2016
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 Michel Temer e Leonardo Picciani tiveram uma longa conversa na última segunda-feira. Conforme previa o script, Picciani, filho, fará agora sua rápida migração para o colo de Picciani, pai, e do eventual governo Temer.

#Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Michel Temer

Lula sopra para longe a campanha do “Diretas Já”

19/04/2016
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 Diretas já ou em 2018? Esse é o dilema que está dividindo o “Estado Maior” do PT, a começar por Dilma Rousseff e Lula. Apesar do fragoroso baque político, o governo acha que ainda tem fôlego para ressurgir por outro caminho. A presidente, com o apoio do “lulista” Jaques Wagner, defende que se inicie imediatamente a campanha pela antecipação das eleições. Dilma está destroçada e já tinha ensaiado publicamente a proposta antes da votação do impeachment. Nesse caso, o pleito se realizaria em outubro, junto com as eleições municipais. Por essa visão, o ambiente altamente politizado e a expressiva posição de Lula nas pesquisas de intenção de voto favoreceriam a candidatura. Existe também a leitura de que a precipitação da campanha o blindaria contra a Lava Jato. Seria como se a prisão de Lula fosse “um golpe elevado ao quadrado”.  O ex-presidente, contudo, parece preferir o conselho de Leonel Brizola: “Mingau quente se come pelas bordas”. Lula acredita que, depois da euforia promovida pelo mercado, pela mídia e pela parcela do Congresso que cobrará de Michel Temer sua prebenda, o preço de ser o salvador da pátria vai custar caro ao atual vice-presidente. O seu cobertor ficará curto: ou deixará os empresários insatisfeitos em suas elevadas expectativas ou os trabalhadores ao relento. Agasalhar a ambos é uma missão difícil, que não se coaduna com o perfil de Temer e de seus aliados e muito menos com o seu programa de governo. Lula também acredita que o discurso do “golpe” vai render mais no longo prazo. Ele pretende retomar as viagens ao exterior, buscando criar uma consciência nessa direção, de fora para dentro do país. Toda essa coreografia, é claro, dependerá do STF ou de Sergio Moro.  Temer também pretende fazer suas surpresas. Manterá o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ainda que com nova composição, e criará um Conselho Superior da República para o qual espera contar com a participação de Fernando Henrique Cardoso. Os programas sociais de menor custo no orçamento e forte impacto inclusivo, a exemplo do Bolsa Família, Pronatec e Fies, não só serão mantidos como também reforçados. Serão a contrapartida da desindexação salarial, da reforma da Previdência e da flexibilização das relações trabalhistas. A novidade das novidades seria uma campanha de governo contra a corrupção, conclamando a todos a ficarem alertas. Com isso, a gestão Temer manteria aceso o espírito do impeachment. Seus compromissos em um futuro governo se entrelaçam desde já: fazer uma administração capaz de apagar o PT da memória e garantir que as eleições se realizem somente em 2018.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Jaques Wagner #Lava Jato #Michel Temer #PT #Sérgio Moro

“Vice” do vice

15/04/2016
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 Maldade de um cardeal tucano, ao lembrar que Aécio Neves pregou o impeachment de Dilma Rousseff desde o primeiro dia do segundo mandato: “Com 342 eleitores, o Michel Temer vai chegar aonde o Aécio, com 51 milhões de votos, não conseguiu”.

#Dilma Rousseff #Michel Temer

“Não fui eu”

12/04/2016
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 Leonardo Picciani passou a tarde de ontem negando ter sido o responsável pelo vazamento do “discurso de posse” de Michel Temer.

#Impeachment #Leonardo Picciani #Michel Temer

Pesquisas reforçam discurso de Lula e Dilma contra o “golpe”

1/04/2016
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 Dilma Rousseff e Lula estão trabalhando intensamente em duas frentes de batalha que se interligam no bordão do governo: “Não vai ter golpe”. Pesquisas encomendadas pelo Planalto asseguram que a mensagem do “golpismo” tem um bom retorno na defesa do mandato de Dilma. O ex-presidente mergulhou de cabeça na repactuação da base aliada. Lula não faz só os agrados de praxe. Ele leva duas mensagens com valor de troca para o seu público: Michel Temer ainda vai experimentar do mesmo prato indigesto de vazamentos e manipulações da realidade; e, se não houver impeachment, aqueles que ficaram com o vice-presidente vão ser servidos com um repasto muito rarefeito. O trabalho de Lula é paciente como o de um tecelão, não obstante o tempo exíguo. Nos últimos dias, ele conseguiu seis importantes defecções do pretenso monólito peemedebista. Nada mais sintomático do que a declaração feita ontem por Renan Calheiros, classificando o rompimento do partido com o governo como uma “decisão precipitada e pouco inteligente”.  Em outro front, Dilma Rousseff aproveitará todas as oportunidades positivas para pendurar o discurso antigolpe – vide o evento de lançamento da terceira fase do “Minha Casa, Minha Vida”. Nesse sentido, Dilma ganhou um trunfo de onde menos se esperava: na economia. Ela começa a colher os resultados de duas árvores tidas por muitos como infrutíferas: as gestões de Joaquim Levy e Nelson Barbosa na Fazenda. O cenário que se avizinha é mais confortável. Seja em função do câmbio, seja pela própria recessão, já é líquido e certo que a inflação vai ceder. A queda dos juros também está no horizonte. O mercado espera uma redução da Selic a partir de agosto. Mas, no Planalto, a torcida é que ela venha já na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 26 e 27 deste mês. Nesse caso, a taxa cairia de 14,25% para 14%.  Do ponto de vista político e mesmo no que diz respeito à comunicação com a população, estes fatos, por si só, não têm qualquer impacto. No entanto, devidamente embalados, servem de moldura para o mantra contra o impeachment. Mais importante ainda é a folga no orçamento obtida com o adiamento das metas fiscais pelo ministro Nelson Barbosa. Parte desses recursos será remanejada para programas de cunho social e estímulo à produção. Mais uma vez, a economia poderá ser usada em prol da política na tentativa de conter a avalanche do impeachment. Enquanto Lula sussurra em Brasília, Dilma grita em alto e bom som: “Não vai ter golpe”. É o que resta. Mas pode ser que não seja pouco.

