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Agronegócio

Embrapa vira um importante instrumento de política externa

29/01/2024
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Os governos do Brasil e de Angola negociam um parceria para o desenvolvimento e plantio de sementes geneticamente modificadas no país africano, a começar por soja. As tratativas se dão no âmbito dos acordos de cooperação firmados entre os dois países durante a visita oficial de Lula a Luanda, em agosto do ano passado. O projeto passa diretamente pela Embrapa, com o fornecimento de tecnologia e o envio de técnicos da empresa ao país africano. Ressalte-se que a estatal já tem um papel importante nas relações entre Brasil e Angola, mais precisamente no desenvolvimento de genética avícola. Recentemente, a Embrapa enviou para Luanda um carregamento de quatro mil pintos.

#Angola #Embrapa #Política Externa

Agronegócio

Cazaquistão quer parceria com a Embrapa para a produção de soja

19/01/2024
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A Embrapa pode mostrar a qualidade do serviço que realiza em um continente bem distante do Brasil. O Governo do Cazaquistão procurou a estatal interessado em investir no cultivo de soja. A ex-República da União Soviética é grande produtora de petróleo, gás natural e urânio. Mas importa praticamente toda a soja que consome, inclusive com aquisições do cereal no Brasil.

O cultivo comercial em larga escala da soja foi uma das primeiras experiências bem sucedidas da Embrapa no Brasil. Em contato com o RR, a estatal confirmou que “foi procurada, entre os anos de 2019 e 2021,  pelo governo do Cazaquistão, que manifestou interesse em parcerias sobre vários temas: recursos naturais e mudanças climáticas; nanotecnologia e biotecnologia; automação, agricultura de precisão, tecnologia da informação; segurança zoofitossanitária; tecnologia agroindustrial e química verde; segurança dos alimentos, nutrição e saúde.”. Segundo a estatal, até o momento não foi efetivado Projeto de Cooperação Técnica específico. O acordo referente a soja pode ser o adubo que falta para uma parceria mais ampla.

#Agronegócio #Embrapa

Embrapa

Fávaro solta um balão de ensaio bem murchinho

8/01/2024
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O ministro Carlos Fávaro, em reunião com empresários agrícolas sobre o esvaziamento financeiro da Embrapa, a estatal mais eficiente do governo, prometeu estudar a abertura de capital da empresa em bolsa, desde que setor privado fosse minoritário. Não conversou com Lula certamente. O modelo proposto é quase igual ao da privatização da Eletrobras, sem a “pílula de veneno”. De bom, somente a possibilidade da Embrapa captar mais recursos para suas bem-sucedidas pesquisas. É um absurdo a estatal-modelo sofrer de nanismo orçamentário. 

#Carlos Fávaro #Embrapa #privatização

Agronegócio

Embrapa cria aplicativo de medição de emissões de carbono

12/12/2023
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De primeira: no rastro da COP 28, a Embrapa vai lançar hoje um aplicativo para a medição de estoques de carbono e emissões de gases de efeito estufa (GEE) nas plantações de erva-mate. A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Fundação Soledad. A ideia da estatal é elaborar sistemas similares para outras culturas agrícolas. A erva-mate está entre as 13 práticas mitigadoras de GEE dentro do Plano ABC+, elaborado pelo Ministério da Agricultura para estimular a adoção de sistema e processos de produção sustentável no agronegócio.

#carbono #COP 28 #Embrapa #erva-mate #Fundação Soledad

Destaque

Vai ter água para o agronegócio? Extremos climáticos levam governo a se debruçar sobre a questão

17/11/2023
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É a água, estúpido! A ficha começa a cair em setores estratégicos do governo, que têm se dedicado a estudar os impactos dos eventos climáticos extremos sobre o agronegócio. Um grupo de trabalho informal, que reúne os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e órgãos como Embrapa e Inep, vem trocando informações sobre as reservas aquíferas brasileiras e os níveis de utilização de recursos hídricos nas principais fronteiras agrícolas do país. Sobre a mesa estão também estudos relacionados à gestão sustentável da água nas maiores regiões produtoras de grãos do Brasil. Essa é a variável chave. A premissa é que o maior ou menor efeito das intempéries climáticas sobre a agropecuária nos próximos anos estará indexado, sobretudo, a um elemento: água. A capacidade do país manter seus níveis de produtividade vis-à-vis as previsões de agravamento das secas está diretamente atrelada à disponibilidade do insumo. Os estudos levam em consideração as particularidades entre as diferentes regiões agrícolas brasileiras. Há uma atenção especial em relação ao Cerrado, que tem forte contribuição hídrica para oito das 12 grandes bacias hidrográficas do país. O bioma é responsável, por exemplo, por 94% da vazão na foz do rio São Francisco.

Os números são dispersos, mas as estimativas mais recentes indicam que a agropecuária é responsável por mais de 80% do consumo de água no Brasil. Por consumo entende-se a parcela de recursos hídricos que é incorporada ao alimento e, portanto, não retorna ao meio ambiente. O agronegócio é intensivo no uso do insumo. Para produzir um quilo de carne bovina, são utilizados, em média, mais de 15 mil litros de água. Para cada quilo de soja, são necessários 1,8 mil litros.

As discussões dentro do governo têm sido alimentadas, sobretudo, pelo agravamento da instabilidade climática e suas consequências daninhas sobre o agronegócio. Só neste ano, os agricultores e pecuaristas brasileiros perderam mais de R$ 33 bilhões por conta de fenômenos meteorológicos extremos. É como se 10% do Plano Safra, um dos maiores programas de financiamento agrícola do mundo, tivessem virado poeira. Se esse recorte de tempo for ampliado para o período entre 2013 e 2022, o prejuízo bate nos R$ 287 bilhões, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A situação de momento é razoavelmente tranquilizadora, conforme alguns indicadores: a vazão da Foz do Iguaçu está dez vezes acima do normal; os reservatórios, segundo o ONS, registram o maior nível de água dos últimos 14 anos. Para não falar de uma jazida de “ouro” a ser explorada: o aquífero Guarani, maior reserva de água doce transfronteiriça do mundo. Mais de 70% da sua extensão total, de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, estão em território brasileiro, sob os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, todos grandes produtores agrícolas. O Guarani pode fornecer até 45 mil km3 de água por ano, suficiente para abastecer 500 milhões de habitantes, ou seja, dois Brasis. No entanto, ainda não se sabe ao certo que Brasil vai surgir – ou desaparecer – ali na frente. Até porque os estudos climáticos indicam que os períodos de estabilidade serão cada vez mais a exceção e não a regra. A tendência é de constantes movimentos pendulares para os extremos: ora, chuvas fortes e inundações; ora, temperatura altíssimas e secas devastadoras. No Brasil, há pesquisas inquietantes. Segundo um estudo publicado em fevereiro na revista científica Sustainability, o Cerrado pode perder 34% de seu volume de água até 2050. Trata-se de um manancial equivalente a oito rios Nilo. Por sua vez, a ANA (Agência Nacional de Águas) projeta que o consumo hídrico no Brasil crescerá 24% até 2030. No caso específico da agropecuária, a demanda por água para irrigação vai crescer 20% nos próximos sete anos.

 

LEIA AINDA HOJE: Afetados pelo El Niño, produtores de trigo pedem ajuda ao governo

#Agronegócio #ANA #Ministério da Agricultura

Política

Bolsonaro deixou suas raízes na Embrapa

6/11/2023
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A Embrapa virou um campo minado. Além do apetite do PP por cargos, conforme o RR informou mais cedo, existe uma intentona interna com o objetivo de desmontar um cluster bolsonarista na estatal. Funcionários da Embrapa cobram do Palácio do Planalto o afastamento de ocupantes de cargos comissionados indicados pela gestão Bolsonaro. A maioria são servidores da confiança do ex-presidente da Embrapa, Celso Moretti, homem de confiança de Tereza Cristina, por sua vez ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro.

#Bolsonarismo #Celso Moretti #Embrapa

Política

Arthur Lira avança sobre o solo da Embrapa

6/11/2023
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O partido de Arthur Lira se movimenta para fisgar quatro chefias das chamadas unidades descentralizadas da estatal, cujos mandatos dos antigos titulares terminaram em agosto. Entre outros atributos, os chefes dessas unidades têm uma razoável ingerência sobre o orçamento da Embrapa que chega à ponta final, leia-se em áreas de negócio ou escritórios regionais. Em tempo: o avanço do PP provoca reações interna corporis. Na Embrapa, há uma pressão dos funcionários sobre o governo no intuito de barrar indicações de nomes a ligados a partidos do Centrão. Entraram em uma briga que já está perdida.

LEIA AINDA HOJE: O “governo” Bolsonaro sobrevive nos quadros da Embrapa  

#Arthur Lira #Embrapa

Agronegócio

Brasil e China semeiam acordo bilateral para produção e exportação de milho

24/10/2023
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A estratégia da China de fazer do Brasil o seu grande supridor de alimentos agrícolas vai avançar mais alguns hectares. Os dois países negociam um acordo com o objetivo de aumentar a área de plantio de milho em terras brasileiras e consequentemente as exportações do cereal. As tratativas, conduzidas pelo Ministério da Agricultura, envolvem investimentos chineses em manejo sustentável de lavouras e pesquisas em agrociência, que poderão ser realizadas em conjunto com a Embrapa.

De acordo com a mesma fonte, companhias da China deverão participar do projeto. É o caso da Ningxia Eppen Biotech, uma das maiores empresas locais de agrobiotecnologia. Um importante passo para a parceria será dado nesta semana. O RR apurou que uma comitiva com quatro emissários do governo chinês e representantes de empresas do país asiático está no Brasil para reuniões e visitas técnicas. Hoje, o grupo terá uma agenda em Goiás.

O milho é a semente de um projeto ainda maior, que começou a ser cultivado em abril, quando da visita de Lula a Xi Jinping, em Pequim. Os chineses já sinalizaram o interesse em investir na conversão de grandes extensões de pastagens brasileiras em áreas de plantio de grãos, mediante a garantia de fornecimento de parte da produção. Trata-se de um movimento bastante engenhoso de Pequim em seu projeto de ocupação de espaços no agronegócio brasileiro.

A China não vai se limitar à importação do produto final. O país está literalmente comprando o Brasil na raiz, colocando dinheiro em agrociência, no manejo de terras e na expansão das lavouras, de onde sairão alimentos para a população chinesa.

A China tem fome de Brasil e o milho representa bem esse apetite comercial. Que o diga a balança comercial. Apenas um ano após o início dos embarques, a China já é o maior importador de milho do Brasil, deixando para trás “clientes” que há anos ocupavam as primeiras posições do ranking, como Japão, Vietnã e Coreia do Sul. Neste ano, os chineses deverão comprar algo em torno de sete milhões de toneladas do cereal. Com isso, o Brasil passou a ocupar um lugar privilegiado, deslocando países como Estados Unidos e Ucrânia, que, até o ano passado, lideravam o fornecimento de milho para o país asiático.

#Agricultura #China #Embrapa #Milho #Ministério da Agricultura

Destaque

Dragagem do Rio Paraguai é o novo ponto de tensão entre Marina Silva e o agronegócio

16/10/2023
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A ministra Marina Silva está no centro da mais nova queda de braço entre o agronegócio e o governo Lula. A bancada ruralista tem feito pressão em Brasília pela concessão da licença ambiental para a dragagem do chamado tramo sul do Rio Paraguai, um trecho de 592 quilômetros entre Corumbá e a foz do Rio Apa. Segundo o RR apurou, integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura solicitaram uma audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar do assunto.

Querem também uma reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e o Coordenador-Geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Fluviais e Pontuais Terrestre do Instituto, Regis Fontana Pinto. Os grandes produtores rurais do Centro-Oeste e companhias de navegação tratam a limpeza como fundamental para aumentar o escoamento de grãos pela Hidrovia do Paraguai. No entanto, há uma Marina Silva no meio desse rio.

No Ministério do Meio Ambiente e do Ibama há fortes restrições à obra. Aos olhos do aparelho ambiental do Estado, o projeto conduzido pelo DNIT descumpre uma série de requisitos. Segundo o RR apurou, o Ibama levantou riscos de danos à qualidade da água para o abastecimento público, notadamente às populações ribeirinhas. De acordo com informações filtradas do Ministério, um minucioso estudo assinado por cientistas da Embrapa Pantanal, ICMBio, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Panthera, organização global de conservação de felinos selvagens, aumentou ainda mais a resistência da ministra Marina Silva e de sua equipe.

Os pesquisadores apontam os potenciais impactos da dragagem para o Pantanal, com declínio nos sedimentos e nutrientes e diminuição dos habitats dos peixes, com severos efeitos sobre a subsistência e a atividade econômica da pesca na região. Um exemplo: a ruptura das termoclinas (camadas de oxigênio dissolvido), com a consequente mistura de faixas distintas da água, é uma ameaça à fauna local. Consultado pelo RR, o Ibama não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Guardadas as devidas proporções, a dragagem do Rio Paraguai virou uma espécie de “Margem Equatorial” do agronegócio para a gestão Lula, em referência à rígida posição da ministra Marina Silva. Se, no caso da Foz do Amazonas, a pressão maior vem do próprio Estado – a Petrobras -, o impasse em relação à hidrovia é mais uma zona de fricção entre o governo e um setor da economia que já é naturalmente hostil ao presidente Lula. O ciclo das secas, que vai até o início de dezembro, aumenta os decibéis das cobranças do agronegócio em Brasília. O período potencializa os prejuízos causados pelo assoreamento de diversos trechos do Rio Paraguai.

