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Esportes
Será que vai rolar um touchdown na grama (nem tão verde) do Maracanã?
1/11/2024A gestão do Maracanã, leia-se Flamengo, está em conversações com a NFL para sediar uma partida da biliardária liga de futebol americano no ano que vem. As tratativas são conduzidas com uma boa dose de dor de cotovelo. Consta que o Maracanã era a opção prioritária da NFL para a realização do seu primeiro jogo em solo brasileiro. No entanto, o evento teria sido vetado pelo Flamengo, por conta das condições do gramado do estádio, de qualidade quase sempre sofrível. Sendo assim, a Neo Química Arena, o “Itaquerão”, acabou escolhido para receber a partida entre Philadelphia Eagles enfrenta o Green Bay Packers, realizada no último mês de setembro. O sucesso foi estrondoso. A vinda da NFL ao Brasil deixou um rastro de lucros por onde passou, a começar pelo próprio Corinthians, que embolsou cerca de R$ 2,5 milhões pela locação do estádio.
Futebol
Como o Flu vai pagar as contas do Maracanã sem o Fla?
16/07/2024O projeto do futuro estádio do Flamengo é motivo de preocupação para a diretoria do Fluminense. O rubro-negro trabalha com a previsão de inaugurar sua arena até 2028, o que vai reduzir consideravelmente seu número de jogos no Maracanã. A questão que, desde já, mobiliza o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, é justamente como bancar a administração do “Maraca” a partir do momento que o Flamengo tiver sua casa própria. As despesas mensais com manutenção, folha de pagamentos e energia giram em torno de R$ 13 milhões. Hoje, os dois clubes dividem a gestão do Maracanã. Bem dividir é força da expressão. A participação econômica do Flamengo, líder do consórcio, é de 65%; ao Fluminense cabem os 35% restante. As fatias são proporcionais à receita gerada por cada clube com seus jogos. Por ora, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirma que o clube pretende permanecer com a concessão do Maracanã mesmo após a inauguração de seu estádio. Mas certamente em outros termos e condições. Nesse contexto, o mais provável é que o Fluminense tenha de buscar uma solução para cobrir a perda de receita e diluir os custos da gestão do estádio. No Rio, a opção que se apresenta como mais factível – talvez a única – é um acordo com o Vasco, que passaria a mandar uma parte de seus jogos no Maracanã.
Real estate
Petros coloca à venda antiga sede da BR Distribuidora
5/12/2023A Petros procura um comprador para o Edifício General Horta Barbosa, localizado no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Há um certo simbolismo na negociação. Por décadas, o imóvel foi a sede da antiga e ex-estatal BR Distribuidora. Hoje, abriga áreas da Petrobras, como TI. O ativo está marcado no balanço da Petros ao valor de R$ 95 milhões. Procurada, a Petros não se pronunciou.
Empresa
E se o BNDES costurasse a fusão da Americanas e do Magazine Luiza?
19/07/2023Em outras épocas, para ser mais preciso durante o regime militar, no caso de uma empresa que estivesse virtualmente quebrada e impactasse estruturalmente o setor, o ritual era convocar os outros players que pudessem assumir seus escombros e fazê-la renascer. Foi assim com o Projeto Jari: Azevedo Antunes, Antônio Ermírio de Moraes, João Fortes e outros tantos foram chamados para salvar a empresa. Os tempos mudaram e os generais não regem mais os destinos da iniciativa privada. Mas há casos e casos. Como perguntar não ofende, será que uma força tarefa, constituída pelos bancos credores das Americanas, que em última instância são os mesmos do Magazine Luiza – também altamente endividado -, com o fundamental apoio do BNDES, não poderia criar as condições para a fusão de ambas? Existem sinergias entre as duas, os bancos teriam um prejuízo menor e a agência de fomento poderia, de repente, estar criando uma “JBS do varejo”, guardadas as devidas proporções. É bom que se ressalte o indiscutível ótimo negócio que o BNDES fez participando intensamente da construção da maior empresa de proteína do mundo. E como se essas motivações não fossem suficientes, a operação teria um inegável impacto social. Americanas e Magazine Luiza somam aproximadamente 73 mil funcionários. É um Maracanã apinhado de gente em dia de clássico. A Luiza Americanas ou Americanas Luiza teria pelo menos o mérito de salvar milhares de empregos.
Tudo bem, tem o Cade, CVM e outras pedras no caminho. Mas levantar essa catedral, como dizia o saudoso engenheiro Eliezer Batista, pelo tamanho da obra merecia chutar até paralelepípedos. Ah, mas é o risco moral? E o compromisso com a livre iniciativa? Procurem ver o histórico recente do que faz o governo norte-americano quando as suas empresas mais relevantes estão se afogando e prestes a ir à bancarrota. Fica aqui a provocação.
Esportes
Claudio Castro dá um chute na canela de senador aliado
26/01/2023O processo de concessão do Maracanã está causando turbulências entre o governador Claudio Castro e o senador Carlos Portinho, ambos do PL. No último fim de semana, como provocação ao fundo norte-americano 777, que comprou a SAF do Vasco, Castro manifestou sua preferência de que clubes e não empresas assumam a gestão do estádio. A declaração foi um carrinho por trás em Portinho, relator do projeto de lei das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), que abriu as portas para a entrada de investidores no futebol brasileiro.
Esportes
Flamengo e Fluminense são os donos da bola no Maracanã
6/01/2023O governo do Rio cogita estender, novamente, o contrato de concessão do Maracanã com a dupla Flamengo e Fluminense. Para todos os efeitos, seria mais uma renovação em caráter temporário, até que se resolva o imbróglio em torno da nova concorrência. Em outubro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado suspendeu a licitação que estava marcada para o mesmo mês. Os técnicos do tribunal identificaram cerca de 200 falhas no processo. Quanto mais demora, melhor para Flamengo e Fluminense, que vão se beneficiando das sucessivas renovações temporárias do contrato de concessão, sem risco de perder o controle sobre o maior estádio do Rio. Ressalte-se que o Vasco quer participar da nova concorrência, agora com o forte suporte financeiro do fundo norte-americano 777, que comprou o futebol do clube.
Negócios
Cabo de guerra
31/10/2022Flamengo e Fluminense deverão buscar um parceiro internacional para disputar a concessão do Maracanã. O sarrafo subiu com a entrada em cena da 777 Partners, fundo americano que comprou o futebol do Vasco. A empresa já anunciou uma parceria com a também americana Legends, especializada na gestão de arenas.
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BTG joga em todas as posições nos gramados brasileiros
27/04/2022Como se não bastasse a ferrenha disputa por agentes autônomos e pela aquisição de fintechs, XP e BTG estão duelando também pela consolidação da indústria do futebol. O mais novo movimento vem do banco de André Esteves. Segundo o RR apurou, o BTG teria planos de se unir a outros investidores no negócio de reformas e gestão de arenas esportivas. O campo é largo: vai dos estádios públicos – Maracanã, Fonte Nova, Mineirão, Arena Pantanal, entre outros – aos particulares.
Neste segundo caso, ressalte-se, a operação poderá se dar tanto em tabelinha com as novas SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) quanto os “velhos” clubes associativos. Consultado, o BTG não se pronunciou. O desenho tático do BTG passa pela verticalização de seus negócios no futebol. De acordo com a mesma fonte, o banco estuda entrar também no licenciamento de marcas, um segmento que ainda engatinha no Brasil vis-à-vis a indústria global do esporte. Um dos alvos é o e-s- ports; outro é o lançamento de NFTs (non-fungible tokens).