#Dilma Rousseff #Joaquim Levy #Lula #Michel Temer #Minha Casa Minha Vida #Nelson Barbosa #Renan Calheiros

Dupla aposta via familiar

31/03/2016
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 Enquanto Jader Barbalho deriva para o grupo pró-Michel Temer, Helder Barbalho promete cerrar fileiras com o governo mesmo após deixar a Secretaria de Portos – sua saída do cargo está prevista para amanhã. Ou seja: há método e sintonia entre as famílias do PMDB. Sem qualquer vergonha do plágio, os Barbalho seguem rigorosamente o script assinado pelos Picciani – no qual Jorge morde e Leonardo assopra. Dessa maneira, os dois clãs peemedebistas cravam um duplo na loteria do impeachment. Se Dilma ficar, Helder e Leonardo arrastam seus pais de volta para o governo. Se Temer levar, caberá aos patriarcas fazer as honras da casa e conduzir o embarque dos rebentos na nova gestão.

#Helder Barbalho #Impeachment #Jader Barbalho #Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Acervo RR

Delfim Netto

24/03/2016
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 Delfim Netto diz que Dilma Rousseff não governa mais. Fala que ela foi responsável pelo desastre na economia. Já articula o ministério de Michel Temer. Sugere o nome de Armínio Fraga na Fazenda e de outros oito craques para as demais pastas. Todo esse frenesi, ressalte-se, usando o epíteto de conselheiro de Dilma e Lula. Como diz a professora Conceição Tavares, especialista em Delfim Netto: “A honestidade intelectual do gordo vai até onde se começa a sua locupletação”

#Delfim Netto #Dilma Rousseff #Michel Temer

Delfim Netto

24/03/2016
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 Delfim Netto diz que Dilma Rousseff não governa mais. Fala que ela foi responsável pelo desastre na economia. Já articula o ministério de Michel Temer. Sugere o nome de Armínio Fraga na Fazenda e de outros oito craques para as demais pastas. Todo esse frenesi, ressalte-se, usando o epíteto de conselheiro de Dilma e Lula. Como diz a professora Conceição Tavares, especialista em Delfim Netto: “A honestidade intelectual do gordo vai até onde se começa a sua locupletação”

#Delfim Netto #Dilma Rousseff #Michel Temer

Impeachment de Dilma lava as mazelas de Temer

22/03/2016
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  Michel Temer reza todos os dias pelo impeachment de Dilma Rousseff. A mudança do Palácio do Jaburu para o Alvorada representa bem mais do que um projeto de poder. Significa também a conquista de um salvo-conduto, ainda que simbólico. Colocar a faixa de Presidente da República seria o mais convincente aceno a Sergio Moro e seus procuradores para que deixassem suas denúncias em banho-maria, pois o país não suportaria outro processo de impedimento.  Temer é citado na Lava Jato por uma suposta participação em um esquema de propina vinculado à compra irregular de etanol pela BR Distribuidora. A história de que o vice-presidente recebeu por muitos anos uma mesada informal da estatal já virou lugar-comum, mas essa não seria sua única travessura. Ele teria reinado na Cia. Docas de Santos, uma informação igualmente requentada, não constasse da delação de Delcídio do Amaral. Por meio de sua assessoria, o vice-presidente Michel Temer nega as acusações.  Temer está convicto de que a Presidência da República é um antibiótico de largo espectro. Mesmo porque ele deverá se deparar com um quadro bem mais favorável, marcado pelo arrefecimento da crise política e por um Congresso novamente domável. Na economia, ele herdaria um momento de melhorias já contratadas no governo Dilma, em razão do aumento dos investimentos estrangeiros, do crescimento das exportações e da queda da inflação.  Com relação à mídia, por sua vez, a expectativa é de um noticiário igualmente mais ameno. Sem a queda de Dilma, entretanto, Temer é candidato a um distúrbio neurovegetativo. Fica difícil imaginar que o vice sairá ileso caso a Lava Jato siga no trilho atual. Segundo o RR apurou, a delação de Delcídio do Amaral avançou muitas jardas em relação às denúncias feitas pelo exdiretor da BR João Augusto Henriques, preso desde setembro – vide RR edição 28/ 9. De acordo com uma fonte, Delcidio revelou em novos depoimentos que Temer teria se beneficiado do esquema da BR por mais de uma década. Os pagamentos teriam se iniciado antes da nomeação de Henriques para a diretoria da estatal e perdurado mesmo após a sua saída do cargo. Ainda segundo o informante do RR, Delcídio informou que os recursos repassados a Temer giravam em torno de R$ 70 mil por mês.  A princípio, se comparado aos valores bilionários que caracterizam a Lava Jato, a cifra soa como modesta. Mas, partindo-se da denúncia de que o esquema durou mais de 10 anos, uma conta matemática simples mostra que o vice-presidente teria recebido algo superior a R$ 8 milhões. Ainda segundo a fonte do RR, Temer não seria o único figurão alvejado pela revelação do propinoduto da BR. De acordo com Delcídio, Eduardo Cunha e o então presidente do PMDB em Minas Gerais, o deputado federal Fernando Diniz, já falecido, também se favoreciam do esquema do etanol.

#BR Distribuidora #Cia. Docas de Santos #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment #Michel Temer

