Americanas traça um novo roteiro para a B2W

  • 23/03/2017
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O anunciado aporte de R$ 1,2 bilhão na B2W é apenas a ponta do iceberg de uma operação ainda maior. A Lojas Americanas estaria preparando o fechamento de capital de sua empresa de e-commerce. A reestruturação acionária, por sua vez, abriria caminho para a entrada de um investidor institucional ou mesmo uma futura associação com outra companhia do setor. Para isso, a Americanas planeja subscrever a totalidade dos 110 milhões de ações que serão emitidas pela controlada. Dessa forma, ampliará sua participação societária de 62% para 71%.

Posteriormente, deverá lançar uma oferta pública para comprar os títulos da B2W ainda em mercado. Em um exercício meramente hipotético, tomando-se como base o valor estimado para a subscrição em andamento – em torno de R$ 13,30 por ação –, a Americanas desembolsaria pouco mais de R$ 1,3 bilhão para raspar o tacho dos papéis da controlada em bolsa e ficar com 100% do capital. Seria o último ato de uma operação que vem se desenhando há cinco anos, período no qual a holding já fez outros quatro aportes na B2W, aumentando sua fatia de 51% para os atuais 62%.

Ao dispor integralmente do capital da B2W, Jorge Paulo Lemann e cia. terão toda a margem de manobra para repensar o modelo societário da companhia entre as opções que estão sobre a mesa. Recentemente, surgiram no mercado especulações sobre uma possível fusão com o braço de comércio eletrônico do Casino no Brasil. Não custa lembrar que a Lojas Americanas é citada como uma das candidatas à compra da própria ViaVarejo. Independentemente do caminho escolhido, a Americanas está empenhada em dar um novo rumo à sua operação de e-commerce, na qual já injetou mais de R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos sem interromper sua escalada de prejuízos. Somente nos últimos dois anos, a B2W teve uma perda em torno de R$ 900 milhões.

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