Petrópolis aumenta a levedura contra a Ambev no Cade

  • 9/05/2022
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A concorrência está se unindo contra a Ambev e suas práticas comerciais. Segundo o RR apurou, a Petrópolis, de Walter Faria, estuda se juntar à Heineken no processo movido no Cade contra a cervejeira de Jorge Paulo Lemann e cia. De acordo com a mesma fonte, a fabricante da marca Itaipava pretende entregar, nas próximas semanas, farta documentação com o objetivo de comprovar que a Ambev adota práticas anti-concorrenciais, como venda casada e proibição de que parceiros comerciais comprem bebidas de competidores.

Há pouco mais de um mês, a Heineken protocolou uma petição no Cade acusando a líder do mercado brasileiro de manter contratos de exclusividade com bares e restaurantes em 11 capitais que ferem a legislação antitruste. Dona de aproximadamente 60% do mercado cervejeiro nacional, a Ambev é useira e vezeira em ser acusada de concorrência desleal. Em 2015, a companhia firmou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o Cade, comprometendo-se a limitar contratos exclusivos de venda. Na ocasião, foi punida por exigir de comerciantes acordos de exclusividade no âmbito do programa de fidelidade “Tô Contigo”.

Após uma renegociação com o órgão antitruste, a empresa conseguiu reduzir o valor da multa de R$ 359 milhões para R$ 229 milhões, o equivalente a apenas 0,8% da sua receita líquida naquele ano de 2015. Consultada sobre a petição da Heineken junto ao Cade, a Ambev informou que “suas práticas de mercado são regulares e respeitam a legislação concorrencial brasileira.” A empresa afirmou ainda que “em 2020, o Cade atestou que o termo de ajuste de conduta acordado em 2015 estava integralmente cumprido. Mesmo sem ter a obrigação, continuamos monitorando os mesmos indicadores em todas as regiões do país e eles seguem dentro do acordado anteriormente.” Também consultada, a Petrópolis não se pronunciou.

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