Copersucar colhe menos sócios e evapora investimento

  • 16/02/2016
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 O presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, está rascunhando um plano de investimentos para o biênio 2016-2017 que deveria ser chamado de plano de desinvestimento. Não é para menos. O quadro de associadas não para de encolher, as vendas deverão crescer no máximo 5% neste ano e a companhia não consegue arrumar um sócio para a sua controlada Eco-Energy, trading com base nos Estados Unidos. Os aportes até o ano que vem, originalmente de R$ 400 milhões, não serão nem um terço do previsto. A companhia adiou por tempo indeterminado a construção de novos terminais portuários. Apenas serão instaladas as três unidades no mercado norte-americano que estão em fase adiantada de construção.  Para compensar a perda recorrente de associadas – saíram, entre outras, as plantas do Grupo Virgolino de Oliveira, além das usinas Batatais e Clealco – a Copersucar pretende mudar o seu perfil de comercializadora exclusiva e passar a também produzir açúcar e álcool com usinas próprias. A companhia usaria as unidades apenas como complemento de fornecimento e garantia de contratos de longo prazo. A abertura de capital na BM&F Bovespa, um projeto acalentado há anos pela cooperativa, continuará na gaveta, mas a Eco-Energy deverá fazer o seu IPO nos Estados Unidos. A venda de ações em Bolsa é a alternativa encontrada pela Copersucar para atrair novos investidores ao capital da trading norte-americana. As tentativas anteriores de venda de títulos foram um fracasso de público e a empresa se viu forçada a aumentar a sua participação de 65% para quase 80% como forma de garantir os aportes necessários. A EcoEnergy deverá comercializar oito bilhões de litros de etanol nos Estados Unidos, com crescimento de 10% em 2016. No Brasil, a Copersucar projeta vender cinco bilhões de litros de etanol. Procurada pelo RR, Copersucar não comentou o assunto.

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