Oito cenários à procura da realidade

21/03/2016
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 As fichas estão sendo apostadas no impeachment de Dilma Rousseff e na prisão de Lula. Mas a ambiência institucional e a volatilidade dos fatos suportam as mais variadas hipóteses, algumas indesejáveis e outras até extravagantes. O RR desenhou seus cenários e deu suas respectivas notas. Escolha o seu. Mas não espere encontrar uma opção tranquilizadora.  CENÁRIO 1: São cumpridos os ritos do impeachment na Câmara e no Senado, e Dilma Rousseff já está pré-condenada por todos. É possível, bem razoável, que Sergio Moro tenha mais alguma gravação “fortuita” para dar o xeque-mate na presidente. Tudo muito rápido. A esquerda patrocina a ideia do exílio de Dilma. Ela vira uma versão grosseira e mal educada de Zélia Cardoso de Mello. Ficará eternamente lembrada como a pior presidente da República de todos os tempos. Nota AAA   CENÁRIO 2: Lula não assume a Casa Civil devido à interpretação condenatória do STF, é preso e, logo a seguir, é sentenciado – no melhor estilo Sergio Moro, a toque de caixa. Pega de 20 a 30 anos de prisão. Algo similar à condenação de Marcelo Odebrecht. A militância do PT desiste de reagir diante do massacre da mídia e da maioria crescente da população, que coloca em dúvida a lisura do ex-presidente. Lula fica engradado e solitário. Esse é o seu pior pesadelo, o do “Esqueceram de mim”. Nota AAa  CENÁRIO 3: Lula consegue assumir o ministério. Faz um discurso seminal em horário nobre. Chama todos à militância. Faz anúncios irresistíveis, a exemplo de um programa de recuperação social e econômica. Lula quebra a espinha dorsal da mídia ao usar à exaustão o horário pago de televisão. Falaria por volta de 10 minutos no horário do Jornal Nacional ou no intervalo da novela das 21 horas. O ex-presidente, com esse show off, reduz a animação dos “coxinhas”. Ainda nesse cenário, Dilma surfa no desarmamento dos espíritos patrocinado por Lula. O impeachment é postergado. Lula e Dilma determinam uma devassa fiscal seletiva e um levantamento de todos os passivos trabalhistas e previdenciários de veículos de comunicação escolhidos a dedo. Nota Bbb   CENÁRIO 4: Lula é preso. Dedica-se a escrever seus diários. Relata como foi perseguido por Sergio Moro, na lenta transformação do regime em um macarthismo verde e amarelo. Com dois ou três anos de cárcere, vai se tornando um ícone, um Nelson Mandela tupiniquim. Nota BBb  CENÁRIO 5: Dilma Rousseff não aguenta a onda e renuncia antes do término da abertura da sessão de impeachment. Lula vence a batalha das liminares no STF e permanece no Gabinete Civil da Presidência. Com um pedido público emocionado de Dilma, segue no cargo mesmo com a renúncia da presidente. Michel Temer assume. Vai governar com Lula. O ex-presidente fica mais à vontade, na medida em que Temer passa a ser investigado no esquema de arbitragem dos preços do etanol na BR Distribuidora e, em segundo plano, do feudo na Companhia Docas de Santos. Nota BBB  CENÁRIO 6: O TSE encontra provas do uso da grana do petrolão para o financiamento de campanha da chapa Dilma/Temer. Game over. Lula é preso. Dilma e Temer rolam o despenhadeiro. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assume a presidência da República, com o compromisso de realizar eleições em 90 dias. Moro alveja Cunha frontalmente. Assume o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, que carrega um portfólio de denúncias de documento falso, peculato e falsidade ideológica. Renan também cai na rede de Moro. Ascende, então, um togado. O presidente do Supremo – Ricardo Lewandowsky ou, a partir de setembro, Carmem Lucia – cai de paraquedas na Presidência da República. A partir de 2017, portanto na segunda metade do mandato, a eleição do presidente se dará por voto indireto. Os atores que sobem no proscênio da envergonhada política nacional, concorrendo no voto direto ou indireto, são Aécio Neves e Nove cenários à procura da realidade Geraldo Alckmin, Eduardo Paes, José Serra, Ciro Gomes, todos sabidamente patos para Sergio Moro. Sim, restam Marina Silva e Jair Bolsonaro. A julgar pela ausência no momento mais crucial da República, Marina trocaria as eleições no Brasil pelas do Tibet. E Bolsonaro, mesmo que concorra conforme as mais rigorosas normas democráticas, será golpe de qualquer maneira. Nota aaa  CENÁRIO 7: A tensão cresce no país. A nação corre o risco de se transformar em uma praça de guerra. A primeira bala perdida, um número maior de feridos, um confronto corpo a corpo com as forças da ordem e pronto: terão extraído o magma fumegante que assopraram com convicção. Sangue e porrada na madrugada. Dilma, na condição de comandante em chefe, convoca o Conselho Nacional de Defesa, dentro dos estritos ditames constitucionais. Sentados no Conselho, o ministro da Defesa, os três comandantes militares e o chefe da Casa Civil – Lula or not Lula. Juntos, analisam a exigência de se lançar mão do estado de emergência, instituto cabível na situação citada. Golpe? Nenhum, pois a iniciativa está prevista na Constituição. Na excepcionalidade da circunstância, a ordem tem de ser mantida. As negociações com o Congresso e o Judiciário mudam muito! Nota BB+   CENÁRIO 8: O onipresente Sergio Moro avança no seu projeto de dizimar a classe política e refundar o Brasil. Todas as lideranças estão ameaçadas para valer: Lula e Dilma, é claro, mas também FHC, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Michel Temer et caterva. Os políticos se reúnem para firmar um pacto, um governo de coalizão nacional, compartilhado entre os partidos. Todos acolhem que esta é a melhor solução não somente para a sobrevivência jurídica, mas para tirar o Brasil do atoleiro. Os líderes acordam que a fórmula para estabilizar a economia brasileira é promover um ajuste relâmpago no estilo Campos-Bulhões. Com o Congresso dominado, é pau na máquina. Nota CCC

#Dilma Rousseff #Impeachment #Lula #Michel Temer #Sérgio Moro

Presidência da Câmara

1/03/2016
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 A um ano da eleição para a presidência da Câmara – isso se Eduardo Cunha completar o mandato – o PMDB já trabalha para se manter no cargo. A prioridade de Michel Temer, neste momento, é debelar disputas internas e sancionar uma candidatura desde já. O nome de sua preferência seria o de Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #PMDB

Jader x Temer

17/02/2016
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  A ala governista do PMDB cogita lançar a candidatura de Jader Barbalho à presidência do partido na convenção de março. Michel Temer, no cargo desde 2001, é favorito a mais uma reeleição.

#Jader Barbalho #Michel Temer #PMDB

Carta de fiança

3/02/2016
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 Marta Suplicy não tem levado a sério a informação de que Gabriel Chalita ficará no PMDB e fará oposição à sua candidatura. Marta recebeu essa garantia de Michel Temer quando ingressou no partido.

#Marta Suplicy #Michel Temer #PMDB

Rasteira

20/01/2016
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 A relação entre Michel Temer e o governador Paulo Hartung passa por forte turbulência. O vice-presidente está convicto de que Hartung foi o artífice da saída do senador capixaba Ricardo Ferraço do PMDB, com o intuito de preparar o terreno para o seu próprio desligamento do partido. Ferraço é um dos grandes aliados de Temer no Senado. Claro, não mais do que José Serra.

