PDG lança seu kit de “últimos socorros”

  • 6/10/2016
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 A PDG Realty está lançando mão de duras medidas administrativas e operacionais na tentativa de melhorar a geração de caixa, abater o altíssimo endividamento e afastar o fantasma da recuperação judicial que ronda a empresa. Nas últimas semanas, a incorporadora imobiliária fez seguidas demissões em seus escritórios regionais, notadamente no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Cerca de 30 funcionários teriam sido dispensados. A companhia deverá ainda desativar unidades periféricas, como Curitiba, Ribeirão Preto e Campinas, áreas que passariam a ser comandadas diretamente por São Paulo. À distância, os cortes podem parecer pouco significativos, mas, na ponta do lápis, seu impacto sobre a estrutura de custos da PDG não deve ser desprezado. No segundo trimestre deste ano, a companhia já alcançou uma redução das suas despesas operacionais da ordem de 15% no comparativo com igual período em 2015.  Na esfera operacional, a PDG decidiu que não fará qualquer lançamento neste ano. A companhia também decidiu paralisar algumas obras que já estavam razoavelmente avançadas, caso do The City, um centro comercial na Barra da Tijuca, no Rio. A propriedade é reduzir os estoques. Os imóveis “encalhados” somam cerca de R$ 2,7 bilhões. O mercado interpreta as medidas adotadas pela PDG como uma tentativa final, uma espécie de “últimos socorros” para escapar de uma RJ. Há cerca de dois meses, a incorporadora conseguiu renegociar cerca de R$ 4 bilhões em débitos, o equivalente a 74% da dívida bruta. Mesmo assim, ainda carrega um grau de alavancagem bastante elevado: a relação dívida líquida/patrimônio é de quase quatro para um. Trata-se do índice mais alto entre todas as incorporadoras de capital aberto. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: PDG.

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