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Governo

Receita Federal e PF disputam com o Centrão “comando” das apostas esportivas

6/09/2023
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Como se não bastasse o apetite do Centrão pelo cargo, a escolha do futuro “xerife” das apostas esportivas tornou-se objeto de disputa entre dois dos mais influentes grupos de poder do aparelho de Estado. De um lado, a Receita; do outro, a Polícia Federal. As duas categorias têm se movimentado dentro do governo com o intuito de “comandar” a nova Secretaria Nacional de Prêmios e Apostas, que será criada pelo Ministério da Fazenda para fiscalizar e regular o sistema de “bets” no país.

Por meio do Sindifisco, auditores fiscais já teriam encaminhado ao ministro Fernando Haddad duas indicações para o posto: Dão Real Pereira dos Santos, Kleber Cabral, funcionários de carreira da Receita. A categoria alega que a Secretaria não apenas ficará debaixo da Fazenda como será um órgão correlato ao próprio Fisco, o que justificaria a presença de um auditor em sua chefia. Por sua vez, delegados da Polícia Federal têm feito gestões junto ao ministro da Justiça, Flavio Dino, para que ele interceda e trabalhe pela indicação de um representante da corporação.

A PF puxa a brasa para a sua sardinha, usando como argumento que o principal papel da Secretaria será o combate a crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de apostas, em conjunto com a corporação. A categoria faz campanha pela indicação do delegado Sergio Busato, que tem atuado junto ao Congresso na CPI das Apostas Esportivas. 

Receita e Polícia Federal entraram em uma disputa inglória, como é qualquer confronto com o Centrão. O PP, de Arthur Lira, quer jogar a futura Secretaria Nacional de Prêmios e Apostas no caldeirão da reforma ministerial, tirando o novo órgão do Ministério da Fazenda e levando-o para a Pasta dos Esportes. O próprio ministro Fernando Haddad resiste ao assédio do Centrão e tenta manter a Secretaria sob a sua alçada.

#Arthur Lira #Ministério da Fazenda #Polícia Federal #Receita Federal

Política

Sérgio Cabral quer ser um influenciador

21/06/2023
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O ex-governador Sérgio Cabral está soltinho, soltinho. Além das sucessivas postagens nas redes sociais e de assinar colunas na imprensa, Cabral quer lançar um canal e um programa de entrevistas no YouTube. A pessoas próximas já confidenciou que pretende fazer da iniciativa uma fonte de renda. Pode até ser. Mas Cabral mira mesmo em 2026. Para todos os efeitos, o ex-governador está inelegível. No entanto, apesar de todos os pesares, ainda é um nome capaz de ser um “influencer” no tabuleiro eleitoral do Rio de Janeiro.  

#Sérgio Cabral #YouTube

Política

Risco Cabral preocupa petistas

10/03/2023
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O alto comando petista está incomodado com a informação de que o ex-governador Sérgio Cabral pretende colar em Lula. Leia-se colar como dar declarações de apoio e torcer publicamente pelo presidente. A estratégia de Cabral, segundo os petistas, seria pegar uma carona na imagem do presidente. O perigo é que a associação poderia ser usada na propaganda bolsonarista nas redes sociais, inclusive com o uso de expedientes já conhecidos. Um exemplo: recentemente, no Carnaval, perfis de apoiadores de Jair Bolsonaro bombardearam as mídias digitais com uma foto de Sergio Cabral e de Eduardo Paes abraçados no Sambódromo como se o encontro tivesse ocorrido neste ano. A imagem é de 2016.
Esse é o núcleo da preocupação petista. Lula e Cabral sempre mantiveram boas relações, o que facilita o discurso da proximidade e adesão. Cabral está falando que nem um grilo falante nas redes. Mas ainda não invocou o nome de Lula, como temem os petistas. E o que pensa Lula disso? Nada. Lula sente-se onipotente. Não existe Sérgio Cabral no mundo que ameace a sua autodeificação. Cabral seria papo para petista que vê ameaça até na sua imagem refletida no espelho. Mas é muito provável que Cabral desfie essa falação. Aguardemos o desenrolar do enredo.

#Sérgio Cabral

“Rio do silício”

6/07/2022
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O governador Claudio Castro vai incluir em seu programa de governo um pacote de estímulos com o objetivo de atrair empresas de TI para o Rio de Janeiro. Um dos formuladores do projeto é o senador Carlos Portinho. Sergio Cabral chegou a idealizar um projeto semelhante. Ficou só no Power Point.

#Claudio Castro #Rio de Janeiro #Sérgio Cabral

Vidas cruzadas

25/01/2022
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Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador Sergio Cabral, flerta com o União Brasil. Poderá, portanto, ser colega de partido de Sergio Moro, que, indiretamente, ajudou a colocar seu pai na cadeia.

#Sérgio Cabral #Sérgio Moro

Apenas para constar

16/12/2021
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A defesa de Sergio Cabral vai tentar reduzir a pena do ex-governador após a decisão do STF de anular uma das suas condenações, proferidas pelo juiz Marcelo Bretas. É puro preciosismo. A essa altura, um ano a mais ou a menos não fará muita diferença. No total, as condenações de Cabral somam quase quatro séculos, mais exatamente 399 anos e 11 meses.

#Marcelo Bretas #Sérgio Cabral

Controle remoto

29/09/2021
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A iminente filiação de Marco Antônio Cabral no PSL está sendo articulada diretamente de uma cela de Bangu 8, onde está seu pai, Sergio Cabral.

#PSL #Sérgio Cabral

Balões de ensaio

25/05/2021
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Desafetos de Sergio Cabral identificam as digitais do próprio ex-governador no vazamento de trechos da sua delação premiada, notadamente nas denúncias a membros do Judiciário.

#Sérgio Cabral

Sergio Cabral e Adriana Ancelmo

4/05/2021
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Sem toga e sem cargo, o ex-juiz e ex-governador Wilson Witzel faz planos de abrir um escritório de advocacia, possivelmente em sociedade com sua mulher, Helena Witzel. Quem se habilita a ser cliente da dupla?

#Wilson Witzel

Crime e castigo

22/02/2021
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A quem interessar possa: o ex-governador Sergio Cabral procura uma editora para publicar seu livro de memórias.

#Sérgio Cabral

“Museu da Corrupção”

4/12/2020
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Segundo fonte próxima de Claudio Castro, o governador em exercício do Rio cogita entregar parte do Palácio Guanabara para uma fundação. A ideia seria transformar suas instalações em um museu. O governo do estado passaria a usar apenas o prédio anexo, exatamente onde hoje Castro e sua equipe despacham. A julgar por seus inquilinos mais recentes, como Sergio Cabral, Luiz Fernando Pezão e o virtualmente impichado Wilson Witzel, o risco é o Palácio Guanabara virar o “museu da corrupção”.

#Claudio Castro #Wilson Witzel

Vade retro

25/11/2020
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Voltou à baila a história da venda da sede do Jockey Club do Rio. É um papo velho. Há centilhões de interesses envolvidos no negócio que não deixam ele andar. Se Sérgio Cabral e a Odebrecht ainda estivessem dando cartas, talvez…

#Odebrecht #Sérgio Cabral

Um conveniente choque na segurança pública do Rio

7/10/2020
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Se Wilson Witzel prometeu “um tiro na cabecinha da bandidagem”, o governador em exercício do Rio, Claudio Castro, quer dar logo dois. O RR apurou que Castro vai anunciar nos próximos dias medidas para o enfrentamento da criminalidade no estado. A principal delas será um plano de revitalização e expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo o informante da newsletter, a meta seria abrir dez novas UPPs em comunidades do Rio até o fim de 2021.

Castro planeja também recriar a Secretaria de Segurança, com ênfase na área de Inteligência e no combate ao crime organizado. De acordo com a mesma fonte, o nome de José Maria Beltrame chegou a ser soprado ao pé de ouvido de Castro para ocupar o cargo. No entanto, a demasiada vinculação com Sergio Cabral, de quem foi Secretario de Segurança durante todo o seu governo, pesou contra. Procurado pelo RR, o governo do Rio não se pronunciou.

Fica evidente a intenção de Claudio Castro de criar fatos em frontal contraposição a seu antecessor, o afastado e virtualmente impichado Wilson Witzel. Em sua gestão, Witzel extinguiu a Secretaria de Segurança e praticamente deixou as UPPs de lado – já foram mais de 50 em todo o estado; hoje, não chegam a 30. Pragmaticamente, Castro enxerga mil e uma utilidades em se agarrar à bandeira da segurança. A redução dos índices de criminalidade seria o caminho mais curto para o governador consolidar seu nome junto à opinião pública e, com isso, blindar a si próprio. Não custa lembrar que o sucessor de Witzel já assumiu o cargo também investigado por corrupção.

#Claudio Castro #Wilson Witzel

Avis rara

24/09/2020
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O marketing da campanha de Benedita Silva à Prefeitura do Rio vai bater em Sergio Cabral, Garotinho, Witzel etc. Um dos principais motes da propaganda será o fato de que Benedita é a única, entre os seis últimos governadores do Rio de Janeiro, que não foi presa. Não é nada, não é nada…

#Benedita Silva #Garotinho #Sérgio Cabral #Wilson Witzel

Tutti buona gente

7/08/2020
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Qual o percurso do fio que junta Carlos Emanuel Miranda, apontado como “gerente da propina” do ex-governador Sergio Cabral, a FSB Comunicação e Regis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do governo do Rio? Três chances para acertar: 1. A agência de comunicação recebeu dinheiro por fora, como disse Miranda em juízo; 2. A empresa recebeu dinheiro pelos seus serviços pagos por dentro, direitinho; 3. Regis Fichtner e a FSB não têm nada a ver um com o outro.

#Casa Civil #FSB Comunicação #Regis Fichtner #Sérgio Cabral

Três letras que fazem o chão tremer

4/08/2020
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A candidata da oposição à presidência da Firjan, Ângela Costa, contratou um tanque panzer para conseguir o seu intento. A agência de comunicações FSB, um potentado do setor, é uma especialista em dar nó em pingo d’água enlameado. A lama da citação não tem nada a ver com a Firjan; só qualifica a competência mais específica dos sujeitos. A FSB esteve ao lado de praticamente todos os investigados e encarcerados no Lava Jato. Chegou a ser muito combatida por prestar serviços por 10 anos às gestões de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, alternando a inexistência de contratos com documentos mais “espertos”. Era a contratada dileta do chefe do gabinete civil de Cabral, o inefável Regis Fichtner. Diga-se de passagem que a FSB inaugurou a era de assessoria do governo inteiro. Um bombom. Os caras são bons, indiscutivelmente, mas dão medo com suas “práticas eficientes”.

#Firjan #FSB #Luiz Fernando Pezão #Sérgio Cabral

“Lei Zveiter” embaralha sucessão no Judiciário do Rio

6/07/2020
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A decisão proferida pelo STF há duas semanas, dando autonomia a cada tribunal para definir suas próprias regras eleitorais, já ganhou nos corredores do TJ-RJ a alcunha de “Lei Zveiter”. Ainda que indiretamente, a medida deverá abrir caminho para a candidatura do desembargador Luiz Zveiter à presidência do Tribunal de Justiça do Rio – a eleição está marcada para dezembro. Segundo o RR apurou, já existiria uma articulação entre um grupo de desembargadores para que prevaleça o artigo 3o do regimento interno do TJ-RJ.

Ele permite que um magistrado que já exerceu a presidência, caso de Zveiter, dispute a eleição e assuma o cargo antes mesmo que todos os demais desembargadores tenham passado pela função. Em 2016, não custa lembrar, o próprio Zveiter se elegeu, mas teve sua vitória cassada. O STF acatou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, determinando que o artigo 3o era ilegal.

Consultado pelo RR sobre a decisão do STF e a possível participação de Luiz Zveiter na eleição, o TJ-RJ disse que “não pode informar os nomes dos candidatos porque o regimento permite a apresentação de candidaturas até minutos antes da eleição”. Até o momento, dois desembargadores, Bernardo Garcez e Henrique Figueira, já anunciaram a intenção de disputar a eleição. Entre os cardeais da Corte, o entendimento é que nenhum deles é páreo para disputar o cargo com Luiz Zveiter. O poder e o prestígio de Zveiter no Judiciário são proporcionais às polêmicas em torno de seu nome. Há especulações na mídia de que o ex-governador Sergio Cabral teria mencionado o magistrado em sua delação premiada. Até o momento, ficou o dito pelo não dito.

#Luiz Zveiter #STF

Desapreço de Bolsonaro pela Abin sai caro

2/07/2020
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Mesmo com a toda a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, ministro do GSI, não consegue furar o bloqueio para a obtenção de um aumento significativo do orçamento da União. Diga-se de passagem que não é uma exclusividade de Heleno: seu antecessor, o general Sergio Etchegoyen, também não teve intento no pleito junto a Michel Temer. A dotação de aproximadamente R$ 600 milhões prevista para este ano é insuficiente – mesmo porque quase 90% são sugados pelos gastos com pessoal. Estima-se que a Agência precisaria de pelo menos o dobro desse valor para reduzir o gap tecnológico em relação a suas congêneres internacionais.

Os programas de aquisições de equipamentos estão praticamente parados. Há demandas como, por exemplo, a compra de softwares de monitoramento e sistemas de rastreamento que estariam pendentes há mais de três anos. Outra medida discutida no entorno da Abin é a mudança no método de contratação de seus servidores. O entendimento é que os concursos públicos se tornaram um modelo burocrático, arcaico e incapaz de arregimentar profissionais aptos a atender às especificidades do Serviço de Inteligência. Atividades básicas, a exemplo da obtenção de dados a partir de fontes abertas e da leitura, análise e cruzamento de informações a partir do trabalho de campo – conhecidas pela sigla OSINT -, não têm sido desempenhadas a contento pelas limitações de parte dos recursos humanos da Abin.

Uma proposta que encontra eco no GSI e entre os quatro estrelas do Palácio do Planalto seria o recrutamento direto de profissionais. Esse é o método predominante em quase todos os grandes países. Nos Estados Unidos, a CIA mantém um sistema permanente de monitoramento em universidades e empresas de tecnologia para pinçar novos quadros com aptidões específicas. Há outros expedientes aparentemente prosaicos, mas igualmente eficazes. Na Inglaterra, consta que o MI-5 (Inteligência interna) e o MI-6 (Inteligência externa) costumam, sem se identificar, publicar mensagens criptografadas em redes sociais para recrutar possíveis candidatos entre aqueles capazes de decifrar as respostas.

O enfraquecimento da Abin nos últimos anos tem custado à Agência não apenas grandes constrangimentos – como o descrédito do presidente Bolsonaro, vide a reunião ministerial de 22 de abril -, mas também embaraços no varejo. Um melhor aparelhamento da instituição impediria as recorrentes porosidades na análise da vida pregressa de indicados a cargos públicos, possibilitando, inclusive, correções prévias em tempo hábil, como as que poderiam ser feitas no currículo de Carlos Alberto Decotelli quando da sua indicação para o Ministério da Educação. Há duas semanas, por exemplo, o governo passou pelo vexame da passagem-relâmpago de Alexandre Cabral pela presidência do Banco do Nordeste. Cabral foi nomeado e exonerado em menos de 24 horas, após a “descoberta” de que ele é alvo de investigação no Tribunal de Contas da União por supostas irregularidades quando comandava a Casa da Moeda. Inteligência faz falta a qualquer governo.

#Abin #Augusto Heleno #GSI #Jair Bolsonaro

De volta para o futuro

2/06/2020
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A investigação das relações entre Wilson Witzel e o empresário Mario Peixoto estaria levando o Ministério Público do Rio e a Polícia Federal a descortinar novas irregularidades na área de Saúde ao longo da gestão de Cabral. Os desvios envolveriam a compra de equipamentos hospitalares em operações intermedidas por empresas de Peixoto durante a gestão de Sergio Cortes à frente da Secretaria de Saúde o Estado. Há suspeitas até do pagamento de um “mensalinho” para funcionários da Secretaria da época.

#Ministério Público #Polícia Federal #Wilson Witzel

O sobrenome pesa

7/05/2020
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Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador Sergio Cabral, já busca apoio – político e, sobretudo, financeiro – para disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores. Marco Antônio, não custa lembrar, foi reprovado no primeiro teste eleitoral pós-Lava Jato: não se reelegeu deputado federal em 2018. Em quatro anos, despencou de 190 mil para pouco menos de 20 mil votos.

#Sérgio Cabral

Amnésia pontual

29/04/2020
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A memória de Sergio Cabral costuma falhar quando o assunto é Arthur Menezes Soares Filho, o “Rei Arthur”, que fez a festa como um dos maiores prestadores de serviços para órgãos públicos do Rio, a exemplo do Detran. Segundo informações filtradas da PF, em sua delação, o ex-governador deixou várias lacunas em relação ao empresário, foragido em Miami.

#Sérgio Cabral

Recortes da infecção nossa de cada dia

13/04/2020
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  • O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é quem mais resiste à realização de uma Assembleia Extraordinária do Copom para baixar imediatamente a taxa Selic.
  •  Voltou forte no Congresso Nacional a ideia de fazer um Proer para a construção pesada.
  • As fintechs vão acabar nomeando o coronavírus como seu bichinho de estimação.
  • Por sinal, quando passar a pandemia e os grandes bancos fizerem o levantamento das perdas, entre os estragos estará a assimetria no tratamento do governo em relação às fintechs.
  •  Há um dilema no BNDES: o banco vai utilizar somente critérios técnicos e ajudar empresas mais sólidas e com melhores garantias ou vai rasgar o protocolo e emprestar para corporações com alto risco? A cartilha do bom humanismo diz que não é hora de se verificar o credit score.
  • Pergunta que não quer calar: por que o BC cogita abrir crédito a empresas inadimplentes e resiste, turrão, a dar garantias para o refinanciamento do débito das pessoas físicas negativadas?
  • O Ministério Público Federal do Rio não teme a infecção pelo coronavírus. Tem feito entrevistas e diligências.
  • Uma fonte do MPF diz que falta espremer muito o ex-governador Sérgio Cabral para extrair mais do suco da corrupção. Por exemplo: o laranjal de Cabral ainda não foi devastado. E já se sabe que há mais de uma dezena de relações promíscuas incluindo agências de publicidade, empresas de RP, gráficas etc.
  • As livrarias de rua, que vinham sofrendo com a queda da demanda, estão sendo entubadas pelo coronavírus. O mesmo, muito pelo contrário, não se pode dizer das drogarias. De 10 saídas do consumidor em tempo de confinamento três são para idas às farmácias. Os supermercados permanecem campeoníssimo, com quatro saídas.
  • Circula uma ideia no Palácio do Planalto de, quando chegar a hora, celebrar a queda expressiva das infecções com uma grande festa nacional. Jair Bolsonaro seria a estrela da celebração, tratada como uma vitória do governo contra o vírus. O que pega na proposta é o efeito Mandetta. É impossível controlar a eventual saudação das multidões ao ministro da Saúde. E Bolsonaro e Mandetta dividindo a festa é pedir demais.