#José Serra #Michel Temer #PMDB

Coadjuvante

18/01/2016
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 O vice-presidente Michel Temer terá uma participação razoavelmente discreta no programa do PMDB que vai ao ar no próximo dia 25. Bem diferente da última exibição do partido em rede nacional, em setembro do ano passado, quando Temer comandou o show e entoou seu cântico da “unificação nacional”.

#Michel Temer

Próximo round

23/12/2015
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 Michel Temer não desiste de destronar Leonardo Picciani. Articula a candidatura do deputado federal Baleia Rossi ao cargo de líder do PMDB na Câmara – a nova eleição está marcada para fevereiro.

#Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Ressurge projeto de Sarney

21/12/2015
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 Um dia, o ex-presidente José Sarney manda sinais para Michel Temer; no outro, envia anagramas para Dilma Rousseff. A única coisa objetiva desse sopra lá sopra cá foi o recado de que ele se sentiria muito gratificado com a ressurreição de um empoeirado projeto: a criação de um regime de Zona Franca em Macapá e Santana, no Amapá. Trata-se de um pleito antigo, que foi colocado e recolocado na mesa inúmeras vezes. Mas a disputa pelo impeachment parece ser a oportunidade certa para que o desejo do velho marimbondo de fogo seja, enfim, atendido.

#José Sarney #Michel Temer

Carta de aniversário

16/12/2015
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 Anedota que corria no Planalto na noite da última segunda-feira após a aniversariante Dilma Rousseff ter citado no Twitter o telefonema que recebeu de Barack Obama: Michel Temer vai enviar uma carta à Dilma queixando-se de que deu os parabéns oito horas antes de Obama e, ainda assim, não foi agraciado sequer com uma linha nas redes sociais

#Barack Obama #Dilma Rousseff #Michel Temer

Jader Barbalho é um aliado sem porto seguro

14/12/2015
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  Como se não bastasse a perda definitiva do investment grade na relação com Michel Temer, Dilma Rousseff terminou a semana contabilizando outro downgrade na aliança com o PMDB, mais precisamente o PMDB de Jader Barbalho. O senador interpretou como um ataque direto e pessoal a decisão do governo de retirar o porto de Vila do Conde, no Pará, da relação de terminais licitados na última quinta-feira. A exclusão atingiu Jader na geografia e na genealogia. Filho do senador, o ministro de Portos, Helder Barbalho, trabalhou até o último instante para que Vila do Conde fosse incluída no leilão. Propôs, inclusive, uma ampliação do prazo de inscrição com o intuito de ganhar tempo para atrair as grandes tradings de soja que escoam a produção do Centro-Oeste pelo norte do país. Foi voto vencido. Na Hora H, o ministério do Planejamento jogou o porto de Vila do Conde para escanteio.  Os Barbalho não olham para a licitação da última quinta-feira, mas, sim, para 2016. O receio é que a decisão do governo comprometa o arrendamento de outras 21 áreas no Pará previamente incluídas no pacote de 93 terminais que deverão ser licitados ao longo do próximo ano. Será um desprestígio para o clã, que tanto tem trabalhado a favor do Planalto no Congresso. No ano que vem, o partido, ou melhor, Jader pretende lançar candidato próprio em diversas cidades portuárias do Pará, como Itaituba, Barcarena e Santarém.

#Dilma Rousseff #Jader Barbalho #Michel Temer #PMDB

Tudo a temer

14/12/2015
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 Michel Temer vai passar o período pré-natalino expondo em vários estados e para diversos públicos o programa econômico do PMDB, “Uma ponte para o futuro”. Essa é a sua forma de demonstrar o quanto e fértil é sua relação com Dilma Rousseff.  Em tempo: não está prevista qualquer apresentação de Temer no Rio de Janeiro. O PMDB carioca não quer ponte alguma com o vice-presidente

#Dilma Rousseff #Michel Temer #PMDB

Escalação

11/12/2015
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 Além de José Serra, candidatíssimo a ministro de seu eventual governo, Michel Temer vem mantendo intensa interlocução com outro senador tucano: Aloisio Nunes Ferreira

#José Serra #Michel Temer

Procura-se o mordomo do vazamento

9/12/2015
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  Procura-se Wally. O vazamento da carta enviada por Michel Temer a Dilma Rousseff é um “crime” ainda sem cadáver. Até o início da noite de ontem, proliferavam suspeições de um lado e de outro, com farta dose de vazamentos sobre o vazamento. No Palácio Jaburu, o próprio Temer assistiu às mais variadas versões disseminadas pelo seu próprio partido. Como o teor da carta foi metralhado por parcela expressiva do PMDB, o vice-presidente eximiu-se da divulgação da missiva. Muito embora o envio da mensagem só fizesse sentido político se vinculado ao vazamento. Até aí morreu Neves. É nesse ponto que surgem os demais personagens da pantomima.  Ao longo do dia, Temer vazava que Jaques Wagner havia sido o vazador. Para “evitar polêmica”, o Planalto não se posicionou oficialmente em relação à carta do vice-presidente. Mas também tratou de vazar a sua lista de prováveis vazadores. A relação de suspeitos era encabeçada por Moreira Franco, por sinal citado na epístola como um “ministro brilhante”. Um pouco atrás, vinha o agora ex-ministro Eliseu Padilha, a exemplo de Moreira um histórico e fiel aliado de Temer. Colocado na roda, Padilha também tratou de encontrar o seu culpado. Vazou que o vazador poderia ser Leonardo Picciani. Em tempo: enquanto Temer vazava que Jaques Wagner vazava que Moreira Franco vazava que Eliseu Padilha vazava que Picciani vazava, Aloizio Mercadante passava o dia inconsolável. Ninguém cogitou seu nome como responsável pelo vazamento. Em outros tempos, seria uma aposta certa.

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff #Eliseu Padilha #Jaques Wagner #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Mais carta

9/12/2015
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 Frase dita ontem por Leonardo Picciani em reunião com parlamentares do PMDB: “Agora, rachou de vez. O Temer nos empurrou definitivamente para dentro do Palácio do Planalto”.

