Grandes construtoras querem distância do “Risco PDG”

  • 11/01/2017
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Como se não bastassem os credores, que cobram uma dívida superior a R$ 7,5 bilhões, a PDG enfrenta um “motim” entre seus principais parceiros comerciais. Cyrela, Gafisa, Queiroz Galvão, entre outras construtoras, exigem o rompimento das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) criadas em conjunto com a combalida companhia. A preocupação destas empresas é evitar que a crise financeira da PDG e um eventual pedido de recuperação judicial contaminem não só os projetos em comum, mas, por extensão, seus próprios negócios.

A porta para esta diáspora societária já está entreaberta. No fim do ano passado, a PDG e a HM1 – leia-se a Hemisfério Sul Investimentos e a gestora norte-americana Farallon – firmaram o descruzamento de suas participações em 18 SPEs. O “Risco PDG” é considerável. Uma recuperação judicial e a consequente suspensão dos pagamentos da incorporadora atingiriam em cheio os empreendimentos pendurados nas SPEs. Cyrela, Gafisa, Queiroz Galvão e cia. temem pelo pior: o gradativo colapso dessas sociedades.

Até porque, na luta pela sobrevivência, a tendência natural é que a PDG dê prioridade aos projetos que controla integralmente. A questão é como descosturar em tempo hábil a teia societária à qual a PDG está amarrada. A companhia está em mais de 700 SPEs, boa parte delas com a presença de terceiros. O distrato de cada uma dessas sociedades passa por complexas negociações de compra e venda das respectivas participações, a exemplo do que foi feito com a HM1.

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