#Banco Central #BNDES #Jair Bolsonaro #Luiz Henrique Mandetta #Proer

Declaração de renda

1/04/2020
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Após recuperar 27 pedras de diamantes e 4,5 quilos de ouro guardados por Sergio Cabral em bancos da Suíça, a Lava
Jato está agora levantando uma nova conta do ex-governador, no mesmo país. É mais um dos anéis entregues pelo próprio Cabral em sua delação na esperança de reduzir algumas décadas na sua pena, que, por ora, soma 280 anos.

#Sérgio Cabral

Rádio-delação

24/03/2020
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A rádio-delação informa: segundo Sergio Cabral, Walter Faria, dono do cervejaria Petrópolis, teria sido um parceiro medalha de ouro para a conquista da Olimpíada pelo Rio.

#Sérgio Cabral #Walter Faria

Acervo RR

Pedágio

16/03/2020
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Ao que parece, nada escapava ao apetite e à capacidade de monetização de Sergio Cabral. Em sua delação, o ex-governador do Rio teria relatado a existência de um esquema de propinas que envolvia licitações para a compra de veículos para o estado.

#Sérgio Cabral

Pedágio

16/03/2020
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Ao que parece, nada escapava ao apetite e à capacidade de monetização de Sergio Cabral. Em sua delação, o ex-governador do Rio teria relatado a existência de um esquema de propinas que envolvia licitações para a compra de veículos para o estado.

#Sérgio Cabral

Novela do SBT

5/03/2020
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O folhetim da Lava Jato no Rio pode ter em breve um de seus capítulos de maior audiência: o juiz Marcelo Bretas cogita uma acareação entre Sergio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo. As denúncias de um contra o outro não batem.

#Adriana Ancelmo #Lava Jato #Sérgio Cabral

Contra-ataque

17/02/2020
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O ministro do STJ Humberto Martins deverá acionar o Supremo pedindo a quebra do sigilo da delação de Sergio Cabral. Vazamentos à mídia insistem em apontar Martins como um dos citados por Cabral. Oficialmente, o ministro diz não ter ciência do “acordo supostamente firmado por Sergio Cabral” e que, no STJ, sempre decidiu “contra os interesses” do ex-governador.

#Sérgio Cabral #STJ

O risco Gilmar

13/02/2020
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O receio dos advogados de Sergio Cabral é que o recurso de Augusto Aras contra o acordo de delação do ex-governador caia nas mãos de Gilmar Mendes. O ministro já negou dois pedidos de habeas corpus de Cabral. E olha que Gilmar não é de recusar esse tipo de solicitação…

#Gilmar Mendes #Sérgio Cabral

Presídio capa de revista

6/02/2020
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“Ilha de Caras”. Este é o apelido jocoso que integrantes do Ministério Público do Rio deram ao presídio Bangu 8. A menção ao arquipélago das celebridades remete aos figurões presos na unidade, notadamente Sergio Cabral e Eduardo Cunha. Refere-se também às “regalias” do local, onde as instalações estão a milhas de distância do padrão das penitenciárias brasileiras, inclusive do próprio Complexo de Bangu. Em tempo: desde segunda-feira, a ilha abriga mais um hóspede com alguma notoriedade, por coincidência ex-integrante do MP-RJ: o procurador aposentado Flavio Bonazza, acusado de receber R$ 1,3 milhão em propina.

#Eduardo Cunha #Ministério Público #Sérgio Cabral

Legado Cabral

4/02/2020
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Aviso a quem estiver interessado em um Vacheron Constatin Patrimony, em ouro branco, um Cartier Ronde Louis, com pulseira de ouro, ou um conjunto de anel e brincos com 146 diamantes, assinado pelo joalheiro Antonio Bernardo: o juiz Marcelo Bretas pretende marcar para abril o leilão do acervo de joias que pertenceu a Sergio Cabral e Adriana Ancelmo. O trabalho de perícia e avaliação das peças deve ser concluído nas próximas duas semanas.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

A “Delaware” de Sergio Cabral

8/01/2020
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Ministério Público Federal do Rio de Janeiro vai pedir à Justiça a suspensão de pagamentos da Rio Previdência ao Banco do Brasil, referentes a operações de antecipação de recebíveis de royalties do petróleo. Montada durante o governo de Sergio Cabral, a engenharia financeira é alvo de investigação na CPI da Rio Previdência, na Alerj. À época, o fundo de pensão dos funcionários do estado fechou acordos similares nos Estados Unidos, operação que ficou conhecida pelo sugestivo nome de “Delaware”. O estado recebeu R$ 8 bilhões. Já pagou mais de R$ 19 bilhões.

#Banco do Brasil #Sérgio Cabral

Frenesi

3/01/2020
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Há um frenesi nos gabinetes do Tribunal de Justiça do Rio. Corre a informação de que, em sua delação, Sergio Cabral prova por A mais B que um desembargador do TJ recebeu R$ 6 milhões para emitir sentenças favoráveis a uma determinada entidade de classe.

#Sérgio Cabral #Tribunal de Justiça do Rio

Medalha de ouro

26/12/2019
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De acordo com alta fonte da PF, a delação de Sergio Cabral tem um capítulo especialmente dedicado à maratona de propinas para a “compra” da Rio-2016. Será que é o caso do então prefeito Eduardo Paes perder o sono?

#Sérgio Cabral

Traquinagens

20/12/2019
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Uma notícia andou atemorizando os meios mais comprometidos com as traquinagens de Sergio Cabral. Um jornal teria obtido trechos da delação do ex-governador, com promessa de publicação no dia 25, em plena efeméride natalina.

#Sérgio Cabral

Classificado do crime

27/11/2019
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A quem interessar possa: o delator Carlos Miranda, apontado como operador do esquema de propina de Sergio Cabral, está colocando à venda seu apartamento na Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, no Rio. O imóvel de aproximadamente 200 m2, devolvido a Miranda por decisão do juiz Marcelo Bretas, está avaliado em algo como R$ 3,5 milhões. Mas quem chorar leva um descontinho

#Sérgio Cabral

Alerj na mira de Bretas

1/11/2019
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A Rádio Lava Jato informa: o juiz Marcelo Bretas estaria prestes a deflagrar uma nova fase da Operação com base na delação de Carlos Miranda, operador do ex-governador Sergio Cabral. Alvo: 12 deputados da Alerj, sete deles ainda com mandato.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

Espírito de corpo?

23/09/2019
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Um mês já se passou desde que o Conselho Federal de Medicina decretou a cassação imediata do registro de Sergio Côrtez, ex-Secretário de Saúde do governo Cabral. Até agora, no entanto, o Conselho de Medicina do Rio (Cremerj), responsável pela execução da medida, não cumpriu a determinação.

#Cremerj #Sérgio Côrtes

Rebelião contra Picciani

1/08/2019
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Há um racha no outrora monolítico MDB do Rio. Um grupo de prefeitos, reforçado pelos três deputados federais do partido no estado, trabalha para apear Leonardo Picciani do comando do diretório. O nome de consenso seria o do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis. Os opositores de Leonardo – filho do ex-presidente da Alerj, Jorge Picciani, que cumpre prisão domiciliar – consideram sua presença no cargo tóxica às pretensões do MDB nas eleições de 2020. O mundo dá voltas. Não custa lembrar que Washington Reis era um aliado siderúrgico de Sergio Cabral e do próprio Jorge Picciani.

#Leonardo Picciani #MDB

Agora, falta a Justiça

22/07/2019
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Sergio Cortes é oficialmente um ex-médico. Na última quinta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro profissional do ex-Secretário de Saúde do Rio e uma das principais peças da engrenagem de corrupção montada por Sergio Cabral. Cortes é acusado de ter participado de um esquema na área de saúde que desviou mais de R$ 300 milhões. O tribunal corporativo do CFM foi mais rápido do que a própria Justiça. Cortes aguarda julgamento em liberdade, graças a um habeas corpus concedido pelo STJ em abril. Enquanto esteve na cadeia, por sinal, o ex-secretário chegou a exercer a profissão no presídio de Benfica, atendendo outros detentos. Ou seja: se for condenado, o sistema carcerário do Rio de Janeiro terá um médico a menos.

#Sérgio Cabral #Sérgio Côrtes

O suspiro de uma dinastia

18/07/2019
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Marco Antonio Cabral deverá disputar uma vaga na Câmara de Vereadores em 2020. O rebento de Sergio Cabral tentará voltar à política descendo um degrau. No ano passado, concorreu à reeleição para deputado estadual, mas não passou pelo crivo das urnas.

#Sérgio Cabral

Stanislavski

15/07/2019
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Uma fonte do RR que visitou Sergio Cabral ficou impressionada com seu método: ele costuma ensaiar, sozinho, cada depoimento ao juiz Marcelo Bretas por até 10 horas.

#Sérgio Cabral

Cabral atira para tudo que é lado

5/07/2019
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Além das acusações a Eduardo Paes e ao ex-presidente do COB Carlos Arthur Nuzman Sergio Cabral também quebrou a omertà com Luiz Fernando Pezão. Segundo a Rádio Corredor da Lava Jato, Cabral revelou à Justiça pagamentos de propina que teriam sido feitos pelo empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o “Rei Arthur”, a Pezão entre 2015 e 2017. Deve ter dado sono nos procuradores do Ministério Público.

#COB #Eduardo Paes #Luiz Fernando Pezão #Sérgio Cabral

Arco da velha

24/05/2019
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O Ministério da Infraestrutura bateu o martelo: o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro será privatizado no ano que vem, em um só pacote com a concessão da Via Dutra. Até lá, o desafio do governo federal é arrumar recursos para a continuidade das obras da via, que tem trechos incompletos, notadamente nas proximidades da cidade de Magé. O empreendimento é um dos “legados” do governo Cabral. Verbas destinadas às obras do Arco Metropolitano ajudaram a alimentar o propinoduto da gestão de Sergio Cabral. Além disso, o Cade desbaratou a formação de um cartel na construção da rodovia.

#Ministério da Infraestrutura

Pezão é alvo de nova acusação

16/05/2019
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Mais uma na conta do ex-governador Luiz Fernando Pezão. O Ministério Público Federal do Rio investiga a acusação de que recursos desviados da construção do Arco Metropolitano foram usados para alimentar um esquema de distribuição de propina a prefeitos do interior do estado comandado por Pezão. De acordo com a mesma fonte, a denúncia foi feita pelo delator Carlos Miranda, antigo braço direito de Sergio Cabral. Miranda cumpre prisão em regime domiciliar desde o fim do ano passado. Consultado, o MPF-Rio informou que “não comenta possíveis fatos sob investigação”.

#Luiz Fernando Pezão #Ministério Público Federal do Rio

Cabeça a cabeça

14/05/2019
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O ex-secretário de Saúde do Rio, Sergio Cortes, acelera as tratativas para fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Cortes disputa uma corrida com o antigo chefe, Sérgio Cabral. Se o ex-governador destampar de vez a Caixa de Pandora da saúde, lá se vai sua moeda de troca com a Lava Jato.

#Sérgio Cabral #Sérgio Côrtes

Alguém ficou de fora?

17/04/2019
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No tardio confessionário da sua delação, Sérgio Cabral teria revelado novos detalhes do esquema de propina envolvendo a construção do Arco Metropolitano do Rio. O projeto é tratado no Ministério Público como uma das grandes farras da gestão Cabral. No âmbito administrativo, o Cade chegou a desbaratar um cartel formado por 23 empreiteiras. É quase uma centopeia da corrupção.

#Sérgio Cabral

Centro de memória

4/04/2019
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A exemplo do antigo chefe, o ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes, estaria negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Em fevereiro, Cortes teve seu pedido de liberdade ao STF negado por Gilmar Mendes. Ao que parece foi a gota d ´água para o ex-secretário e seu silêncio.

#Sérgio Cabral #Sérgio Côrtes #STF

De prisioneira à vítima

1/03/2019
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Os advogados de Adriana Ancelmo cogitam pedir à Justiça proteção policial para a ex-primeira dama do Rio. O argumento é que o tiroteio deflagrado por Sergio Cabral, com graves acusações a empresários e diversos integrantes de seu governo, traz risco à segurança de Adriana. Em dezembro de 2018, o juiz Marcelo Bretas revogou a prisão domiciliar da Sra. Cabral, permitindo que ela deixe seu apartamento das 6h às 20h.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Uma joia rara entre os escombros da economia carioca

12/02/2019
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Os irmãos Roberto e Claudia Jatahy dão o pontapé inicial no projeto de criação de uma rede de joalherias. A pedra fundamental será a antiga loja do joalheiro Antônio Bernardo, que vendeu o ponto para os Jatahy depois do envolvimento no escandaloso caso do ex governador Sérgio Cabral. Bem ali, em Ipanema, ao lado da concorrente H. Stern, nasce a Animale Oro, pegando uma carona na marca Animale, carro chefe entre as grifes do Grupo Soma e já destacada vendedora de joias. A sócia Claudia Jatahy ficará à frente da operação. Foi ela que identificou que o negócio de joias merecia um voo solo. Para se ter uma ideia, mesmo sem um marketing próprio, o Soma já é o maior fabricante de joias do Rio. Só a loja da Animale localizada no Shopping Rio Sul vendeu 100 joias no final de 2018. Os irmãos Jatahy pretendem espalhar a Animale Oro em 20 estados em prazo relâmpago. São Paulo é a bola da vez, com duas lojas em dois shopping centers. O modelo é o mesmo dos negócios da Animale matricial, que tem 80 lojas próprias em todo o país – somente no Maranhão funciona em regime de franchising. Quem apostou que o objetivo é um IPO da Animale Oro ganhou um anelzinho da grife. Os Jatahy conhecem o caminho das pedras. Eles fizeram a abertura de capital do Soma há cerca de quatro anos. Para quem pensou em vender o grupo inteiro dois anos atrás – os Jatahy controlam o negócio com pouco mais de 50% do capital – é uma virada animal. Dona de um colar de grifes que inclui ainda Farm, Foxton e Cris Barros e quase 180 pontos de venda, a holding triplicou de tamanho desde o início da década: hoje, fatura por ano mais de R$ 1 bilhão.

#Animale #Grupo Soma

Lava Jato avança no Rio

24/01/2019
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O juiz Marcelo Bretas tem encontro hoje com investigados na Operação Calicute, que representou a 37ª fase da Lava Jato e teve como principal alvo o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Bretas interroga Adriano José Reis, membro de um clã que comanda concessionárias no Rio de Janeiro e delatou esquema de blindagem fiscal no governo Cabral e Carlos Emanuel de Carvalho, apontado como operador financeiro do ex-governador.

#Lava Jato

Efeito em cadeia

2/01/2019
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Os caciques do MDB do Rio já se preparam não só para um, mas para dois tsunamis. No partido, há um consenso de que, se Sérgio Cabral fechar seu acordo de delação premiada, ato contínuo Luiz Fernando Pezão seguirá o mestre.

#MDB #Sérgio Cabral

Próximas atrações

3/12/2018
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Ainda tem muita sujeira para sair de debaixo do tapete de Cabral e Pezão. Segundo informações filtradas do Ministério Público Federal, a delação do ex-secretário de Obras do Rio Hudson Cabral cita mais de 40 autoridades como beneficiários do esquema de corrupção montado no estado. Consultado, o MPF diz que não comenta delações.

#Luiz Fernando Pezão #Sérgio Cabral

Lava Jato pós-eleitoral

29/10/2018
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A Rádio Lava Jato informa: com o fim das eleições, a Polícia Federal estaria preparando uma nova operação no Rio com base na delação de Carlos Miranda, apontado como operador de Sérgio Cabral. O alvo seria a Assembleia Legislativa do Rio.

#Lava Jato

Sondagem RR – Pena de morte e liberação da posse de armas são prioridades máximas na segurança

26/10/2018
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É compreensível a liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais diante do conservadorismo da sociedade brasileira, notadamente no que diz respeito à segurança pública. Parte expressiva da população apoia o uso de ações mais duras contra o crime, a exemplo da pena de morte e da liberação da posse de armas, que estão na base da pregação histórica de Bolsonaro. É o que revela sondagem realizada pelo Relatório Reservado em seis capitais de todas as regiões do país – Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Salvador e Manaus – publicada nesta edição especial que antecede o segundo turno da eleição à Presidência da República. O RR consultou 800 pessoas com a seguinte questão: “Classifique o grau de prioridade (Máxima, Média, Mínima ou Nenhuma) das medidas a seguir para o combate à violência”. Entre as 15 propostas apresentadas aos entrevistados, ficou patente o desejo da população pela instituição da pena de morte: 49% disseram que esta é uma ação de prioridade máxima. Outros 23% responderam média. Para 8%, trata-se de uma medida de urgência mínima.

Há, ressalte-se, uma parcela significativa contrária à punição radical: 20% afirmaram que a medida não tem prioridade nenhuma. Entre os presidenciáveis, Bolsonaro é o único que prega abertamente a pena de morte, assim como a prisão perpétua. Da mesma forma, sua defesa intransigente da liberação das armas também encontra eco na opinião pública. Entre os consultados, 61% afirmaram que esta é uma decisão de prioridade máxima para o combate ao crime, ao passo que 22% classificam a medida como de média urgência.

