SBT, Record e Rede TV cabem cada vez mais numa só tela

  • 13/04/2017
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O mais novo reality show da TV brasileira exibe os esforços de três emissoras para ganhar fôlego e algum poder de resistência diante não apenas de sua maior concorrente, mas também de outras mídias. SBT, Record e RedeTV pretendem dar um escopo mais amplo à Simba Content, joint venture criada para negociar a venda de seus respectivos conteúdos entre as operadoras de TV paga. As tratativas passam pelo compartilhamento de infraestrutura (estúdios e equipamentos) e produções conjuntas (tanto para TV aberta quanto fechada).

Outra medida cogitada é uma parceria na venda de publicidade, notadamente para o conteúdo produzido de forma associada. SBT, Record e RedeTV enxergam esse comensalismo como uma forma de reduzir a abissal distância para a Globo e, ao mesmo tempo, frear a perda de receita para novos meios, como TVs a cabo, redes sociais, serviços de streaming etc. Ainda que este nível de compartilhamento mais avançado provoque, como efeito colateral, alguma perda de individualidade e autonomia nas decisões e estratégias.

No ano passado, o trio faturou aproximadamente R$ 3,2 bilhões. A Globo, por sua vez, teve uma receita cinco vezes superior à soma das concorrentes: R$ 15 bilhões. Se bem que, a esta altura, talvez a emissora dos Marinho seja o menor dos problemas. No ano passado, a Netflix faturou cerca de R$ 1,3 bilhão, 30% a mais, por exemplo, do que o SBT. Consultada, a Simba informou que sua prioridade “é negociar com as operadoras para que elas remunerem a joint venture, assim como já fazem com outras emissoras nacionais e estrangeiras.” Posteriormente, a companhia vai definir como investir a receita em conteúdo. Segundo a Simba, o percentual será superior aos 20% do faturamento fixados pelo Cade.

Silvio Santos, Edir Macedo e a dupla Marcelo de Carvalho e Amilcare Dallevo têm mantido conversas quase semanais desde o início de março, quando o “homem do Baú” retornou de sua temporada de férias na Flórida. Na paralela, ocorrem também reuniões entre os executivos das emissoras e o ex-BTG Marco Gonçalves, que assumiu o comando da Simba Content. A ideia é que todas as operações em parceria fi quem penduradas na joint venture. Neste momento, SBT, Record e Rede TV estão no meio de uma batalha com as operadoras de TV por assinatura. A Vivo já concordou em pagar pelo conteúdo. As negociações com Net, Claro, Embratel e Oi prosseguem. Segundo a Simba, a Sky foi a única que, até agora, não aceitou negociar.

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