#Impeachment #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Horário eleitoral

30/11/2015
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 Michel Temer, aquele que diz “2018 só em 2018”, acalenta a ideia de produzir pequenos pronunciamentos para serem vinculados semanalmente nas redes sociais.

#Eleição Nacional -2018 #Eleições #Michel Temer

O que se passa na cabeça de Leonardo Piccinani?

23/11/2015
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 Leonardo Picciani tem passado ao largo de alguns importantes eventos do PMDB. Nos últimos 15 dias, não compareceu ao lançamento do documento “Uma Ponte para o Futuro – transformado numa festa particular de Michel Temer – e faltou a dois encontros seguidos de deputados do partido em Brasília, um deles organizado pelo bancada do Rio. Há quem diga que ele tem dedicado seu tempo às articulações para indicar o irmão, Rafael Picciani, como candidato do PMDB à Prefeitura do Rio. Puro diversionismo. No momento, Picciani só pensa naquilo: fazer campanha para suceder Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados.

#Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Inimigo meu

13/11/2015
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Notícia que Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não gostariam de ler. Na Lava Jato, a expectativa é que o acordo de delação premiada do lobista João Augusto Henriques seja sacramentado na próxima semana.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Michel Temer #Renan Calheiros

Ponto futuro

10/11/2015
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 Michel Temer tem feito seguidos afagos a dois dos principais líderes do DEM, o senador José Agripino Maia e o deputado Mendonça Filho. Coisa de quem está empenhadíssimo em montar sua própria base aliada.

#Michel Temer

Sinfonia de Mozart

9/10/2015
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Michel Temer convidou Mozart Vianna de Paiva, que recentemente deixou a Subchefia de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, para integrar sua equipe. Mozart, que auxiliou Temer durante sua passagem pela articulação política, toca de ouvido as mais diferentes partituras do Congresso Nacional. Por 18 anos comandou a secretaria geral da Mesa Diretora da Câmara. Temer sabe que é um desperdício – e um risco – deixar um quadro desses solto por aí.

#Michel Temer

Serra é o embaixador do governo Temer

29/09/2015
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O senador José Serra já se escalou como titular absoluto em um eventual governo Michel Temer. Até aí, morreu neves. O fato novo é que ele não almeja o Ministério da Fazenda, conforme nove entre dez analistas propalam aos quatro ventos. Serra quer ser chanceler, assumir com pompa e circunstância o Ministério das Relações Exteriores e fazer uma revolução na política externa brasileira. Segundo um dos seus mais próximos interlocutores, Serra considera que pode ser um ponto fora da curva nas Relações Exteriores, repetindo sua performance no Ministério da Saúde. Imodesto, ele estaria convencido de que foi o mais destacado protagonista da Pasta da Saúde em todos os tempos. Embarcar no Ministério da Fazenda em meio à turbulência de um eventual governo Temer, seria comprar um desgaste enorme com baixo retorno vis-à- vis suas ambições políticas. Ele raciocina, maquiavelicamente, que conseguiria influenciar a Fazenda pelo Itamarati, mesmo porque já deixou um programa econômico praticamente pronto nas mãos de Temer. As eventuais semelhanças com a trajetória de Fernando Henrique Cardoso param no cargo em comum. O ex-ministro se sente mais confortável se a comparação for com Azeredo da Silveira, chanceler todo-poderoso da era Geisel. Serra pretende ser lembrado pelo número de acordos bilaterais, reconstruindo a diplomacia de comércio exterior. Seus projetos são pilotar uma grande parceria com a China; assumir um papel proativo na questão ambiental; e ampliar a participação das agências multilaterais – e o compromisso delas – com o Brasil. O Itamarati rivalizaria somente com a Fazenda em força e prestígio. Não obstante a notória competência, quem conhece a obsessão de José Serra torce mesmo para que ele fique uma boa parte do tempo fora do país. Melhor assim para todos.

#José Serra #Michel Temer

A figuração de Eduardo Cunha

28/09/2015
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Para um ministro petista, que se deu ao trabalho de cronometrar as falas de cada um dos participantes do programa do PMDB, na última quinta-feira à noite, o partido fez questão de expor em rede nacional o isolamento de Eduardo Cunha. Além do “candidato” Michel Temer, o âncora do show, todos os demais líderes da sigla tiveram ao menos 10 segundos para proferir suas mensagens dúbias em relação ao governo Dilma. Moreira Franco ficou no ar por 16 segundos. O governador gaúcho José Ivo Sartori, 14 segundos. Renan Calheiros falou por 10 segundos. Já o presidente da Câmara teve somente sete segundos na edição final, o suficiente para uma única frase. Para efeito de comparação, foi o mesmo tempo concedido à novata Simone Morgado, que cumpre apenas seu primeiro mandato como deputada federal. Se serve de consolo para Cunha, Leonardo Picciani, o aluno que deu uma volta no mestre, teve os mesmos sete segundos.

#Eduardo Cunha #José Ivo Sartori #Leonardo Picciani #Michel Temer #Moreira Franco #PMDB #Renan Calheiros

Muito a temer

28/09/2015
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Há simplesmente pavor com a prisão do empresário João Augusto Rezende Henriques. Teme-se que ele traga à tona, em sua delação, uns esqueletos enterrados na BR Distribuidora. O destaque entre as ossadas são gigantescos contratos para a compra de etanol e uma participação especial do vice-presidente Michel Temer.