Entre os entrevistados, 2% e 15% tratam a autorização para a posse de armas como algo, respectivamente, de mínima ou de nenhuma importância para a redução da criminalidade. Outra medida severa e igualmente polêmica também conta com a aprovação da maioria da população. Respectivamente 51% e 32% consideram a redução da maioridade penal prioridade máxima ou média. Para 10%, a necessidade de mudança na lei é mínima, ao passo que 7% não enxergam qualquer impacto da medida sobre o combate à violência. Bolsonaro venceu mais uma vez.

O candidato apregoa a proposta e já deixou claro reiteradas vezes que trabalhará para baixar o sarrafo da punibilidade de 18 para 16 anos. Para isso, é necessário alterar o artigo 228 da Constituição e o artigo 27 do Código Penal, que dizem que menores de 18 anos são “penalmente inimputáveis” e estão sujeitos às normas de legislação especial. Parte do caminho já foi percorrida. Em 2015, a Câmara aprovou a PEC 171, de autoria do agora ex-deputado Benedito Domingos (DF), diminuindo a maioridade penal para 16 anos. O texto diz que a partir desta idade o jovem pode ser responsabilizado penalmente por crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A PEC foi encaminhada ao Senado para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça e, posteriormente, no plenário da Casa.

Intervenções militares
A enquete mostra o apoio da população a uma medida que foi trazida para o centro da questão da segurança pública neste ano: a intervenção federal no Rio de Janeiro. Entre os consultados, 78% classificam como urgência máxima que o expediente seja estendido para outros estados. A resposta reflete a confiança da sociedade em relação ao estamento militar e reforça a percepção de que, para a opinião pública, a solução da grave crise na segurança passa pelas Forças Armadas. Há ainda 10% que consideram a ação de prioridade média.

Apenas 6% apontam a possibilidade de intervenção em outras unidades da federação como de necessidade mínima, mesmo percentual dos que não enxergam nenhuma pressa na proposta. Haddad já se mostrou reiteradamente contra a intervenção militar. O petista propõe a substituição das Forças Armadas por policiais federais, com o argumento de que o apoio aos governos estaduais no combate ao crime deve ser feito por uma força policial civil. Bolsonaro é adepto da medida, mas com uma ressalva ao melhor estilo Bolsonaro.

Diz que uma intervenção militar não pode ser “branda” como a do Rio e usa como referência o Haiti: “Lá, o militar podia atirar! E aqui?” Em fevereiro deste ano, inclusive, durante uma das repetidas guerras de quadrilhas da Rocinha, no Rio, o candidato do PSL disparou sua solução: “Eu daria um prazo para que os bandidos saíssem da favela. Caso ficassem, metralharia o local”. Se a população quer mais intervenções, o mesmo não se pode dizer de outra experiência que teve o Rio de Janeiro como lócus. Se, um dia, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), uma criação do governo Sergio Cabral, pareciam ser, enfim, a solução adequada para escorraçar quadrilhas criminosas, hoje o modelo caiu em descrédito. Perguntados sobre a adoção de UPPs em todo o Brasil, apenas 6% entendem que a medida tem urgência máxima. Para 26%, trata-se de uma ação de prioridade média. Outros 14% consideram a proposta de necessidade mínima. A maior parte, contudo, 54%, acredita que a instalação de UPPs em outros estados não tem importância alguma no pacote para a área de segurança pública caso venha a ser proposta pelo próximo governo.

Descriminalização das drogas

O conservadorismo manifestado na iminente eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República se reflete também na opinião da população quanto à descriminalização das drogas como forma de combate ao crime – uma pauta mais afeita ao campo da esquerda. Entre os entrevistados pelo RR, 41% entendem que a proposta nada tem de prioritária. Para 28%, sua importância é mínima. Apenas 14% e 17%, respectivamente, consideram a medida como de prioridade média ou máxima para o equacionamento da grave crise da segurança pública no Brasil. A questão é tão controversa que o próprio Haddad tirou a proposta de descriminalização das drogas do seu programa de governo na campanha do segundo turno.

Crime organizado
O discurso duro contra a violência, que permitiu a Bolsonaro chegar a dois dias da eleição com meio corpo dentro do Palácio do Planalto, se reflete também no clamor por ações mais contundentes contra o crime organizado. Perguntados sobre a necessidade de um combate radical a facções criminosas, 67% responderam se tratar de uma prioridade máxima do próximo governo. Para 20%, esta é uma ação de premência média. Dos entrevistados, 12% classificaram a medida como de prioridade mínima.

E um índice irrisório de apenas 1% afirmou que não há razão na providência. Mais uma vez, ponto para o Capitão, que se apropriou como nenhum outro candidato do tema da segurança pública e, mais especificamente, do discurso agressivo contra criminosos. No Google, por exemplo, há 249 mil menções a “Jair Bolsonaro e crime organizado”; no caso de Haddad, seu concorrente, a mesma busca aponta menos da metade destes resultados: cerca de 114 mil. Sempre que pode, Bolsonaro e seu entorno trazem este assunto para o epicentro da campanha.

Na última quarta-feira, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que “o crime organizado aceita qualquer candidato, menos Jair Bolsonaro”. Embora exista a percepção de que toda a cadeia do crime organizado passa ou até mesmo começa na entrada de drogas e armas no país, curiosamente o reforço do patrulhamento das fronteiras não é apontado como uma questão a ser emergencialmente atacada pelo novo presidente da República. Apenas 9% dos entrevistados pelo RR disseram que esta é uma medida de prioridade máxima.

Em contrapartida, 60% afirmaram que não existe nenhuma urgência em se intensificar o monitoramento das fronteiras. Talvez esta parcela da população entenda que toda a energia deve ser concentrada, no curtíssimo prazo, no combate à violência nas áreas urbanas. Outros 19% consideram a medida de prioridade média, enquanto 12% responderam que esta é uma providência de urgência mínima. Não obstante o apoio à liberação da posse, a abertura do mercado brasileiro a fabricantes estrangeiros de armas não é tratada como uma medida prioritária, ainda que ela possa trazera reboque a ideia de um melhor aparelhamento das forças policiais.

Entre as 800 pessoas consultadas pelo RR, 68% disseram que a entrada de indústrias internacionais de armamentos e munição no país não tem prioridade alguma para o combate à violência. Outros 19% apontaram esta ação como de importância mínima. Somente 9% entendem a proposta como algo de relevância média para a segurança. E menos pessoas ainda, apenas 4%, classificaram a medida como de prioridade máxima.

Colégios militares
Verdade seja dita, nem todas as propostas de Jair Bolsonaro que tangenciam o combate ao crime encontram guarida na opinião pública. É o caso, por exemplo, da ideia de construção de colégios militares em comunidades, que perpassa tanto a educação quanto a área de segurança pública. A maioria esmagadora (70%) não vê qualquer senso de urgência na medida. Outros 13% consideram o expediente de prioridade mínima, ao passo que 14% responderam “prioridade média”.

Apenas 3% afirmaram que fincar escolas militares em comunidades é uma decisão de necessidade máxima para a melhoria da segurança pública. Em contrapartida, investimentos em educação, não necessariamente um ensino militar, são, sim, percebidos como ações importantes no curto prazo para a redução dos índices de violência. Para 52% dos entrevistados, esta é uma medida de premência máxima. Outros 32% classificam como uma providência de prioridade média.

Na opinião de 10% dos consultados, no horizonte imediato, esta é uma ação de necessidade mínima. Por fim, 6% não reconhecem na maior alocação de investimentos em educação um instrumento de mitigação do crime. polícias. Em 2015, a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Especial de Estudo sobre a matéria. O grupo encerrou seus trabalhos em julho deste ano com uma série de proposições para a execução do projeto, incluindo a criação de um plano de carreiras único para os policiais. No entanto, com a composição da próxima legislatura e a crescente presença de representantes das polícias militares no Congresso, é pouco provável que a proposta avance. Eduardo Bolsonaro, filho do Capitão e reeleito como o deputado federal mais votado da história, é um crítico contumaz da proposta. Costuma dizer que a ideia vem dos grupos políticos que “defendem bandido”. Haddad não fez qualquer pronunciamento mais agudo em relação à integração das forças policiais nos estados. Pelo contrário. Nos remendos que fez para o segundo turno, o petista até mesmo tirou de seu programa de governo a proposta de desmilitarização da polícia.

Efetivo policial

O RR também ouviu a população acerca de duas medidas que costumam pontificar em qualquer receituário de candidatos para a área de segurança. Perguntados sobre a ampliação do contingente policial, 73% afirmaram que esta ação deve ser executada imediatamente. Outros 25% entabularam esta providência como de prioridade média. Os que consideram o aumento do efetivo das forças policiais algo de menor importância formam, como poderia se esperar, um universo residual.

Apenas 1% disse que esta medida é de prioridade mínima, mesmo índice dos que a classificaram como algo sem qualquer sentido de urgência. Ressalte-se que esta é uma questão complexa, de difícil efetivação, uma vez que a expansão dos contingentes das polícias militar e civil é atribuição dos governos estaduais, cada qual com realidades e condições financeiras distintas. Na mesma linha, o RR ouviu a população sobre a integração entre as polícias militar e civil.

Não chega a ser um tema que cause palpitação na opinião pública. Dos consultados, 33% afirmaram que não há qualquer prioridade nesta medida, enquanto outros 41% a classificaram como uma ação de urgência mínima. Apenas 7% entenderam que a integração das polícias no curto prazo é uma condição indispensável para o combate ao crime. Por fim, 19% dos entrevistados apontaram este expediente como de prioridade média.

Há, ressalte-se, cinco PECs em tramitação no Congresso que abordam a reestruturação das forças de segurança estaduais e a integração entre as duas polícias. Em 2015, a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Especial de Estudo sobre a matéria. O grupo encerrou seus trabalhos em julho deste ano com uma série de proposições para a execução do projeto, incluindo a criação de um plano de carreiras único para os policiais. No entanto, com a composição da próxima legislatura e a crescente presença de representantes das polícias militares no Congresso, é pouco provável que a proposta avance. Eduardo Bolsonaro, filho do Capitão e reeleito como o deputado federal mais votado da história, é um crítico contumaz da proposta. Costuma dizer que a ideia vem dos grupos políticos que “defendem bandido”. Haddad não fez qualquer pronunciamento mais agudo em relação à integração das forças policiais nos estados. Pelo contrário. Nos remendos que fez para o segundo turno, o petista até mesmo tirou de seu programa de governo a proposta de desmilitarização da polícia.

Política carcerária
Por fim, o RR consultou a população sobre a relevância de novas políticas carcerárias para o enfrentamento do crime. A implementação de um programa nacional de construção de presídios foi apontada por 28% como algo que deve ser tratado pelo futuro presidente da República como prioridade absoluta. Exatamente a metade dos entrevistados classificou a ação como de emergência média. Outros 20% disseram que a medida tem peso mínimo no combate ao crime.

Somente 2% afirmaram que a proposta não tem qualquer grau de prioridade neste momento. Por sua vez, a privatização do sistema penitenciário está longe de ser uma pauta que sensibiliza o eleitorado e é percebida como uma ação que terá efeito prático na mitigação da criminalidade. Apenas 7% dos entrevistados cravaram a medida como de prioridade máxima, e outros 14%, como de prioridade média.

Para 52%, a entrega dos presídios a investidores privados tem importância mínima no contexto da segurança pública. Já 27% não veem qualquer necessidade de privatização do sistema carcerário neste momento. A situação carcerária é uma das variáveis mais dramáticas, pode-se dizer até desumanas, da equação da segurança pública no país. O índice de lotação nos presídios brasileiros é de 197%, ou seja, há praticamente dois detentos no espaço que deveria ser ocupado por apenas um.

Segundo estudos, zerar o déficit de vagas exigiria a construção de uma penitenciária por dia ao longo de um ano, considerando-se o gap em torno de 360 mil vagas. Em seu programa, Haddad prevê a criação de um Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária e de uma Política Nacional de Alternativas Penais. O petista defende ainda a implementação de uma Escola Penitenciária Nacional para capacitação de gestores de presídios, além de ações de reintegração social. Já Bolsonaro costuma tratar do tema com a crueza sincera que lhe é peculiar. Tem dito que a superlotação das cadeias é preocupação de quem está dentro e não fora da cela: “Não venham com essa historinha de que os presídios são cheios e não recuperam ninguém. Isso é problema de quem cometeu o crime…”

Sondagem
“Classifique o grau de prioridade (Máxima, Média, Mínima ou
Nenhuma) das medidas a seguir para o combate à violência”

Quem
800 entrevistados

Onde
Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Manaus

Quando
Entre os dias 22 e 24 de outubro

#Fernando Haddad #Jair Bolsonaro #PSL #PT

Quanto vale?

3/10/2018
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No bolão das eleições cariocas, as apostas são sobre quanto vale um apoio explícito de Sérgio Cabral a Eduardo Paes. Façam seus lances.

#Eduardo Paes #Sérgio Cabral

“Dia dos Paes”

20/09/2018
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Eduardo Paes (DEM) é o “paizão” dos órfãos políticos da Lava Jato. Além do apoio a Danielle Cunha, filha de Eduardo Cunha, vem se empenhando na campanha de Marco Antonio Cabral (MDB). Além de pedir votos, Paes tem cooperado na arrecadação de recursos para garantir a reeleição do herdeiro do ex-governador Sergio Cabral à Câmara dos Deputados. Não convém criar rusgas com dois presidiários tão explosivos quanto Cunha e Cabral.

#DEM #Eduardo Paes

Show do Garotinho

23/08/2018
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Anthony Garotinho prepara uma de suas estripulias contra Eduardo Paes. Ele avalia levar para o debate de amanhã entre os candidatos ao governo do Rio, na Rede TV, farto acervo fotográfico de Paes ao lado de Sérgio Cabral. Caso a produção do programa vete a exibição de imagens, aí mesmo é que Garotinho começaria o show.

#Anthony Garotinho

Cortes faz mal à saúde

23/08/2018
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Aliados de Sergio Cabral ainda não fisgados pela Lava Jato estão aflitos diante do risco da “bomba Sergio Cortes” explodir de vez. O consenso é que agora, com o indiciamento de sua mulher, Verônica Vianna, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex secretário de Saúde do governo Cabral vai partir para um acordo de delação premiada.

#Lava Jato

Memórias

30/07/2018
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Sérgio Cabral estaria rascunhando suas memórias no cárcere. Já condenado, até o momento, a mais de 100 anos, não lhe faltará tempo livre para revisar os originais.

#Sérgio Cabral

Cirurgia

9/07/2018
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Segundo o RR apurou, a PF está prestes a desbaratar um esquema para a compra de próteses cirúrgicas no governo Cabral. A denúncia também teria partido do ex-secretário de Saúde Sergio Cortes, que já arrastou para a Lava Jato empresas como a Philips, suspeita de pagar propina para a venda de equipamentos médicos.

#Lava Jato #PF

Nova geração

29/06/2018
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Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, tem conduzido as articulações para uma possível aliança entre o MDB do Rio e o DEM, de Eduardo Paes. Em condições normais, Cabral, 27 anos, estaria na quarta fileira da orquestra, mas, como se sabe, a Lava Jato tirou de circulação os regentes do MDB fluminense

#Eduardo Paes #MDB #Sérgio Cabral

Ciro Gomes acena com proposta de devassa patrimonial dos presidenciáveis

8/06/2018
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Ciro Gomes estuda propor publicamente aos demais concorrentes à Presidência da República que aceitem passar por uma rigorosa auditoria do seu patrimônio pessoal. A medida funcionaria como uma espécie de amplo inventário da idoneidade dos candidatos ao Palácio do Planalto, com a anuência e cooperação de diversos órgãos competentes, a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Receita Federal, Banco Central, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) etc. Entre outras sugestões, Ciro discute com seus assessores a possibilidade de aproveitamento dos acordos operacionais feitos entre o Brasil e autoridades de outros países para a troca de informações financeiras e fiscais com o objetivo de gerar salvo-condutos para os presidenciáveis.

A medida, ressalte-se, teria um grau de profundidade e extensão muito maior do que o historicamente adotado em outros processos eleitorais. A perquirição se aplicaria não apenas ao candidato, mas também a parentes de primeiro e segundo graus. A investigação teria o devido, com a disponibilização pública das informações financeiras coletadas. A proposta embalada por Ciro Gomes pode até soar como demasiadamente invasiva. No entanto, há que se considerar que circunstâncias excepcionais pedem e justificam soluções excepcionais.

O país viverá um processo eleitoral sem precedentes, dado o grau de criminalização da política trazido – ou desvendado – pela Lava Jato. Um número de candidatos jamais visto chegará à urna eletrônica com a imagem encardida por acusações de corrupção, quando não com denúncias já formalizadas à Justiça – para não falar que o líder virtual das pesquisas à Presidência está na carceragem da PF, em Curitiba. Aos olhos da opinião pública, a premissa que prevalece hoje é a de que todos são culpados até que se prove o contrário.

Some-se a isso o fato de que o atual modelo de prestação de contas estabelecido pela legislação eleitoral revelou-se uma malha de trama larga demais, incapaz de reter devidamente indícios de enriquecimento ilícito e de eventuais malfeitos na vida pública. Em 2010, por exemplo, quando se reelegeu para o governo do Rio, Sérgio Cabral declarou ao TSE um patrimônio de R$ 843.094,42. O futuro desvendaria outras cifras. Originalmente, Ciro Gomes pensou em recuar da proposta de devassa patrimonial dos candidatos devido aos constrangimentos que ela poderia provocar junto ao PT, eventualmente um potencial aliado até mesmo para o primeiro turno. Mas, se hoje existe uma liderança política que já teve suas contas escancaradas e seus problemas assumidamente revelados é o ex-presidente Lula.

#Ciro Gomes

Casa da propina

24/05/2018
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A Operação Calicute está desvendando um novo veio de malfeitorias de Sérgio Cabral. O delator Carlos Miranda, antigo assessor de Cabral, teria revelado um esquema de corrupção na construção de casas populares. Consultado, o Ministério Público Federal diz que “não comenta possíveis fatos e nomes levantados em investigações em curso.”