As interrupções no fluxo de navios carregados são constantes. Estima-se que seja necessária a retirada de até dois milhões de metros cúbicos de sedimentos do manancial, trabalho previsto para quase três anos. Mesmo com as condições adversas de navegabilidade, a Hidrovia do Paraguai tem sido uma rota crescente não apenas para o agro, mas também para o setor de mineração. No primeiro semestre deste ano, o transporte de grãos cresceu 258% em comparação a igual período do ano passado. No caso do minério de ferro, o aumento beirou os 60%.

#Agronegócio #Ibama #Lula #Marina Silva #Renan Filho #Rio Paraguai

Agronegócio

Embrapa se cerca de startups para afinar o monitoramento de lavouras

17/08/2023
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A Embrapa vai partir para uma forte estratégia de parcerias com agtechs. O objetivo principal é intensificar o mapeamento de lavouras em todo o Brasil. Além de guiar investimentos da própria estatal, os dados coletados serão de grande serventia também para a Conab. Servirão de subsídios para a produção das estimativas de safra. Nos últimos anos, há seguidas críticas no agronegócio à descalibragem das projeções feitas pela Conab, especialmente no segmento de café.

A Embrapa tem feito avanços significativos no uso de alta tecnologia. Ao lado da Visiona Tecnologia Espacial, da Faped (Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento) e de uma miríade de outros parceiros, atuou no desenvolvimento do nanossatélite VCUB 1. Lançado em abril pela Space X, de Elon Musk, o equipamento está em um período de testes, com o monitoramento de lavouras de milho e soja no Maranhão.

#Embrapa

Política

Rui Costa teme a “invasão” do MST em pautas do interesse do governo

2/08/2023
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é o mais incomodado no Palácio do Planalto diante da falta de compromisso do MST com a palavra dada. O combinado com o presidente do Movimento, João Pedro Stédile, é, logo a seguir, descombinado sem quer haja interlocução prévia com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira. Já chega no Palácio como fato consumado. Há uma complicação adicional. Lula tem por Stédile declarada gratidão, devido ao presidente do movimento social ter colaborado, em momentos chaves, arrefecendo as ocupações em terras. Um exemplo: na disputa eleitoral do ano passado o MST reduziu ao mínimo o ritmo das suas invasões e criou 7.000 comitês de luta e “campanha”. Quando o assunto é tratado, Lula responde no seu estilo do “pode ser que sim, mas é bom pensar melhor”. Recado de que não quer mexer no vespeiro.  

Rui Costa, contudo, sabe que o perigo cavalga a cavalo e quer agir rapidamente, devido ao risco das CPIs do MST e do 8 de Janeiro, que foram instaladas em maio e, a princípio, deveriam ser concluídas ainda julho (a CPI do 8 de Janeiro já ganhou 60 dias de prorrogação), embolarem com a PEC do arcabouço fiscal. Das emendas constitucionais de interesse imediato do governo essa é mais urgente. Precisa da aprovação do Congresso para ontem. E justamente essa que o presidente da Câmara, Arthur Lira, usa como carta na mesa para ter aprovada a minirreforma ministerial do Centrão. Devido à dificuldade na condução do problema com o MST, Costa analisa trazer reforços para que o assunto seja tratado com maior celeridade. Alguns nomes, com proximidade com Stédile, tais como Miguel Rosseto e Patrus Ananias, ambos ex-ministros nas áreas de reforma agrária e segurança alimentar, seriam convocados para adensar as conversações, isoladamente ou em grupo. Maria Fernanda Coelho também é pensada para integrar a força tarefa, mas é considerada, digamos assim, uma ministra “easy” do Desenvolvimento Agrário – ocupou o cargo em 2016, no fim do governo Dilma. Raul Jungmann, que se entrosava melhor com os sem-terra, virou lobista do Instituto Brasileiro de Mineração. De uma certa forma, está até na ponta contrária.  

E onde fica o ministro Paulo Teixeira? Ele tem entregado anéis e até os dedos para amaciar o MST, mas até agora não teve nenhuma recíproca. Teixeira diz que o governo retornará com tutta forza della macchina o programa de reforma agrária no Brasil. Criou uma Comissão de Mediação de Conflitos Fundiários, chamando uma juíza, uma defensoria pública e um delegado de política. O resultado é pífio, os membros da Comissão não têm praticamente agenda de trabalho com o ministro do Desenvolvimento Agrário e, provavelmente, nunca sequer viram alguma das autoridades do governo central. Teixeira fala, fala, fala, mas não tem tato. Afirma, ao mesmo tempo, que o “governo não vai admitir ocupações de terra fora da lei”, com a mesma ênfase que promete carinhos ao MST. Se confunde todo afirmando que “quando os movimentos souberem de alguma terra improdutiva, basta indicá-la ao Incra”. Só que o orçamento do Incra para compra de terras, neste ano, é de apenas R$ 2 milhões.  

O MST tem mandado bala. Promoveu o “Abril Vermelho”, referência ao massacre de Eldorado do Carajás (PA), fez uma invasão prolongada nas terras da empresa Suzano e ocupou até áreas da Embrapa. E tem conflitos fundiários em São Paulo, com o nome de “Marielle Vive”; em Minas Gerais, perto de Alfenas; e um pesado ataque fundiário no sul do Pará. Não custa rememorar que o MST, entre organizações, associações e cooperativas, é responsável por 30% da produção alimentar, incluindo os diversos itens agrícolas.  

A confusão é tão grande que a questão fundiária envolve 27 siglas, entre órgãos federais e instituições internacionais. Mas qual a quantitativa divergência entre o MST e o governo? Pois bem, Paulo Teixeira afirma que são 80 mil famílias à espera de assentamento. O MST, por sua vez, diz que são 100 mil famílias, das quais 30 mil, em processo de assentamento, até agora levaram um beiço do Incra. Por enquanto, o que se conclui desse enorme imbróglio é que está difícil a paz no campo, que a CPI do MST pode enrolar a aprovação do arcabouço – que não tem compromisso de prazo –, afetar a política econômica de Fernando Haddad e deixar o ministro Rui Costa arrancando os cabelos, já que parece ser o único no Palácio do Planalto que está dando maior peso a questão.

#João Pedro Stédile #MST #Rui Costa

Política externa

O mar não está para peixe nas relações entre Brasil e China

27/07/2023
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Há uma pauta cheia de escamas nas relações comerciais entre Brasil e China. Nas últimas semanas, as autoridades sanitárias chinesas passaram a fazer testes mais rigorosos e a impor novas exigências para os pescados importados de produtores brasileiros. O Ministério da Agricultura acompanha o caso com razoável dose de preocupação. Existe um receio de que o governo chinês, guardadas as devidas proporções, esteja repetindo uma tática usualmente adotada para pressionar os preços da carne bovina brasileira: criar dificuldades de ordem fitossanitária, incluindo embargos temporários às importações. Não seria a primeira vez. Em setembro de 2020, por exemplo, a China suspendeu as compras da empresa Monteiro Indústria de Pescados Ltda por uma semana, depois que um pacote de peixe congelado testou positivo para o coronavírus.  

  1. O Brasil ainda é um peixinho miúdo no mercado global da psicultura. Mas o setor tem feito crescentes investimentos, muitos deles com apoio do governo, leia-se Embrapa, para aumentar sua inserção nesse oceano global. No ano passado, as exportações chegaram a US$ 24 milhões, recorde histórico. A China representa apenas 10% desse total. Porém, o temor na Pasta da Agricultura e entre as empresas do setor é que eventuais embargos aos pescados brasileiros provoquem um efeito-dominó levando outros países a adotarem o mesmo procedimento. As atenções se concentram, sobretudo, nos Estados Unidos, que absorvem mais de 70% das exportações brasileiras.  

#China

Empresa

Movimento sindical trabalha para derrubar presidente da Embrapa

16/03/2023
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A Embrapa virou um caldeirão, apimentado por questões de ordem política e sindical. A CUT pressiona o governo a demitir o presidente da estatal, Celso Moretti. Segundo o RR apurou, a entidade já teria enviado ofícios a autoridades do governo, entre os quais o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Secretaria Geral de Governo, Marcio Macedo, com denúncias contra Moretti. A atual diretoria da Embrapa é acusada de perseguir profissionais de carreira da estatal com participação ativa no movimento sindical, entre os quais Arnaldo Santos Rodrigues. Trata-se de uma das lideranças do Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário), entidade que representa os servidores da Embrapa. Funcionário de carreira da empresa há quase três décadas, Moretti é visto por parte dos funcionários como um enclave bolsonarista no Ministério da Agricultura. Ele assumiu a presidência da Embrapa por indicação direta da então titular da Pasta, Teresa Cristina.

#CUT #Embrapa #Ministério da Agricultura #Sinpaf

Política

Sucessão na Embrapa enfrenta resistência interna corporis

2/01/2023
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Carlos Fávaro assumiu o Ministério da Agricultura tendo que administrar expectativas internas que dificilmente serão atendidas. Há uma mobilização do corpo técnico da Embrapa, vinculada à Pasta, pela permanência de Celso Moretti na presidência da estatal. Agrônomo de formação e funcionário de carreira da Embrapa, Moretti é bastante respeitado dentro da Embrapa. No entanto, as chances de Moretti seguir no cargo são reduzidas. Fávaro já sondou Silvio Crestana para voltar à presidência da Embrapa, posto que ocupou entre 2005 e 2009. Além disso, pesa também contra Moretti a sua identificação com a ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, Tereza Cristina, responsável pela sua nomeação para o comando da estatal.

#Carlos Fávaro #Embrapa #Ministério da Agricultura

Controle remoto

6/10/2022
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Prova do poder mantido pela senadora eleita Tereza Cristina no governo: nos corredores da Pasta da Agricultura a nomeação de Mara Silva Ribeiro para a diretoria de Finanças da Embrapa é atribuída à ex-ministra. Tereza Cristina tem forte influência sobre o presidente da estatal, Celso Moretti.

#Celso Moretti #Embrapa #Tereza Cristina

“Embrapa do hidrogênio” entra no radar de Lula

30/09/2022
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Empresas do setor de energia encaminharam ao comitê responsável pelo programa econômico de Lula uma proposta que visa acelerar a transformação do Brasil em uma potência da geração renovável. A ideia que circula entre os assessores do ex-presidente é a criação de uma espécie de “Embrapa do hidrogênio”. Ou seja: uma empresa pública da área de pesquisa dedicada ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de hidrogênio verde, em parceria como a iniciativa privada. Se a Embrapa surgiu em 1973, em pleno governo militar, para garantir um modelo de agricultura e pecuária “genuinamente tropical”, caberia a essa estatal criar soluções para o aproveitamento das notórias potencialidades do Brasil para o setor.   

Um exemplo: hoje existem pesquisas no país para a produção de hidrogênio verde a partir da vinhaça, um resíduo proveniente do etanol. Essa “escória” sucroalcooleira é puro ouro para o setor energético: sua composição tem 95% de água. Basicamente, o hidrogênio verde é obtido a partir da quebra das moléculas da água por meio de um processo chamado eletrólise. A eletricidade necessária para essa transformação vem de fontes renováveis, como solar e eólica. O Brasil tem sol, tem vento e tem muita cana de açúcar. A cada litro de etanol – o país produz 28 bilhões de litros do biocombustível por ano – são obtidos dez litros de vinhaça. Os estudos em torno dessa técnica vêm sendo conduzidos pela USP e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), financiado pela Fapesp e pela Shell. A existência de uma “Embrapa do hidrogênio” teria o potencial de acelerar o desenvolvimento dessa e eventualmente de outras tecnologias.  

Até o momento, Lula tem sido razoavelmente econômico nas menções aos seus planos para a área de energia. Algumas das poucas citações ao tema têm sido feitas por Mauricio Tolmasquim, que ocupou cargos no Ministério de Minas e Energia no governo do petista e é um de seus principais assessores para o setor. Sem entrar em detalhes, Tolmasquim já afirmou que os planos de Lula passam pela construção de hidrelétricas de menor porte e usinas solares e eólicas. A proposta de criação da Embrapa do “hidrogênio verde” daria uma voltagem bem maior ao plano de governo do petista. Até porque os investimentos nessa matriz energética do futuro, fundamental para a transição para uma economia de baixo carbono, ainda são incipientes perto do potencial que se enxerga para o Brasil.  

Ainda assim, alguns projetos de porte já estão no pipeline. A Unigel vai investir cerca de US$ 120 milhões em uma planta na cidade de Camaçari (BA). A AES assinou um pré-contrato com o Porto de Pecém (CE) para instalar no local um hub de produção de hidrogênio verde com capacidade de até 2 GW. A australiana Fortescue também assinou um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para investir US$ 6 bilhões em uma usina no mesmo complexo portuário. Há ainda a expectativa pela vinda de grandes fundos internacionais ESG. É o caso do VH Global Sustainable Energy Oportunities. O RR apurou que os ingleses querem se associar a projetos de hidrogênio verde no país. O VH Global, por sinal, já deu um primeiro passo em energia renovável no país: em parceria com a Paraty Energia, comprou a hidrelétrica Mascarenhas, até então pertencente à EDP.  

