Que tiro é esse que os suíços estão dando no Brasil?

  • 2/04/2018
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O fundo Swiss Investment Fund for Emerging Markets mira no Brasil e no mercado armamentista nacional. O private equity está rastreando oportunidades de negócio no setor. Segundo o RR apurou, um alvo é a empresa goiana Delfire Indústria e Comércio de Extintores. A Delfire chegou a firmar um acordo com a Caracal International LLC, dos Emirados Árabes, para a construção de uma planta voltada à produção de armamentos e munição. A parceria com a Caracal foi desfeita – os árabes não cumpriram uma série de
obrigações previstas no contrato –, mas o projeto da fábrica segue de pé.

A Delfire informou ao RR ter criado uma empresa à parte para tocar o empreendimento, a DFA. A companhia garante que não há qualquer conversação com o Swiss Investment Fund, mas não nega que esteja buscando sócios para o projeto. Os extintores do nome da empresa serão só para apagar um fogo aqui outro foguinho ali. Coisinha à toa.

O investimento para valer se concentrará no setor bélico. O curioso no interesse do Swiss Investment Fund for Emerging Markets pelo Brasil é que ele se dá em paralelo à instalação no país da empresa estatal armamentista Ruag, do mesmo país. É como se a pacífica Suíça tivesse descoberto no Brasil o paraíso da violência para sua expansão no mercado de armas.

Consultada pelo RR, a companhia confirma a construção de uma fábrica de cartuchos no país. Os suíços informam que o valor do investimento e a capacidade da planta ainda não foram definidos. O RR apurou que o volumede produção deverá alcançar até 23 milhões de cartuchos por ano. Não é nada, não é nada, dá duas vezes a produção do Brasil e ainda sobra para guerrear com três Morros do Alemão e quatro Complexos da Maré.

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