#Operação Calicute #Sérgio Cabral

O MDB é uma família

17/04/2018
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Leonardo Picciani e Marco Antonio Cabral têm tido um papel cada vez mais ativo no MDB do Rio, notadamente na costura de coligações para as eleições de outubro. Nas conversas internas, defendem que a sigla não tenha candidato próprio ao governo do estado e se concentre em reconstruir sua bancada na Alerj e no Congresso Nacional. Não quer dizer, no entanto, que a Lava Jato tenha precipitado a “sucessão” no MDB do Rio. Os interlocutores da dupla sabem muito bem que os jovens parlamentares apenas dublam seus respectivos pais, Jorge Picciani e Sérgio Cabral.

#Leonardo Picciani #MDB #Sérgio Cabral

Lava Jato testa os anticorpos de Walter Faria

16/04/2018
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O RR recebeu informações de que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal estariam preparando uma nova investida sobre Walter Faria e a cervejaria Petrópolis. A ação seria um desdobramento das investigações contra o ex-governador Sergio Cabral e o presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani. Segundo a fonte do RR, o caso teria relação com benefícios fiscais recebidos pela cervejeira no Rio de Janeiro durante o governo Cabral, da ordem de R$ 280 milhões. Como contrapartida, a empresa teria feito doações ilegais para candidatos aliados a Cabral em 2014.

Diante da gravidade das informações, a newsletter procurou ouvir os personagens envolvidos. A Polícia Federal disse que “não se manifesta sobre eventuais investigações em curso”. O RR fez seguidos contatos com a Petrópolis, que não quis se pronunciar sobre o assunto, assim como o Ministério Público. As suspeitas remetem ao relacionamento entre Faria e Picciani, que já é alvo da Operação Cadeia Velha, um derivativo da Lava Jato no Rio. Faria é sócio da Tamoio Mineradora, que tem o parlamentar com um de seus acionistas.

O dono da Petrópolis também seria comprador de gado nos leilões realizados pela família Picciani. Faria, no entanto, tem demonstrado uma resiliência que faz lembrar o Paulo Maluf dos bons tempos. Montou um esquadrão de advogados, instalou um bunker de acompanhamento e lobby no Congresso e vem driblando as seguidas denúncias criminais. A Petrópolis aparece na Operação Caixa 3. A Polícia Federal investiga empréstimos no total de R$ 827 milhões concedidos pelo Banco do Nordeste à empresa entre 2013 e 2014 para a construção de duas fábricas – uma na Bahia e outra em Pernambuco.

Faria está citado também na Operação Zelotes. Segundo investigações, a Petrópolis teria sido uma das empresas beneficiadas com o esquema de propinas dentro do Carf. Em outubro do ano passado, inclusive, o próprio Conselho anulou julgamento anterior que havia revertido uma autuação da Receita Federal contra a cervejeira no valor de R$ 8,6 milhões. O Fisco, aliás, é um caso à parte na trajetória da Petrópolis. Em 2005, Faria chegou a ser preso na Operação Cevada, sob a acusação de sonegação de tributos estaduais e federais.

Em 2012, a fábrica da empresa em Boituva (SP) foi alvo de uma operação de busca e apreensão. A cervejeira foi acusada pela Secretaria de Fazenda do estado de sonegar cerca de R$ 600 milhões em impostos entre 2006 e 2011. Em janeiro deste ano, o Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro confirmou multas da ordem de R$ 1 bilhão contra a companhia. Segundo o relator do processo, “a Petrópolis agiu com “dolo, fraude ou simulação” ao fazer operações triangulares para evitar o recolhimento do ICMS devido. Walter Faria, no entanto, parece imune a tudo e a todos. O próprio crescimento da Petrópolis – imprensada entre o “monopólio” da Ambev e o avanço da Heineken – é um sinal da sua capacidade de sobrevivência em condições adversas. Contra todas as apostas, que a classificavam como presa fácil, a companhia tem resistido ao processo de consolidação do setor cervejeiro. Faria é praticamente intocável.

#Cervejaria Petrópolis #Ministério Público #Walter Faria

Ex-secretário de Cabral mira em Pezão

28/03/2018
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A entrevista concedida no último fim de semana por Sergio Cortes, ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral, acendeu o sinal de alerta no Palácio Guanabara. Além do discurso com o nítido propósito de se distanciar de Cabral, o “arrependido” Cortes deixou claro que vai apontar sua metralhadora de memórias na direção do governador Luiz Fernando Pezão. Como Cabral já foi mais do que destrinchado pela Lava Jato, Pezão seria o seu “vale delação”. Por sinal, em seus depoimentos à Justiça, Cortes já deu alguns spoilers das próximas cenas, a exemplo da denúncia de que Pezão teria recebido propina de um fornecedor de contêineres para o governo do estado.

#Sérgio Cabral

Justiça faz nova caçada ao “Rei Arthur”

16/03/2018
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O juiz Marcelo Bretas prepara um novo pedido à Justiça dos Estados Unidos para a extradição do empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”. As autoridades norte-americanas já negaram por quatro vezes a entrega do foragido da Lava Jato, que mantém residência em Key Biscaine, na Flórida. O pedido se baseia em recentes depoimentos do ex-secretário de Saúde do governo Cabral, Sergio Cortes. A Facility, empresa de Arthur, é acusada de ter recebido mais de R$ 1,7 bilhão/ano em contratos irregulares com o governo Cabral.

#Arthur Soares

Inimigo íntimo

13/03/2018
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A filiação do deputado federal Celso Pansera tem causado divergências dentro do PT do Rio. A chegada de Pansera, ministro de Ciência e Tecnologia no breve segundo mandato de Dilma Rousseff, empurra para o partido as figuras de Eduardo Cunha e Jorge Picciani, aos quais ele sempre deveu lealdade. Isso em uma campanha eleitoral em que o PT terá de fazer todo o esforço para apagar do debate a aliança com o PMDB de Sergio Cabral, Cunha e Picciani.

#Dilma Rousseff #PT

Lava Jato recebe reforço no Rio

5/02/2018
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O temor de muitos de que Raquel Dodge pudesse puxar o freio da Lava Jato não tem se justificado, notadamente no que diz respeito ao braço da operação no Rio de Janeiro. A PGR deverá destacar mais um procurador para a força-tarefa do Rio. No início do ano, outro integrante do Ministério Público já havia sido deslocado para a cidade – hoje, a equipe conta com dez procuradores. O reforço da tropa se deve às recentes denúncias apresentadas contra Sérgio Cabral e à expectativa de novos acordos de delação.

#Lava Jato #PGR #Raquel Dodge

O capitão e o delegado

10/01/2018
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O nome de José Mariano Beltrame, que carrega o goodwill da melhora da segurança pública no Rio durante o governo Cabral, tem sido bastante repetido na equipe do candidato Jair Bolsonaro.

#Jair Bolsonaro #Sérgio Cabral

“Furo certo” é o candidato do RR para 2018

29/12/2017
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No 12 de maio, quando ainda vigorava a projeção de R$ 139 bilhões, o Relatório Reservado informou que o déficit primário em 2017 ficaria acima dos R$ 154 bilhões do ano passado. Bingo! Deu R$ 159 bilhões na cabeça. Esta foi uma das mais reveladoras bolas de cristal do RR no ano. Ao longo de 2017, a newsletter deu, em primeira mão, 2.582 informações; citou 298 corporações dos mais diversos setores, mencionou 1.122 personagens centrais na cena brasileira, entre dirigentes empresariais, políticos e autoridades. Os oráculos do RR estão sempre em alerta!

Ao longo do ano, o RR antecipou várias das fórmulas que compuseram o receituário de Michel Temer e Henrique Meirelles, seja entre medidas efetivamente adotadas, seja entre propostas que não saíram do papel: da segunda perna da repatriação à securitização de imóveis e outros ativos da União, passando pelo uso de precatórios – leia-se depósitos judiciais não sacados pelos credores há mais de dois anos – para o equilíbrio fiscal. O RR foi também a primeira publicação a revelar, em 21 de fevereiro, a disposição do presidente Temer em extinguir a Reserva Nacional do Cobre (Renca). Temer assinou embaixo o furo do RR, só que a lápis: anunciou o fim da Renca, mas não suportou as manifestações contrárias e voltou atrás em sua decisão.

Por falar em sístoles e diástoles presidenciais, em 16 de janeiro o RR informou que Michel Temer empurraria para seu sucessor a reforma da Previdência dos militares. Aliás, em algumas ocasiões ao longo de 2017, as Forças Armadas, notadamente o Exército, foram empurradas, por “aproximações sucessivas”, para o centro das crepitações político-institucionais. A Corporação, no entanto, não arredou um só milímetro do seu ponto de equilíbrio muito em função da capacidade de liderança do Comandante Eduardo Villas Bôas, não obstante suas notórias limitações decorrentes de uma doença degenerativa – informação, aliás, divulgada com exclusividade pelo RR em 13 de março.

A Lava Jato parece ter entrado em processo de fade out. Ainda assim, em 2017, o RR perscrutou os passos de seus principais protagonistas. O reino de crimes de Sérgio Cabral foi virado e revirado pelo Ministério Público, pelo Judiciário e pelas fontes da publicação. Em 1 de fevereiro, a newsletter antecipou a investida da Lava Jato e de sua consorte Calicute sobre Regis Fichtner, secretário da Casa Civil durante do governo Cabral. No dia 20 do mesmo mês, o Relatório noticiou que o MPF exumava os benefícios fiscais concedidos em sua gestão. Em 23 de outubro informou que o ex-secretário de Saúde do Rio Sergio Cortes havia revelado aos procuradores um esquema para a compra de vacinas, medicamentos e próteses, o que viria a ser amplamente divulgado pela mídia na primeira semana de novembro.

No noticiário corporativo, a publicação antecipou, em 20 de fevereiro, uma das maiores operações de M&A do país em 2017 – e, convenhamos, não foram muitas: a venda da Votorantim Siderurgia para a ArcelorMittal. A negociação seria oficialmente anunciada três dias depois. Ainda em fevereiro, o RR informou que a área de refino também entraria no plano de desmobilização de ativos da Petrobras, decisão confirmada pelo presidente da estatal, Pedro Parente, em abril. A newsletter revelou também o cheiro do ralo da AmBev: na edição de 18 de janeiro, trouxe à tona o relatório, àquela altura inédito, do analista do HSBC Carlos Laboy, listando 15 graves problemas da cervejeira: do uso de caixas sujas com odor de cerveja podre no assoalho à falta de uma estratégia para as bebidas alcoólicas.

A fama de “pé sujo” custou muito em marketing e propaganda para a empresa de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Da economia real para a “virtualíssima”, o RR acertou em cheio, mais uma vez, na edição de 15 de setembro, quando informou que o BC e a CVM haviam criado grupos de  trabalho para acompanhar o crescimento do mercado de bitcoins no país. Ao apagar das luzes de 2017, só para não variar, mais um furo se consuma: a venda da Unidas à Locamerica, noticiada em junho. Por fim, um furo de reportagem, que vale mais pela admiração da newsletter em relação ao personagem: em 27 de janeiro, o RR informou sobre o lançamento da biografia do então presidente do Conselho do Bradesco, Lázaro Brandão.

#Henrique Meirelles #Jorge Paulo Lemann #Michel Temer #Pedro Parente

Próximos capítulos

11/12/2017
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A delação de Celso Miranda, que atuava como uma espécie de CFO do esquema de propinas de Sérgio Cabral, promete levar de arrasto a Alerj. Miranda era um importante facilitador das relações entre Cabral e deputados da Casa.

#Alerj #Sérgio Cabral

O síndico sumiu

7/12/2017
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O PMDB do Rio está praticamente acéfalo desde a prisão de Jorge Picciani. Até o momento, Marco Antônio Cabral, filho de Sérgio Cabral e presidente interino da sigla no estado, não convocou qualquer reunião do diretório e mal aparece na sede do partido.

#Jorge Picciani #PMDB #Sérgio Cabral

O “arco da velha” da gestão Cabral

4/12/2017
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A expectativa entre os procuradores da Operação Calicute é que a prisão de Henrique Alberto Ribeiro, ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ), seja decisiva para desenterrar cobras, lagartos e outros répteis entocados na estatal. O alvo prioritário é o Arco Metropolitano do Rio, uma das maiores obras do DER-RJ no governo de Sérgio Cabral. Ribeiro era responsável pela negociação de contratos com as empreiteiras.

Segundo o RR apurou, há indícios de que recursos teriam sido desviados para financiar campanhas de aliados de Cabral. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento da edição. O projeto do Arco Metropolitano começou em R$ 1 bilhão. Ao ser inaugurado, em 2014, havia consumido mais de R$ 2 bilhões em meio a uma teia de aditivos contratuais.

Entre a construção do Arco e manutenção e reparos de rodovias vicinais, o empreendimento envolveu mais de três dezenas de empreiteiras, entre elas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Delta e Carioca – todas devidamente devassadas pelas Lava Jato. Não custa lembrar que projeto também está na mira do Cade. Com base em acordo de leniência com a OAS, o Conselho investiga a formação de cartel nas obras de construção do Arco Metropolitano que envolveriam 23 empreiteiras.

#Andrade Gutierrez #Odebrecht #Operação Calicute #Sérgio Cabral

Tríplice coroa

24/11/2017
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A delação de Lucio Funaro sobre os desvios de recursos na Prece, fundo de pensão da Cedae, deverá trazer à tona um personagem onipresente nos governos de Anthony Garotinho, Sérgio Cabral e Pezão.

#Anthony Garotinho #Cedae #Lucio Funaro #Luiz Fernando Pezão #Sérgio Cabral

A maldição da Delta Engenharia

16/11/2017
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O espólio da Delta Engenharia, ao que parece, não resistiu à ausência de Fernando Cavendish e, sobretudo, de suas conhecidas práticas. A Allianza Infraestruturas do Brasil, que sucedeu a malfadada empreiteira após sua venda para a espanhola Essentium, enfrenta uma situação complicada. Segundo o RR apurou, a companhia vem padecendo com a falta de contratos de porte e as dívidas acumuladas.

O passivo estaria na casa dos R$ 400 milhões. A própria Essentium segurou as pontas por alguns meses, mas teria estancado os aportes na controlada. No escritório da companhia, o senso comum é que os espanhóis só não foram embora do país porque ainda têm a expectativa de desbloquear ao menos parte dos R$ 740 milhões em bens retidos por decisão judicial para cobrir passivos da Delta.

Para a Justiça, a Allianza e, portanto, a Essentium são sucessoras não só dos ativos e da carteira de contratos, mas também das dívidas da empreiteira. O RR fez várias tentativas de contato com a Allianza e a Essentium, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. E Fernando Cavendish? O velho amigo de Sergio Cabral não está nem aí. Disparou os débitos da Delta, deixou o rojão para a Essentium e hoje desfruta do que amealhou nos tempos em que era um dos donos dos canteiros de obras no Rio, sabe-se muito bem a que custo.

Está sempre na varanda de seu mega-apartamento no fim da Delfim Moreira, na Praia do Leblon, o metro quadrado mais caro do Brasil. Gosta de abrir garrafas de champanhe pelo método. O sujeito quebra a garrafa com uma espada sarracena na altura da rolha. Faz isso de modo que as pessoas na praia possam vê-lo se exibindo. Costuma também correr no calçadão acompanhado de personal trainer. É um dos homens mais felizes da cidade que ajudou a afundar.

#Allianza Infraestruturas do Brasil #Delta Engenharia #Essentium #Fernando Cavendish

Pacto rompido

10/11/2017
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O depoimento de Sérgio Cabral, revelando caixa 2 na campanha de Luiz Fernando Pezão, deixou o governador do Rio com a convicção de que um pacto de sangue acaba de ser rompido. A partir de agora, é cada um por si.

#Luiz Fernando Pezão #Sérgio Cabral

MP mapeia os caminhos entre Andrade Gutierrez e Regis Fichtner

8/11/2017
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A delação do marqueteiro Renato Pereira ainda vai render. Virão à tona as relações perigosas da Andrade Gutierrez com Regis Fichtner, secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro durante o governo de Sérgio Cabral. A colaboração entre ambos ia além das prebendas para lá, caixa dois para cá.

De acordo com a delação de Pereira, sua prestação de serviços a Sergio Andrade era interestadual, com uma ponte para Minas Gerais. Do lado das Alterosas estavam Aécio Neves e Andrea Neves, fregueses contumazes da Andrade Gutierrez. Nessa trama, entram, por exemplo, as investigações sobre o suposto pagamento de propina à empreiteira na construção da Cidade Administrativa, uma das obras mais caras do governo de Aécio – aproximadamente R$ 2 bilhões.

Na procuradoria Sergio Andrade e Regis Fichtner são apontados como pertencentes à “turma do teflon”. Até agora pouca coisa grudou nos dois. Não é por falta de gordura na frigideira. A Andrade Gutierrez já fechou acordo de leniência. Fichtner, por sua vez, foi citado em depoimento de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do esquema de Cabral.

Ele afirmou à Justiça ter levado pessoalmente ao ex-secretário dinheiro vivo fruto de propina. A imprensa já noticiou, inclusive, que o próprio Fichtner estaria negociando sua delação, o que, por ora, não se confirmou. Fichtner estava na Casa Civil quando a Andrade Gutierrez participou das obras do Maracanã.

No mesmo período, em 2010, a Cemig, da qual a empreiteira é sócia, aumentou sua participação na Light. Inicialmente, Sérgio Cabral era contrário à hipótese da estatal mineira amplificar seu poder na distribuidora fluminense. Fichtner foi convocado para aparar as arestas. A conta do acerto teria ido para a Andrade Gutierrez. A companhia agiu ainda em consórcio com duas empreiteiras carimbadas no governo Cabral: Carioca e Delta. Segundo o RR apurou, Renato Pereira disse que a articulação e montagem jurídica dos consórcios ficava, na surdina, a cargo de Fichtner. Procurados pelo RR, a Andrade Gutierrez, Regis Fichtner e o Ministério Público Federal não se pronunciaram.