#Energia #Lula #Ministério de Minas e Energia #Unigel

Privatização universal

14/07/2022
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Paulo Guedes nutre um desejo para o segundo mandato de Bolsonaro: privatizar tudo, sem dó nem piedade. No pacotaço de desestatização entrariam inclusive a Embrapa e a Fiocruz. As duas instituições abririam capital e teriam parte das suas ações vendidas ao setor privado em um modelo public company, mantendo o Estado como o maior acionista individual. O Ministério da Economia informa que não recebeu demanda nesse sentido.

#Embrapa #Fiocruz #Ministério da Economia #Paulo Guedes

Produtores choram o leite derramado

5/07/2022
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Há uma crise em fermentação na pecuária leiteira. Os produtores estão cobrando do Ministério da Agricultura subsídios para evitar uma quebradeira no setor. Mesmo com o aumento do preço do leite -14% no ano -, a conta não fecha. A maior parte dos pecuaristas está operando no vermelho. De janeiro a março, as vendas para a indústria de laticínios caíram 10% em comparação a igual período em 2021. Foi a quarta queda trimestral consecutiva. Os dados, obtidos com exclusividade pelo RR, serão anunciados nesta semana pela Embrapa. Esse desempenho pressiona ainda mais os pecuaristas, já baqueados pelo aumento dos custos de produção em 62% nos últimos dois anos.

#Ministério da Agricultura

Acervo RR

Corda bamba

24/06/2022
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O presidente da Embrapa, Celso Moretti, está balançando no cargo. Não é de hoje que o Centrão cobiça sua cadeira. A diferença é que Moretti não tem mais a blindagem da ex-ministra Tereza Cristina.

#Celso Moretti #Embrapa

Enxadada na Embrapa

3/05/2022
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Informação colhida pelo RR no gabinete de um dos próceres da bancada ruralista: há uma movimentação para apear do cargo o  presidente da Embrapa, Celso Moretti, bastante próximo à ex-ministra Tereza Cristina.

#Celso Moretti #Embrapa #Tereza Cristina

Campo minado

6/04/2022
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O Centrão, mais precisamente o PP, pressiona o presidente Jair Bolsonaro para fisgar cargos no Ministério da Agricultura. Entre os postos mais cobiçados estão o comando da Embrapa e a presidência da Conab. Ressalte-se que a Pasta não tem mais a blindagem da ex-ministra Tereza Cristina, que, mesmo vindo do Congresso, brecou indicações políticas.

#Conab #Jair Bolsonaro #Ministério da Agricultura #PP

Tempos de guerra

28/03/2022
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A Embrapa vai enviar técnicos às principais regiões agrícolas do país com a missão de estudar formas de aumentar a produtividade do solo sem a necessidade de maior aplicação de fertilizantes. Em alguns casos, inclusive, as pesquisas vão contemplar a possibilidade de redução do volume de adubo por hectare.

#Embrapa

A nova fronteira do trigo

31/01/2022
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Segundo o RR apurou, a Embrapa iniciou pesquisas para a produção de trigo no Norte do país. As sementes usadas nos protótipos são originárias do Cerrado. A ministra Tereza Cristina tem pretensões de transformar a região em uma nova fronteira na produção do cereal, guardadas as devidas proporções o que o chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) representa para a soja. O desafio é reduzir o déficit de trigo no Brasil: por ano, o Brasil precisa importar cerca de quatro milhões de toneladas.

#Embrapa #Tereza Cristina

Uma boa nova para a agropecuária

6/01/2022
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Estudo da Embrapa que circula por gabinetes do Ministério da Agricultura prevê a redução da produção de suínos na Ásia em 2022, principalmente na China. O motivo são os preços em queda na região, desestimulando a criação. Com isso, as importações asiáticas devem voltar a crescer. E olha  que os frigoríficos brasileiros nem têm do que reclamar: mesmo com os soluços nas vendas para a China, as exportações de carne suína superaram a marca de US$ 2 bilhões, cerca de 20% acima do registrado em 2020.

#Embrapa #Ministério da Agricultura

Um raio-x da degradação do solo brasileiro

8/11/2021
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Segundo o RR apurou, a Embrapa vai divulgar nos próximos dias um mapeamento minucioso de áreas degradadas no país – ou seja, quando não há mais presença de matéria orgânica no solo. Uma parte do estudo foi apresentada em reuniões fechadas na COP26 na semana passada. O detalhado levantamento deverá servir como referência para programas do governo voltados à recuperação de lavouras. Trata-se da agricultura de precisão, ou seja, os dados permitirão a aplicação de fertilizantes em locais com maior capacidade de regeneração do solo.

#COP26 #Embrapa

Uma semente enterrada na Câmara

15/10/2021
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O Palácio do Planalto tem feito articulações junto à base aliada para tirar da gaveta o Projeto de Lei 5243, que cria a Embrapatec, uma subsidiária integral da Embrapa. A proposta, que dormita na Câmara há cinco anos, abriria caminho para a estatal fechar parcerias com investidores privados sem qualquer alteração do seu capital.

#Embrapa

O Brasil que dá certo

27/07/2021
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Investidores internacionais já mostraram interesse em se associar à Embrapa e à Universidade do Ceará na produção, em larga escala, do sensor desenvolvido pela dupla para detectar contaminação biológica e química de alimentos. O sistema é composto por eletrodos com nanopartículas de ouro que identificam a presença de pesticidas, toxinas, entre outros elementos.

#Embrapa

Agora vai?

2/03/2021
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O RR apurou que o projeto de buscar parceiros privados para a Embrapa voltou a ser discutido no governo. Há articulações junto à bancada ruralista para ressuscitar uma proposta sobre o assunto em tramitação no Congresso desde o governo de Dilma Rousseff.

#Embrapa

O Brasil que dá certo

1/12/2020
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A Embrapa vai anunciar nos próximos dias que conseguiu desenvolver a primeira variedade brasileira de feijão carioca resistente ao Pseudo-monas syringae pv. Phaseolicola – fungo que chega a causar perdas de até 50% de plantações. Embora não existam registros oficiais da doença em solo brasileiro, sabe-se que há algum tempo a praga ronda nossas fronteiras: ela é comum na Argentina, Peru e Venezuela.

#Embrapa

Trigo da discórdia

20/10/2020
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A decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança de discutir a possibilidade de plantio de trigo transgênico no Brasil está provocando um racha no setor. De um lado, a Embrapa, uma das maiores interessadas na autorização – a estatal já realiza pesquisas para produzir sementes geneticamente modificadas; do outro, ambientalistas e até mesmo a Associação da Indústria do Trigo, contrários ao produto transgênico.

#Embrapa

Embrapa exportação

10/07/2020
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A Embrapa está em busca de um parceiro internacional para vender no exterior o coquetel enzimático que desenvolveu e é capaz de reduzir o custo de produção de etanol de celulose em até 60%.

#Embrapa

Trabalho de campo

21/05/2020
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A Embrapa está fechando parcerias com laboratórios regionais para aumentar a produção de kits de testagem do coronavírus. Dez unidades da estatal já estão dedicadas à pandemia.

#Embrapa

Controle remoto

29/04/2020
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As mudanças na diretoria da Embrapa – antecipadas pelo RR na última sexta-feira – foram conduzidas diretamente pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O presidente da estatal, Celso Moretti, apenas assinou embaixo na nomeação de Tiago Ferreira e Adriana Martin, respectivamente para as diretorias de Gestão Institucional e de Inovação e Tecnologia.

#Embrapa #Tereza Cristina

Dança das cadeiras

24/04/2020
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Três meses após a nomeação de Celso Moretti para a presidência da Embrapa, novas mudanças na diretoria da estatal serão anunciadas nos próximos dias. Uma saída dada como certa é a da diretoria de Gestão Institucional, Lucia Gatto. O substituto deverá vir de fora da Embrapa, a exemplo do futuro diretor de Inovação e Tecnologia, cargo que está vago.

#Celso Moretti #Embrapa

Autonomia (quase) total na Embrapa

28/02/2020
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Efetivado como presidente da Embrapa, Celso Moretti recebeu carta branca da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para trocar todos os três diretores da estatal. Ou quase carta branca, a julgar pelo espaço que a bancada ruralista tem encontrado para indicar os substitutos.

#Embrapa #Tereza Cristina

Coronavírus

17/02/2020
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A Embrapa vai abrir um escritório na China. Mas só quando o coronavírus deixar.

#Embrapa

Menina super poderosa

27/12/2019
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Após emplacar Geraldo de Melo Filho no comando do Incra, a ministra Teresa Cristina deu mais uma prova do seu poder. Sua voz foi decisiva para a efetivação de Celso Moretti na presidência da Embrapa. Desta vez Teresa “derrotou” o próprio Jair Bolsonaro. Inicialmente, o nome preferido do Palácio do Planalto era o de Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Territorial.

#Teresa Cristina

O dia D da Embrapa?

26/11/2019
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, convocou a diretoria da Embrapa para uma reunião ainda nesta semana, possivelmente na quinta-feira. Deve ser o fim do mistério sobre a nomeação de um novo presidente ou a efetivação de Celso Luiz Moretti, que comanda interinamente a estatal desde julho.

#Embrapa #Tereza Cristina

Um servidor fiel ao Palácio do Planalto

20/11/2019
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Chefe da divisão Embrapa Territorial e próximo a Jair Bolsonaro, Evaristo Miranda ganhou pontos na disputa pela presidência da estatal. Já fez chegar ao Palácio do Planalto que é capaz de adequar os gastos da estatal ao mirrado orçamento de 2020, 45% inferior ao deste ano. Não por outro motivo, já é visto por outros “embrapianos” como um Calabar.

#Embrapa

O policial da Embrapa

12/11/2019
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Eumar Novacki, secretário da Casa Civil do DF, entrou na disputa pela presidência da Embrapa. Seu nome agrada bastante aos ruralistas – o que no governo Bolsonaro é quase tudo. Coronel da PM do Mato Grosso, Novacki foi secretário executivo do Ministério da Agricultura no governo Temer.

#Embrapa

“Carne de pobre”

31/10/2019
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Mais um avanço da agrociência brasileira: a Embrapa anunciará nos próximos dias que iniciou estudos para desenvolver os primeiros clones da Pereskia aculeata em todo o mundo. Trata-se da hortaliça ora-pro-nóbis. É quase um programa de Estado na área social. O vegetal é riquíssimo em proteína – não por acaso, é chamado em algumas regiões do país de “carne de pobre”.

#Embrapa

Agricultura se mobiliza para reduzir perdas bilionárias no milho

30/10/2019
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O sinal de alerta está aceso no Ministério da Agricultura. Um alerta, ressalte-se, estimado em cerca de R$ 1,7 bilhão – valor das perdas que podem ser impostas aos produtores de milho do país. Técnicos da Pasta e especialistas da Embrapa estão sendo enviados a áreas de plantio do cereal na tentativa de minimizar potenciais danos causados por condições climáticas atípicas. Há riscos de uma queda de 5% a 10% na segunda safrinha do cereal, que de safrinha não temnada. A próxima colheita deverá responder por algo em torno de 70% da produção anual de milho – as projeções originais eram de 245 milhões de toneladas. A falta de chuvas regulares, notadamente no Noroeste do Paraná e em áreas no Centro-Oeste, provocou um efeito cascata. Houve um atraso no cultivo e na colheita da última safra de soja, consequentemente retardando o plantio de milho.

#Embrapa #Ministério da Agricultura

Campo minado

29/10/2019
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Dentro da própria Embrapa, há uma forte resistência à efetivação do presidente interino, Celso Moretti, no cargo. Para os “embrapianos”, Moretti ajudou a puxar o tapete de seu antecessor, Sebastião Barbosa, demitido por Jair Bolsonaro em julho.

#Embrapa

“Apple do solo”

16/10/2019
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A ministra Teresa Cristina encomendou estudos para a venda no exterior do Smart Solos. Trata-se de um aplicativo criado pela Embrapa que transmite informações sobre o solo, a partir de imagens de satélites, mapeamento mineral e outras variáveis.

#Embrapa #Teresa Cristina

Sucessão a passos lentos na Embrapa

9/10/2019
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, não tem culpa no cartório. A sucessão na Embrapa, sem presidente há quase três meses, está parada no gabinete do próprio Jair Bolsonaro.

#Embrapa #Ministério da Agricultura #Tereza Cristina

Guerrilha cibernética na Embrapa

24/09/2019
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Robôs, algoritmos e congêneres, ao que parece, entraram na “disputa eleitoral” da Embrapa. Nos últimos dias, funcionários da estatal têm recebido por WhatsApp mensagens e matérias jornalísticas desancando teses e trabalhos de Evaristo Miranda, chefe da Embrapa Territorial, um dos braços da empresa. Curiosamente, mesmo que por vias indiretas, a guerrilha digital aponta contra o presidente Jair Bolsonaro justo no ambiente que lhe é tão confortável. Funcionário de carreira da companhia, Miranda é tido como o candidato de Bolsonaro à presidência da Embrapa. Chegou, inclusive, a colaborar com a equipe de transição tão logo o Capitão foi eleito.

