Michel Temer e as perigosas curvas da estrada de Santos

  • 14/09/2017
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Se Rodrigo Janot ficasse mais tempo no cargo, teria um novo território onde escarafunchar uma terceira denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer. A investigação de favorecimento à empresa Rodrimar é apenas o fio da meada das ações inconfessáveis no setor portuário. Outras facilidades foram concedidas por meio da Companhia Docas de Santos, antigo feudo de Temer.

Nos anos mais recentes, as operações passaram a ser conduzidas por Eduardo Cunha, que, a mando do atual presidente, passou a ser o interlocutor entre as empresas, a autoridade portuária, a Advocacia Geral da União e a miríade de agências reguladoras do setor. Basta lembrar de todas as artimanhas de Cunha para embarreirar a votação da MP dos Portos, em 2013. A favor de Temer, pesa o fato de que essa “prestação de serviços”, digamos assim, aconteceu antes de ele assumir a Presidência da República, o que o eximiria de responsabilidade criminal.

Entretanto, uma empresa, pelo menos, teria sido agraciada no início da gestão de Temer, quando Cunha tinha o mandato para representá-lo. Se o ex-presidente da Câmara acertar a delação premiada, as travessuras no Porto de Santos estarão entre as tramoias reveladas. Basta convocar os executivos das operadoras de terminais e da autoridade portuária. Todo mundo sabe. Ou já ouviu falar. Santos sempre foi uma vaca leiteira.

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