#Andrade Gutierrez #Regis Fichtner

Gritos do silêncio

8/11/2017
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Organizações civis estão convocando, nas redes sociais, uma manifestação em frente à residência de Sérgio Cabral no dia 17 de novembro, quando sua prisão completa um ano. Do jeito que andam o animus e a mobilização da população do Rio, periga o protesto não ser ouvido nem no prédio ao lado.

#Sérgio Cabral

Funaro dispara contra aliado de Cabral

24/10/2017
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A delação de Lucio Funaro corroeu de vez a situação do empresário Georges Sadala, apontado como um dos elos do esquema de corrupção do governo de Sérgio Cabral. Segundo o RR apurou, em seus depoimentos o doleiro mapeou o repasse ilegal de recursos a Sadala, a partir de contratos que o empresário mantinha com o governo do Rio.

#Lucio Funaro #Sérgio Cabral

Plano de saúde

23/10/2017
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Em negociações com o Ministério Público Federal para fechar um acordo de delação, o ex-secretário de Saúde do governo Cabral, Sérgio Côrtes, promete escancarar as vísceras do PMDB no Rio de Janeiro. Côrtes tem revelado detalhes de um esquema para a compra de vacinas, medicamentos e próteses, com capilaridade em dezenas de municípios do Rio de Janeiro. A operação envolveria distribuidoras de artigos hospitalares no Brasil e no exterior e, não poderia faltar, doleiros – espécie onipresente no ecossistema da Lava Jato. Segundo investigações do MPF, parte dos recursos públicos desviados teria sido utilizada para financiar a reeleição de Sérgio Cabral ao governo do Rio, em 2010, e candidaturas do PMDB a prefeituras no estado do Rio em 2012. Além, claro, de deixar muita gente rica.

#Lava Jato #PMDB #Sérgio Cabral #Sérgio Côrtes

Eike 2016

17/10/2017
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As investigações sobre a compra de votos para a escolha do Rio como Cidade Olímpica rondam Eike Batista. À época, o Mister X era unha e carne do governador Sérgio Cabral e apoiador de primeira hora da candidatura da Rio 2016. Aliás, foi no jatinho de Eike que “Serginho” e Eduardo Paes viajaram para Copenhagen, onde se deu a reunião do Comitê Olímpico Internacional que elegeu o Rio como sede da Olimpíada.

#Eike Batista #Rio 2016 #Sérgio Cabral

“Turma do guardanapo” ronda Aécio Neves

5/10/2017
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Há uma nova flecha apontada contra Aécio Neves. Segundo informações filtradas do Ministério Público, a Operação Calicute se debruça sobre as relações do senador com Georges Sadala. Conhecido por integrar a “Turma do Guardanapo” – referência ao grupo de empresários amigos do peito de Sérgio Cabral –, Sadala também esticou
seus tentáculos Minas Gerais. Uma de suas companhias, a Gelpar, fez parte do consórcio Minas Cidadão – responsável por implementar as Unidades de Atendimento Integrado (UAIs). A licitação ocorreu em junho de 2010, dois meses após Aécio ter deixado o cargo de governador. Os procuradores investigam se essa data é o atestado de que nada de errado ocorreu ou uma conveniente “coincidência”. Consta que o contrato para a instalação das UAIs girou em torno de R$ 300 milhões. Segundo a fonte do RR, o MPF investiga a denúncia de que parte dos recursos teria sido desviada como caixa 2 para a campanha de aliados de Aécio. O RR fez várias tentativas de contatos com empresas de Sadala, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

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A assessoria do senador Aécio Neves ressaltou que a licitação das UAIs “não ocorreu na administração do então governador”. Informou ainda que o “contrato teve aval do Banco Mundial e incluiu cláusula de verificação por auditoria externa, tendo ainda o edital da licitação sido submetido ao Ministério Público.” Registrou que os serviços prestados pelo consórcio Minas Cidadão “representaram uma economia de 30% sobre os custos da execução direta pelo estado”. Por fim, a assessoria de Aécio Neves afirmou que nenhuma das empresas do consórcio vencedor fez doação para o PSDB ou seus candidatos.

#Aécio Neves #Operação Calicute

Controle remoto

28/09/2017
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A reunião do Conselho Deliberativo do Sebrae-RJ que decidiria a destituição de Cezar Vasquez do comando da entidade foi postergada de ontem para 10 de outubro. O adiamento virou motivo de chiste. Um personagem influente nos acontecimentos comentou com o RR que o assunto é pilotado do presídio de Benfica, moradia de Sérgio Cabral. Só depois é que chega aos desígnios do Conselho.

#Sebrae #Sérgio Cabral

Sebrae-RJ é um teste da força a distância de Sérgio Cabral

27/09/2017
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Quantas vidas tem Cesar Vasquez, diretor-superintendente do Sebrae-RJ e cunhado do ex-governador Sérgio Cabral? Sua reconhecida capacidade de resiliência no cargo será colocada à prova mais uma vez no dia de hoje. Em reunião extraordinária marcada para às 9h30, o Conselho Deliberativo vai julgar o pedido de destituição de Vasquez. O executivo é acusado de ter cometido sucessivas irregularidades no comando do Sebrae-RJ, onde tem o condão de administrar um orçamento de R$ 225 milhões.

Na reunião, será votado também o afastamento do diretor de Produto e Atendimento, Armando Augusto Clemente, e do diretor de Desenvolvimento, Evandro Peçanha Alves. De acordo com os estatutos do Sebrae -RJ, é necessária a concordância de 11 dos 15 conselheiros para a destituição de membros da diretoria. O resultado é uma incógnita até mesmo para os versados nos assuntos da entidade. Vasquez tem uma enorme confiança no poder de fogo do seu protetor. Não é a primeira vez que o Conselho vota sua destituição. Na última vez, o ex-governador, mesmo encarcerado, mostrou sua força. Terá sido a última?

Conforme antecipou o RR na edição de 26 de abril deste ano, auditoria realizada pela Deloitte apontou uma série de irregularidades na gestão de Cezar Vasquez. Segundo o relatório produzido pela consultora, as movimentações suspeitas teriam somado cerca de R$ 10 milhões, a maior parcela referente à contratação de empresas terceirizadas e patrocínios a eventos. Em abril, o Conselho Deliberativo chegou a solicitar o cancelamento de um dos acordos suspeitos, com a empresa de TI ProBid.

Mesmo com alguns ferimentos, Vasquez bambeou e, mais uma vez, não caiu. A diretoria executiva rejeitou o pedido, alegando riscos jurídicos à entidade. Há denúncias ainda de que a ProBid teria contratado uma empresa com participação acionária de filhos do diretor do Sebrae-RJ Armando Clemente. Em carta enviada à presidente do Conselho Deliberativo, Carla Pinheiro, a entidade negou a acusação.

Procurado pelo RR, o Sebrae-RJ não quis se pronunciar. Outra acusação envolve o próprio filho de Cesar Vasquez, Francisco Cabral Vasquez. Segundo a fonte do RR, Francisco participou de dois eventos no exterior ligados ao Projeto de Empreendedorismo Musical Estrombo, criado pelo Sebrae-RJ. Em ambos os casos, teria viajado às custas da entidade na condição de pessoa física. O estatuto só permite o apoio a viagens de empreendedores vinculados a pessoas jurídicas. Será um projétil com calibre suficiente para atravessar o colete que mantém Vasquez no cargo há sete anos?

#Sebrae #Sérgio Cabral

Os diamantes e as delações são eternas

27/09/2017
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A situação de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo – condenados, respectivamente, a 45 anos e 18 anos de prisão – vai piorar mais alguns quilates. Segundo o RR apurou, a joalheria Antonio Bernardo está prestes a fechar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. O pacote inclui ampla documentação sobre as vendas fechadas para o casal Cabral, ao valor total de R$ 3,8 milhões. Consultada, a empresa informou que “sempre colaborou com a Justiça e atendeu a todas as obrigações a ela imputadas.”

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Lava Jato busca o ponto de fissura da INB

26/09/2017
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A Lava Jato, que fez uma limpeza na Eletronuclear, vai direcionar suas baterias para as estranhas práticas de financiamento indireto de campanha, licitações sob medida e contratos com preços diferenciados da Indústria Nuclear Brasileira (INB). Segundo a fonte do RR, o Ministério Público está investigando essas relações perigosas. Não deve ser muito difícil, conforme revela o mapa da cadeia de comando da INB. O presidente do instituto, José Carlos Tupinambá, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio por desvio de verbas em uma secretaria do Município de Duque de Caxias, indicado pelo atual prefeito da cidade, Washington Reis, por sua vez condenado pelo STF por improbidade administrativa e agora pelo TRE, estando em vias de ter seu mandato cassado. A INB seria um feudo de Jorge Picciani, Washington Reis e Sergio Cabral, condenado a 45 anos. O RR tentou contato com a estatal, por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

#Eletronuclear #INB #Lava Jato

Epidemia

19/09/2017
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Os sócios da Rede D ´OrCarlyle, GIC e o médico Jorge Moll – estão com a pressão a 18 por 12. De um lado, Antonio Palocci, que sabe de cor como foi aprovada a MP permitindo o capital estrangeiro em hospitais; do outro, a iminente delação de Sergio Cortes, ex-secretário de Saúde do governo Cabral e ex-diretor médico do grupo. A Rede D ´Or diz desconhecer “citações ao seu nome em depoimentos de Palocci e Cortes”.

#Carlyle #GIC #Rede D'Or

Family office

21/08/2017
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Jorge Picciani está se tornando tutor político dos “órfãos” da Lava Jato. Mentor de Marco Antonio Cabral, filho de Sérgio Cabral, terá também participação direta na campanha de Danielle Dytz da Cunha à Câmara dos Deputados. Herdeira do capital político de Eduardo Cunha – sim, ele existe -, já é possível antever a jovem Danielle em palanques do interior do Rio, nas inúmeras cidades dominadas pelo PMDB, falando da “injustiça” que fizeram com seu pai.

#Eduardo Cunha #Jorge Picciani #PMDB #Sérgio Cabral

Um secretário cheio de saúde

3/08/2017
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Os tentáculos de Sergio Cortes, ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral, não cabiam dentro do governo do estado. Segundo fonte do MP, a Operação Calicute investiga sua suposta participação em contratos irregulares na área de saúde firmados por prefeituras do PMDB no interior do estado do Rio.

#Operação Calicute #Sérgio Cabral

Arco da velha

14/07/2017
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O Ministério Público do Rio e o Cade têm alimentado um ao outro com saborosas informações sobre a construção do Arco Metropolitano do estado. Já são 29 empresas, entre construtoras e fornecedoras de serviço, na alça de mira. O Cade apura a formação de cartel nas obras, liderado por oito empreiteiras – como o próprio órgão antitruste confirmou ao RR. O mais quente, no entanto, está com o MP, que, só para não variar, investiga o pagamento de propinas a integrantes do governo de Sérgio Cabral. Em sua delação premiada, executivos da Odebrecht já deram a pista do caminho do dinheiro.

#Cade #Odebrecht

Radioatividade

13/07/2017
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O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (PMDB),tomou conta da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), com a indicação de aliados para diversos cargos. A sesmaria lhe foi concedida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. Nada mais justo. Reis tem um longo histórico de serviços prestados à atômica trinca Sergio Cabral, Eduardo Cunha e Picciani.

#Jorge Picciani #PMDB

Garotinho propaganda

23/06/2017
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Anthony Garotinho já está afiando as garras para as eleições ao governo do Rio em 2018. Voltou a ter um programa de rádio e está à procura de um horário na programação da TV aberta. Vai também intensificar a produção de vídeos para as redes sociais. Isso para não falar do seu blog, cuja maior especialidade é bater em Sergio Cabral e no PMDB.

#Anthony Garotinho #Eleições #Governo do Rio de janeiro

Rio Negócios é uma etapa nada nobre no currículo de Olavo Monteiro de Carvalho

7/06/2017
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O marquês de Salamanca meteu-se em um embrulho muito além da sua vã filosofia. Para os neófitos, o título nobiliárquico pertence ao empresário Olavo Monteiro de Carvalho,  presidente do Grupo Monteiro Aranha, que, junto com o Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã e outros monumentos mais e menos votados, é um dos símbolos do Rio de Janeiro. Olavo é presidente do Conselho da Rio Negócios, uma agência sem fins lucrativos, criada como um satélite independente da gestão Eduardo Paes e voltada para a promoção de novos empreendimentos, meio ambiente e desenvolvimento urbano.

Uma boa ideia, que entre tantas outras, depende da qualidade do seu entorno. Paes e Sérgio Cabral não são o melhor exemplo de parceria para qualquer agência. A dependência de ambos acabou deixando a Rio Negócios a ver navios. E o marquês de Salamanca, pendurado com a brocha na mão. Olavo Monteiro de Carvalho, como presidente do Conselho, é, em última instância, o responsável pelo “pepinódromo” que se tornou a Rio Negócios.

A agência está dando um calote no mercado de R$ 1,7 milhão. Só à Associação Comercial do Rio deve R$ 500 mil em aluguéis atrasados. Fora dessa conta estão os passivos trabalhistas, com várias rescisões feitas sem o pagamento dos compromissos fiscais correspondentes. O número de negócios expressivos feitos pela Rio Negócios forma um conjunto vazio. Mas os dedos das duas mãos teriam de ser multiplicados para enumerar o número de viagens de Marcelo Haddad, seu superintendente-geral.

Muita gente boa entrou nesse barco, junto com Olavo, mas, como ele assumiu o timão, ficará com o ônus dos desajustes e ineficiências da gestão. Marcelo Crivella, que quer distância do antecessor, não renovou o contrato firmado por Eduardo Paes, uma das âncoras financeiras da agência. Por enquanto, a saída encontrada é para lá de provinciana: abrir uma Niterói Negócios, no município do outro lado da ponte. O marquês de Salamanca entrou nessa por amor ao Rio, emprestando nome e tradição. Vai parar encalhado na terra de Arariboia com o espeto das contas na mão. Não era para ser assim.

#Eduardo Paes #Grupo Monteiro Aranha #Marcelo Crivella

Na direção de Sérgio

2/06/2017
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Mais um petardo na direção de Sérgio Cabral: o ex-secretário de Obras do Rio, Hudson Braga, fechou seu acordo de delação com o Ministério Público.

#Ministério Público #Sérgio Cabral

Leniência 24 quilates

30/05/2017
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A joalheria Antonio Bernardo, envolvida no esquema de corrupção de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo, estaria prestes a fechar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. Segundo informações apuradas junto ao MP, a multa passaria dos R$ 10 milhões.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Gestão da família

11/05/2017
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Não bastasse a pressão da Lava Jato, Adriana Ancelmo vem tendo ainda uma peleja com Marco Antonio Cabral, filho de Sérgio Cabral, pela, digamos assim, gestão das finanças da família.

#Adriana Ancelmo #Lava Jato #Sérgio Cabral

Plantão médico

10/05/2017
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O fundo norte-americano Carlyle avalia a venda de sua participação de 8,3% na Rede D ´Or. Qualquer semelhança entre o timing da saída do negócio e a recente prisão do diretor médico da companhia e ex-secretário de Saúde do governo Cabral, Sergio Cortes, não seria mera coincidência.

#Carlyle #Rede D'Or

Alguém em Bangu gosta do Sebrae/RJ

28/04/2017
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Quem disse que cunhado não é parente? Cezar Vasquez, diretor-superintendente do Sebrae/RJ e casado com a irmã de Sérgio Cabral, mostrou que tem sete vidas e o apreço do ex-governador. Na reunião extraordinária realizada ontem – ver RR edições de 25 e 26 de abril –, a proposta de destituição de Vasquez rachou o Conselho Deliberativo: foram sete votos a favor e sete contra. Como era necessária a aprovação de 11 dos 14 conselheiros, Vasquez se manteve no cargo, administrando um orçamento de R$ 255 milhões. Mas deve responder criminalmente pelas irregularidades apontadas na auditoria realizada pela Deloitte, conforme antecipou o RR. O grupo de oposição a Vasquez, formado basicamente pelos indicados das entidades privadas, pretende entrar com uma representação contra ele por fraude no Ministério Público do Rio.

#Sebrae #Sérgio Cabral

Auditoria aponta irregularidades na gestão do Sebrae/RJ

26/04/2017
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O iminente afastamento do cargo de diretor-superintendente do Sebrae/RJ é o menor dos problemas de Cezar Vasquez. Na reunião extraordinária convocada para amanhã com o objetivo de votar a destituição de toda a gestão executiva – conforme antecipou o RR na edição de ontem –, o Conselho Deliberativo da entidade vai apresentar o relatório final de auditoria realizada pela Deloitte que aponta uma série de irregularidades durante a administração de Vasquez, cunhado de Sergio Cabral. O RR teve acesso exclusivo à farta documentação oficial, com conteúdo suficiente para preencher seguidas edições da publicação. Segundo fonte do próprio Sebrae/RJ, a devassa reuniu fortes indícios de operações irregulares que teriam movimentado mais de R$ 10 milhões.

A auditoria da Deloitte identificou a contratação de empresas ME (de médio porte) e EPP (de pequeno porte) acima do valor estabelecido na Lei Geral das MPE e EPPs; patrocínios suspeitos de até R$ 44 mil, o teto estipulado no estatuto social da entidade para o fechamento deste tipo de operação sem a obrigatoriedade de prestação de contas; prestação de contas de viagens de internacionais em desacordo com a INP 001/2001. Um dos casos mais graves apontados pela auditoria foi a subcontratação da empresa de TI ProBid. A Deloitte constatou diversas irregularidades na licitação.

De acordo com a auditoria, “as especificações constantes dos atestados de capacidade técnica emitidos pelo Sebrae/RJ são idênticas às especificações técnicas exigidas no Edital, o que indica um direcionamento do processo licitatório”. O contrato com a ProBid foi celebrado em 10 de novembro de 2016. No entanto, segundo a auditoria, no dia 31 de outubro, portanto 11 dias antes, um representante da empresa encaminhou e-mail a um funcionário do Sebrae/RJ “discorrendo sobre o acordo feito em reunião anterior”.