#Embrapa

Campo minado

6/09/2019
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Em meio à sucessão da Embrapa, a ministra Teresa Cristina trabalha para que Francisco Basílio ganhe um assento no Conselho da estatal. Assessor especial da Pasta da Agricultura, Basílio é visto com ressalvas no Ministério. No início do ano, teve seu nome vetado para a vice-presidência de agronegócio do BB. Ele é investigado pelo MPF por suspeitas de irregularidades em um projeto do Ministério de 2014.

#Embrapa

Gestão on demand

4/09/2019
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Não será por falta de alinhamento com o governo que Celso Moretti, presidente interino da Embrapa, deixará de ser efetivado no cargo. Moretti tem dado celeridade a temas de profundo interesse da ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que estavam congelados na gestão de seu antecessor, Sebastião Barbosa. Há estudos avançados para a estatal cobrar royalties por suas pesquisas e tratativas para a montagem de um colar de startups. E o que mais Teresa Cristina quiser, Moretti providencia.

#Celso Moretti

“Paraíbas” vão à Europa em busca de recursos

2/09/2019
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O acaso não foi parceiro do recém-criado Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região. O pool enviará uma missão à Europa em novembro para uma série de encontros com organismos internacionais e fundos voltados a projetos sustentáveis. Se pudessem, no entanto, os governadores adiavam o road show.

Os “Paraíbas”(Apud Jair Bolsonaro) desembarcarão no Velho Continente sob forte tensão. Neste momento, qualquer discussão internacional sob o guarda-chuva Brasil já nasce contaminada pelo imbróglio global em torno da Amazônia. Sobretudo tratando-se do assunto e do roteiro da viagem dos governadores nordestinos. O objetivo é captar investimentos para o setor agrícola vinculados ao manejo sustentável de recursos naturais no Nordeste. O RR apurou que há reuniões engatilhadas na Alemanha e Noruega, dois dos países que mais têm levantando sua voz contra o desmatamento da Amazônia.

No caso norueguês, há ainda um agravante. O governo Bolsonaro acaba de recusar recursos do país para financiar projetos ambientais na Região Amazônica. Os rancores bilaterais estão à flor da pele. Mesmo com o risco de o “assunto maior” eclipsar o tema das conversas, os governadores do Nordeste vão à luta. Levarão na bagagem estudos recentes sobre novas fronteiras agrícolas na região, como o chamado “Sealba”, o triângulo na divisa entre Sergipe, Alagoas e Bahia. Dados da Embrapa para o cultivo de soja, por exemplo, mostram que o potencial de produtividade na  região chega a 80 sacas por hectare, acima da média nacional (56 sacas/ha).

#Consórcio Nordeste #Jair Bolsonaro

“Reforma administrativa” em pílulas

26/08/2019
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A primeira missão do futuro presidente da Embrapa será conduzir um novo plano de demissões voluntárias. O recente PDV, na gestão do ex-presidente Sebastião Barbosa, só atingiu 1,2 mil desligamentos. Segundo o RR apurou, a meta da Pasta da Agricultura é cortar três mil postos de trabalho. A Embrapa diz “desconhecer informações sobre um novo PDV”.

A Valec pode até ter escapado da extinção, mas não conseguirá se livrar de um enxugamento do quadro de servidores. O Ministério da Infraestrutura quer reduzir o contingente de 700 para 400 funcionários. As regras do PDV deverão ser anunciadas em setembro. Consultada, a Valec confirma que “realizou estudos sobre o tema e aguarda avaliação do órgão responsável”.

O próximo da fila é o Banco da Amazônia (Basa). O Ministério da Economia discute as regras para um programa de demissões no Basa, que soma cerca de três mil funcionários. O governo espera uma adesão superior à do recente PDV no Banco do Nordeste, quando apenas 268 dos sete mil servidores marcharam para a porta de saída.

#Embrapa #PDV

“Primeiro-ministro”

20/08/2019
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Os próprios funcionários da Embrapa se perguntam quem manda, de fato, na estatal: o presidente interino, Celso Moretti, ou o chefe da divisão Embrapa Territorial, Evaristo Miranda, bem próximo de Jair Bolsonaro?

#Embrapa

Embrapa entre o general e o engenheiro

15/07/2019
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Surge um contraponto à possível indicação do general Oswaldo Jesus Ferreira para a presidência da Embrapa (ver = RR edição de 4 de julho). O agronegócio trabalha pela nomeação do engenheiro Pedro Camargo, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira e ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Camargo conta com o apoio da ministra Tereza Cristina. Enquanto dois dos principais grupos de sustentação do governo – militares e agronegócio – “disputam” o comando da Embrapa, um ponto já parece definido. Jair Bolsonaro deverá indicar diretamente o novo presidente da estatal, sem repetir o rito adotado pela gestão Temer no ano passado, quando houve uma pré-seleção com 16 candidatos.

#Embrapa

O campo minado da Embrapa

5/07/2019
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Estranho, muito estranho: a reunião do Conselho de Administração da Embrapa que estava marcada para hoje, em Brasília, foi subitamente suspensa. Os conselheiros foram comunicados do cancelamento apenas ontem, coincidência ou não no mesmo dia em que o RR informou sobre a determinação do governo de trocar toda a diretoria da estatal, a começar pelo presidente, Sebastião Barbosa. A decisão, segundo a mesma fonte, seria oficializada exatamente na reunião de hoje. Se bem que, a julgar pelo estilo peculiar de Jair Bolsonaro, quem precisa de Conselho de Administração? Em mais de uma de suas demissões em praça pública, ontem, em café da manhã com parlamentares, Bolsonaro confirmou que a Embrapa terá um novo presidente nos próximos dias.

#Embrapa

Um general a caminho da Embrapa

4/07/2019
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A Embrapa deverá ser a próxima estação de desembarque dos militares no governo Bolsonaro. O general da reserva Oswaldo de Jesus Ferreira está cotado para assumir a presidência da estatal. Ferreira participou da equipe de transição de Jair Bolsonaro na área de infraestrutura e hoje comanda a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, vinculada ao Ministério da Educação. Na reunião do Conselho de Administração da Embrapa, marcada para amanhã, o governo deverá referendar a saída do presidente da estatal, Sebastião Barbosa, e também dos três diretores da empresa: Celso Moretti, Cleber Soares e Lucia Gatto. Procurada pelo RR, a Embrapa informou que o assunto deveria ser tratado com o Ministério da Agricultura. Este, por sua vez, não se pronunciou até o fechamento desta edição. O que surpreende na iminente demissão de Sebastião Barbosa é o tempo que ela demorou para ocorrer. Desde o início do mandato, ficou evidente a falta de afinidade entre a ministra Teresa Cristina e o presidente da Embrapa, ainda um legado da era Temer. Funcionário de carreira da empresa, Barbosa é visto no governo Bolsonaro como um entrave a parcerias entre a Embrapa e grupos privados.

#Embrapa #Jair Bolsonaro

Cortando o tráfico pela raiz

12/06/2019
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O acordo de cooperação entre Brasil e Paraguai para o combate ao tráfico de drogas na fronteira irá além das ações de caráter policial. O governo do presidente Mario Abdo Benítez solicitou o apoio da Embrapa a pequenos agricultores que vivem nos arredores de Pedro Juan Caballero e mantêm sua subsistência a partir do plantio de maconha. A ideia é que a estatal brasileira preste consultoria para que famílias da região aprendam técnicas de cultivo mais sofisticadas e possam, digamos assim, mudar de ramo.

#Embrapa

Ministério da Agricultura busca adubo financeiro para a Embrapa

8/05/2019
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está à caça de funding parasuprir as carências orçamentárias da Embrapa. Além das gestões junto a Paulo Guedes em busca da liberação de verbas complementares, a ministra pretende ressuscitar o Projeto de Lei 5.243, que hiberna no Legislativo desde 2016. A proposta prevê a criação e a posterior venda de parte do capital da EmbrapaTech, subsidiária voltada à comercialização de tecnologias e produtos desenvolvidos pela estatal.

A ideia seria vender até 51% do capital, de forma a atrair o interesse de grandes grupos internacionais do setor, a exemplo de Bayer e Syngenta. Ressalte-se que, apesar da eventual venda de uma posição majoritária da nova empresa, o principal ativo da Embrapa seguiria na empresa-mãe: seu banco de patentes avaliado em mais de US$ 1,5 bilhão. O Ministério da Agricultura chegou a avaliar a possibilidade de a Embrapa fechar diretamente parcerias tecnológicas com grupos privados. No entanto, a questão é controversa.

Na própria AGU há divergências se o modelo jurídico da empresa permite este tipo de negociação. A criação da EmbrapaTech equacionaria a questão, abrindo caminho para a associação com a iniciativa privada. Já haveria articulações entre a ministra Teresa Cristina e o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), Alceu Moreira (MDB-RS) para que o PL fosse votado no plenário antes do recesso parlamentar de julho. Consultado, por meio de sua assessoria, o Ministério disse “não ter essa informação.” Há três anos, o orçamento da Embrapa permanece parado na casa de R$ 3,5 bilhões. Aproximadamente 85% desse valor estão comprometidos com o custeio da estatal, notadamente salários.

#Embrapa #Tereza Cristina

Embrapa mostra o seu valor

16/04/2019
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O presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, vislumbra a divulgação dos resultados de 2018, no próximo dia 24, como um ato de campanha. A campanha, neste caso, é pelo aumento das verbas da estatal. Segundo fonte da própria empresa, a Embrapa vai divulgar que suas pesquisas resultaram em um ganho para a cadeia do agronegócio da ordem de R$ 43 bilhões no ano passado. Outro indicador importante para a advocacia de tese: de acordo com a mesma fonte, para cada real aplicado pelo governo, a Embrapa gerou o equivalente a R$ 12,16 para a sociedade.

#Embrapa

Negócios

Adubo financeiro

25/03/2019
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem se empenhado para adubar a Embrapa. As gestões junto à área econômica envolvem uma verba suplementar para garantir que a estatal ao menos cumpra o orçamento previsto para este ano, da ordem de R$ 3,5 bilhões. A Embrapa tem sofrido com seguidos cortes orçamentários, o mais recente deles, no ano passado, de 20%.

#Embrapa #Ministério da Agricultura #Tereza Cristina

Sal da terra

25/01/2019
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No governo começa a haver o entendimento de que a Embrapa e seu cobiçado banco de patentes, estimado em US$ 1 bilhão, ficariam bem mais protegidos sob o comando de um general. O problema é que o mandato de Sebastião Barbosa iniciado em outubro tem prazo de validade até 2022. Já o dos três diretores expira em junho. Portanto, para o presidente sair mais cedo, só com uma cornetada do Palácio do Planalto.

#Embrapa

Fertilizante entra no radar do governo Bolsonaro

13/12/2018
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O governo Bolsonaro quer estimular a criação de consórcios entre mineradoras e grandes grupos agrícolas para explorar reservas de potássio, cálcio e magnésio. A medida atenderia a dois objetivos: de um lado, reduzir o déficit comercial e a dependência brasileira de matéria -prima importada para a produção de fertilizantes: do outro, diminuir a concentração de preços do setor. Assessores dos ministros de Minas e Energia, Almirante Bento Leite, e da Agricultura, Tereza Cristina, iniciaram estudos para avaliar o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no Mato Grosso e na Bahia.

Praticamente todas as jazidas ficam próximas a áreas de plantio. Um amplo trabalho de zoneamento agrogeológico realizado pela Embrapa e pelo Serviço Geológico do Brasil/ CPRM foi apresentado à futura equipe da Pasta de Minas e Energia no último dia 4, em seminário fechado na sede do Ministério, em Brasília. O setor de fertilizantes é uma prioridade nacional que vai e volta há mais de quatro décadas. Já foi predominantemente de controle estatal, com a Vale e a Petrobras.

Esta última deixou o segmento, regressou e agora mesmo flerta com a porta de saída novamente. Nesse vai e vem, tudo continua como dantes. Desde a década de 90, com as privatizações no setor, o grau de concentração da indústria tem se acentuado cada vez mais. Apenas quatro empresas – Mosaic, Yara, Fertipar e Heringer – dominam 70% da produção de fertilizantes e consequentemente controlam os preços do mercado. Ao mesmo tempo, o déficit comercial do país no setor segue nas alturas. O Brasil importa 95% do potássio, 83% do nitrogênio e 60% do fosfato utilizados no mercado doméstico.

#Jair Bolsonaro #Ministério de Minas e Energia

Bancada ruralista e lobby privado duelam pela Pasta da Agricultura

31/10/2018
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O Ministério da Agricultura – dono de um orçamento de R$ 12 bilhões e por onde passam quase 24% do PIB – desponta como uma das esferas de Poder mais disputadas do governo Bolsonaro. A novidade é a entrada na arena da indústria da agrociência, que duela com a bancada ruralista pela indicação do futuro titular da Pasta. Segundo o RR apurou, grandes companhias do setor teriam feito chegar a Bolsonaro os nomes de Laércio Giampani e Rodrigo Santos.

O primeiro deixou a presidência da subsidiária brasileira da Syngenta, uma das maiores fabricantes mundiais de sementes, em julho deste ano. Santos, por sua vez, é o todo poderoso CEO da divisão de CropScience da Bayer-Monsanto na América Latina. De acordo com a fonte do RR, as indicações teriam chegado por intermédio do deputado estadual eleito Frederico D ´Avila (PSL-SP), que durante a campanha serviu de ponte entre o Capitão e empresários e grupos da cadeia do agronegócio.