O mercado dos chamados fan tokens é um dos mais promissores no futebol brasileiro. Parte desses negócios deverá ser conduzida sob o guarda-chuva da Win, empresa criada pelo BTG no ano passado em sociedade com Claudio Pracownik, ex-sócio do próprio banco e ex-CFO do Flamengo. Esse amplo arco de negócios não deixa de ser um contra-ataque do BTG à ofensiva do XP em áreas específicas do business futebol. A instituição assessorou Cruzeiro e Botafogo na constituição e venda de suas respectivas SAFs. Ao mesmo tempo, a XP está buscando investidores para bancar a criação de uma liga de futebol no Brasil.
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Concessão?
17/09/2021Concessão é pouco. O que o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, quer mesmo é comprar o Maracanã de vez. Apoio político para a investida, como se sabe, não lhe falta.
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Bolsonaro enxerga o jogo muito além da Copa América
1/06/2021A disposição de Jair Bolsonaro para a possível realização da Copa América no Brasil desponta como um teste para 2022. O torneio poderá funcionar como um termômetro da temperatura institucional no país, já mirando as eleições do próximo ano. Ao negociar a vinda de uma competição desta magnitude em meio a uma pandemia, Bolsonaro parece apostar mais uma vez na tática do enfrentamento. O presidente confronta a opinião pública, as regras sanitárias e os demais Poderes. Ontem mesmo, o governo de Pernambuco já proibiu a realização de jogos da Copa América no estado. São Paulo e Bahia, por exemplo, só aceitam sediar o torneio com portões fechados.
A Copa América vai muito além do campo. O anúncio de que o Brasil deverá sediar o torneio foi o bastante para agitar as duas torcidas organizadas que polarizam o cenário político-eleitoral, com um embate de parte a parte nas redes sociais ao longo do dia de ontem. Para essas manifestações saltarem das mídias digitais e ganharem as ruas, é um pulo – vide os protestos contra o governo no último sábado. Ou não.
De toda a forma, certamente, o assunto já está na pauta das autoridades da área de Segurança. O pior dos cenários seria uma repetição de 2013. A Copa das Confederações marcou o auge das manifestações de rua daquele ano, que viriam a culminar no impeachment de Dilma Rousseff em 2016. O 20 de junho de 2013 quase entra para a história como uma data trágica: enquanto Espanha e Taiti jogavam no Maracanã, cercado por tropas do Exército em um perímetro de quase dois quilômetros, houve um intenso quebra-quebra nas ruas do Centro do Rio.
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, está convicto de que marcou um golaço. A iminente vinda da Copa América para o Brasil – informação antecipada pelo RR em 21 de maio – deverá valer o importante apoio de Jair Bolsonaro para a sua permanência à frente da entidade.
A Copa América pode ser um divisor de águas para Rogério Caboclo. O no 1 da CBF tem mantido intensas conversações com presidentes de federações estaduais. Busca apoio para brecar as manobras do ex-presidente da entidade Marco Polo Del Nero, que quer tirá-lo do cargo.
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Torcida organizada
27/01/2021O RR apurou que a cúpula da Conmebol solicitou à Polícia Federal e à PM do Rio reforço no esquema de segurança para a final da Taça Libertadores, no próximo sábado, entre Palmeiras e Santos. Os gringos estão atentos à temperatura institucional no Brasil: temem protestos no entorno do Maracanã contra o palmeirense Jair Bolsonaro, que deverá comparecer à partida.
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Mengo
11/01/2021O Flamengo – com o Fluminense a reboque – negocia com o governador Claudio Castro a extensão do contrato do Maracanã. Difícil Castro dizer não à nação (eleitoral) rubro-negra.
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A bomba biológica rubro-negra
1/10/2020O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, tem feito forte carga junto à cúpula da CBF e ao governador em exercício do Rio, Claudio Castro, pela reabertura dos estádios ao público. Costuma usar a proximidade com Jair Bolsonaro e o apoio do presidente à medida como instrumento de pressão. Utiliza-se também da ameaça de demissões de funcionários do Maracanã caso os jogos sigam sendo disputados com portões fechados. Para Landim, o repique no número de casos da Covid-19 no Rio é apenas um detalhe. Não custa lembrar que uma partida de futebol – Atalanta x Valencia, em março – foi considerada pelos epidemiologistas europeus uma “bomba biológica” que fez explodir a contaminação da Covid-19 tanto na Itália quanto na Espanha. Turistas e jornalistas espanhóis que viajaram para acompanhar a partida voltaram contaminados e aceleraram a disseminação do vírus entre os espanhóis.
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“O Maraca é nosso”
4/09/2020Dirigentes do Flamengo e do Fluminense – à frente o rubro-negro Rodolfo Landim – pretendem marcar uma conversa com o governador em exercício do Rio, Claudio Castro. Os clubes temem que, para marcar território, Castro decida rever a polêmica concessão do Maracanã. Wilson Witzel praticamente embrulhou o estádio para presente no acordo com a dupla Fla-Flu
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Portas abertas
28/10/2019O governador Wilson Witzel já mandou um torpedo para a cúpula da Conmebol: o Maracanã está à disposição caso a entidade decida tirar a final da Libertadores de Santiago devido à convulsão social no Chile.
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Bola oval
1/08/2019
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Bolsonaro na Copa América
9/07/2019Na última hora, a comitiva de Jair Bolsonaro criou um problema sui generis para a organização da Copa América. Entre autoridades e agregados, a delegação chegou ao Maracanã, no último domingo, em 30 veículos sem que os gestores do estádio tivessem sido informados sobre a “carreata”. Ao chegar pelo Portão 2 do estádio, foi um corre-corre de funcionários e de dirigentes da CBF para organizar o acesso dos automóveis e depois acomodar todos os convidados do presidente.
…
Pouco antes da partida entre Brasil e Peru, o prefeito Marcelo Crivella tentou puxar conversa com Jair Bolsonaro e o governador Wilson Witzel sobre o andamento do polêmico projeto de construção do autódromo do Rio, que já foi desmentido até pelos organizadores da F-1. Segundo uma fonte do RR presente ao camarote, ficou falando sozinho.
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“Neymito”
4/07/2019De férias da Copa América, Neymar negocia com a cantora e amiga Anitta uma sociedade na área de entretenimento. O projeto envolveria a produção de festivais de música e gestão de carreira de artistas.
…
Jair Bolsonaro aproveitou o encontro no Mineirão, na terça-feira, para convidar Neymar e seu pai a assistirem à final da Copa América ao seu lado, no Maracanã. Quem sabe não é mais uma oportunidade para Neymar Pai conversar sobre a multa de R$ 69 milhões da Receita Federal que pesa sobre o craque.
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Balão de ensaio
8/04/2019
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Caldeirão digital
27/03/2019Luciano Huck estaria negociando a franquia de uma competição de games a ser realizada no Maracanãzinho. A ideia é que a disputa seja transmitida em uma megatela com efeitos especiais de última geração. Tudo indica que não faltarão patrocínios dos Googles e Facebooks da vida. Quem sabe até uma versão televisiva na Globo.
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Mando de campo
25/03/2019
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Touchdown no Brasil
6/02/2019Há tratativas entre a NFL e um grupo de investidores para que o Brasil receba, em 2020, seu primeiro jogo entre times da bilionária liga de futebol americano. O campo dos sonhos é o Maracanã.