Consultado, Cesar Vasquez negou as irregularidades e disse desconhecer o conteúdo da auditoria feita pela Delloite. Procurada por meio de ligações telefônicas e e-mail, a ProBid não retornou até o fechamento desta edição. Segundo a fonte do RR, a expectativa no Sebrae/RJ é que Cezar Vasquez peça demissão na reunião de amanhã – o executivo garantiu ao RR que não tomará esta decisão. Caso isso não ocorra, o Conselho Deliberativo votará a sua demissão por justa causa. Os conselheiros pretendem ainda entrar com uma representação contra Vasquez no Ministério Público.

#Sebrae

Malfeitos de Cabral pairam sobre a diretoria do Sebrae/RJ

25/04/2017
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Tudo aquilo que se aproxima de Sérgio Cabral corre o risco de contágio imediato. O Conselho Deliberativo do Sebrae/RJ convocou para a próxima quinta-feira, dia 27, às 10h30, no Hotel Windsor Guanabara, reunião extraordinária para a “apreciação e deliberação da destituição ad nutum da diretoria executiva da entidade nos termos do inciso III do artigo 16 do estatuto social”. O referido inciso diz que compete ao Conselho Deliberativo “destituir ad nutum (resolução em juízo exclusivo da autoridade administrativa competente) com o voto concorde, no mínimo, de 11 conselheiros, em reunião especialmente convocada para este fim, o Diretor-Superintendente, qualquer dos demais Diretores ou qualquer dos membros do Conselho Fiscal, titular ou suplente”.

A convocação, encaminhada aos integrantes do Conselho Deliberativo no último dia 19, visa o afastamento de toda a gestão executiva do Sebrae/ RJ, leia-se os diretores Evandro Peçanha e Armando Augusto Clemente e o diretor superintendente da entidade, Cezar Vasquez. O nome de Vasquez está em evidência desde a prisão de Sérgio Cabral. O no 1 do Sebrae/RJ, no cargo desde 2010, é casado com a irmã do ex-governador, Claudia Cabral. Consta que o filho do casal, Bruno Cabral, é sócio da Acreditte Consignado, especializada na concessão de empréstimos com desconto em folha para servidores públicos, militares, aposentados e pensionistas.

Consultado pelo RR, Cezar Vasquez disse que o “Conselho Deliberativo tem a prerrogativa de reavaliar a diretoria de tempos em tempos” e que a reunião da próxima quinta-feira se refere “a toda a diretoria” e não apenas a ele. Cabe ressaltar que, a rigor, o mandato da atual gestão do Sebrae/RJ termina apenas em dezembro de 2018. Perguntado se vê algum viés político no episódio por conta da relação de parentesco com ex-governador Sérgio Cabral, Vasquez afirmou que “tende a acreditar que os conselheiros não se movem por essas questões.

O que importa é o desempenho”. No entanto, Vasquez se contradiz ao declarar também que “caso a diretoria seja destituída, não será por conta dos resultados, que são muito bons”. Desde que a Operação Calicute eclodiu, com a prisão de Sérgio Cabral, conselheiros do Sebrae/RJ pedem o afastamento de Cezar Vasquez. Os opositores de Vasquez fazem insinuações acerca do crescimento do seu patrimônio. Citam que, antes de assumir o cargo, ele morava em um imóvel alugado e hoje é proprietário de uma casa de três andares no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio.

#Sebrae #Sérgio Cabral

Avanço na Operação Calicute

24/04/2017
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A Operação Calicute vai andar de trem, barcas e metrô. Segundo fonte do MP, Luiz Carlos Velloso, subsecretário de Transportes no governo Cabral e preso em março, negocia sua delação.

#Operação Calicute #Sérgio Cabral

MP encontra outro rastro deixado por Cabral

10/04/2017
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Segundo fonte do Ministério Público, os procuradores investigam o que pode ser uma nova conta de Sérgio Cabral no exterior, mais precisamente em Miami, no valor aproximado de US$ 200 milhões.

#Sérgio Cabral

Escândalo Cabral

6/04/2017
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Desgastado com o escândalo Sérgio Cabral, o renomado Antonio Bernardo tem pensado com seus brilhantes se não seria hora de passar à frente a joalheria que leva seu nome.

#Sérgio Cabral

Best friends

27/03/2017
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Há tanta afinidade entre Sergio Cortes, ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral, e a Rede D ´Or que, se pudesse, ele se tornaria sócio da empresa.

#Rede D'Or #Sérgio Cabral

Sara Joias paga seus pecados

21/03/2017
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A Sara Joias, uma das preferidas de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo, terá de acertar suas contas com o erário. O Ministério Público do Rio vai entrar com uma ação para que a joalheria devolva ao estado os recursos referentes aos incentivos fiscais recebidos indevidamente entre 2013 e 2016. Levantamento preliminar indica que os incentivos nesse período totalizaram aproximadamente R$ 21 milhões. Mas essa cifra ainda pode subir mais alguns quilates. Os procuradores estão debruçados sobre os autos de todos os processos administrativos contra a Sara Joias na Secretaria de Fazenda.

#Adriana Ancelmo #Secretaria da Fazenda #Sérgio Cabral

Legado

14/03/2017
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O deputado federal Marco Antonio Cabral está à frente de tudo que diz respeito ao pai, Sérgio Cabral. De tudo.

#Sérgio Cabral

Negócios

Passos largos

10/03/2017
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A força tarefa da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, avança a passos largos sobre a área de transporte do governo de Sérgio Cabral.

#Lava Jato #Operação Calicute #Sérgio Cabral

Mapa da mina

8/03/2017
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A H. Stern entregou ao Ministério Público do Rio um relatório de todas as vendas feitas a Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo ao longo de quase uma década. O valor total passaria dos R$ 5 milhões. Trata-se de um passo decisivo para a joalheira fechar seu acordo de leniência.

#Adriana Ancelmo #H. Stern #Sérgio Cabral

MP do Rio investiga “contrabando” de benefícios fiscais

7/03/2017
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O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu mais uma frente de investigação contra o governo do estado. O MP tem indícios de que o governador Luiz Fernando Pezão estaria usando a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude para “contrabandear” benefícios fiscais a empresas, descumprindo a legislação que ele próprio sancionou em dezembro – a Lei 7.495/16 proibiu a concessão de incentivos tributários no Rio pelos próximos dois anos. As investigações do MP levam de arrasto a Claro. Em fevereiro, a operadora recebeu cerca de R$ 8 milhões em benefícios direcionados ao patrocínio do torneio de tênis Rio Open 2017. O MP está escarafunchando todos os pedidos de incentivos semelhantes em tramitação na Secretaria de Esporte. Em tempo: não custa lembrar que Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, comandou o órgão até janeiro deste ano. Procurada, a Secretaria afirmou que “os incentivos fiscais concedidos a empresas parceiras do Estado se pautam pelo rigoroso respeito às leis e aos critérios técnicos previstos na Lei de Incentivo ao Esporte”. Já a Claro não quis se pronunciar.

#Claro #Governo do Rio de janeiro #Ministério Público #Pezão

Sobra para os tucanos?

2/03/2017
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O que se diz na coxia da Lava Jato é que o doleiro Adir Assad está negociando sua delação. Mais uma péssima notícia para Sérgio Cabral. Mas talvez não só para Cabral. Consta que Assad sempre teve uma relação próxima do PSDB paulista, com trânsito livre nas estradas do estado por meio do Dersa.

#Adir Assad #Dersa #Lava Jato #Sérgio Cabral

Os “Kennedy da Lava Jato”

24/02/2017
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José Padilha está reescrevendo episódios da série “Lava Jato” para incluir dois personagens fundamentais que passavam quase em branco no roteiro original: o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo. A produção da Netflix ainda não tem data de estreia, mas, até lá, é possível que Padilha tenha de adicionar outros nomes que ainda não vieram à tona na trama real.

#Adriana Ancelmo #Lava Jato #Netflix #Sérgio Cabral

Hora da verdade

20/02/2017
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O Ministério Público do Rio está fechando o cerco às empresas amigas de Sérgio Cabral. O MP criou uma força tarefa, com técnicos da Secretaria de Fazenda, para analisar todos os benefícios fiscais concedidos no governo Cabral. Em até dois meses, os procuradores esperam separar o joio do trigo e ter o mosaico das companhias que participaram do “toma lá, dá cá”.

#Ministério Público #Sérgio Cabral

Um celular na mão e uma propina na cabeça

17/02/2017
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A delação premiada de Fernando Cavendish oferece uma videoteca que merecia ser disponibilizada ao público. Os próprios procuradores estão impressionados com a recorrência com que o empreiteiro costumava gravar filmetes de seus encontros com Sérgio Cabral, a exemplo do já notório registro de um jantar entre casais em Paris. Nessas ocasiões, corruptor e subornado costumavam falar as maiores barbaridades quase em tom de galhofa.

#Delação premiada #Fernando Cavendish #Sérgio Cabral

Sujeito oculto

10/02/2017
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A Secretaria de Fazenda do Rio ainda não entregou ao Ministério Público a tão aguardada lista das empresas enquadradas em regimes fiscais diferenciados – uma barafunda onde se aninharam muitos dos amigos de Sérgio Cabral. O dead line era 10 de fevereiro.

#Ministério Público #Sérgio Cabral

Os Cabral

10/02/2017
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Os carcereiros estão surpresos com a mudança de comportamento do casal nº 1 de Bangu 8. Sérgio Cabral deu para ter crises de choro quase diárias. Já Adriana Ancelmo, que ficou em frangalhos nas primeiras semanas de cadeia, tem chamado a atenção pela sobriedade.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Essentium quer distância dos fantasmas da Delta

9/02/2017
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A espanhola Essentium procura um comprador para a Allianza Infraestruturas do Brasil. Para quem não associou o nome à pessoa, trata-se da casca criada para abrigar os ativos e os despojos da antiga Delta Engenharia, a célebre empreiteira de Fernando Cavendish, praticamente um irmão siamês de Sergio Cabral durante o seu governo. Segundo o RR apurou, um dos candidatos ao negócio seria a China Communications Construction Company (CCCC), gigante da construção pesada que recentemente comprou o controle da Concremat Engenharia.

Coincidência ou não, a inapetência da Essentium pela empreiteira cresce à medida que a Justiça avança sobre Sergio Cabral e seus múltiplos avatares na iniciativa privada. A troca de identidade da Delta não apagou seu passado. E, o que é pior, talvez o seu presente. De acordo com uma fonte do RR que conhece as entranhas da companhia, ainda haveria algo de Cavendish nos negócios da Allianza.

O RR fez várias tentativas de contato com a empresa por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. A Essentium fechou a compra da antiga Delta há menos de dois anos. Pagou cerca de R$ 450 milhões para ficar com o chamado acervo técnico, incluindo uma carteira de sete contratos – entre eles a construção de um centro de processamento de dados da Caixa Econômica em Brasília e a manutenção de uma rodovia em São Gonçalo (RJ). No entanto, a operação não deslanchou como os espanhóis esperavam, até porque eles tiveram a má sorte de pegar pela frente a grave crise financeira do Rio e a escassez de grandes obras no estado. Mas o que pesaria mesmo na decisão da Essentium é o “Risco Cavendish”.

A rigor, a Essentium nem precisava atravessar o Atlântico para se atolar em obscuros canteiros de obra. Já bastam os problemas que tem em sua terra. O grupo acumula dívidas com bancos, com trabalhadores e com a própria Seguridad Social, a previdência espanhola. Nos últimos meses, seus empregados têm feito seguidas manifestações contra a empresa. A crise do grupo chegou até o futebol. Acionista da Essentium, Susana Monje foi recentemente “convidada” pelo Barcelona a deixar o cargo de vice-presidente de finanças do clube catalão.

#Allianza Infraestruturas do Brasil #China Communications Construction Company (CCCC) #Essentium

The Godfather

7/02/2017
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Jorge Picciani, presidente da Alerj, assumiu a “guarda política” do deputado estadual e ex-secretário de Esportes do Rio Marco Antonio Cabral, filho de Sergio Cabral. E espera que o ex-governador leve esse gesto em conta caso decida contar o que sabe.

#Alerj #Jorge Picciani #Sérgio Cabral

UPPs: um grande negócio para Cabral?

3/02/2017
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A Justiça pode ter encontrado mais um ganha-pão de Sérgio Cabral no governo do Rio: a escolha das áreas que receberam Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs. O projeto de segurança pública fez a alegria das incorporadoras imobiliárias que compraram terrenos no lugar certo na hora certa. Em algumas regiões, bastava o anúncio da instalação de uma UPP para os preços dos imóveis subirem automaticamente mais de 20%.

#Sérgio Cabral #Upp

Oriente Construção é mais uma obra do governo Cabral

2/02/2017
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A Lava Jato está revelando o inacreditável ecossistema criado em torno de Sérgio Cabral. Um dos personagens desse universo de relações incestuosas, o empreiteiro Cesar Farid Fiat, sócio da Oriente Construção Civil, carrega um currículo no qual se misturam denúncias de pagamento de propina, contratos públicos sob suspeita, e até acusações de grilagem de terras. A prisão, em novembro, de Alex Sardinha Veiga, representante da Oriente, tem ajudado a esquadrinhar as ligações entre o empreiteiro e o governo Cabral. Somente no ano de 2011 o estado contratou a construtora para quatro obras na Região dos Lagos, no valor total de R$ 11,4 milhões.

Consta que a Oriente atuou em parceria com a já notória Delta, de Fernando Cavendish. O governo Cabral era uma grande família. Também por volta de 2011, Geraldo André de Miranda Santos – acionista da Oriente e filho de Lina Maria Miranda Santos, esposa de Farid Fiat – se associou ao deputado estadual Paulo Melo, um dos políticos mais influentes do estado. Ambos criaram a PMGA Incorporação e Construção, dona de terrenos exatamente na Região dos Lagos. À época, a mulher de Paulo Melo, Francianne Motta, era prefeita de Saquarema, um dos municípios locais.

Como se não bastassem as denúncias contra a Oriente, ainda repousa sobre Cesar Farid Fiat a acusação de ocupação ilegal de terras localizadas no município de Silva Jardim. Coincidência ou não, trata-se de um dos latifúndios eleitorais de Paulo Melo no interior do estado. Farid Fiat é dono da Fazenda Santa Maria. Ou, pelo menos diz ser. Em 1996, o empreiteiro ingressou na Justiça com diversos processos requerendo o usucapião da área.

Quatro desses pedidos foram atendidos, abrangendo aproximadamente 50 alqueires. Hoje, no entanto, ele se apresenta como proprietário de todos os 300 alqueires da Santa Maria. Desde dezembro, por sinal, cerca de 180 famílias estão acampadas na fazenda. São lavradores que tentam reconhecer na Justiça a legitimidade da posse da área.

#Fernando Cavendish #Lava Jato #Oriente Construção Civil #Sérgio Cabral

Prisão de Eike fecha o cerco ao “premiê” de Cabral

1/02/2017
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A prisão de Eike Batista e sua eventual delação prometem trazer para a ribalta um personagem chave no governo de Sérgio Cabral: o ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner. Segundo confidenciou ao RR um deep throat da “república de Curitiba”, os procuradores da Operação Calicute, o braço da Lava Jato no Rio, estariam puxando o fio da meada dos pagamentos feitos pelo Grupo EBX ao escritório de advocacia Andrade & Fichtner, do qual o ex secretário de Cabral é sócio. A firma presta serviços à LLX, em um contrato que remonta à construção do Porto do Açu. À época, em 2009, o governo Cabral desapropriou, com rara celeridade, cerca de 90 quilômetros quadrados para a instalação do complexo logístico-portuário.

Dezenas de proprietários de imóveis e terras entraram na Justiça contra a LLX e o estado. Do limão, fez-se uma limonada. Coube ao Andrade & Fichtner defender a empresa. Àquela altura, o escritório era comandado pela irmã de Regis Fichtner, Viviane Fichtner Pereira. O então secretário da Casa Civil estava afastado da banca havia três anos – ao deixar o governo, retornou para a empresa. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento desta edição, alegando que todos os procuradores que acompanham o caso estavam envolvidos com o depoimento de Eike à PF. Por sua vez, o Andrade & Fichtner confirmou que presta serviços à LLX desde abril de 2009. Disse desconhecer “a existência de qualquer investigação” no âmbito da Calicute. Por fim, afirmou que o sócio Regis Fichtner não tem qualquer relação de “parentesco, afinidade, amizade ou inimizade” com Eike Batista.

Regis Fichtner foi um dos personagens mais poderosos da gestão Cabral. Era praticamente o seu “primeiro-ministro”: cuidava da articulação política à contratação de fornecedores, passando pelas grandes obras e projetos do estado. Foi também tesoureiro na primeira campanha de Cabral ao governo do Rio,  em 2006. Em 2010, embora a função tenha sido oficialmente entregue a Wilson Carlos Carvalho – preso em novembro –, auxiliou na arrecadação de doações para a reeleição do governador.

Entre outras esquinas, Eike Batista e Regis Fichtner também se encontraram na concessão do Maracanã, em 2013. À época, Fichtner conduziu o processo de privatização do estádio, inclusive representando pessoalmente o governo em audiências públicas. A licitação foi vencida pelo consórcio Maracanã S/A, liderado pela Odebrecht. Não obstante sua diminuta participação societária por meio da IMX – apenas 5% –, Eike era a principal face, quase o garoto-propaganda do pool de investidores, que tinha ainda a norte-americana AEG.

#Eike Batista #Grupo EBX #Operação Calicute #Sérgio Cabral

Eike é o fator mais imponderável da Lava Jato

31/01/2017
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O risco Eike Batista não tem limite. Devido a componentes megalômanos notórios e a uma ética peculiar – “tudo é mercado, as pessoas têm direito a cobrar por tudo” – a delação do empresário pode se tornar uma bomba mais explosiva do que o testemunho de Marcelo Odebrecht. Eike vai de A a Z. A crônica de regalias obtidas junto ao empresário registra o nome dos peixões José Dirceu, José Sarney, Aécio Neves, Delcidio do Amaral e o notório Sérgio Cabral.