#BR Distribuidora #Michel Temer

Os 30 dias que abalarão os restos do governo Dilma

24/09/2015
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O ano de 2015 acabou. Resta olhar para o porvir. O calendário dos próximos 30 dias vai determinar os próximos três anos. Em qualquer das hipóteses, as decisões a serem tomadas não significarão melhores dias nesse intervalo, mas, dependendo das resoluções, o ruim pode piorar ainda mais. Partindo-se da premissa de que a reforma ministerial já está precificada, a agenda da sinistrose começa na próxima segunda-feira, com a divulgação pela Fundação Perseu Abramo, uma espécie de think thank do PT, de um documento pilotado pelo ex-presidente do Ipea Marcio Pochmann. Além das críticas de praxe à condução da política de estabilização, o arrazoado trará propostas de arrepiar o cabelo, tais como: a recompra de títulos com expansão da base monetária, o que hipoteticamente levaria à queda de juros; redução do compulsório bancário com o crédito direcionado para a expansão do consumo; e CPMF de 0,38%, com o objetivo de redistribuição de recursos para os governos estaduais, sabidamente quebrados. O plano da “novíssima matriz econômica” aceitaria tacitamente uma inflação anual de até 15%, que, por essa lógica transversa, ajudaria a fechar as contas do governo. Algo assim como curar uma facada com doses de morfina. Na hora, alivia a dor, mas, no tempo, mata. O feixe de medidas aparenta ser non sense, mas o governo Dilma Rousseff também não pode ser observado sob a ótica da racionalidade. Ela própria sempre demonstrou simpatia por essa linha de pensamento. O simples fato de o documento vir à tona já vai provocar febre na selva do mercado. Digamos que esse receituário seja só um susto. Ainda assim, os próximos dias prometem. A partir de hoje, com a viagem de Dilma para os Estados Unidos, o Brasil poderá experimentar como o mordomo de velório, Michel Temer, pilota o comboio da crise em meio a rumores de toda a ordem. Ontem mesmo, circulou freneticamente no mercado o boato de que Joaquim Levy já teria anunciado sua decisão de deixar o cargo. Para a semana que vem, as emoções fervilham, com a divulgação da nova pesquisa do Ibope sobre a popularidade de Dilma Rousseff. Não custa lembrar que no último levantamento, de julho, apenas 9% consideraram o governo “bom” ou “ótimo”. Imagine o que ocorreu de lá para cá. Que ninguém relaxe: logo depois vem o Datafolha. Ainda na próxima semana, o Congresso votará os seis vetos presidenciais restantes, entre eles os dois mais nevrálgicos: o reajuste do Judiciário e a vinculação do reajuste do salário mínimo a todos os benefícios do INSS. A montanha russa continua nos dias seguintes, com a expectativa do anúncio pela Fitch da mudança ou não da nota de crédito do Brasil. Para a segunda quinzena de outubro, está prevista a votação do relatório do TCU sobre as contas do governo Dilma em 2014. Nos dias 20 e 21 de outubro, o Copom poderá, ou não, retomar o ciclo de alta dos juros. Na última semana do mês, mais um ingrediente entra no caldeirão: a reunião do FED, marcada para os dias 27 e 28 de outubro. Todas essas medidas estão emolduradas pela variação do dólar no período, que pode levar o BC a vender alguma parcela das reservas cambiais em moeda física. O busílis é saber qual será essa cotação. Especulava-se ontem no mercado que o overshooting poderia ir de R$ 5 a R$ 6. Tudo isso pode ser absolutamente irracional. Ou não.

#CPMF #Dilma Rousseff #Fundação Perseu Abramo #Joaquim Levy #Michel Temer

Vice da indústria

1/09/2015
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Michel Temer descobriu um nicho de mercado. Depois do jantar patrocinado pela Fiesp, já teriam chegado ao Palácio do Jaburu convites das federações das indústrias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

#Fiemg #Fiergs #Fiesp #Michel Temer

O empresariado engajado no autoengano de Dilma

31/08/2015
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A disposição de Dilma Rousseff em criar um núcleo duro empresarial no seu governo, com forte participação em uma futura reforma ministerial, está esbarrando na diversidade dos interesses e ideias da categoria. O apoio do empresariado foi apresentado à presidente como uma terceira via para lidar com a borrasca perfeita do seu governo: base aliada dividida, Congresso hostil, crash de popularidade, corrupção, ministério fisiológico, inflação, recessão etc. A ideia de trazer a burguesia para compor a regência é um chiclete mastigado. Lula defende um diálogo maior com o setor privado desde a formação do ministério do segundo mandato. O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem bons amigos entre os empresários, é entusiasta antigo dessa aproximação e adepto da criação de um conselho consultivo de dirigentes do setor privado – a presidente ouve falar em conselheiros e quer logo pegar em uma pistola. Na última vez, mirou o alvo e assassinou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Joaquim Levy veio bater na mesma tecla de atração do empresariado. A estratégia caiu na boca do povo, e ministros como Armando Monteiro e Nelson Barbosa, além dos “aliados” Michel Temer e Renan Calheiros, correram para os braços dos empresários. Os interesses nesses jantares, almoços e reuniões variam do oportunismo mais rastaquera até nobres tentativas de apoio. Em comum, o fato de que todos batem cabeça. Os empresários não têm “uma agenda para o desenvolvimento”, até porque, “agendas” – enfatize-se o plural – é o que não falta. Não há nada nesse empresariado que lembre os Srs. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Gastão Bueno Vidigal, Antonio Gallotti, Walther Moreira Salles, Amador Aguiar, Cândido Guinle de Paula Machado e… Roberto Marinho. Uma elite orgânica, conservadora modernizante, frequentadora entre si, empreendedora, com um projeto permanente de conquista do Estado e ciosa de previsibilidade. O atual rating dos endinheirados varia conforme as notas sobre a gradação financeira, respeitabilidade, presença na mídia e dependência financeira do governo. Há análises combinatórias. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem relacionamentos com o governo, respeitabilidade e porte financeiro. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, respeitabilidade e grana, mas nunca foi bem visto no Planalto. Jorge Gerdau, arroz de festa nas especulações ministeriais, é, no momento, potencial candidato a pedir o auxílio do governo. O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, já foi aspirante a ministro da Fazenda antes de Joaquim Levy. É identificado como um sincero colaborador. Os dirigentes da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos – este último presidente do IEDI – são anunciados como presentes em todos os encontros, mas nunca participaram de nenhum. E tome de Benjamin Steinbruch, Rubens Ometto, Edson Bueno, Cledorvino Belini, Joesley Batista e tantos e tantos outros. Ressalvas para Paulo Skaf, considerado pelos seus pares o “Guido Mantega do empresariado”. São tantas as diferenças para um único consenso: Dilma é vista por todos como um estorvo. Se a realidade refletir o que é dito pelos empresários à boca pequena, o apoio à presidente não passa de um autoengano de Dilma.