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Concessão do Pacaembu a caminho
14/01/2019A licitação do Pacaembu deverá marcar o pontapé inicial do programa de concessões da Prefeitura de São Paulo. Segundo o RR apurou, a ideia é ofertar o estádio ao mercado até abril. Para isso, no entanto, serão necessárias algumas divididas mais
fortes no Judiciário. O processo de concessão está travado na Justiça desde o fim do ano passado. O Ministério Público questiona a concessão ao município de toda a área do Pacaembu, originalmente pertencente ao estado. O leilão já atrai grandes grupos internacionais. Segundo o RR apurou, um dos principais interessados é a Lagardère, conglomerado francês herdado pela brasileira Bethy Lagardère, socialite triple A do jet set internacional. Consultada pelo RR, a Prefeitura confirma que a “SP Negócios manteve reunião com executivos da Lagardère em 2017”. Na época, no entanto, “o grupo demonstrou interesse limitado pelo Complexo do Pacaembu, justificando que seu foco é a gestão de estádios”. A licitação do Pacaembu envolve a administração de outros vários ativos, além da arena. Depois disso, segundo a Prefeitura, “não houve outro encontro”. Ao que parece, algo mudou nos planos da Lagardère. É provável que o Pacaembu tenha se tornado seu Plano A no Brasil, após a fracassada tentativa de fisgar o Maracanã, há cerca de dois anos. Procurado, o conglomerado francês não se pronunciou.
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A bola vai rolar
27/11/2018O governador eleito Wilson Witzel já se comprometeu com os grandes clubes do Rio a realizar a nova concessão do Maracanã até junho de 2019.
Negócios
Em campo
5/10/2018O fundo Qatar Sports Investments aguarda pelo novo governador do Rio para entrar em campo e disputar a concessão do Maracanã.
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Lagardère quer o Maracanã
19/09/2018A francesa Lagardère já fez chegar a Eduardo Paes, líder nas pesquisas para o governo do Rio, seu interesse em assumir a concessão do Maracanã. Há cerca de duas semanas, a 9a Vara de Fazenda Pública anulou o contrato com a atual concessionária apontando ilegalidades na licitação, o que, em tese, forçaria a necessidade de uma nova concorrência pública. O problema é que essa é uma bola que deverá ficar quicando nos tapetões do Judiciário por longo tempo.
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Mando de campo
7/06/2018A francesa Lagardère, que quase assumiu o Maracanã no ano passado, está entrando em campo para disputar a licitação do Pacaembu. O resultado da “partida” será conhecido na primeira semana de julho, quando a Prefeitura de São Paulo abrirá os envelopes com as propostas
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Para depois…
22/02/2018Investidores ligados à Miral Asset, gestora de arenas nos Emirados Árabes, têm interesse em assumir o Maracanã. Mas, do jeito que o Rio está, esse jogo deve ficar para depois…
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Como tirar a Odebrecht?
6/12/2017
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MP mapeia os caminhos entre Andrade Gutierrez e Regis Fichtner
8/11/2017A delação do marqueteiro Renato Pereira ainda vai render. Virão à tona as relações perigosas da Andrade Gutierrez com Regis Fichtner, secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro durante o governo de Sérgio Cabral. A colaboração entre ambos ia além das prebendas para lá, caixa dois para cá.
De acordo com a delação de Pereira, sua prestação de serviços a Sergio Andrade era interestadual, com uma ponte para Minas Gerais. Do lado das Alterosas estavam Aécio Neves e Andrea Neves, fregueses contumazes da Andrade Gutierrez. Nessa trama, entram, por exemplo, as investigações sobre o suposto pagamento de propina à empreiteira na construção da Cidade Administrativa, uma das obras mais caras do governo de Aécio – aproximadamente R$ 2 bilhões.
Na procuradoria Sergio Andrade e Regis Fichtner são apontados como pertencentes à “turma do teflon”. Até agora pouca coisa grudou nos dois. Não é por falta de gordura na frigideira. A Andrade Gutierrez já fechou acordo de leniência. Fichtner, por sua vez, foi citado em depoimento de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do esquema de Cabral.
Ele afirmou à Justiça ter levado pessoalmente ao ex-secretário dinheiro vivo fruto de propina. A imprensa já noticiou, inclusive, que o próprio Fichtner estaria negociando sua delação, o que, por ora, não se confirmou. Fichtner estava na Casa Civil quando a Andrade Gutierrez participou das obras do Maracanã.
No mesmo período, em 2010, a Cemig, da qual a empreiteira é sócia, aumentou sua participação na Light. Inicialmente, Sérgio Cabral era contrário à hipótese da estatal mineira amplificar seu poder na distribuidora fluminense. Fichtner foi convocado para aparar as arestas. A conta do acerto teria ido para a Andrade Gutierrez. A companhia agiu ainda em consórcio com duas empreiteiras carimbadas no governo Cabral: Carioca e Delta. Segundo o RR apurou, Renato Pereira disse que a articulação e montagem jurídica dos consórcios ficava, na surdina, a cargo de Fichtner. Procurados pelo RR, a Andrade Gutierrez, Regis Fichtner e o Ministério Público Federal não se pronunciaram.
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Rio Negócios é uma etapa nada nobre no currículo de Olavo Monteiro de Carvalho
7/06/2017O marquês de Salamanca meteu-se em um embrulho muito além da sua vã filosofia. Para os neófitos, o título nobiliárquico pertence ao empresário Olavo Monteiro de Carvalho, presidente do Grupo Monteiro Aranha, que, junto com o Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã e outros monumentos mais e menos votados, é um dos símbolos do Rio de Janeiro. Olavo é presidente do Conselho da Rio Negócios, uma agência sem fins lucrativos, criada como um satélite independente da gestão Eduardo Paes e voltada para a promoção de novos empreendimentos, meio ambiente e desenvolvimento urbano.
Uma boa ideia, que entre tantas outras, depende da qualidade do seu entorno. Paes e Sérgio Cabral não são o melhor exemplo de parceria para qualquer agência. A dependência de ambos acabou deixando a Rio Negócios a ver navios. E o marquês de Salamanca, pendurado com a brocha na mão. Olavo Monteiro de Carvalho, como presidente do Conselho, é, em última instância, o responsável pelo “pepinódromo” que se tornou a Rio Negócios.
A agência está dando um calote no mercado de R$ 1,7 milhão. Só à Associação Comercial do Rio deve R$ 500 mil em aluguéis atrasados. Fora dessa conta estão os passivos trabalhistas, com várias rescisões feitas sem o pagamento dos compromissos fiscais correspondentes. O número de negócios expressivos feitos pela Rio Negócios forma um conjunto vazio. Mas os dedos das duas mãos teriam de ser multiplicados para enumerar o número de viagens de Marcelo Haddad, seu superintendente-geral.
Muita gente boa entrou nesse barco, junto com Olavo, mas, como ele assumiu o timão, ficará com o ônus dos desajustes e ineficiências da gestão. Marcelo Crivella, que quer distância do antecessor, não renovou o contrato firmado por Eduardo Paes, uma das âncoras financeiras da agência. Por enquanto, a saída encontrada é para lá de provinciana: abrir uma Niterói Negócios, no município do outro lado da ponte. O marquês de Salamanca entrou nessa por amor ao Rio, emprestando nome e tradição. Vai parar encalhado na terra de Arariboia com o espeto das contas na mão. Não era para ser assim.