Ele teve relações próximas com Lula, que foi requisitado pelo empresário durante e após o seu mandato para contornar problemas em países da América do Sul. Mas Eike tornou-se ainda mais próximo de Dilma Rousseff, de quem foi publicamente um entusiasta. Dilma ajudou o empresário em diversas vezes, pedindo celeridade à burocracia e facilitando seus pedidos na esfera da administração pública. Eike teve o que quis da Petrobras (vendeu uma termelétrica, a “Termoluma”, por um preço três vezes maior do que o valor de mercado), do BNDES (o banco tornou-se sócio de seus projetos “no papel”), da Fazenda (a “delação não premiada” sobre Guido Mantega é uma amostra de como os pedidos eram feitos e atendidos) e do Gabinete Civil, de Gleisi Hoffmann.

Os Conselhos das empresas de Eike também eram constituídos de luminares com trânsito diferenciado, a exemplo da ex-ministra do STF Ellen Gracie e de Pedro Malan. Todos os conselheiros nas diversas empresas de Mr. Batista foram agraciados com a honraria de processos na CVM. Eike sempre considerou que o “vil metal” resolve tudo. E não por distorção de caráter ou amoralidade, mas por patologia mesmo.

Ele acredita que comprar o que for é um caminho natural para resolver qualquer coisa. Aliciou mais de 40 geólogos e engenheiros da Petrobras (todos detentores de informações estratégicas e confidenciais) simplesmente triplicando ou quadruplicando seus salários. Com a Vale, usou o mesmo expediente do “vem para MMX, você também”. Arrumou um inimigo, o então presidente da mineradora Vale Roger Agnelli, para o resto da vida. Agnelli bem que tentou, mas não conseguiu equiparar os salários alucinantes oferecidos pelo empresário, que se apoderou de dezenas de funcionários seus, igualmente detentores de segredos vitais da Vale.

Quem conhece Eike Batista – tais como Bradesco, Itaú, Ricardo K, BTG, Rodolfo Landim, José Luis Alqueres, entre tantos e tantos – pode avalizar que ele age como se sofresse da Doença de Huntington, enfermidade em que as pessoas se comportam de forma inadequada e dizem coisas sem pensar. Sua megalomania o levou a contenciosos com governos da Rússia, Venezuela, Bolívia e Grécia, neste último é persona non grata. Quando tinha seus R$ 25 bilhões, Eike distribuiu muito dinheiro pelos critérios mais e menos imagináveis. Se for levado à delação, imbuído das virtudes que sempre encontra em tudo que faz, vai falar cobras e lagartos. Será o momento mais imponderável da Lava Jato.

#BNDES #Eike Batista #Vale

Cabral: do Glória para Bangu

30/01/2017
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Eike Batista e Sérgio Cabral quase viraram sócios. Formais. O RR tem certeza do que diz. No auge da popularidade do então governador do Rio, Eike ofereceu ao amigo do peito uma opção para participar minoritariamente do Hotel Glória. Tratava-se de um mimo.

Os secretários mais próximos de Cabral souberam da proposta, assim como a entourage de Eike. A operação se consumaria após sua saída do governo do estado. As conversas entre ambos não excluíam a manutenção da carreira política de “Serginho”, àquela altura um potencial candidato à presidência da República. Muito pelo contrário. A essência era juntar um dos mais bem avaliados governantes e o mais pop empresário do Brasil para criar um cinturão de empatia em torno do Glória.

Seria o início de um take over do estado do Rio. O Glória era um dos mais caros presentes de Eike Batista para o Rio: a reforma do hotel estava orçada em mais de R$ 100 milhões. Hoje é um sarcófago à beira da Baía de Guanabara. As obras estão paradas há mais de três anos. A batata quente está nas mãos do Mubadala, o fundo de Cingapura que herdou o hotel. Não por falta de tentativa de se livrar do problema. Em 2014, a suíça Acron comprou o empreendimento para devolvê-lo aos asiáticos poucos meses depois.

#Eike Batista #Hotel Glória #Sérgio Cabral

Colarinho

30/01/2017
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A delação dos irmãos Renato e Marcelo Chebar, operadores financeiros de Sérgio Cabral, promete azedar de vez a situação do cervejeiro Walter Faria. A dupla conhece de cor e salteado os caminhos que ligavam Cabral ao dono da Petrópolis.

#Cervejaria Petrópolis #Sérgio Cabral #Walter Faria

Crueldade digital

30/01/2017
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As mídias sociais não perdoam nem seus mitos. Luciano Huck (12 milhões de seguidores) está bombando no Twitter desde a última quinta-feira. Milhares de internautas já reproduziram, com os comentários sarcásticos de praxe, tweet postado pelo apresentador em 2009 rasgando elogios à dupla Sérgio Cabral e Eike Batista.

#Eike Batista #Luciano Huck #Sérgio Cabral

Os olhos de Pedro Parente em Brasília

25/01/2017
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, contratou a consultoria Arko, do cientista político Murilo Aragão. Parente é um salto de profissionalismo em tudo que faz. Quando o presidente da estatal era Ademir Bendine, sua assessoria de comunicação, a FSB, acumulava esse serviço. Definitivamente, naquela circunstância, não era a empresa mais adequada para a tarefa, devido a sua proximidade nos casos Lava Jato, Delta, Sérgio Cabral.

Questionado, Bendine dizia que a assessoria era sua, de caráter privado, e não da companhia. Consultada, a FSB confirma “que foi contratada pela Petrobras para prestar serviços de comunicação, monitoramento e análise de conjuntura no âmbito da chamada CPI da Petrobras. O serviço era prestado à empresa e não em caráter pessoal a qualquer executivo.” Parente é diferente.

Não se dissocia da estatal. E tem enorme cuidado com a folha corrida dos que lhe cercam. O executivo aproveitou ainda o convite à Arko para ajustar a operação da companhia em Brasília. Pelo menos uma parte das tarefas do escritório da Petrobras ficará na conta de Murilo Aragão.

#Arko #Pedro Parente #Petrobras

Silêncio temporário

23/01/2017
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A defesa de Sérgio Cabral e de Adriana Ancelmo prepara um novo pedido de habeas corpus para os próximos dias. Se não sair, vai ser difícil a dupla manter o voto de silêncio.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Procter & Gamble entra na mira do MP do Rio

19/01/2017
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Mais uma grande empresa caiu na malha fina do Ministério Público do Rio. Os procuradores investigam a Procter & Gamble (P&G) e as circunstâncias que cercam os benefícios fiscais concedidos à companhia no governo de Sérgio Cabral. O primeiro levantamento aponta que a P&G contabilizou R$ 379.155.680,48 em isenções entre 2008 e 2013.

No entanto, há indícios de que esse valor pode ter chegado a quase R$ 1,3 bilhão. A maior parte dos incentivos oferecidos pelo governo Cabral à P&G foi em contrapartida à construção de uma fábrica de cremes dentais em Serópedica, inaugurada em 2015. O investimento girou em torno de R$ 280 milhões.

Ainda durante o governo Cabral, a P&G desembolsou R$ 80 milhões para modernizar unidades em Queimados e Itatiaia, também com benefícios que são alvo de investigação. Procurada, a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição. Ressalte-se que os benefícios concedidos à P&G têm impacto não apenas sobre as contas do estado, mas também dos municípios. Se o valor total das isenções chegar a R$ 1,3 bilhão, significa dizer que as prefeituras do Rio deixaram de receber cerca de R$ 317 milhões a título de repasse dos recursos do ICMS.

#Procter & Gamble #Sérgio Cabral

A viagem de Cabral

17/01/2017
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Entre as tantas idas e vindas de Sérgio Cabral à Europa, uma em especial prende a atenção do Ministério Público do Rio. Os procuradores investigam os detalhes de uma viagem a Paris em meados de 2012. O então governador embarcou no Galeão, mas teria sido forçado a deixar para trás sua valiosa bagagem de mão.

#Sérgio Cabral

Metrô do Rio empurra a Lava Jato em direção ao Citi

12/01/2017
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O banco que nunca dorme tem motivos para ficar ainda mais insone. Os trilhos do Metrô do Rio estão conduzindo a Lava Jato na direção do Citibank. Os procuradores de Curitiba, que atuam em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, dedicam-se a destrinchar as relações entre Sérgio Cabral e a Opportrans. Trata-se do antigo consórcio que administrou o transporte metroviário na cidade até janeiro de 2009, quando a concessão foi vendida à Invepar.

O que mais intriga a força tarefa da Lava Jato é uma operação consumada em 2007, ano em que o Citi dava as cartas no comando da Opportrans – representado por uma tradicional banca de advocacia –, após romper a sociedade com o Opportunity, em 2005. Na ocasião, o então governador Sérgio Cabral estendeu a concessão do metrô por mais 20 anos, até 2038. Em contrapartida, o consórcio se comprometeu a investir cerca de R$ 1 bilhão na compra de novos vagões. O acordo percorreu um caminho tão sinuoso e desalumiado quanto os túneis do metrô do Rio. Por meio de um Instrumento Particular de Transação, a Opportrans quitou uma antiga dívida do próprio governo do Rio com a Camargo Corrêa, no valor aproximado de R$ 40 milhões. Em troca da gentileza, a empreiteira concordou em retirar as cinco ações judiciais que movia contra o estado.

Outro ponto chama a atenção dos procuradores: o acordo foi publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro ao apagar das luzes de 2007, precisamente no dia 31 de dezembro, uma data mais propícia para abafar do que dar visibilidade ao acerto. Naquele mesmo ano, coincidência das coincidências, o Metrô Rio havia contratado os serviços do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. Todas essas decisões tiveram a anuência do Citi, à época responsável pela administração do consórcio e na linha de frente das negociações com o governo do Rio.

Uma das tarefas da Lava Jato é cruzar os repasses da Opportrans/Citi à Camargo Corrêa com os pagamentos do Metrô ao escritório da então primeira-dama. Mais do que isso: juntar essas peças e confrontá-las com as próprias movimentações financeiras de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo. Boa parte desse enredo, não custa lembrar, chegou a ser escarafunchada na Operação Castelo de Areia, que tinha como alvo a Camargo Corrêa. No entanto, todos esses fatos foram para o limbo com a anulação das investigações. Agora, o caso ganha um novo tom, com a entrada em cena dos procuradores da Lava Jato e do Ministério Público do Rio. A exemplo do Citi, eles também nunca pregam o olho.

#Citibank #Invepar #Lava Jato #Opportunity

O Dia D para os “amigos de Cabral”

12/01/2017
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O recesso do Judiciário foi providencial para a Secretaria Estadual de Fazenda do Rio. O órgão terá até 23 de janeiro para entregar ao Ministério Público a relação definitiva das empresas que receberam isenções fiscais no governo de Sérgio Cabral. O prazo inicial estava estipulado até 26 de dezembro, mas a Secretária não conseguiu remeter as informações a tempo pela dificuldade em mapear todos os incentivos concedidos – ver RR edição de 19 de dezembro.

#Sérgio Cabral

Delação a caminho 1

9/01/2017
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Uma cruel contagem regressiva pesa sobre o casal Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo. Quem levantar o dedo primeiro e acertar uma delação premiada inevitavelmente reduzirá o interesse da Justiça pelas revelações do retardatário.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Saúde pública

30/12/2016
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As investigações do Ministério Público do Rio avançam sobre autoridades da área de saúde no governo de Sérgio Cabral. Janeiro não será um mês aconselhado para cardíacos.

#Sérgio Cabral

Acervo RR

Saúde pública

30/12/2016
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As investigações do Ministério Público do Rio avançam sobre autoridades da área de saúde no governo de Sérgio Cabral. Janeiro não será um mês aconselhado para cardíacos.

#Sérgio Cabral

Austríaca RHI entra no radar da Lava Jato

28/12/2016
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A Lava Jato está triscando na austríaca RHI, que acaba de se unir à Magnesita para criar a maior fabricante de refratários do mundo. O Ministério Público do Rio, que colabora com a força tarefa de Curitiba nas investigações relacionadas a Sérgio Cabral, apura as circunstâncias dos benefícios tributários concedidos pelo governo do Rio à RHI Refratários Brasil Ltda. Segundo investigações preliminares, a empresa teria recebido 11 isenções fiscais desde agosto, quando a situação nas contas públicas do estado já era calamitosa.

Ressalte-se que o grupo austríaco não tem qualquer site de produção no Rio. Seu próprio centro de decisões no país está sediado em Belo Horizonte. Procurado pelo RR, o governo do Rio disse que não poderia revelar a “quantidade de incentivos” concedidos à RHI “em razão do sigilo fiscal”. A Secretaria de Fazenda informou que a RHI Refratários Brasil “encontra-se enquadrada no Tratamento Tributário Especial (TTE), criado para empresas tipicamente importadoras que utilizam os portos fluminenses”. A RHI, por sua vez, confirmou que possui “Regime Especial de diferimento parcial de ICMS na importação de produtos pelo Estado do Rio.”

Esse Regime Especial, segundo a companhia, “foi diferido em 29 de Julho de 2016 com base na Resolução SEFAZ no 726 de 19 de fevereiro de 2014”. A empresa negou, no entanto, que tenha recebido isenções fiscais do governo fluminense. A RHI disse ainda não ter conhecimento de qualquer investigação sobre seus negócios no Brasil no âmbito da Lava Jato. O fio da meada que o Ministério Público está desenrolando leva a 2011, quando as relações entre a RHI e autoridades do Rio se intensificaram.

Nesse ano, durante o governo de Sérgio Cabral, a empresa anunciou um investimento de 85 milhões de euros na construção de uma fábrica em Queimados, na Baixada Fluminense. A companhia chegou a comprar o terreno, por sinal outro trecho nebuloso na biografia dos austríacos no país. Conforme o RR publicou na edição de 14 de setembro de 2011, a RHI pagou à época R$ 11,7 milhões pela propriedade que, cinco dias antes, segundo registros em cartórios locais, havia sido negociada por apenas R$ 2,5 milhões. O empreendimento foi continuamente adiado.

Em 2012, segundo informação confirmada pela própria companhia ao RR, a RHI suspendeu a instalação da fábrica. Os procuradores têm motivos para acreditar que nem em um século o projeto sairia do papel. A percepção é que a fábrica da RHI nunca passou de um holograma.

#Lava Jato #RHI

Réveillon em Bangu

28/12/2016
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Os advogados de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo vão tentar até o último instante um habeas corpus para que o casal passe o réveillon em casa. Apenas por dever de ofício. É pouco provável que um juiz de plantão tome uma decisão contrária à dos titulares do TRF da 2a Região, que já negaram outros dois pedidos de soltura.

#Adriana Ancelmo #Sérgio Cabral

Turma do guardanapo

21/12/2016
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A expectativa dos advogados de Fernando Cavendish é que o acordo de delação premiada do empreiteiro seja homologado até fevereiro. Ou seja: o inferno de Sergio Cabral e seus pares está apenas começando.

#Fernando Cavendish #Sérgio Cabral

Rio é uma amostra da barafunda da renúncia fiscal

19/12/2016
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O Rio de Janeiro serve como proxy da algaravia de benefícios fiscais que se espalhou indiscriminadamente por todas as unidades da federação e pelo próprio governo federal. O Secretário de Fazenda do estado, Gustavo Barbosa, ainda não atendeu à solicitação do Ministério Público, que reivindicou os dados das empresas enquadradas em regimes tributários diferenciados. Não há nenhuma desobediência ou má vontade de sua parte.

Barbosa e sua equipe simplesmente não conseguem consolidar os números, fechar a lista de favorecidos e calcular o montante da renúncia fiscal. Uma das dificuldades é que o sistema é autodeclaratório, ou seja, as próprias empresas comunicam à Fazenda os benefícios a que têm direito. Este procedimento aumenta consideravelmente a chance de erros na contabilização da Fazenda. Surreal. A discrepância entre os números de parte a parte é mais uma prova da barafunda que cerca programas de desoneração fiscal. O MP estima que, entre 2009 e 2015, a Fazenda do Rio abriu mão de algo em torno de R$ 46,5 bilhões.

Pois bem, só que os dados lançados pelas próprias empresas no Documento de Utilização de Benefícios (DUB) da Secretaria de Fazenda somam, pasmem, um benefício de parcos R$ 138 milhões para o referido período. Ou seja: o equivalente a 0,29% da cifra apurada pelo Ministério Público. O objetivo do Ministério Público é confrontar os setores favorecidos por benefícios fiscais com a relação de empresas que contribuíram para as campanhas de Sergio Cabral ou que mantinham relações próximas com o ex-governador. O caso clássico é o das joalherias, que se esbaldaram em isenções tributárias 24 quilates à medida que enfeitavam mais e mais a ex-primeira dama Adriana Ancelmo.

#Governo do Rio de janeiro

O temor de Sérgio

13/12/2016
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Sérgio Cabral está aflito com o estado emocional de Adriana Ancelmo. Segundo fonte do RR, o temor de “Serginho” é que, para sair da prisão, ela venha a fazer revelações muito mais comprometedoras.

#Sérgio Cabral

Cabral, Lula e Dilma são os culpados pela tragédia financeira do Rio de Janeiro

12/12/2016
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Sérgio Cabral é o maior culpado pela tragédia financeira do estado. Vox populi, vox Dei. Quem o condena não é o RR, mas uma sondagem feita por esta newsletter na santíssima trindade dos bairros do Rio – Copacabana, Centro e Méier. Para 62% dos 298 entrevistados, o título de exterminador do estado é de Cabral. O ex-governador recebeu o dobro da votação somada do segundo e do terceiro colocados. Mas novidade mesmo, com todo respeito a Cabral, é o reconhecimento que a população do Rio empresta a Lula e Dilma Rousseff. Os dois são os principais responsáveis pela desgraça financeira do estado na opinião, respectivamente, de 17% e 14% dos consultados.