#Benjamin Steinbruch #Bradesco #Dilma Rousseff #Gerdau #IEDI #Itaú #Joaquim Levy #Jorge Gerdau #Lula #Michel Temer #Natura #Paulo Skaf #Renan Calheiros #Roberto Setubal #Rubens Ometto

Palacianas

27/08/2015
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Apesar do tenso encontro da semana passada no Palácio do Jaburu, quando o vice-presidente se alterou e chegou a bater com os punhos na mesa, Michel Temer tem mantido uma intensa interlocução com Lula. Seus assessores, inclusive, se deram ao trabalho de calcular: são três conversas em média com o ex-presidente para cada diálogo com Dilma Rousseff. *** Observação de um dos poucos ministros ainda próximos de Dilma Rousseff: “Hoje, o governador mais chegado à presidente é um tucano, Marconi Perillo. É o fim da picada e do governo”.

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer

A festa

24/08/2015
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A vice-primeira-dama, Marcela Temer, dedica-se aos preparativos para a festa de 75 anos de Michel Temer, que serão completados no dia 23 de setembro. No PMDB, os mais endiabrados só se referem ao evento como “cerimônia de posse”.

#Michel Temer

Captura

19/08/2015
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 Todos os dias, Michel Temer tem reservado um tempo para afagar e catequisar Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados. Não é de se estranhar, portanto, o gradual afastamento entre Picciani e Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB

Temer e Serra já provocam calafrios em Brasília

14/08/2015
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O projeto Temer/Serra pode ser resumido em três linhas mestras: revisão constitucional para flexibilizar as vinculações do orçamento; reforma do Estado, com o objetivo de modernização da máquina pública; e privatização acelerada. No pensamento de José Serra não há ajuste fiscal que funcione sem a adoção conjunta dessas medidas. Por sua vez, esse programa somente cabe em um novo governo, com o controle do Congresso, na medida em que está alicerçado em PECs de toda a ordem. Ou seja: é necessária praticamente uma miniconstituinte da economia. Por tudo que foi dito, parece uma articulação improvável, para se dizer o mínimo. Por que o PMDB abriria esse espaço para José Serra? E por que Serra, uma figurinha carimbada do PSDB, deixaria o partido pelas costas? A fonte do RR é de primeira grandeza. Ela garante que a chegada de Serra ao PMDB seria uma ação isolada e individual. Ele entraria no partido apenas como um quadro técnico. Pode até ser, mas é difícil. Basta lembrar de sua notória pretensão de se candidatar à Presidência da República. Serra tem muito claro que a direita do PSDB se alinhará com Aécio Neves. O espaço de protagonismo com Geraldo Alckmin também é limitado. Michel Temer é o futuro que lhe acena com as mãos mais firmes e seguras. O vice-presidente, por sua vez, necessita de um programa de governo para chamar de seu, a despeito do que venha a ocorrer no Palácio do Planalto. Portanto, com ou sem Dilma Rousseff. O suposto Plano Serra desata os nós estruturais da economia, preservando o gasto social. Aliás, com apenas 8% do orçamento sem algemas, fica impossível a manutenção das políticas de inclusão sem as mudanças profundas propostas pelo economista. Serra dedicaria um capítulo especial ao fortalecimento e revalorização da Petrobras, não somente pela importância da companhia para a retomada dos investimentos em infraestrutura, mas também pelo que ela significa como símbolo de orgulho nacional. Não custa lembrar que é de sua autoria o projeto de lei que desobriga a Petrobras a ter 30% em todos os campos do pré-sal. O RR perguntou a sua fonte até que ponto estavam avançadas essas conversações. A resposta foi que a matéria-prima da política é o desejo. O que se pode dizer, de certo, é que as tratativas existem. José Serra tem uma equipe de oito assessores trabalhando direta ou indiretamente com ele na elaboração de projetos de lei um número maior do que o de auxiliares de Joaquim Levy na Fazenda. Parece até que o mundo conspira para o inusitado encontro entre o mordomo de velório e o vampiro da Pauliceia. Brasília ficaria ainda mais assustadora. Às vezes, o insólito acontece.

#José Serra #Michel Temer

Renan tem seus 15 minutos de fama e descrédito

12/08/2015
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Renan Calheiros quer tudo ao mesmo tempo agora: criar um oceano entre ele e Eduardo Cunha, resgatar o protagonismo perdido para Michel Temer e purificar-se aos olhos incautos dos consumidores de factoides. Quem sabe não queira também fincar as bases de um “parlamentarismo branco”, de olho na disputa em seu próprio partido. A agenda da Terra do Nunca apresentada pelo presidente do Senado ao ministro Joaquim Levy é um conjunto de 27 propostas que vem se arrastando no Congresso como um ser invertebrado. As medidas, quando passaram pela porta do Executivo, foram malhadas de pancada pelo corporativismo dos  Ibamas, Feemas e Funais da vida (casos do fast track para a aprovação de licenças ambientais e da flexibilização das regras para investimentos em zonas costeiras e áreas naturais). Difícil dizer onde termina o compromisso com a governabilidade e começam a astúcia e a venda de ilusões. O imposto sobre heranças faz parte de qualquer compêndio sobre ludíbrios. Ficou faltando o tributo sobre fortunas. São medidas desejáveis desde sempre. É provável que Aécio Neves, em off the records, assinasse embaixo a maior parte delas. Mas com  o Congresso sublevado, por que milagre a agenda da salvação seria aprovada? Para o gáudio dos dois santos do PMDB, Renan e Temer? Ou para a redenção de Dilma Rousseff? É mais provável que a resposta se encontre nas entranhas da Lava Jato. Renan é um homem bem informado. E desembainhar suas armas ao lado de Cunha mais parece um convite à autoimolação. É possível que sobre uma coisa ou outra desse exagerado balão de ensaio. Roberto Campos, em sua peroração ultraliberal, dizia que costumava jogar dez iscas para fisgar um único peixe. Em meio ao colar de medidas salvacio­nistas, a repatriação de capital como fórmula de financiamento da reforma do ICMS pode ser o lambari a ser pescado. Digamos que seja uma tainha, afinal não é tão pouca coisa assim. A manobra diversionista, no melhor dos mundos, permitiria, inclusive, que o governo reduzisse um pouco a draconia­na multa com a qual pretende saudar os capitais que se dispuserem a tomar o risco do retorno. O fato é que Renan, pelo menos por um dia, saiu da última fila entre os líderes do PMDB e assumiu a pole position da política nacional. Os motivos para que nada aconteça, contudo, são muitos. A consequência mais antirrepublicana dessa fábrica de miragens fomentada por esses homens públicos e probos é fazer com que as pessoas, já descrentes, simplesmente não acreditem em fato algum. Mesmo sem saberem do que se trata.  