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Escondidinho
23/05/2017Manguinhos, Alemão, Rocinha, Maracanã… No recall da Andrade Gutierrez, o Ministério Público quer encurralar o dono da empreiteira, Sérgio Andrade, no Rio de Janeiro. Andrade, muito liso, até agora se esgueirou da operação. Mas a farra que fez nas obras da cidade merece uma comenda de “grande corruptor do Rio”. Sérgio Andrade dá um documentário.
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Sérgio Andrade sai das sombras onde Otávio Azevedo sempre o escondeu
4/05/2017Na ponta do lápis e sobre o papel almaço, que é onde ficcionistas de finos hábitos cometem seus escritos, o empreiteiro Sérgio Andrade bem que poderia ser um personagem literário. Andrade evoca o Fausto de Goethe. Ele negocia sua alma com Mefistófeles em troca da onipresença de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, em todo o processo da Lava Jato. Azevedo, por sua vez, teria vendido seu sacrifício a Andrade, por farta pecúnia. O pagamento de gratificação entre sócios é o que permite ao empreiteiro ocultar-se no latíbulo perfeito, onde todos veem e sabem sem que ninguém o enxergue e denuncie.
Consta que Andrade pagou uma gratificação de R$ 140 milhões a Azevedo pelos seus sacrifícios. O executivo assumiria solitariamente a magnífica culpa pelos malfeitos. Como todos sabem, Andrade e Azevedo são o par perfeito da construção pesada. Aliás, eles ultrapassaram o setor, atravessando de mãos dadas os territórios da energia elétrica e da telefonia. Em todas essas empreitadas deixaram um rastro de práticas inconfessáveis. Foi identificada através das delações uma hidra de subornos: pagamentos por fora a Aécio Neves no processo de entrada no capital da Cemig, propina ao ex-deputado Eduardo Cunha e irregularidades nas obras do metrô de São Paulo, Rodoanel, Linha Amarela, hidrelétrica de Jirau, Angra 3, Belo Monte, Petrobras, reforma do Maracanã, além da GameCorp de Lulinha etc. etc. etc.
Diria Mefistófeles diante da extensa lista: nada que as outras empreiteiras não tenham feito. Os donos das demais construtoras, porém, não tinham um Otávio Azevedo. Ele entregou nomes, posou para a história algemado, cometeu perjúrio ao mudar seu próprio depoimento, mas, em momento algum, girou sua metralhadora na direção de Sergio Andrade. Manteve também prudente silêncio sobre as perigosas armações que levaram à criação da Oi e sua fusão com a Portugal Telecom, permitindo que a Andrade Gutierrez e a La Fonte – pertencente ao empresário Carlos Jereissati – abrissem uma janela milionária de saída depois de tosquiar a empresa e deixá-la às portas da recuperação judicial.
Também aqui interviria, recorrente, Mefistófeles: ora, o ex-presidente da Camargo Correa Dalton Avancini teve a mesma atitude protetora com as sócias da empreiteira, as irmãs Regina Camargo Pires de Oliveira Dias, Renata de Camarg Nascimento e Rosana Camargo de Arruda Botelho. O executivo não envolveu as meninas em instante nenhum. Assim não é, e nem lhe parece. As filhas do fundador da empreiteira, Sebastião Camargo, são herdeiras no estilo passadista: moram na Europa, não participam da gestão, nem sabem o que acontece na firma.
Para todos os efeitos, terceirizaram seu papel de donas para os respectivos maridos. Sergio Andrade, ao contrário, era sócio, gestor, planejador e executor das artimanhas da construtora. E todos sabem disso. Passados 22 meses desde que Otávio Azevedo foi preso, solto, preso mais uma vez e novamente solto, aguardando o desfecho de sua pena em prisão domiciliar, tudo indica que Sergio Andrade, enfim, sairá das trevas, no recall convocado pela força-tarefa de Curitiba.
Há versões de que Andrade se antecipará aos fatos em uma colaboração espontânea, prática já ocorrida com diversos outros depoentes da Lava Jato. Seria mais uma astuciosa manobra do empresário para se manter firme como Minas Gerais, de onde é oriundo: estar na escuridão, onde sempre esteve. Mas, mesmo com essa espontaneidade toda na sua delação, não haverá mais jeito. Otávio Azevedo fez tudo o que podia ser feito. Agora Sergio Andrade virá à tona.
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Maracanã II
27/04/2017O Flamengo tem muito a agradecer ao secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Christino Áureo. Ninguém trabalhou tanto quanto Áureo para convencer o governador Pezão a retomar a concessão do Maracanã e realizar uma nova licitação. Fez lembrar o empenho de outro ocupante da Casa Civil, Regis Fichtner, condutor da concorrência que colocou o estádio nas mãos da Odebrecht e de Eike Batista.
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Lagardère leva novas “emoções” ao Maraca
11/04/2017Pelo visto, o Maracanã vai ganhar um “upgrade”, saltando dos escândalos regionais para os internacionais. Não faltam episódios rumorosos no currículo da Lagardère, que está comprando a concessão do estádio carioca. Em 2009, o então prefeito de Paris, Bertrand Dalenoë, foi investigado por suposto favorecimento à empresa na cessão do estádio Jean-Bouin, em Paris, onde joga a seleção francesa de rugby. À época, o que mais chamou a atenção da Justiça foi o generoso valor do contrato: a Lagardère pagava à prefeitura apenas 72 mil euros por ano, ou um euro por cada metro quadrado do estádio. Mas nada se compara à passagem dos franceses pela África. O contrato de US$ 1 bilhão entre a Lagardère Sports e a confederação de futebol local é alvo de investigações, assim como a relação entre a empresa e o ex-presidente da entidade, o camaronês Issa Hayatou. O cartola, por sinal, é um antigo frequentador das páginas policiais. Na década de 90, foi acusado de receber propina pela venda de direitos de transmissão da Copa do Mundo.
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Risco jurídico do Maraca joga CSM para escanteio
28/03/2017A inglesa CSM desistiu da concessão do Maracanã menos pelos termos e valores da negociação e mais pelo alto risco jurídico. Os britânicos foram aconselhados por seus advogados a pular fora do barco devido à falta de blindagem em relação ao passado. Ressalte-se que o Ministério Público do Rio já pediu à Justiça o cancelamento da concessão, o que automaticamente tornaria nula a transferência do estádio para a CSM. Prestes a fechar o negócio, a francesa Lagardère, que estava na disputa com os ingleses, parece ter mais estômago para o risco.
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Prorrogação
24/03/2017A força tarefa da Operação Calicute está debruçada sobre contratos firmados pela Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (EMOP) no governo Cabral. Trata-se de um derivativo das investigações sobre a reforma do Maracanã.
Acervo RR
Prorrogação
24/03/2017A força tarefa da Operação Calicute está debruçada sobre contratos firmados pela Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (EMOP) no governo Cabral. Trata-se de um derivativo das investigações sobre a reforma do Maracanã.
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Time desfalcado
10/03/2017
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BWA é barrada na roleta do Maracanã
24/02/2017Em lados opostos no duelo pela concessão do Maracanã, Flamengo e Lagardère têm travado uma disputa marcada por caneladas. O clube carioca faz um série de exigências para jogar no estádio caso os franceses vençam a concorrência, notadamente em relação à divisão das receita. Além disso, muito a contragosto, a Lagardère teve de jogar para escanteio a BWA, sua sócia nas arenas do Castelão, em Fortaleza, e Independência, em Belo Horizonte. O rubro-negro vetou a indicação da empresa para cuidar da venda de ingressos do Maracanã. A BWA, dos irmãos Bruno e Walter Balsinelli, já foi acusada de participar de uma “Máfia dos Ingressos”, que funcionaria dentro da Federação Paulista de Futebol.
