Sempre cabe mais um no PDV da Caixa

  • 31/07/2017
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Na esteira do novo Plano de Demissões Voluntárias (PDV) aberto há duas semanas, há um pleito dos administradores da Caixa Econômica para que o governo altere os estatutos do banco. A mudança teria como objetivo permitir que os diretores-executivos pudessem aderir ao PDV e, ainda assim, permanecer na instituição e em seus cargos atuais, na condição de comissionados. Querem isonomia com as castas mais altas da gestão e, com isso, a possibilidade de transformar o PDV em uma espécie de bonificação extra – sem o “D” de demissão.

Foi exatamente o que fizeram o próprio presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e três vice-presidentes no mais recente plano de desligamentos do banco. Gilberto Occhi e os vice-presidentes Fábio Lenza, Roberto Derziê e Antonio Carlos Ferreira aderiram ao PDV encerrado em março deste ano. Funcionários de carreira da Caixa Econômica, os quatro foram formalmente demitidos e receberam suas respectivas bonificações.

Mesmo após o encerramento do vínculo empregatício, seguiram em seus cargos como comissionados, aproveitando-se do estatuto, que dá essa prerrogativa ao presidente e aos vice-presidentes. Agora que um novo PDV passa encilhado a sua frente, os diretores-executivos pleiteiam o mesmo direito, o que forçaria a instituição a refazer as contas e esticar o valor reservado para as indenizações. Procurada, a Caixa confirmou que Gilberto Occhi e três vice-presidentes aderiram ao PDV finalizado em março e já “encerraram seus respectivos vínculos”. Sobre o pleito de extensão do benefício aos diretores-executivos, o banco informou que “não comenta especulações sobre eventuais alterações estatutárias”.

#Caixa Econômica #PDV

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