Mistério é o princípio ativo da Lasa

  • 6/03/2018
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O setor farmacêutico e o futebol se uniram como cenário de uma história nebulosa. O protagonista é a Lasa Indústria Farmacêutica, de Videira (SC). No início do ano, o laboratório fechou um contrato de patrocínio com o Vasco, pagando R$ 10 milhões para ter sua marca estampada na camisa do clube. “Pagando” é força de expressão.

Na última quarta-feira, 28 de fevereiro, data limite para a transferência dos recursos, o dinheiro não apareceu. Os representantes da Lasa tomaram chá de sumiço e sequer retornaram às dezenas de tentativas de contato dos dirigentes do Vasco, que atravessaram toda a madrugada do dia 1 de março. O caso vai parar na Justiça. A efêmera “passagem” da Lasa pelo futebol serviu para colocar foco sobre uma biografia corporativa repleta de lacunas.

A companhia é uma incógnita mesmo entre suas congêneres. O RR consultou dois importantes empresários do setor farmacêutico, que disseram desconhecer se o laboratório está produzindo ou comercializando remédios. Consulta ao sistema da Anvisa mostra que a maioria das marcas de medicamentos da empresa está com seu registro vencido ou cancelado. O controle da Lasa é atribuído ao empresário Raimundo Dias da Silva. O RR fez várias tentativas de contato com a companhia, sem retorno. Os telefones da Lasa disponíveis não respondem.

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