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Renan Calheiros

Aleluia

11/08/2015
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Nos últimos dias, os assessores e bajuladores de plantão de Michel Temer não se cansam de fazer menção ao significado do nome do vice-presidente em hebraico: “Ninguém é como Deus”.

#Michel Temer

Endereço certo

20/07/2015
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Para ouvidos menos belicosos – ou muito otimistas – do Palácio do Planalto, a declaração de Michel Temer de que o PMDB terá candidato à  presidência em 2018 soou como uma palavra de apoio a Dilma Rousseff e uma mensagem nem tão cifrada ao rebelado Eduardo Cunha. à‰ como se Temer tivesse dito: o PMDB terá, sim, candidato, mas “só em 2018”.

#Michel Temer #PMDB

Para Temer não vale o fio do “Bigode”

12/06/2015
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Foi e não foi com Aloizio Mercadante que Michel Temer espumou de raiva na reunião do Palácio Jaburu. Como se sabe, Mercadante não existe, é uma holografia: quem estava no encontro era Dilma Rousseff, materializada no ministro-chefe da Casa Civil. É da lavra intelectual de Dilma também a nota assinada por Mercadante pedindo de volta a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para o núcleo duro do governo – atualmente a Secretaria está acéfala e serve de back office ao ministro Eliseu Padilha, coordenador político adjunto do governo. Irrita Temer essa dualidade na qual é obrigado a tratar de assuntos essenciais com um preposto, que, na realidade, é menos do que isto. Quando responde a Mercadante, valoriza o personagem que inexiste. E que detesta. Quem está ali é Dilma, mas sua vista só alcança o decadente “Bigode”. E Dilma é igualzinha: em política, erra quase tudo. De qualquer forma, é Mercadante quem aparece dividindo com Temer a ribalta. Responde, contradiz, vai para o título das matérias. É isso deixa o vice tiririca. O resultado é mais querosene na já denotada má vontade para aparar as arestas da base aliada. O adiamento na votação da lei das desonerações salariais é, em parte, expressão desse descontentamento. Uma batalha entre um ego que existe e um que é só o reflexo de outrem. Se pudesse, Temer diria para Dilma: “Não é assim que se joga o jogo, Presidente”. Mas se desse o recado via Mercadante, inflaria o seu balão, que é oco, embora ainda voe nas mídias. Melhor armar o bote para a próxima esquina. Essa simbiose da dupla palaciana está custando caro ao governo.

#Michel Temer

Segunda pele

12/05/2015
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Para todos os efeitos, Jader Barbalho veste a camisa de Michel Temer e do governo no Congresso. Mas há momentos em que o vice-presidente tem a impressão de enxergar a silhueta de Eduardo Cunha levemente esmaecida sob as vestes do senador paraense.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Cunha e Renan decidem a sorte do programa nuclear

7/05/2015
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 O programa nuclear brasileiro está nas mãos do PMDB. Em breve, a dupla radioativa Eduardo Cunha e Renan Calheiros terá o poder de deslanchar ou sentar em cima dos planos do governo de retomar a construção de usinas atômicas no país. Em até 90 dias, a Presidência da República deverá encaminhar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com o objetivo de permitir a entrada de investidores privados, inclusive estrangeiros, nas novas geradoras. Cunha e Renan, uma mistura de césio 137 com urânio enriquecido, sabem muito bem a importância deste projeto para o Planalto, o que só aumenta o potencial explosivo da dupla na condução do assunto no Legislativo. Dilma Rousseff gostaria de incluir a licitação de pelo menos duas usinas nucleares no pacote de concessões que será anunciado em novembro. Mas já se dará por satisfeita se puder ofertá-las até 2016. Esta é uma missão para Michel Temer. Dilma Rousseff já convocou seu vice-presidente e articulador político para aparar as arestas e negociar com os presidentes da Câmara e do Senado uma rápida tramitação da PEC nas duas casas. Em outro front, também por dever de ofício, caberá a Jaques Wagner reduzir a sensibilidade das Forças Armadas a  entrada de forasteiros em um setor que caminha lado a lado a  área de segurança nacional. Perto da pedreira que Temer terá de dinamitar, a missão do ministro da Defesa promete ser mais simples. A intenção do governo é permitir que os grupos privados tenham uma participação de até 49% nos consórcios responsáveis pela instalação das futuras geradoras – a Eletronuclear será sempre majoritária. Originalmente, o programa nuclear já aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética prevê a construção de 12 usinas até 2050, sendo um terço delas nos próximos 15 anos. Para que estes prazos sejam cumpridos, ao menos quatro projetos terão de ser licitados em até dois anos. Nas atuais circunstâncias, no entanto, o próprio governo considera essa meta praticamente inexequível.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Eletronuclear #Forças Armadas #Michel Temer #PMDB #Renan Calheiros

PMDB vs. PMDB

23/04/2015
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Michel Temer já deu seu voto a favor de Delcídio do Amaral, mas Renan Calheiros ainda manobra para que Romero Jucá seja o líder do governo no Senado.

#Delcídio do Amaral #Michel Temer #Renan Calheiros

Acervo RR

Pão de queijo

27/08/2014
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A Bozano Investimentos está esquentando o fogo para se desfazer de sua participação na Forno de Minas. A gestora de Julio Bozano tem 30% deste pão de queijo.

#José Sarney #Michel Temer

Acervo RR

IPO na berlinda 2

13/08/2010
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A Trip Linhas Aéreas, por sua vez, voa ainda mais longe da Bovespa. Nem 2011 e tampouco 2012. Dentro da empresa, o consenso é que o IPO não sai em menos de três anos.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Reforma da Previdência

Pão de Queijo

6/08/2010
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Mesmo com a chegada do Standard Bank, o empresário Alberto Carneiro abriu as portas da Casa do Pão de Queijo para o ingresso de um novo sócio. O objetivo é ganhar fôlego para a compra de redes de fast food.

#José Sarney #Michel Temer

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