Helibras decepa postos de trabalho

  • 8/04/2016
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 Até o momento, a gestão de Richard Marelli, que assumiu a presidência da Helibras há apenas cinco meses, pode ser resumida a uma única palavra: downsizing. É o ônus de quem está no cargo certo na hora errada. Nos últimos dez dias, a fabricante de helicópteros teria demitido cerca de 90 funcionários nas áreas comercial e administrativa – a maioria em Itajubá (MG) e no escritório de São Paulo. Somando-se aos cortes realizados na própria fábrica mineira e na unidade de manutenção, a empresa já teria dispensado mais de 150 trabalhadores desde janeiro. O número equivale a cerca de 20% do efetivo da Helibras no fim de 2015. Consultada, a Helibras informou que, “diante da situação econômica vivida pelo país promoveu ajustes para redução de despesas em diferentes setores, que também incluíram a dispensa de funcionários”.  No caso da Helibras, jogar as demissões apenas na conta da crise seria um exercício de reducionismo. É claro que a conjuntura é um inimigo poderoso, a começar pelos cortes no orçamento do Ministério da Defesa. Segundo o RR apurou, desde dezembro, a Pasta tem encontrado dificuldades para honrar os pagamentos referentes à compra de helicópteros H225M. No entanto, parte expressiva dos cortes de pessoal deve ser debitada à matriz. Há pouco mais de um ano, os franceses restringiram o raio de ação da subsidiária brasileira, praticamente limitando-a a encomendas no Brasil ou no Mercosul. A própria Airbus Helicopters passou a encampar pedidos em outros mercados na América Latina. Resultado: a Helibras, que chegou a ter quase 900 funcionários em 2014, hoje já estaria com pouco mais de 600.

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