A eventual escolha de um destes dois nomes seria um sinal de que o governo Bolsonaro pretende dar ênfase à agrotecnologia em suas políticas para a área da Agricultura. Em contrapartida, poderia ser encarada também como uma influência excessiva de grandes multinacionais da cadeia do agronegócio na futura gestão da Pasta. Não custa lembrar que embaixo do Ministério da Agricultura estão a Embrapa e seu cobiçado banco de patentes estimado em mais de US$ 1 bilhão – noves fora seu valor intangível.

Do lado da bancada do agronegócio, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan, que chegou a ser tido como favorito para o cargo, perdeu fôlego. De domingo para cá surgiram à mesa os nomes de Antonio Galvan, vice-presidente da Aprosoja, e do deputado Valdir Colatto (MDB-SC). Por sua vez, a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) intensificou o lobby pela escolha de Luiz Carlos Heinze, eleito para o Senado pelo Rio Grande do Sul.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Agricultura

Sucessão na Embrapa opõe funcionários e ruralistas

11/09/2018
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Cresce na Embrapa o movimento para que o futuro presidente continue pertencendo aos quadros da estatal. Se depender do corpo de funcionários, o vencedor já tem um nome: Cléber Soares, atual diretor de Inovação e Tecnologia. Soares terá que disputar mais dois indicados, escolhidos em uma lista de doze candidatos. O temor dos funcionários é o filtro final dos concorrentes, que passarão pelo crivo da Casa Civil. A seleção pode ter outras motivações além do critério técnico. A bancada ruralista no Congresso faz pressão pela escolha de Francisco Graziano, ex-chefe de gabinete de Fernando Henrique Cardoso em seu primeiro mandato. Um exemplo de como o Palácio do Planalto é mais cioso dos cargos estatais e do que da democracia nas corporações públicas foi a eleição da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Mesmo tendo sido aclamada, Nísia sofreu forte resistência de Moreira Franco e cia. Chegou a ser submetida a uma sabatina no Palácio do Planalto, no melhor estilo dos ameaçadores inquéritos aplicados pelo prefeito para Congregação da Doutrina da Fé – sucessora da Ordem do Santo Ofício – cardeal Joseph Ratzinger, que viria a ser, posteriormente, o doce e suave papa Bento XVI. Moreira não faz por menos, intimida para valer. Os legionários da Embrapa – assim como a Fiocruz, um modelo de excelência entre as empresas estatais – estão pronto para repetir o movimento de resistência, caso seja necessário.

#Embrapa

Cartas marcadas na Embrapa

15/08/2018
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A sucessão na presidência da Embrapa deverá mostrar, mais uma vez, a permeabilidade da Lei das Estatais. À luz do sol, a companhia está seguindo a liturgia, com a abertura do processo seletivo interno, no qual qualquer funcionário poderá se inscrever. Na penumbra da noite, no entanto, o ministro Blairo Maggi e o deputado Luiz Carlos Heinze, líder da bancada ruralista, já discutem a escolha de um nome do agrado do agronegócio. O atual presidente, Mauricio Lopes, deixa o cargo em outubro.

#Blairo Maggi #Embrapa

Maggi aduba uma proposta de privatização “transgênica” para a Embrapa

30/07/2018
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e a bancada ruralista se articulam com o objetivo de acelerar a votação do projeto de lei no 5243/2016, que prevê a criação da EmbrapaTec, subsidiária da Embrapa. Mas não exatamente a mesma proposta que hiberna no Congresso há dois anos. A semente que estaria sendo cultivada neste momento no solo fértil do Legislativo é um “projeto transgênico”. A mudança viria com a inclusão de uma emenda propondo a transferência de algumas das funções e ativos da empresa-mãe para a EmbrapaTec.

Originalmente concebida para ser um braço de comercialização da estatal e um istmo societário que permitiria acordos com grupos privados, a subsidiária ganharia uma dimensão ainda maior. Congressistas mais ousados falam até na possibilidade de migração para a nova empresa do banco genético da Embrapa, um de seus maiores patrimônios. Na prática, a manobra permitiria que, ao se associar à EmbrapaTec, um grande grupo internacional tivesse o bilhete para acessar o Fort Knox das pesquisas e projetos de melhoramento genético da estatal. Esse acervo da última fronteira da agrociência nacional é estimado em mais de US$ 1 bilhão, fora o seu valor intangível.

Procurada, a Embrapa nega esta possibilidade e afirma que “o projeto de lei tem como objetivo criar uma subsidiária que vai permitir mais agilidade comercial sem ferir princípios e compromissos de uma empresa pública”. Está feito o registro. No entanto, faltou combinar com os próprios funcionários. Nos corredores da própria estatal, o assunto está na ordem do dia. Sindicatos de trabalhadores da Embrapa se mobilizam contra o projeto da EmbrapaTec. Ao mesmo tempo, há internamente uma onda de insatisfação com a gestão de Mauricio Lopes, presidente da estatal.

Aos olhos do corpo técnico da empresa, Lopes se “politizou” em demasia, aproximou-se demais do ministro Blairo Maggi – Lopes, inclusive, esteve cotado para substituí-lo caso Maggi deixasse o cargo para disputar as eleições. As próprias medidas que vêm sendo adotadas pela atual diretoria são interpretadas como uma arrumação da casa para esvaziar a Embrapa e alinhar o terreno para a criação de uma EmprapaTec “geneticamente modificada”. Recentemente, a estatal reduziu suas áreas administrativas de 17 para seis e cortou quatro centros de pesquisa. Há ainda discussões em torno de um plano de demissões voluntárias. Aguardam-se as sementes dos próximos capítulos.

#Blairo Maggi #Embrapatec #Ministério da Agricultura

Cotado

24/01/2018
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O presidente da Embrapa, Mauricio Lopes, está cotado para assumir o Ministério do Meio Ambiente no lugar d Sarney Filho, que deixará o cargo em abril para concorrer ao Senado.

#Embrapa

Privatização será a agenda do próximo quadriênio

18/01/2018
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Não é possível dizer com absoluta certeza que as estatais têm um encontro marcado com a privatização no quadriênio 2019/2022, mas essa probabilidade é enorme. À exceção óbvia de Lula, que tem como bandeira a preservação do status quo das grandes empresas do Estado, os demais candidatos à Presidência ou defendem a desestatização abertamente ou se mostram ao menos sensíveis à medida. A julgar pelas suas próprias declarações ou de seus assessores, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e Embrapa, só para citar as mais votadas, se tornarão public company ou serão simplesmente transferidas para o setor privado.

O ambiente político, segundo o discurso desses candidatos, estaria maduro para a privatização dos ícones do Estado. O exemplo da Eletrobras é convincente. Não houve nenhuma reação à medida além dos entraves de praxe na burocracia e na área jurídica. O candidato Jair Bolsonaro já afirmou que privatizaria a Petrobras, para início de conversa. Seu virtual ministro da Fazenda, Paulo Guedes, teria vendido todos os ativos da União há meio século. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, o “Chuchu”, é mais cauteloso; murista conforme a tradição tucana. Mas seus assessores econômicos Marcos Lisboa, Roberto Gianetti e José Roberto Mendonça de Barros não deixam dúvida sobre suas convicções privatistas. Mesmo que alguma parte do estoque seja preservada.

Se Luciano Huck vier candidato, a desestatização já é dada como certa. Seu inconteste futuro ministro da Fazenda, Armínio Fraga, está rouco de defender a medida. Igualmente enfático é o principal assessor de João Amoedo, candidato do Partido Novo, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que namora uma candidatura pelo PSB, não tem dúvidas: “Tem que privatizar”. Ele enxerga na medida uma forma de coibir as práticas ilícitas que grassam no Estado. Marina não fala sobre o assunto, aliás, pouco fala sobre qualquer coisa. Mas seu vistoso assessor da área econômica, Eduardo Gianetti, está no time da privatização. Henrique Meirelles – o pré-candidato “dois em um”, que traz a tiracolo ele próprio como seu Ministro da Fazenda – já disse que a privatização é uma “agenda nacional” e “ainda tem muita a coisa a vir nesta área”. Sobra quem? Ciro Gomes, que oscila entre meter o pau nas estatais e afirmar que elas são fundamentais para alavancar o  projeto de desenvolvimento nacional.

Digamos que Ciro pouparia a Petrobras. Para o mal ou para o bem, o mercado já está valorando as estatais. A consultoria estrangeira Roland Berger estima que está entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões o preço de 168 estatais e 109 subsidiárias da União. Há razões ideológicas e até fetichistas na pulsão de venda ou destruição das estatais. Mas a verdade é que ela explicita o desespero em relação ao trade off entre as demandas legítimas da democracia – e suas despesas respectivas – e a incapacidade de cortar os gastos até o osso, atendendo ao mesmo tempo à exigência de crescimento com justiça social. É um enrosco e tanto a banalização do ajuste fiscal, quer seja pelos argumentos de direita ou de esquerda.

#Banco do Brasil #Eletrobras #Lula #Petrobras

Embrapa na mira dos chineses

15/12/2017
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Há uma ofensiva sincronizada das grandes fabricantes chinesas de sementes no Brasil. Se, de um lado, a Citic Group comprou os ativos da Dow Chemical no país, do outro a ChemChina e a Hunan Xindaxin sobrevoam a Embrapa. Os dois grupos já fizeram chegar ao Ministério da Agricultura o interesse em se associar à estatal. O caminho passa obrigatoriamente pelo Congresso Nacional, onde tramita o projeto de lei que prevê a criação da EmbrapaTec, um istmo societário que permitirá à estatal se unir a companhias privadas sem a necessidade de abrir seu capital. Montar uma posição no Brasil seria uma importante etapa no projeto de expansão global das majors chinesas da área de agrociência. Um dos movimentos mais agudos foi feito pela própria ChemChina, que comprou o controle mundial da Syngenta.

#Citic Group #Embrapa

O dilema da Embrapa

7/12/2017
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O Plano de Demissões Voluntárias que se encontra em gestação na Embrapa é motivo de apreensão entre os funcionários da estatal. Nem tanto pela expectativa de que 20% do quadro de funcionários deixem a empresa, mas, sim, pelo temor de que a promessa de um posterior concurso público para a reposição dos cargos fique no papel.

#Embrapa

Safra de startups

3/11/2017
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A Embrapa está semeando parcerias com startups internacionais. Os acordos sobre a mesa vão da criação de tecnologias para a produção agrícola ao desenvolvimento de sementes. De certa forma, serve como um estepe diante da longa demora do Congresso em aprovar a implantação da Embrapatec, braço que permitiria à Embrapa fechar associações com grupos privados do setor.

#Embrapa #Embrapatec

Bunge prepara o bote sobre a Embrapa

24/10/2017
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A gigantesca Bunge está usando todos seus tentáculos para convencer o governo a vender uma participação minoritária na Embrapa. A multi-nacional queria, é claro, ser controladora. Mas o “não” é tido como definitivo. Uma fonte do RR próxima à Secretaria Especial do PPI informa que a preferência é pela abertura do capital da Embrapa, com a manutenção do controle em mãos da União. Mas esse filme parece velho e rançoso.

#Bunge #Embrapa

Dança das cadeiras

19/10/2017
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Tem deputado forte da bancada ruralista querendo a cadeira do presidente da Embrapa, Mauricio Lopes. Como o Planalto não anda negando pedido de aliado…

#Bancada Ruralista #Embrapa

A nova colheita de Blairo Maggi

12/09/2017
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, articula-se com a base aliada para que o projeto de lei 5243/2016, que autoriza a criação a Embrapa Tech e a associação da empresa com grupos privados, seja votado no Congresso ainda neste mês. Maggi tem tratado da questão especialmente com os líderes da bancada ruralista, como os deputados Nilson Letão (PSDB-MT) e Luiz Carlos (PP-RS). O governo conta com o voto em peso da frente parlamentar agrícola. A criação do chamado “braço privado” da Embrapa ganhou uma dimensão ainda maior por conta da estiagem orçamentária da estatal. Somente neste ano, o contingenciamento comeu quase 30% das verbas.

#Blairo Maggi #Embrapa Tech

Caixa Econômica é a estatal mais “privatizável”, dizem assinantes do RR

6/09/2017
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A Caixa Econômica Federal é a primeira da fila entre as grandes estatais que deveriam ser imediatamente privatizadas, segundo enquete realizada pelo RR junto a uma parcela dos seus assinantes. A amostragem atingiu 269 nomes, distribuídos entre empresários, executivos, advogados, parlamentares, militares e dirigentes de variadas entidades de classe. Foram escolhidas as quatro estatais que não constam de qualquer programa de privatização e são consideradas as mais cobiçadas pelo mercado.

Os assinantes receberam um breve questionário com as seguintes perguntas: “Que estatal deveria ser imediatamente privatizada?”; “De acordo com sua resposta, qual o principal motivo para a privatização?”; “Que empresa teria mercado comprador mais fácil?” A sondagem foi feita no modelo de respostas fechadas – cabe enfatizar que a Eletrobras não foi incluída na relação, uma vez que sua venda já foi anunciada pelo governo. A CEF despontou com 41% das preferências, seguida da Embrapa, 26%; Petrobras, 24%; e Banco do Brasil, 9%. O principal motivo apontado pelos assinantes do RR para a privatização da CEF foi o fisiologismo, com 38% – ou seja, aos olhos dos entrevistados, o banco tem sido um “cabide de emprego”.