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Onipresente
23/02/2017Além da Cedae, Marcelo Crivella tenta interferir também na concessão do Maracanã. Crivella quer assegurar que os novos administradores liberem o estádio para eventos de interesse da Prefeitura. Aleluia!
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Big Mac de urubu
7/02/2017O Flamengo tenta arrastar o McDonald’s para a concessão do Maracanã.
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Prisão de Eike fecha o cerco ao “premiê” de Cabral
1/02/2017A prisão de Eike Batista e sua eventual delação prometem trazer para a ribalta um personagem chave no governo de Sérgio Cabral: o ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner. Segundo confidenciou ao RR um deep throat da “república de Curitiba”, os procuradores da Operação Calicute, o braço da Lava Jato no Rio, estariam puxando o fio da meada dos pagamentos feitos pelo Grupo EBX ao escritório de advocacia Andrade & Fichtner, do qual o ex secretário de Cabral é sócio. A firma presta serviços à LLX, em um contrato que remonta à construção do Porto do Açu. À época, em 2009, o governo Cabral desapropriou, com rara celeridade, cerca de 90 quilômetros quadrados para a instalação do complexo logístico-portuário.
Dezenas de proprietários de imóveis e terras entraram na Justiça contra a LLX e o estado. Do limão, fez-se uma limonada. Coube ao Andrade & Fichtner defender a empresa. Àquela altura, o escritório era comandado pela irmã de Regis Fichtner, Viviane Fichtner Pereira. O então secretário da Casa Civil estava afastado da banca havia três anos – ao deixar o governo, retornou para a empresa. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento desta edição, alegando que todos os procuradores que acompanham o caso estavam envolvidos com o depoimento de Eike à PF. Por sua vez, o Andrade & Fichtner confirmou que presta serviços à LLX desde abril de 2009. Disse desconhecer “a existência de qualquer investigação” no âmbito da Calicute. Por fim, afirmou que o sócio Regis Fichtner não tem qualquer relação de “parentesco, afinidade, amizade ou inimizade” com Eike Batista.
Regis Fichtner foi um dos personagens mais poderosos da gestão Cabral. Era praticamente o seu “primeiro-ministro”: cuidava da articulação política à contratação de fornecedores, passando pelas grandes obras e projetos do estado. Foi também tesoureiro na primeira campanha de Cabral ao governo do Rio, em 2006. Em 2010, embora a função tenha sido oficialmente entregue a Wilson Carlos Carvalho – preso em novembro –, auxiliou na arrecadação de doações para a reeleição do governador.
Entre outras esquinas, Eike Batista e Regis Fichtner também se encontraram na concessão do Maracanã, em 2013. À época, Fichtner conduziu o processo de privatização do estádio, inclusive representando pessoalmente o governo em audiências públicas. A licitação foi vencida pelo consórcio Maracanã S/A, liderado pela Odebrecht. Não obstante sua diminuta participação societária por meio da IMX – apenas 5% –, Eike era a principal face, quase o garoto-propaganda do pool de investidores, que tinha ainda a norte-americana AEG.
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CSM sabe onde pisa
30/01/2017A inglesa CSM, parceira do Flamengo, está jogando duro para assumir a gestão do Maracanã. A empresa só entrará nesse gramado se tiver garantias firmes de que não herdará qualquer dívida da atual concessionária. No limite, o clube carioca que arque com o prejuízo.
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Marketing de emboscada
16/01/2017Comunicação, às vezes, é cão que morde o próprio dono. A campanha publicitária sobre o “legado olímpico”, lançada pelo Ministério dos Esportes na semana passada, chamou mais atenção pela lambança no timing do que pelo conteúdo. Os anúncios têm dividido as páginas de jornal com seguidas matérias sobre o abandono do Maracanã – alvo de depredações e furtos – e sobre o futuro incerto das arenas da Rio 2016.
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Fator Delta
10/01/2017Os procuradores do Rio estão convictos de que o empreiteiro Fernando Cavendish pode ajudar, e muito, a desvendar uma história até hoje muito mal explicada: a repentina interdição do estádio do Engenhão, por decisão de Eduardo Paes, às vésperas da licitação do Maracanã. A Delta, de Cavendish, construiu o Engenhão.
Acervo RR
Fator Delta
10/01/2017Os procuradores do Rio estão convictos de que o empreiteiro Fernando Cavendish pode ajudar, e muito, a desvendar uma história até hoje muito mal explicada: a repentina interdição do estádio do Engenhão, por decisão de Eduardo Paes, às vésperas da licitação do Maracanã. A Delta, de Cavendish, construiu o Engenhão.
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Rio 40 graus
24/11/2016O governo do Rio vai fechar as ruas próximas à Assembleia Legislativa nos dias de votação do pacote de medidas encaminhado pelo Executivo. Os comerciantes da região já estão com a navalha na mão para cortar os pulsos.
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As lideranças dos movimentos de policiais militares e bombeiros propalam que é crescente a adesão de oficiais das duas corporações aos protestos contra o governo do Rio.
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A propósito: o deputado estadual e candidato derrotado à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, pretende falar com os policiais e bombeiros, procurando alguma mediação do pleito dessas categorias. Freixo está vendo um cavalo encilhado passar a sua frente.
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Ao citar em seu depoimento que Luiz Fernando Pezão era o responsável pela reforma do Maracanã e por outras obras no estado, Sergio Cabral está criando uma nova figura jurídica: o “vice domínio do fato”.
• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Governo do Rio.
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A dodecafonia do Rio em cinco notas
18/11/2016Periga faltar carcereiro no Rio. Os sete mil servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ameaçam paralisar suas atividades a partir da próxima semana caso o pagamento dos salários não seja regularizado. Há pelo menos três meses, os funcionários dos presídios do estado vêm trabalhando em menor número nos turnos de revezamento.
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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, pretende espremer ao máximo a Cedae. A ideia é lançar mão de uma política emergencial de distribuição de dividendos, com o repasse quase integral do lucro deste ano para o acionista controlador, o governo do Rio. No ano passado, por exemplo, do lucro de R$ 248,8 milhões, a Cedae transferiu ao estado, a título de dividendo, apenas R$ 60 milhões. Os demais R$ 168 milhões foram reinvestidos na empresa. Procurados, o governo do estado e a Cedae não quiseram se pronunciar sobre o assunto.
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Ainda que convenientemente recluso – o que de nada lhe adiantou –, Sergio Cabral vinha participando ativamente das discussões políticas em torno da grave crise no Rio. Desde o fim de outubro, por sinal, o número de encontros com o governador Pezão caiu consideravelmente à medida que a agenda com o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani, se intensificou. Os dois se falaram praticamente todos os dias. Agora, a comunicação ficará dificultada.
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Enquanto o duro pacote de medidas administrativas espera pela votação na Alerj, o governador Pezão pretende anunciar nos próximos dias a extinção de autarquias e superintendências estaduais, entre elas a Suderj, que ficou sem função após a privatização do Maracanã.
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O carioca reagiu com o habitual tom de chacota à decisão de Jorge Picciani de cercar todo o prédio da Alerj para evitar invasões de manifestantes: “Os deputados estão onde merecem: atrás das grades”.