A geração de caixa para o governo surgiu a seguir, com 20%. Logo depois, vieram ganhos de eficiência, 12%; e aumento de competitividade (8%). A corrupção foi votada por 5%. Na opção “outros”, quando o entrevistado pode citar um fator não apresentado nas respostas, chamou a atenção o expressivo número dos que indicaram a superposição de funções como razão para a venda da Caixa (12%). Ressalte-se ainda o índice residual de 3% que mencionaram a irrelevância estratégica da instituição.

No caso do BB, o quesito “ganhos de eficiência” foi o mais votado, com 52%. O item “geração de caixa para o governo” foi apontado como a razão maior por 18%. O aumento de competitividade somou 11%. Ressalte-se que o fisiologismo recebeu só 9% dos votos, um número muito inferior ao atribuído à Caixa. A corrupção teve 4%. Curiosamente, 2% dos entrevistados descartaram a privatização do banco, sugerindo, no item “outros”, a fusão do BB com a CEF.

Na Embrapa, considerada uma das joias do setor público, o motivo disparado para sua privatização foram os ganhos de eficiência, com 85% das respostas. A concentração nesse quesito é tamanha que os entrevistados parecem ignorar o fato da empresa ser um case de eficiência mundial – ou consideram que, mesmo sendo referência, a Embrapa poderia ser muito melhor caso estivesse sob controle privado. Um dado chama a atenção: juntos, fisiologismo e corrupção não somaram 1%.

No caso da Petrobras, para 41% dos entrevistados, a razão para uma venda imediata também seriam os ganhos de eficiência, livrando a estatal da burocracia e demais amarras do Estado. Em segundo lugar, ficou a corrupção, com 23% – certamente um reflexo dos fatos recentes. O critério do aumento de competitividade foi indicado por 12%. Ao contrário do esperado, o item venda imediata da Petrobras visando geração de caixa para o Estado somente foi assinalado por 7% dos consultados. Provavelmente, os assinantes consideram que o momento não é o melhor para a privatização, estando a empresa em processo de reestruturação e seu valor de mercado bem abaixo dos preços históricos.

O fisiologismo teve 6% das indicações. Quando consultados sobre que empresa teria mercado comprador mais fácil, a Embrapa surgiu como o bombom da enquete, com 34% de interesse na aquisição, seguida da Petrobras (29%). Depois aparecem Caixa (21%) e BB (15%). A fusão BB e CEF surge novamente nessa questão, com 1% dos consultados sugerindo que um banco resultante das duas estatais teria o maior mercado comprador entre todos os demais. Faltaria combinar a junção com o Cade, o que parece uma hipótese fora de consideração.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Embrapa #Petrobras

Embrapa se vira para escapar da entressafra orçamentária

17/07/2017
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A Embrapa é um dos raros exemplos de estatal em que o funcionalismo público gostaria de ser privado. A empresa tem feito o possível e o impossível para preservar seus principais projetos e até mesmo manter suas atividades de rotina. Está difícil fechar a conta com tamanha estiagem orçamentária. A dotação prevista neste ano é de R$ 3,370 bilhões.

No entanto, a Embrapa sofreu um contingenciamento de 27,48% sobre o orçamento das despesas discricionárias, número confirmado pela própria estatal. As cifras não cobrem, nem de longe, os gastos totais estimados para 2017, da ordem de R$ 3,6 bilhões. Segundo o RR apurou, o presidente da companhia, Mauricio Lopes, tem feito seguidas gestões junto ao ministro Blairo Maggi na tentativa de recuperar parte dos recursos ceifados com o contingenciamento de verbas.

Consultada, a estatal confirma as tratativas com o Ministério da Agricultura no sentido de buscar uma “possível recomposição orçamentária”. Diz ainda que tem procurado “outras formas de financiamento externo”. Uma parte dos problemas da Embrapa estaria equacionada se o Congresso ajudasse. A criação da EmbrapaTec é vista como fundamental, não apenas pelo aspecto financeiro, mas também tecnológico.

A nova subsidiária permitirá à estatal ter um braço para a comercialização de seus produtos e serviços, além de abrir caminho para parcerias com grandes multinacionais da área de agrociência. No entanto, o projeto de lei 5243/2016 caminha a passos de quelônio na Câmara dos Deputados. Havia a expectativa de que, na última quarta-feira, dia 12 de julho, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Serviços aprovasse a proposta. No entanto, o assunto foi retirado de pauta por conta do requerimento do deputado Helder Salomão, solicitando a realização de audiência para debater o projeto.

Como quase sempre, o timing dos parlamentares não bate com o do mundo real. Nos últimos dois anos, a Embrapa teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 900 milhões. O RR apurou que as perdas projetadas para este ano já superam os R$ 300 milhões. A empresa não confirma este número, mas ressalta que seu objetivo não é “dar lucro financeiro”. A direção da estatal prefere destacar outros indicadores que refletem melhor sua importância. No ano passado, a Embrapa ofereceu ao país um lucro social de R$ 34 bilhões, “com base nos impactos econômicos de uma amostra de 117 tecnologias e 200 cultivares desenvolvidos pela empresa e por seus parceiros”, responsáveis pela geração de mais de 43 mil postos de trabalho.

#Blairo Maggi #Embrapa

Embrapa na berlinda

25/04/2017
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O prejuízo de R$ 490 milhões da Embrapa em 2016 fez renascer no Ministério da Agricultura a discussão sobre a venda de parte da estatal.

#Embrapa

Nova semente

4/04/2017
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Blairo Maggi tem se empenhado pessoalmente para que o Congresso aprove até junho o projeto que cria a Embrapatec. Bayer, Syngenta e outros grupos que pretendem se associar ao futuro braço comercial da Embrapa agradecem.

#Bayer #Blairo Maggi #Embrapatec #Syngenta

Insaciável

9/03/2017
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O pantagruélico deputado Jovair Arantes está tentando abocanhar mais um cargo do governo, agora na diretoria da Embrapa.

Blairo Maggi passa a enxada na direção da Embrapa

26/01/2017
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O governo Michel Temer parece disposto a finalmente acabar com rincões da Era Dilma que ainda perduram nas estatais. Após defenestrar o quase eterno Jorge Samek do comando de Itaipu, o alvo agora é a diretoria da Embrapa, a começar pelo presidente, Mauricio Lopes, no cargo desde 2012. A tarefa está nas mãos do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que já negocia com líderes da bancada ruralista nomes para a estatal.

Consultado, o Ministério da Agricultura diz “não ter informações” sobre mudanças na Embrapa. No que dependesse de Blairo Maggi, a direção da Embrapa já teria sido arrancada pela raiz há tempos. O ministro identifica a atual gestão como um foco de resistência à proposta de venda de 51% da Embrapatec, subsidiária que está sendo criada para concentrar a comercialização de biotecnologias desenvolvidas pela empresa.

Maggi chamou a operação para si e quer concluí-la neste ano – ele negocia com a base aliada para que o Projeto de Lei no 5.243/16, que institui a subsidiária, seja votado com celeridade. A proposta andou a passos de quelônio nos últimos meses do governo Dilma Rousseff. Praticamente toda a diretoria da Embrapa remonta à Era Dilma.

Mauricio Lopes é bastante identificado com a ex-ministra da Agricultura, Katia Abreu. Já a diretora de Administração e Finanças, Vania Castiglioni, é ligada à senadora Gleisi Hoffmann. Vania, inclusive, chegou a ser investigada pela Controladoria-Geral da União por supostas irregularidades na criação da Embrapa Internacional, nos Estados Unidos. O projeto, que acabou não indo adiante, teria sido conduzido sem aprovação do Conselho de Administração da estatal. Por sua vez, o diretor de Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, saiu do PT do Rio Grande do Sul.

#Blairo Maggi #Embrapa #Itaipu Binacional #Michel Temer

Blairo Maggi veste o figurino de vendedor da Embrapatec

20/07/2016
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 Entre os “produtos” agropecuários brasileiros que o ministro Blairo Maggi pretende vender em seu tour pelo exterior, previsto para os meses de julho e agosto, há um em especial: a Embrapatec, a futura subsidiária da Embrapa voltada à comercialização de biotecnologias desenvolvidas pela estatal. A missão de Maggi é atrair grandes grupos internacionais da área de agrociência para se associar à nova empresa. Na mira, grupos como Bayer, Basf e a suíça Syngenta. O governo ainda estuda o melhor modelo para o acasalamento entre a Embrapatec e o capital privado, mas, a princípio, a intenção é oferecer ao mercado uma participação superior a 51%. Até porque esta é uma das premissas para a criação da subsidiária: permitir a “privatização” da Embrapa, por meio do seu braço comercial, sem que seja necessária a privatização da Embrapa.  O ministro Blairo Maggi tem se empenhado pessoalmente para acelerar a votação do projeto de lei que autoriza a criação da Embrapatec, encaminhado ao Congresso no último mês de maio, ainda no governo de Dilma Rousseff. Maggi articula com os líderes da bancada ruralista, em especial o deputado gaúcho Luiz Carlos Heinze, a tramitação da proposta em caráter de urgência urgentíssima. Para o governo, o grande ganho não virá da privatização em si da Embrapatec, mas, sim, da expectativa de que a própria Embrapa dependa cada vez menos do orçamento federal. Estima-se que a abertura da subsidiária e a montagem de uma estrutura comercial no exterior sejam capazes, já no primeiro ano, de triplicar o faturamento da estatal com a venda de tecnologias. Hoje, a Embrapa tem uma receita própria de apenas R$ 120 milhões por ano, que não cobre sequer 5% do seu orçamento, em torno de R$ 3 bilhões.

#Agronegócio #Basf #Bayer #Blairo Maggi #Embrapa #Embrapatec #Maggi #Syngenta

Galho seco

10/03/2016
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 Mais uma notícia negativa para a Embrapa, que convive com seguidos cortes de verba. Dilma Rousseff determinou que a ministra Kátia Abreu congele a inclusão na nova lei agrícola de aumentos anuais do orçamento da estatal. A medida era prioridade da ministra da Agricultura.

#Agronegócio #Dilma Rousseff #Embrapa #Katia Abreu

Katia Abreu arranca a Embrapatec pela raiz

6/11/2015
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 Katia Abreu não admite mais rodeios: custe o que custar, a Embrapatec, braço de participações da Embrapa, vai sair do papel no início de 2016. A ministra da Agricultura identificou que o maior entrave ao projeto, que se arrasta há dois anos, está dentro da própria companhia. Caberá ao presidente da estatal, Mauricio Lopes, desarticular os feudos de resistência à iniciativa. Para cumprir a missão, terá de começar por ele próprio, que, na visão de Katia Abreu, jamais teria movido uma palha para consumar a criação da subsidiária. E, assim como ele, haveria muitos dentro da estatal, da diretoria à área técnica, “embrapianos” de carteirinha que enxergam na Embrapatec uma espécie de privatização camuflada da empresa de biotecnologia.  A Embrapatec é um estepe para a frustrada proposta de abertura de capital da Embrapa. A subsidiária de participações terá a prerrogativa de se associar a grandes grupos internacionais para desenvolver um determinado projeto. O projeto é flexível e permite que a estatal tenha participações minoritárias em joint ventures. É justamente aí que reside a maior bronca entre o corpo técnico da companhia.

#Embrapa #Embrapatec

Embrapa sofre com a falta de irrigação

23/09/2015
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 Nem mesmo a proximidade entre a ministra da Agricultura, Katia Abreu, e a presidente Dilma Rousseff tem sido suficiente para amortecer o impacto do ajuste fiscal sobre a Embrapa. Um dos maiores centros de inovação do país, a estatal foi atingida em cheio pelos cortes no orçamento federal. A crise nas contas públicas já ceifou mais de 30% das verbas previstas para este ano, da ordem de R$ 3 bilhões. Para 2016, o ancinho vai cavar ainda mais fundo: o orçamento da Embrapa deve ficar abaixo de R$ 1,5 bilhão.  A aridez financeira já resseca alguns dos principais planos da Embrapa. O projeto de montar centros de pesquisa e representações no exterior se transformou numa semente plantada no cimento. O Centro de Estudos Estratégicos e Capacitação em Agricultura Tropical (Cecat), desenvolvido no governo Lula com o objetivo de capacitar profissionais da área de agrociência, murchou. Os investimentos na distribuição e comercialização da Cultivance, soja transgênica desenvolvida com a Basf, também estão sob risco. Na Embrapa, já se fala até mesmo na interrupção de outras parcerias com multinacionais, como Dow e Syngenta.

#Agronegócio #Basf #Embrapa #Katia Abreu #Syngenta

A abertura de capital da Embrapa

13/08/2015
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A abertura de capital da Embrapa voltou à pauta no governo. O assunto é conduzido pelos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Agricultura, Katia Abreu.

#Embrapa

Semente da discórdia germina na Embrapa

8/04/2015
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Mais uma da série “Com uma coalizão como essa, quem precisa de oposição?” No momento em que a relação entre os dois grandes partidos da base aliada vive seu período de maior tensão, a peemedebista Katia Abreu decidiu cutucar uma colmeia de abelhas africanas. A ministra da Agricultura articula um troca-troca na diretoria da Embrapa que poderá reduzir consideravelmente o poder de influência do PT sobre a estatal. Os dois principais alvos são a diretora de Administração e Finanças, Vania Beatriz Castiglioni, e o diretor de Transferência e Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior. Procurada, a Embrapa disse “desconhecer as informações” e garantiu que os dois executivos “estão trabalhando normalmente”. O fato é que Katia Abreu mira exatamente nos dois dirigentes da estatal com raízes fincadas no PT. Stumpf foi indicado por parlamentares do partido no Sul do país, notadamente o deputado federal gaúcho Ronaldo Zulke. Já Vania Beatriz chegou a  diretoria da Embrapa graças a um sopro do PT do Paraná, mais precisamente de Londrina, cujo maior expoente é o ex-deputado federal André Vargas, cassado no fim de 2014.

#Katia Abreu #PT

Sob a bênção e a inspiração de Ignácio Rangel

2/04/2015
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Essa fica na cota de um economista carioca próximo da equipe econômica, mas que mantém discrição em relação a esta intimidade: o governo precisa temperar o ajuste fiscal com um pacote de desmobilização de ativos públicos. A medida tem pelo menos dois bons motivos. O primeiro, mais prosaico, é que a desmobilização ajudaria no alcance da meta fiscal. Com o reforço das verbas decorrentes da alienação patrimonial, o target poderia – quem sabe? – ser superado, glória das glórias. O segundo motivo seria de caráter psicológico. A demonstração de que o governo não está somente disposto a fazer o corte linear de despesas – o chamado corte “burro”, que acaba atingindo mais os investimentos, devido a  proteção constitucional de alguns custos e engessamento de outros – seria uma sinalização e tanto. O ajuste fiscal levaria em conta a privatização e a venda de ativos da União. Muito já foi dito sobre essas joias da coroa: ações da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Embrapa, algum percentual da carteira do BNDESPar, direitos minerais, usinas nucleares, investimentos imobiliários. Nos exemplos mais agudos de risco político, seria garantido o controle nacional, quer seja através da manutenção de 51% do capital, quer seja pelo uso da experiência bem-sucedida da golden share. Uma questão que surge é o tempo exíguo para que se monte uma operação dessa magnitude. Sim, o tempo é justo, o que só valorizaria a disposição do governo em fazer um ajuste metade sangrento, metade cicatrizante, com um fortíssimo apelo na formação de expectativas favoráveis. Caberia a  Fazenda e ao Planejamento montar forças- tarefas para a precificação e desenho do modelo de alienação dos ativos. Pode ser que não haja mais uma sumidade como José Luiz Bulhões de Pedreira disponível na praça, mas tem muita gente boa que daria conta do desafio. O tal espírito animal seria desperto, os investimentos cresceriam, o ajuste fiscal ocorreria de forma menos áspera, as empresas se beneficiariam de um entrelaçamento maior com o setor privado e Levy sairia consagrado. Há muito de idealização nessa proposta e suas conclusões. Mas o autor garante que ela teria de estar na mesa de discussões do governo. Afinal, novidade é a mercadoria mais escassa da nossa política econômica.

Acervo RR

Arame farpado

23/03/2015
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O santo da ministra da Agricultura, Katia Abreu, não anda batendo com o do presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes. Se depender da torcida canarinho, Lopes ganha essa partida de goleada.

Arame farpado

23/03/2015
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O santo da ministra da Agricultura, Katia Abreu, não anda batendo com o do presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes. Se depender da torcida canarinho, Lopes ganha essa partida de goleada.

Cada um na sua

9/03/2015
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 A parceria entre a Embrapa e a Basf para a produção da soja Cultivance está sob risco. A companhia brasileira quer participar não apenas do desenvolvimento, mas também da venda da semente. A Basf, por sua vez, acha que a Embrapa sabe tudo de laboratório, mas não entende nada de balcão. Oficialmente, as duas empresas garantem, em coro, que “não houve mudanças na parceria”.

#Basf #Embrapa

Á€° atribuída a Jorge Paulo Lemann

26/12/2014
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É atribuída a Jorge Paulo Lemann uma ideia que está bombando em Brasília: a criação de uma “Embrapa da indústria”. Como se sabe, o Brasil é um dos lanterninhas em registro de patentes.

Terra dividida

16/12/2014
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A Embrapa tornou-se um campo minado, por conta das crescentes rusgas entre seu presidente, Maurício Lopes, e o restante da diretoria. O estremecimento tem raízes político-partidárias. Não é de hoje que Lopes, funcionário de carreira da estatal, vem se estranhando com os diretores de finanças, Vania Castiglioni, e de Transferência e Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, ambos indicações do PT.

IPO da Embrapa ressurge do fundo da terra

24/11/2014
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 O governo pretende desencavar um projeto que já criou raízes profundas no Congresso: o IPO da Embrapa. O assunto volta a  tona com novas nuances. A abertura de capital contemplaria a oferta de apenas 30% do capital, e não mais 49%, como prevê o projeto de lei do senador Delcídio Amaral, em hibernação no Congresso Nacional desde 2008. A redução da fatia ofertada ao mercado seria uma forma de aplacar a resistência da bancada ruralista a  operação. Líderes do agronegócio sempre consideraram excessiva a possibilidade de venda de quase metade da companhia. Desde o início, o projeto de Delcídio carregou a pecha de que levaria a uma “desnacionalização branca” da Embrapa, ao abrir tamanho espaço para a participação de grupos estrangeiros na empresa. A nova proposta para a abertura de capital da Embrapa já foi objeto de conversas entre Dilma Rousseff e a senadora Kátia Abreu, virtualmente escolhida para assumir o Ministério da Agricultura. A oferta de ações da estatal viria em um momento de grande pressão sobre a Embrapa. Empresários do agronegócio e parlamentares ligados ao setor têm cobrado do governo maiores investimentos na estatal. Mesmo internamente, há pesadas críticas a medidas adotadas durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Um dos motivos de insatisfação é o desmantelamento do Centro de Estudos Estratégicos e Capacitação em Agricultura Tropical (Cecat). O projeto foi desenvolvido durante o governo Lula com o objetivo de capacitar profissionais da área de agrociência, inclusive especialistas de outros países.

#Agronegócio #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Embrapa #Katia Abreu

Esplanada

13/11/2014
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Prestes a encerrar seu mandato na Câmara dos Deputados, Eliseu Padilha tem a garantia de Michel Temer de que não ficará ao relento. Se não emplacar no Ministério da Agricultura, poderá desembarcar na Pasta da Pesca. É quase a mesma coisa. *** A senadora Kátia Abreu não perde tempo. Candidata ao Ministério da Agricultura, já tem uma lista com três nomes para o lugar de Maurício Lopes na presidência da Embrapa.

Os governos do Brasil e da China

11/11/2014
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Os governos do Brasil e da China abriram conversações para um acordo bilateral na área de agrotecnologia. Do lado brasileiro, os projetos seriam pendurados na Embrapa.

Involuntariamente

8/10/2014
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Involuntariamente, a Embrapa deve acabar no centro da disputa pelo governo do Mato Grosso do Sul. Com o objetivo de minar a candidatura de Delcídio Amaral junto ao agronegócio, seu adversário Reinaldo Azambuja pretende ressuscitar a história do Projeto de Lei 222. Em 2012, Delcídio propôs a transformação da Embrapa em uma sociedade mista com ações em Bolsa. Azambuja vai bater firme na tese de que o senador petista tentou privatizar a companhia e colocá-la no colo de uma multinacional da área de biotecnologia. Se vai colar, são outros quinhentos.

Terra estrangeira

8/08/2014
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 Ventos fortes sopram a informação de que a Embrapa pretende montar centros de pesquisa no exterior. A mesma corrente de ar bafeja o nome da Basf como um provável parceiro na iniciativa – as duas empresas já têm um acordo para a produção da soja transgênica Cultivance. Procurada, a Embrapa nega o projeto. Mas, por dever de ofício, o RR registra a informação.

#Basf #Embrapa

Gafanhotos

14/05/2014
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 Logo na partida, a parceria entre a Basf e a Embrapa tem sido atacada por uma praga de ações movidas por ambientalistas na Europa. A soja transgênica Cultivance, primeiro produto desenvolvido pela dupla, ainda não obteve liberação da União Europeia para ser comercializada. E não há qualquer previsão. Sem as vendas no Velho Continente, a conta não fecha. Procurada, a Basf informou que a autorização da União Europeia deve sair na safra 2015/2016.

#Basf #Embrapa

Tempestade

6/03/2014
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O presidente da Embrapa, Mauricio Lopes, é um homem marcado para cair. Renan Calheiros quer plantar um apadrinhado no seu cargo.

Agrociência

19/02/2014
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A Dow AgroSciences e a Embrapa estariam costurando uma parceria para a construção de laboratório de pesquisa no Brasil. Segundo fontes próximas a  estatal, os norte-americanos entrariam com parte expressiva do financiamento e transferência de tecnologia. Consultadas, Embrapa e Dow negaram a parceria.

Acervo RR

Embrapa

30/01/2014
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O governo retomou os planos de abertura de capital da Embrapa. Esta deve ser uma das primeiras missões de Aloizio Mercadante na Casa Civil. O projeto já foi e voltou no Congresso Nacional. Se Mercadante levar, ganha mais meio ponto junto a Dilma Rousseff.

#Bayer

Embrapa

30/01/2014
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O governo retomou os planos de abertura de capital da Embrapa. Esta deve ser uma das primeiras missões de Aloizio Mercadante na Casa Civil. O projeto já foi e voltou no Congresso Nacional. Se Mercadante levar, ganha mais meio ponto junto a Dilma Rousseff.

Soja de luxo

30/12/2013
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 A Embrapa estaria com um pé fora do projeto de produção da soja transgênica Cultivance, em parceria com a Basf. A estatal se assustou com o custo do negócio.

#Basf #Embrapa

Basf e Embrapa tropeçam numa semente

22/05/2013
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“E a Cultivance, alguma novidade?”. A pergunta já se tornou quase um bordão nos corredores da sede de Basf, em São Paulo. Trata-se de uma referência a  soja transgênica desenvolvida em parceria com a Embrapa, projeto orçado em quase R$ 100 milhões. A própria Basf já desistiu de fazer previsões para o lançamento do produto no mercado. Não faltam motivos para o atraso, a começar por uma das mais tradicionais espécies de erva daninha da terra brasilis: a burocracia. Embora a Cultivance, tolerante a herbicidas e resistente a pragas, já tenha até recebido certificação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), ainda é necessário um sem número de autorizações para que a semente possa ser comercializada. Outro problema são as incertezas comerciais que cercam a nova semente. Ainda não há um volume de exportações que justifique o início da produção em grande escala. Lá fora, o maior entrave aos planos da Basf e da Embrapa é a China. As autoridades locais resistem a aprovar o uso de novas variações de soja transgênica. Outras nações asiáticas, como Indonésia e Paquistão, vão pelo mesmo caminho. Procuradas, Basf e Embrapa informaram que o projeto se encontra em andamento, a  espera das licenças nos principais países importadores de sementes de soja.

#Basf

Embrapa

17/05/2013
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O PMDB está balançando a árvore de tudo que é lado para derrubar lá de cima o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, no cargo há apenas sete meses. Dessa vez, porém, Eduardo Cunha não está na parada.

Acervo RR

O dia em que Eliezer Batista reinventou a universidade

1/04/2013
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O que Eliezer Batista ainda não pensou sobre o Brasil? O ex-presidente da Vale foi pioneiro na concepção da logística door to door, no projeto visionário de informatização do ensino, no conceito de desenvolvimento sustentável e no seu aperfeiçoamento para gestão integrada do território. Para quem pensa que esta já é uma obra completa, um aviso: Eliezer está redigindo mais um clássico do pensamento estruturante do país. O alvo, agora, é um modelo de formação universitária prêt-a -porter para as empresas, que permita o suprimento da demanda por mão de obra com ensino superior qualificada, conforme os padrões do primeiro mundo. Hoje, sob a ditadura de concursos genéricos e concurseiros cartelizantes, as estatais absorvem os funcionários capazes de fazer quase tudo, menos atender a s necessidades específicas das empresas em suas áreas técnicas. Há muito coringa e pouco ás. O mesmo problema adaptado a s circunstâncias próprias atinge o setor privado. Uma síntese do que causa insônia em Eliezer Batista é que o Brasil tem um déficit de três mil engenheiros. Para ele, não há nada de mais na atração de mão-de-obra qualificada do exterior. O que torna essa iniciativa dramática não é a importação de capital humano per si, mas o fato de ela se dar em um ambiente de deficiência numérica tão alarmante. Grande parte das universidades americanas foi criada com objetivos específicos. Eliezer cita Stanford como um case obrigatório. E no Brasil de USP, PUC, Unicamp, como seria? O exministro vislumbra faculdades das grandes corporações, com exigências e cadeiras sob medida para a sua conveniência. Imagine só a falta que faz uma Universidade Petrobras, uma Embraer, uma Totvs… Vale o mesmo raciocínio para empresas privadas nacionais e estrangeiras. No caso dos grupos internacionais, seria possível, inclusive, fazer convênios com o apoio dos respectivos governos. Eliezer mira imediatamente o Japão e a Coreia do Sul. Ele tem se correspondido com o viceprimeiro- ministro japonês, Taro Aso, em quem enxerga um admirável aliado para levar a ideia adiante em um futuro que se desenha. Antes que alguém pense no modelo como um processo de higienização das universidades do país, é bom ficar claro que o ex-ministro defende a abundância quando se trata de instituições de ensino. Mesmo fazendo reparos ao amontoado de algumas faculdades cujo objetivo é muito mais criar massa crítica para vender seu peixe no mercado de capitais do que formar profissionais com a expertise exata para as suas funções. A diferença é que Eliezer pretende amalgamar a cultura de resultados e de eficiência da gestão empresarial com a excelência direcionada da academia. Alguns centros de pesquisa que primam pela inovação e desenvolvimento tecnológico, entre os quais a Embrapa, poderiam também ter a sua própria universidade, multipatrocinada por empresas interessadas na captação dessa mão de obra hiperqualificada. O governo, com certeza, participaria desse esforço por meio de linhas de financiamento dirigidas. Em um cenário de formação profissional superior talhada por joalheiros, a importação de mão de obra, hoje tema controverso, teria um efeito simbólico muito menos impactante. E, aí sim,que vengan los gringos, com toda su fuerza!