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José Dirceu articula união das esquerdas
17/11/2016O ex-líder estudantil, ex-subversivo, ex-guerrilheiro, ex-stalinista, ex-ministro e atual presidiário, “comandante Zé Dirceu”, tem trocado valiosa correspondência com interlocutores escolhidos a dedo. São os pombos-correio do “Zé” junto ao que ele considera “agentes galvanizadores” da esquerda. Esses bons agitateurs, digamos assim, levariam, em uma pequena cartilha, uma proposta organizada para a esquerda pensar seus rumos, buscando por meio do debate das ideias consolidar bandeiras comuns e – quem sabe? – uma estratégia unificada de luta política. Dirceu prevê uma arrasadora hegemonia dos conservadores no mundo. Mas considera que os ciclos de ocupação do poder vão ser mais curtos, devido à velocidade de fadiga de material das políticas. No curto e médio prazos, a disputa se daria, portanto, entre direita e extrema-direita. O Brasil pode ser uma exceção, considera o ex-ministro.
Apesar do estrago produzido nas esquerdas com o mensalão e o petrolão, a nova coalizão partidária no poder não é carismática, não é populista, não é moralmente hígida, simplificou em demasia os problemas do país e deverá encontrar um cenário de adversidades bem pior do que previa. Só lhe restaria o autoritarismo, para o qual também não existem condições concretas. Dirceu é cético em relação aos resultados efetivos de uma discussão sobre ideias ou mesmo à formação de uma frente de partidos de esquerda ou à realização de prévias independentes. Mas acredita piamente que é hora do show. A sacada seria a instituição de versão cabocla da “Internacional Socialista”, algo como o “Fórum Brasiliano da Esquerda”. A recomendação é pensar grande, pensar no Maracanã, pensar na representação de todos os partidos (PCdoB, PT, PSOL, PSTU, PCB, PDT e – por que não? – o Rede) e seus quadros e simpatizantes de maior expressão, pensar em dias de cobertura jornalística, pensar que a sinistra reunida é muito mais sedutora do que a destra, pensar em uma das poucas iniciativas que aparentam ser capazes de atrair parcela da centro-esquerda que se rebelou com a desconstrução do PT.
Os partidos teriam mantidas suas identidades e ideias, mas seriam afinadas as bandeiras comuns, aquelas que jamais pertencerão à direita, a começar pela erradicação da pobreza e inclusão democrática das minorias. E tome de Lula, Ciro Gomes, Marina Silva, Jandira Feghali, Marcelo Freixo, João Pedro Stédile, Chico Buarque, Stepan Nercessian, Jorge Mautner, Maria da Conceição, Gregório Duvivier, Neca Setubal, Wagner Moura, Guilherme Leal, Caetano Veloso, Marieta Severo, dezenas, centenas reunidos no “frentão do bem”. Possivelmente, o megaevento teria um papel de importância na consolidação do candidato da esquerda. Seria a hora de Lula, caso não esteja preso, fazer sua autocrítica pública, e se confirmar como pule de dez da esquerda. Ou não. O show tem de continuar. O “comandante Zé” tem as motivações que estão fincadas no seu coração rubro, mas se sobrepõe o projeto de poder viver livre o restante da sua vida. Para que isso ocorra, só mesmo com um indulto presidencial. E, é claro, de um presidente de esquerda.
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Riotrilhos
11/11/2016Além de hospitais, do Maracanã e do Porto do Rio, Marcelo Crivella tem interesse na municipalização da Riotrilhos. A empresa é responsável pelo planejamento e fiscalização do transporte metroviário na cidade. O governador Pezão ficaria muito agradecido: seriam 400 servidores a menos na folha do estado. Não custa lembrar que o viceprefeito de Crivella, o engenheiro Fernando Mac Dowell foi diretor da Riotrilhos.
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Rachadura
7/11/2016O “consórcio” Fla-Flu começa a dar sinais de fissura em relação ao projeto Maracanã. Os tricolores passaram a defender a municipalização do estádio e uma parceria com a Prefeitura; os rubro-negros só entram no negócio se os clubes tiverem 100% da gestão.
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Zico e Cruyff
27/10/2016O Flamengo vem mantendo conversações com a Amsterdam Arena, responsável, entre outros empreendimentos, pela gestão do estádio do Ajax, na capital holandesa. O assunto não poderia ser outro: a concessão do Maracanã.
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Maracanã
13/10/2016Flamengo e Fluminense, que mantêm contratos com a atual concessionária do Maracanã, estão dispostos a abrir mão de qualquer indenização caso fechem um acordo para assumir o estádio. O contrato com o rubro-negro ainda tem validade por mais um ano. O caso mais complexo é do Fluminense: são 32 anos ainda por cumprir.
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Carrosel holandês
28/07/2016Candidatos à gestão do Maracanã, Flamengo e Fluminense tentam atrair a Amsterdam Arena para jogar no seu time. Sem um grande parceiro, vai ser difícil a dupla Fla-Flu encarar essa partida.
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Ardagh quer as latinhas de Steinbruch
5/07/2016A Ardagh, uma das maiores produtoras de embalagens de alumínio da Europa, surge como a solução para um antigo problema da , : a cada vez mais deficitária Metalic. O grupo sediado em Luxemburgo teria apresentado uma oferta de aproximadamente US$ 30 milhões pela fabricante de latas de aço controlada pela siderúrgica. Se dependesse apenas da vontade dos executivos da CSN, a Metalic já teria sido vendida há muito tempo. Trata-se de um ativo que não para de depreciar. Há cerca de três anos, Benjamin recusou propostas na casa dos US$ 70 milhões. Em setembro do ano passado, a norte-americana Crown ofereceu US$ 40 milhões pela Metalic. Nessa toada, chegará um dia em que a CSN terá de pagar para se livrar da controlada. A Metalic é uma espécie de “alienígena” entre os fabricantes de latas para bebidas do país. Trata-se da única empresa que utiliza o aço como matéria-prima. Totaliza apenas 4% de participação no mercado e vende praticamente para um único cliente: Tasso Jereissati. A companhia sofre com a baixíssima escala e com um custo logístico incomparavelmente superior ao da concorrência. Com apenas uma fábrica em Maracanaú, na Grande Fortaleza, não tem condições de competir com a própria Crown e a Ball /Rexam, que contam com unidades espalhadas em todo o país. Além disso, precisa arcar com o transporte do aço desde a usina da CSN em Volta Redonda até o Ceará. Nessas circunstâncias, a Metalic só faz sentido para um grupo que esteja chegando ao país e precisa montar um colar industrial, exatamente como é o caso da Ardagh. Presente em 21 países e com um faturamento global superior a US$ 8 bilhões, o grupo herdou suas duas primeiras fábricas no Brasil no início deste ano, ao comprar um pacote global de ativos da Ball/Rexam. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: CSN.
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Câmbio estraga o show do Mubadala
14/09/2015A maldição do “X” foi substituída pelo feitiço do câmbio. O dólar à beira dos R$ 4,00 abalou os planos do Mubadala Development Company para a IMM – nova versão da antiga empresa de entretenimento de Eike Batista, a IMX. Em um setor altamente indexado ao câmbio, a começar pela contratação de atrações internacionais, a conta simplesmente não fecha. Entre janeiro e agosto, os custos operacionais da IMM teriam subido quase 30% em relação ao orçamento desenhado no fim de 2014. As estimativas para o Ebitda da empresa neste ano já teriam sido cortadas em 50%. Oficialmente, a IMM nega a redução das projeções. O Mubadala sabe que o show tem de continuar, mas uma desvalorização cambial de 70% em 12 meses exige drásticas mudanças na coreografia. A primeira vítima poderá ser o contrato com o Cirque du Soleil, um dos fatores de pressão sobre a estrutura de custos da IMM. Os árabes também se perguntam se, nessas circunstâncias, é viável organizar a pré-temporada da NBA no Brasil. A empresa garante que os dois contratos serão mantidos. Desde que assumiu o controle da velha IMX, o Mubadala já mandou para escanteio alguns negócios pouco rentáveis ou deficitários, como a participação no consórcio responsável pela administração do Maracanã ou a unidade de gestão de carreira de atletas. A alta do dólar, no entanto, praticamente anulou os efeitos positivos decorrentes dessas medidas. A má performance da empresa pode, inclusive, precipitar mudanças no capital da IMM. A IMG Worldwide, dona de 20%, teria manifestado a intenção de deixar o negócio. Ao menos o assento não deve ficar vazio. A também norte-americana Raine, grupo com negócios nas áreas de eventos esportivos, jogos eletrônicos e televisão, estaria disposta a se associar à IMM.
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Mubadala rasga cada página do passado da IMX
6/03/2015Desde que o Mubadala Development Company trocou o figurino de credor pelo de acionista majoritário da IMX, a antiga estrutura da empresa está se esfarelando feito saibro. Em apenas quatro meses, o fundo árabe já se desfez da fatia de 5% no consórcio responsável pela gestão do Maracanã e desativou a área de gestão de carreira de atletas. Na IMX, já se fala que o próximo passo será a venda da participação de 20% no Rock in Rio. Do outro lado estaria a Rock City, joint venture criada entre a norte-americana SFX Entertainment e o empresário Roberto Medina. Os árabes teriam planos também de desativar o braço de consultoria, que presta serviço para outros ramos da área de entretenimento. Até lá é bem provável que a IMX já nem tenha mais esse nome. O Mubadala não vê a hora de tirar o fatídico X da identidade da companhia – a exemplo da Eneva e da combalida OGPar, outras empresas sucedâneas dos espojos de Eike Batista que renegaram suas antigas marcas. Oficialmente, a IMX nega a saída do Rock in Rio e o encerramento das atividades de consultoria. Está feito o registro. No entanto, segundo fontes próximas a empresa, é nítido o empenho dos árabes em apagar qualquer lembrança dos tempos do Império X, o que, aliás, coloca em xeque o próprio presidente da companhia, Alan Adler. O executivo tornou-se personagem próximo de Eike depois que sua antiga empresa, a Brasil Esportes & Entretenimento, foi adquirida pela IMX, em 2011. Não deixa de ser sintomático que o Mubadala tenha encerrado a divisão de gestão de carreiras, que era o xodó de Adler, seu criador. Pela ótica do Mubadala, a IMX deve se concentrar na organização de eventos próprios, como o recente e bemsucedido Rio Open, e em serviços digitais, seus negócios mais rentáveis. No entanto, mesmo com as mudanças estratégicas conduzidas pelo fundo, as reais intenções dos árabes ainda não estão muito claras mesmo para os executivos da empresa. Há momentos em que o fundo parece disposto a pedalar o crescimento da IMX. Os árabes já teriam mencionado a disposição de expandir a plataforma digital de venda de ingresso e trazer competições internacionais de esportes olímpicos. Em outras ocasiões, no entanto, o Mubadala joga um balde de água fria, revê projetos e passa a sensação de que está apenas limpando as escamas do peixe antes de colocá-lo sobre o balcão. A norte-americana IMG Worldwide, dona de 20% da IMX, é vista como forte candidata a ficar com ações dos árabes.
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Bola fora
27/11/2014A IMX, onde um dia Eike Batista já foi artilheiro, está sendo jogada para escanteio no consórcio responsável pela gestão do Maracanã.
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Arena sem uso
30/04/2014O Botafogo propôs a Amsterdam Arena, uma das maiores gestoras de arenas do mundo, uma parceria para a administração do Engenhão. Engenhão? Aquele que fechou a s vésperas da licitação do Maracanã e ninguém sabe ao certo quando será reaberto? Difícil os holandeses toparem.
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Engenhão
24/09/2013É bom o Botafogo se acostumar com o Maracanã. Segundo informações filtradas junto a Prefeitura do Rio, a polêmica reforma do Engenhão, inicialmente prevista para terminar no segundo semestre de 2014, deve sofrer um expressivo atraso e se estender até o fim de 2015. Bem, a partir daí, o problema já não será nem o Botafogo, mas o COI, que exige a entrega do estádio seis meses antes da Olimpíada. Procurada pelo RR, a Prefeitura negou atrasos no cronograma.
Acervo RR
Urubu sem teto
5/11/2012O Flamengo está suando a camisa – aquela sem patrocínio há mais de um ano – para tentar reverter a decisão do governo do Rio, que vetou a participação de clubes na licitação do Maracanã. Fontes do clube garantem haver um acordo com a Credicard, que pagaria uma pequena fortuna pelo direito de naming & rights do estádio. Vai ver, é até verdade.
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BTG Pactual
5/10/2012André Esteves pode pisar em novos gramados. O BTG Pactual estuda entrar na disputa pela gestão do novo Maracanã. O banco já teria, inclusive, escalado um time para levantar números sobre a operação. Se entrar em campo, Esteves vai encontrar do outro lado nada menos do que Eike Batista, esperando- o para a contenda.
Acervo RR
Governo do Espírito Santo se cansa de dizer amém Á BR
23/07/2012Nas últimas semanas, o presidente da BR Distribuidora, José Lima Netto, intensificou o hábito de almoçar sozinho nos restaurantes próximos a sede da empresa, no Maracanã, Zona Norte do Rio. Entre uma e outra lasca de bacalhau, um de seus pratos preferidos, tem usado os momentos de solidão para refletir sobre os crescentes problemas ao seu redor. Como se não bastasse a presença cada vez mais constante de Maria das Graças Foster a atazanar sua vida, o executivo enfrenta agora um inflamável embate com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. O motivo da discórdia é a concessionária estadual de gás, integralmente controlada pela estatal. Segundo uma fonte do próprio governo capixaba, Casagrande estuda entrar na Justiça contra a BR. A alegação é que a empresa não tem feito os investimentos previstos. Para todos os efeitos, a BR teria revisto os valores em decorrência dos cortes no planejamento estratégico da nave-mãe, a Petrobras. No governo do Espírito Santo, a justificativa não cola. A interpretação é de que a estatal tem aproveitado a dieta financeira da holding como pretexto para postergar os aportes na concessionária capixaba e, desta forma, destinar os recursos a projetos considerados como de maior prioridade. Contudo, se Casagrande bater na porta da Petrobras vai ouvir que a decisão não é dela, mas da BR. Procurada, a BR informou que os investimentos na distribuidora vêm sendo cumpridos e que mantém relação de “absoluta normalidade” com o governo capixaba. Por sua vez, o governo do Espírito Santo informou manter “excelente relacionamento com o Sistema Petrobras”. Os fatos, contudo, são caprichosos e parecem caminhar em outra direção que não a apontada pelas duas partes. De acordo com a mesma fonte, Renato Casagrande tem pressionado José Lima Neto a aceitar um redesenho da composição societária da distribuidora. O objetivo seria abrir as portas da empresa para fundos de investimento. Casagrande também tem se articulado para que o estado passe a ter uma fatia minoritária do negócio. A alegação é que a BR ergueu um muro em torno da empresa, com o intuito de afastar o estado da gestão. A concessionária capixaba é uma empresa sui generis em vários sentidos. Foi uma das últimas distribuidoras de gás a ser constituída no país. No que diz respeito a Petrobras, o negócio é uma jabuticaba. Trata-se da única empresa do setor em que a estatal detém 100% das ações. É também um caso raro em que sua participação não se dá por meio da Gaspetro, mas, sim, da BR. Na ocasião, a empresa desembarcou no projeto pelo fato de ser a responsável pelo fornecimento do gás. Parafraseando o dito popular, a concessionária é um exemplo de que empreendimento que nasce torto cresce torto.