Campo minado

28/02/2013
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Maurício Lopes, que assumiu a presidência da Embrapa há apenas quatro meses, já está balançando feito vara verde. Não, ainda não há notícias de que Eduardo Cunha já tenha exigido o cargo.

Acervo RR

Terra rachada

20/12/2012
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Das duas, uma: ou o presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes, tem costas quentes ou se trata de um franco-atirador. O executivo está peitando o mundo para retomar o processo de criação da Embrapa Internacional, a começar pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, que suspendeu o projeto. A causa é nobre. Procurados, o Ministério e a Embrapa disseram que a informação não procede.

Jorge Amado

17/12/2012
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Jaques Wagner está como água para chocolate. Tem feito forte pressão em Brasília contra o projeto da Embrapa e do Banco do Brasil de incentivo a  plantação de cacau no Pará. Garante que a iniciativa vai derreter os pequenos produtores baianos.

Acervo RR

Gerdau é um maestro regido pela orquestra

21/09/2012
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Um dos mais influentes conselheiros de Dilma Rousseff e espécie de regente das relações entre o governo e o empresariado, Jorge Gerdau tornou-se protagonista de uma ópera encenada em três atos, com andamentos bem distintos. Nesta montagem, Gerdau vem sendo forçosamente conduzido pela baqueta dos fatos. A orquestra é que rege o maestro. O ritmo da música varia em função do êxito ou do insucesso do empresário em suas variadas missões. A seguir, o libreto de um espetáculo repleto de idas e vindas: – PRIMEIRO ATO (ALLEGRO): A primavera do convencimento. Logo após o anúncio do novo plano de concessões públicas, Jorge Gerdau apresentou a  Dilma Rousseff uma proposta para despertar de vez o ânimo do empresariado. O projeto em questão previa a profissionalização da gestão e a abertura de capital de um pacotão de organismos públicos, que estão na fronteira entre autarquias e empresas estatais. A lista de candidatos incluía, entre outros nomes, Embrapa, Dataprev, Infrapar, nova subsidiária da Infraero, e até o Cenpes, braço de pesquisa da Petrobras, além das diversas autoridades portuárias do país (Cias. Docas). A principal justificativa para o IPO seria não apenas o aumento, per si, do fôlego financeiro destas instituições, mas também a possibilidade de usá-las como indutoras de investimentos em seus setores. O governo teria participação minoritária no capital – nada a que ele já não esteja habituado, em negócios no sistema bancário, no mercado de seguros ou em energia elétrica. Dilma Rousseff encantou-se pela medida e chegou a iniciar estudos para a sua implantação. O empresariado já estava conquistado. Mas, no meio da apresentação, a orquestra mudou seu andamento. – SEGUNDO ATO (MODERATO): Após uma sucessão de acordes maviosos, quando Jorge Gerdau parecia perto de emplacar um grande programa hiperliberal, o ritmo da orquestra ficou mais lento. Aos ouvidos do empresário, o andamento adquiriu um tom melancólico. Após o encanto inicial, a própria Dilma deu meia-volta, volver na proposta. O governo passou a ver mais óbices do que vantagens nos planos de Gerdau. A abertura de capital em série de empresas com tantas peculiaridades e estruturas distintas foi considerada uma ação extremamente complexa e praticamente inviável, devido aos entraves legais e burocráticos. Sem o IPO, o governo deverá levar adiante apenas o processo de profissionalização administrativa. A medida vai instituir a figura da meritocracia em diversas companhias públicas. Diante das circunstâncias, não deixa de ser uma vitória, mas pela metade. – TERCEIRO ATO (GRAVISSIMO): A música fica extremamente lenta, fechada, em um tom quase sombrio. É o anticlímax. Neste ato, Gerdau entrega-se a uma missão bem mais espinhosa. Ele tem se desdobrado para aparar arestas entre o governo e o empresariado. O motivo são as medidas anunciadas pela equipe econômica, vistas como quebra de contrato. Entram neste cesto a redução das tarifas de energia e o feérico turnover de benefícios fiscais que, na prática, vai gerar transferência de renda de um setor para o outro. Estas decisões provocaram uma onda de desconfiança em relação a  ambiência regulatória e a  capacidade do governo de cumprir contratos. Por ora, nada de grand finale, nem sequer de finale. É hora de esperar pela próxima partitura. O violoncelo chora sozinho no palco.

Embrapa

30/08/2012
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A Embrapa planeja criar uma subsidiária para comercializar sementes geneticamente modificadas, tanto no Brasil quanto no exterior. A estatal projeta um faturamento de R$ 200 milhões no primeiro ano de operação. Procurada, a Embrapa não se pronunciou.

Embrapa

13/07/2012
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O nº 1 da Embrapa, Pedro Arraes, tenta arrancar do governo verba extra de R$ 100 milhões. Mais fácil plantar pedra e colher algodão. Infelizmente, gasto público não é por mérito.

Embrapa

17/05/2012
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O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, trabalha para duplicar os investimentos da Embrapa em pesquisa. Com isso, os recursos em 2013 chegariam a R$ 400 milhões.

Erva daninha

26/04/2012
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A DuPont é vista pela Embrapa como sua inimiga nº 1. Primeiro, os norte-americanos ultrapassaram a estatal na produção de sementes de soja, algodão e milho no país. Agora, segundo informações filtradas junto a  DuPont, estão montando uma área de pesquisa voltada ao pequeno produtor, latifúndio que sempre pertenceu a  Embrapa. Procurada, a Dupont negou o projeto. O RR entrou em contato com a Embrapa, mas não obteve resposta.

Acervo RR

Cana do futuro

7/02/2012
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A Embrapa recebeu sinal verde do Ministério da Agricultura para entrar na produção de sementes transgênicas de cana de açúcar. O investimento, de aproximadamente R$ 100 milhões, será feito em parceria com empresas privadas.

Bayer

28/12/2011
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Antonio Anastasia saiu em busca de parceiros privados para a Epamig, espécie de Embrapa de bolso controlada pelo governo mineiro. A Bayer já teria sido procurada.

Embrapa

1/12/2011
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 O líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel, recebeu a missão de ressuscitar o projeto de lei que altera os estatutos da Embrapa. A medida permitiria a  estatal formar joint ventures com grupos privados, reduzindo sua dependência de recursos públicos. A Bayer já está na fila.

#Bayer

Embrapa

29/11/2011
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A presença da Embrapa na africa vai além da produção de alimentos. O governo pretende usar a estatal como um elo para que usinas brasileiras produzam etanol no continente.

Óleo de rícino

23/08/2011
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Dilma Rousseff deu agora para implicar com a gestão do presidente da Embrapa, Pedro Arraes Pereira. Obcecada em analisar o micro do micro, a presidente acha que os estudos da empresa para melhorar a produtividade na fabricação de biodiesel a partir de oleaginosas estão muito devagar.

Acervo RR

Dataprev marcha rumo Á  Bolsa de Valores

21/06/2011
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Dois anos após a frustrada tentativa de abertura de capital da Embrapa, o governo federal ensaia o IPO de outra estatal. A bola da vez é a Dataprev. Vinculada ao Ministério da Previdência Social, a empresa é responsável pelo processamento de dados do INSS, da Receita Federal, do Ministério do Trabalho e de outros órgãos públicos, além de manter convênio com mais de 80 instituições financeiras para a validação de empréstimos consignados. Há estudos no governo para a oferta de até 25% das ações da companhia, que fatura por ano cerca de R$ 700 milhões. Nos últimos três anos, a Dataprev teve um lucro acumulado em torno de R$ 115 milhões. A capitalização permitiria ao governo acelerar o plano de reestruturação da Dataprev, cujo principal pilar é a modernização tecnológica de seus sistemas. A primeira etapa deste processo custou quase R$ 200 milhões e incluiu a compra de dois servidores de alto desempenho. O governo pretende injetar mais R$ 250 milhões nos próximos quatro anos. Já estava mais do que na hora. Entre outros problemas, a Dataprev vem enfrentando dificuldades para o processamento dos dados referentes a s operações de crédito consignado. No início deste ano, por exemplo, a companhia passou vários dias sem conseguir registrar um único empréstimo.

Acervo RR

Terra arrasada

18/04/2011
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O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, está pendurado ao cargo por um fio.

Acervo RR

Embrapa vira aríete contra sementes das multinacionais

4/03/2011
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 O governo trabalha em um projeto que pega pela raiz as grandes multinacionais da área de agrociência presentes no país, a começar por Monsanto, Bayer e Syngenta. Em jogo, a criação de uma empresa 100% nacional voltada ao desenvolvimento e a  produção de sementes, convencionais e transgênicas. O objetivo é criar uma alternativa ao oligopólio que as empresas internacionais estabeleceram no país. A companhia ficaria pendurada na Embrapa. Estão debruçados sobre o projeto o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A proposta tem o apoio da bancada ruralista e de políticos ligados ao setor. Um dos principais interlocutores do governo tem sido o senador Blairo Maggi. O exgovernador do Mato Grosso se compromete a retomar no Congresso a antiga proposta do senador Delcídio do Amaral para a abertura de capital da Embrapa. A entrada de novos sócios, preferencialmente fundos de pensão e outros grandes investidores de capital nacional ? financiaria a criação da nova subsidiária.  Este é um daqueles projetos nos quais o governo só enxerga benefícios para todos os envolvidos. O principal objetivo é criar uma empresa capaz de concorrer e minar a primazia das multinacionais no desenvolvimento e venda de sementes, notadamente transgênicas. Hoje mais de 70% dos pedidos de patentes apreciadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) são enviados por empresas internacionais. O maior beneficiado seriam os agricultores, que passariam a ter uma nova opção para a compra de sementes. Hoje, estão praticamente na mão de três ou quatro companhias estrangeiras que estabelecem os preços do insumo e impõem draconianos reajustes anuais. O caso mais emblemático é o da Monsanto, que vive a s turras com os agricultores, principalmente nos períodos de aumento dos royalties das sementes de soja geneticamente modificadas. Entidades representativas do setor, como a Aprosoja, regularmente acionam o Ministério da Agricultura por conta da truculência com que a Monsanto conduz as negociações.  A expectativa do governo é que a nova empresa passe a arbitrar os preços das sementes transgênicas, forçando as multinacionais do setor a rever o valor dos seus royalties. Além disso, o projeto daria um novo status a  própria Embrapa, que ganharia um braço de trader com musculatura suficiente para desenvolver e comercializar sementes em outros países da América do Sul

#Agronegócio #Aloizio Mercadante #Bayer #Blairo Maggi #Embrapa #Monsanto #Syngenta

Reza forte

16/02/2011
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O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, está acendendo velas a todos os santos para permanecer no cargo. Já fez preces ao chefe do gabinete da presidência, Gilberto Carvalho, ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e até ao ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Acervo RR

Nova casa

3/02/2011
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Aloizio Mercadante cismou que a Embrapa deve ficar sob o guardachuva da Ciência e Tecnologia e não da Agricultura. Faz sentido.

Fertilidade

19/10/2010
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Ao apagar das luzes da era Lula, o governo está costurando um acordo com a Venezuela para projetos conjuntos em agrociência. A parceria vai para a conta da Embrapa.

Acervo RR

Concreto

5/10/2010
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A Votorantim, que tem um terço do capital da Cimento Itambé, prepara uma investida para aumentar sua participação na companhia. A Embrapa deverá ser cindida. O objetivo é facilitar a entrada de investidores no capital de uma das empresas.

Embrapa

5/10/2010
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A Embrapa deverá ser cindida. O objetivo é facilitar a entrada de investidores no capital de uma das empresas

Embrapa

18/03/2010
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O governo vai ceder alguns anéis na tentativa de convencer o Congresso a aprovar o IPO da Embrapa. Em vez de 49%, a nova proposta contemplará a emissão de apenas 20% das ações.

Embrapa

7/01/2010
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A Embrapa enfrenta diatribes na Venezuela. O governo do presidente Hugo Chávez tem sugado até a última gota de tecnologias da companhia, mas não tem a mesma disposição na hora de abrir o cofre. Se o comportamento for mantido, a empresa deverá fazer o caminho de volta.

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