Acervo RR
Amsterdam Arena
13/03/2012A Amsterdam Arena está na disputa para arrematar a concessão do Maracanã. Vai entrar no gramado de mãos dadas com uma empreiteira. A OAS é forte candidata.
Acervo RR
Bertin busca uma boia na Essentium
2/06/2011A construtora espanhola Essentium está negociando a compra de uma participação na divisão de infraestrutura do Bertin. As conversações envolvem até mesmo a transferência do controle. Neste caso, a família Bertin permaneceria no negócio como minoritária. A unidade de infraestrutura da companhia envolve a Cibe Rodovias, administradora de seis concessionárias em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e a Cibe Saneamento, dona da aguas de Itu. Outro ativo é a construtora Contern. A negociação é tratada dentro do Grupo Bertin como uma medida absolutamente imprescindível. A empresa precisa buscar recursos de forma emergencial para salvar suas operações em energia. Recentemente, teve de suar sangue para pagar os R$ 220 milhões referentes a s licenças das termelétricas Maracanaú (CE) e Borborema (PB) ? as duas concessões chegaram a ser cassadas pela Aneel. O Bertin tem ainda outras sete usinas em atraso e mais onze geradoras com obras ainda por iniciar. Há um crescente descrédito de que o grupo consiga levar estes projetos adiante. Controlada pelo empresário Valentín Monje Tua±on, a Essentium atua na construção civil e em concessões rodoviárias e de saneamento na Europa. A empresa elegeu o Brasil como mercado prioritário. Além das negociações com o Bertin, articula uma associação com a WTorre Engenharia.
Acervo RR
Coppel traça seu plano de voo no varejo brasileiro
8/11/2010Quase um ano após um discreto desembarque no país, a mexicana Coppel tem sobre a mesa um plano de expansão dos seus negócios no varejo brasileiro. Por ora, aquisições de redes locais e a abertura de lojas em grandes centros vão ficar em compasso de espera. A prioridade é expandir as operações no Paraná, escolhida pelos mexicanos para ser uma espécie de hub no país. Dona de duas lojas de departamento no estado, uma no capital e outra em São José dos Pinhais, a Coppel programa mais quatro inaugurações na Grande Curitiba até o fim de 2011. A primeira delas será na região conhecida como Jardim Maracanã. Os investimentos serão da ordem de R$ 100 milhões. Em recente reunião com autoridades do governo do Paraná e da Prefeitura de Curitiba, dirigentes da rede mexicana se comprometeram também a construir um centro de distribuição, orçado em aproximadamente R$ 60 milhões. Guardadas as devidas proporções, a Coppel segue estratégia similar a adotada pela sua maior concorrente no México, a Elektra. Desde que entrou no Brasil, a rede varejista controlada pelo empresário Ricardo Salinas mantém sua atuação concentrada em Pernambuco. Assim como a própria Elektra que, diga-se de passagem, até hoje não cumpriu a promessa de expansão a Coppel pretende fazer da sua operação em Curitiba apenas o ponto de partida para a abertura de lojas em outros estados. A bússola dos mexicanos aponta para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como forma de aproveitar as vantagens logísticas. Antes de migrar para outros estados, a Coppel tem pela frente o desafio de se fazer conhecer no próprio Paraná. Segunda maior rede varejista do México, com quase 800 lojas e faturamento anual superior a US$ 3 bilhões, a empresa ainda é quase uma anônima entre os consumidores paranaenses, mesmo após a abertura das duas primeiras lojas. A companhia tem adotado uma estratégia de marketing na mídia local extremamente acanhada. Além disso, ainda enfrenta um problema de identidade. Antes de vender uma geladeira ou uma televisão, os atendentes têm se preocupado em ensinar ao cliente a pronúncia correta do nome da rede varejista. Há uma inevitável confusão com a distribuidora de energia elétrica do estado, a Copel, quando, na verdade, a companhia mexicana tem sua acentuação tônica na primeira sílaba (Côppel).
Acervo RR
Vale do futuro se pinta de verde
28/09/2010Os olhos do presidente da Vale, Roger Agnelli, brilham como dois cristais de rutilo quando a palavra energia soa no seu gabinete. Ele acha que a companhia é inalcançável quando se trata de minério de ferro. E não tem dúvida quanto a liderança futura no níquel. Mas a Vale do porvir arde, queima, venta, esquenta, ilumina, tudo isso sem poluir. A estratégia da companhia é criar uma empresa de energia limpa, com uma diversidade de fontes como gás natural, biodiesel, energia eólica e até solar. Amalgamando essas frentes estaria o Instituto de Tecnologia da Vale (ITV) ? uma espécie de Massachusetts Institute of Technology em tamanho caçula. O ITV trabalha para agregar valor e reduzir cada vez mais os efeitos climáticos e nocivos ao meio ambiente. A Vale tem motivos de sobra para apostar um cacife alto no setor. A mesma China que faz a alegria no minério de ferro é a China que demandará, crescentemente, energia limpa no futuro. Não que a China vá importar sol e vento, por exemplo. Mas o Brasil pode e deve importar as empresas chinesas. A Vale já é embaixadora natural por aquelas plagas. Vai preparar o caminho para que a escolha seja natural. A lógica é oferecer mercado interno e energia boa para o país que lidera o ranking da poluição. Agnelli não estipula um prazo para que essa nova Vale seja erguida. Ela é constituída de fragmentos e juntá-los tem um tempo incerto. A empresa já tem um pé no gás natural. Tem também biodiesel. Começa a tatear na energia eólica. A energia solar virá mais a frente. O certo é que um gigante corporativo da energia limpa em parceria geoeconômica com a China teria não só um valor estratégico espetacular, como um valor de mercado assombroso. O presidente da Vale se sente orgulhoso de ter ajudado a esculpir esse monumento. Sob sua condução, a companhia fincou raízes nas áreas de petróleo e gás. Mas o objetivo principal é mesmo a exploração deste último. Hoje a empresa já usa o insumo em seu trem biocombustível flex, que utiliza a mistura de gás natural e diesel. Com o uso de gás natural nas locomotivas, a Vale vai evitar a emissão de CO2 equivalente ou superior ao que deixou de ser emitido por toda a companhia com o uso das misturas de biodiesel B2 e B3 em 2008 em caminhões, locomotivas e na geração elétrica. Na área de biodiesel, a Vale participa de um consórcio com a Biopalma da Amazônia para produzir óleo de palma, a partir de 2014. O empreendimento abrange uma área de 130 mil hectares, correspondendo a 49 mil campos de futebol da dimensão do Maracanã. É a economia da fotossíntese, fala baixinho Roger Agnelli. Segundo ele, a Vale também terá o seu pré-sal, só que limpo, limpíssimo.