É a constatação de que verba federal nem sempre traz popularidade. Foram citados ainda Luiz Fernando Pezão (5%) e o prefeito em fim de mandato Eduardo Paes (2%). Sergio Cabral está em todas. Para 56%, o ex-governador é também o maior vilão do Rio. Em segundo lugar, vem Anthony Garotinho, com 16%. Eduardo Cunha recebeu 11% das respostas, seguido do presidente da Alerj, Jorge Picciani (7%). A partir daí, a percepção de vilania começa a ficar mais fragmentada.

Mais uma vez, os entrevistados separaram o criador da criatura: Pezão foi lembrado apenas por 4% dos votantes. Mesmo sem qualquer ingerência direta na administração do estado, Jair Bolsonaro recebeu 3% das menções – talvez numa interpretação mais ampla do termo “vilão”. Eduardo Paes somou apenas 2%. Por fim, a curiosa lembrança de 1% dos entrevistados ao nome de Roberto Jefferson, que hoje  está mais para político aposentado.

Tomando como referência os três maiores vilões do Rio apontados na questão anterior (Sergio Cabral, Anthony Garotinho e Eduardo Cunha),o RR perguntou: “No intervalo de um a cem, quantos anos de prisão cada um destes políticos merece?” Não obstante a inevitável ausência de embasamento jurídico nas respostas, o resultado exprime a revolta e a raiva da população do Rio. É uma métrica da indignação. Na média dos votos, Cabral foi “condenado” a 82 anos de prisão. Já Eduardo Cunha merece 81 anos de cárcere, na opinião dos entrevistados. Garotinho pegou a “pena” mais branda: 78 anos.

Em relação aos agentes privados que, de uma maneira ou de outra, se beneficiaram com as malversações do governo, deu o óbvio. Para 44% dos consultados, quem mais ganhou com a roubalheira do Rio foram as empreiteiras. Em segundo lugar, quase que por osmose, a antiga diretoria da Petrobras, com 15%. Escritórios de advocacia receberam 12%. Para 11% dos entrevistados, quem mais se aproveitou das falcatruas foram as joalherias, como se sabe hoje um segmento que contava com o especial apreço da família Cabral.

Até então tudo razoavelmente dentro do script. O que surge como um ponto fora da curva é a citação à imprensa (12%). A princípio, a resposta pode causar estranheza. Mas as barbaridades estampadas nas páginas dos jornais e noticiadas na TV talvez expliquem, ainda que por um ângulo mórbido, o aumento da audiência. Outras duas áreas de negócio afins com a imprensa também foram citadas: agências de publicidade e agências de comunicação, cada grupo com 3%. Curioso.

Por fim, uma pergunta diretamente relacionada à crise financeira do estado e ao bolso do cidadão: “O estado do Rio deve suspender pagamento da dívida aos bancos até receber recursos do governo federal para resolver a crise?” Dos 298 entrevistados, 72% disseram que sim. Mais impactante, no entanto, é o universo de 28% que preferem ver o governo do Rio pagando aos bancos em vez de segurar os recursos para outras despesas, inclusive pessoal. Talvez seja um indicativo de que as consequências de uma moratória ainda estão vivas na memória de muita gente.

#Dilma Rousseff #Lula #Sérgio Cabral

A citricultura dos Cabral

9/12/2016
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Os procuradores do Ministério Público Federal estão levantando os bens de funcionários e ex-funcionários das empresas e residências da família Cabral. Há fortes suspeitas de que o laranjal plantado por Sergio Cabral e sua esposa, Adriana Ancelmo, vá muito além do motorista do casal que, segundo as investigações, “comprou” mais de R$ 4 milhões em jóias.

#Sérgio Cabral

O mapa da mina dos “amigos de Cabral”

6/12/2016
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O Ministério Público do Rio de Janeiro está montando o quebra-cabeças das empresas que mais receberam benefícios fiscais suspeitos durante o governo de Sérgio Cabral. Parte dos nomes deverá vir à tona ainda nesta semana.

#Sérgio Cabral

Acervo RR

Camuflagem

5/12/2016
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O “limitado” patrimônio dos Cabral tem chamado a atenção dos procuradores da Lava Jato. Dos diversos veículos à disposição de Sérgio Cabral e da família, apenas um está registrado em seu nome, um Hyundai Azera. Adriana Ancelmo, por sua vez, não é proprietária de qualquer automóvel. Já era assim em 2010, quando Cabral se reelegeu para o governo do Rio. Àquela altura, em sua declaração de bens constava apenas um Toyota Corolla, modelo 2006.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

Camuflagem

5/12/2016
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O “limitado” patrimônio dos Cabral tem chamado a atenção dos procuradores da Lava Jato. Dos diversos veículos à disposição de Sérgio Cabral e da família, apenas um está registrado em seu nome, um Hyundai Azera. Adriana Ancelmo, por sua vez, não é proprietária de qualquer automóvel. Já era assim em 2010, quando Cabral se reelegeu para o governo do Rio. Àquela altura, em sua declaração de bens constava apenas um Toyota Corolla, modelo 2006.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

Petit Napoleon

28/11/2016
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A convalescença não tem impedido Anthony Garotinho de barbarizar em seu blog. Ele está cavoucando a história de um apartamento em Paris onde Sergio Cabral costumava passar felizes temporadas.

#Anthony Garotinho #Sérgio Cabral

Primeira dama

25/11/2016
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A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal deverá analisar na sessão da próxima quarta-feira o segundo pedido de prisão de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sergio Cabral. A primeira solicitação feita pelo Ministério Público Federal foi negada na semana passada.

#Ministério #Sérgio Cabral

Rio 40 graus

24/11/2016
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O governo do Rio vai fechar as ruas próximas à Assembleia Legislativa nos dias de votação do pacote de medidas encaminhado pelo Executivo. Os comerciantes da região já estão com a navalha na mão para cortar os pulsos.

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 As lideranças dos movimentos de policiais militares e bombeiros propalam que é crescente a adesão de oficiais das duas corporações aos protestos contra o governo do Rio.

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 A propósito: o deputado estadual e candidato derrotado à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, pretende falar com os policiais e bombeiros, procurando alguma mediação do pleito dessas categorias. Freixo está vendo um cavalo encilhado passar a sua frente.

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 Ao citar em seu depoimento que Luiz Fernando Pezão era o responsável pela reforma do Maracanã e por outras obras no estado, Sergio Cabral está criando uma nova figura jurídica: o “vice domínio do fato”.

• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Governo do Rio.

#Governo do Rio de janeiro #Pezão #Sérgio Cabral

Os Cabral

21/11/2016
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O Ministério Público Federal investiga a denúncia de que o ex-governador Sergio Cabral usou laranjas para comprar um segundo apartamento no luxuoso prédio onde mora no Leblon, no Rio. Diante de tudo que já se sabe sobre Serginho, chega a ser até uma questão prosaica.

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 Em tempo: o governador Luiz Fernando Pezão e a cúpula do PMDB do Rio estão debruçados sobre o que fazer com Marco Antonio Cabral, filho de Sergio Cabral e secretário estadual de Esportes.

#Pezão #PMDB #Sérgio Cabral

A dodecafonia do Rio em cinco notas

18/11/2016
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Periga faltar carcereiro no Rio. Os sete mil servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ameaçam paralisar suas atividades a partir da próxima semana caso o pagamento dos salários não seja regularizado. Há pelo menos três meses, os funcionários dos presídios do estado vêm trabalhando em menor número nos turnos de revezamento.

•••

 O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, pretende espremer ao máximo a Cedae. A ideia é lançar mão de uma política emergencial de distribuição de dividendos, com o repasse quase integral do lucro deste ano para o acionista controlador, o governo do Rio. No ano passado, por exemplo, do lucro de R$ 248,8 milhões, a Cedae transferiu ao estado, a título de dividendo, apenas R$ 60 milhões. Os demais R$ 168 milhões foram reinvestidos na empresa. Procurados, o governo do estado e a Cedae não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

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 Ainda que convenientemente recluso – o que de nada lhe adiantou –, Sergio Cabral vinha participando ativamente das discussões políticas em torno da grave crise no Rio. Desde o fim de outubro, por sinal, o número de encontros com o governador Pezão caiu consideravelmente à medida que a agenda com o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani, se intensificou. Os dois se falaram praticamente todos os dias. Agora, a comunicação ficará dificultada.

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 Enquanto o duro pacote de medidas administrativas espera pela votação na Alerj, o governador Pezão pretende anunciar nos próximos dias a extinção de autarquias e superintendências estaduais, entre elas a Suderj, que ficou sem função após a privatização do Maracanã.

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 O carioca reagiu com o habitual tom de chacota à decisão de Jorge Picciani de cercar todo o prédio da Alerj para evitar invasões de manifestantes: “Os deputados estão onde merecem: atrás das grades”.

#Jorge Picciani #Pezão #Sérgio Cabral

Pescaria

8/11/2016
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Além da estrela maior, o ex-governador Sergio Cabral, o empreiteiro Fernando Cavendish deve arrastar em sua delação uma série de prefeitos do interior do Rio que mantiveram polpudos contratos com a Delta Engenharia. O estrago no PMDB promete ser grande.

#Delta Engenharia #PMDB #Sérgio Cabral

Dosimetria

25/10/2016
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 Sergio Cabral, o governador licenciado Luiz Fernando Pezão e os Picciani têm se esforçado para antever o potencial destrutivo da delação premiada do empreiteiro Fernando Cavendish, ex-Delta. O mais calmo dos três, como sempre, é “Serginho”.

#Delação premiada #Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Pezão #Sérgio Cabral

Acervo RR

Bloco na rua

12/02/2016
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 Eduardo Paes combinou com o governador Pezão e Sérgio Cabral que deflagrará a campanha de Pedro Paulo à Prefeitura do Rio antes mesmo da Olimpíada.

#Eduardo Paes #Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Pedro Paulo #Pezão

Rio de Janeiro acolhedor

30/09/2015
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 Ao menos no Rio, Dilma Rousseff parece estar com o corpo fechado. Além da tropa de choque formada por Sergio Cabral, Pezão e Eduardo Paes, Dilma tem mantido frequente interlocução com Marcelo Crivella.

#Dilma Rousseff #Eduardo Paes #Marcelo Crivella #Pezão #Sérgio Cabral

Serginho voltou

15/09/2015
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 Dilma Rousseff voltou a conversar bastante com Sergio Cabral. Agora, então, que a Lava Jato arquivou as denúncias contra o ex-governador, a interlocução só tende a crescer.

#Dilma Rousseff #Lava Jato #Sérgio Cabral

Sem cortinas

8/09/2015
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Foi Sergio Cabral quem convenceu Eduardo Cunha a ter uma conversa com Dilma Rousseff. Cunha ligou, então, para a presidente e disse que ela ficaria mais à vontade se, para todos os efeitos, o convite para a reunião partisse do próprio Planalto. Feito isso, poucas pessoas no Palácio tiveram conhecimento do encontro. Algumas horas depois a conversa estava no noticiário. Nesse caso, há dois vazadores em potencial: um é o próprio Cunha; o outro, o bigode mais indiscreto da República.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Sérgio Cabral

Joaquim Levy é o “Trabuco” possível para a Pasta da Fazenda

17/11/2014
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Talvez o verdadeiro “Luiz Carlos Trabuco” – leia-se um nome para o Ministério da Fazenda egresso do mercado, com o aval de Lula e capaz de mexer com as expectativas do empresariado – esteja, sim, no próprio Bradesco, mas alguns degraus abaixo da presidência do banco. Joaquim Levy, diretor-superintendente da Bradesco Asset Management (BRAM), surge como um candidato de algibeira a substituir Guido Mantega. Aos olhos do mercado, a indicação seria vista como uma guinada de 180 graus em relação a  chamada nova matriz econômica, uma política caracterizada por estímulos fiscais, crédito abundante a juros subsidiados e taxa de câmbio controlada. Seria praticamente um sinônimo de cumprimento da meta fiscal. Levy foi um dos mais ortodoxos secretários do Tesouro Nacional, cargo que ocupou no primeiro mandato de Lula. Durante os três anos de sua gestão, o superávit primário se manteve, na média, acima de 3,5% do PIB. Desde então, o mais perto deste patamar que o resultado fiscal chegou foi em 2008 (3,4%). A escolha de Joaquim Levy cumpriria um novo requisito vazado pelas hostes palacianas: o de que o novo ministro da Fazenda não consta da lista de quase duas dezenas de nomes cogitados e badalados nas últimas duas semanas. Levy é o que pode se chamar neste momento de outsider. Está longe dos refletores e distante das páginas de jornais. Além da gestão no Tesouro Nacional, Levy carrega ainda em seu currículo uma bem-sucedida passagem pela Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro no primeiro mandato de Sergio Cabral. Na ocasião, ele conduziu um forte ajuste das contas públicas, período marcado pelo expressivo aumento da arrecadação fiscal. A fonte do RR ressalta que, se Levy chegar a  Esplanada dos Ministérios, ele deve assumir o cargo munido de sal grosso e água benta e se dirigir, primeiro, ao gabinete de Arno Augustin. É lá que está concentrada toda a magia negra da contabilidade criativa.

Múltipla escolha

14/10/2013
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Wagner Victer, presidente da Cedae, já teria uma cadeira esperando por ele na iniciativa privada. Em janeiro de 2015, poderá desembarcar em um grande grupo internacional da área de energia com negócios no Rio de Janeiro. Isso, claro, se não permanecer no governo. Quem trabalhou com Anthony Garotinho e Sergio Cabral pode perfeitamente se entender com Lindbergh Faria. Ou matar as saudades do próprio Garotinho.

Letal wheapon

25/04/2013
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A Glock, produtora de uma pistola considerada a Ferrari do mercado de armas leves, vai abrir uma fábrica no Rio. O empreendimento tem o apoio do governador Sergio Cabral. Afinal são mais armas e de boa qualidade. Viva Rio! Viva Rede Globo!

Transnordestina

18/03/2013
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O orçamento para a construção da Transnordestina sofreu a enésima revisão: passou de R$ 7,2 bilhões para cerca de R$ 8 bilhões. Daí a dizer que Benjamin Steinbruch vai desembolsar esta quantia já são outros quinhentos. Se Dilma Rousseff cantasse a mesma toada do governador Sergio Cabral, cortava os incentivos do Barão Steinbruch.

Marca do pênalti

29/11/2012
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Na esteira da redução das tarifas de energia, a Eletrobras está passando a navalha em seu plano de marketing para 2013. Os cortes mais drásticos deverão atingir os patrocínios culturais e esportivos. Um exemplo: não há Lula, Sergio Cabral e Eduardo Paes que faça a estatal renovar o contrato com o Vasco, que vence em junho do ano que vem.

Acervo RR

Refinaria de Manguinhos S/A

16/10/2012
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Dependendo de como for feita a desapropriação da Refinaria de Manguinhos S/A, anunciada no último domingo pelo governador Sergio Cabral, analistas de mercado avaliam que pode ser um excelente negócio para os acionistas controladores da companhia. Manguinhos registrou no último balanço um patrimônio líquido negativo de R$ 343 milhões e um prejuízo acumulado até junho de R$ 143 milhões.

Acervo RR

O Rio unido pela bolsa de commodities

8/02/2012
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A bolsa de derivativos de commodities é um passarinho que está batendo na janela do governador Sergio Cabral e pedindo para entrar. Por enquanto, apenas uma fresta está aberta. Mas só se Cabral tiver planos de divórcio da carreira política e da gestão pública não transformará a oportunidade em bandeira do seu governo. Quem avisa amigo é. O governador Geraldo Alckmin já articula conversações com a BM&F Bovespa. Mas trazer a bolsa para o Rio tem um inestimável valor simbólico, maior até do que o propriamente econômico. Explica-se: a Bolsa de Valores do Rio acabou raptada para São Paulo, deixando o estado órfão do seu templo das finanças cariocas. Foi uma das perdas mais sentidas do Rio. Quem quer agora criar a bolsa de derivativos de commodities é a presidente Dilma Rousseff, com quem Cabral tem boa interlocução. O pleito deveria copiar o modelo americano, no qual a Bolsa de Nova York funciona no estado de mesmo nome e a de contrato futuro de commodities, em Chicago. No Rio, já estão a Vale, a EBX, a Petrobras, e viriam empresas de grão, celulose, algodão e alimentos. São Paulo que fique com a BM&F Bovespa! Cabral, por circunstância da fortuna, tem o pré-sal submerso em águas do estado, o fenômeno Eike Batista, que, no momento, viabiliza a implantação do maior projeto portuário do Brasil, o condomínio de logística multimodal que está sendo construído em Cabo Frio, o Porto Maravilha, o boom da indústria hoteleira, a Copa do Mundo e a Olimpíada. Só falta mesmo resgatar a Bolsa. Esperase virilidade do rapaz, no bom sentido, é claro.

Acervo RR

Cemig e Light são fios a unir Aécio e Cabral

21/11/2011
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Cemig e Light tornaram-se os elos para uma elétrica coalizão político-societária. De um lado, Aécio Neves; do outro, Sergio Cabral. A distribuidora mineira está preparando o terreno para incorporar a empresa fluminense, sua controlada. Para todos os efeitos, o projeto de fusão leva a assinatura do atual governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. No entanto, do lado das alterosas, o real protagonista deste enredo é seu antecessor, Aécio Neves, que, aos olhos do mercado, continua a deter o mando dentro e fora do campo na Cemig. O governo mineiro certamente tem um rosário de razões econômico-financeiras para promover a fusão entre as duas empresas – ganhos fiscais, aumento de escala, enxugamento administrativo, entre outras vantagens de praxe. No entanto, a incorporação da Light talvez tenha maior impacto no tabuleiro político do que em termos de gestão das duas distribuidoras, que, de certa forma, já obedece a um sistema nervoso central. A operação colocaria lado a lado Aécio e Cabral, não obstante os diferentes distintivos partidários, uma dobradinha eleitoral de respeito, seja para 2014 ou, quiçá, 2018 – afinal, ambos têm o tempo e a idade a seu favor. No fiel da balança, existe um notório desequilíbrio entre os dois. No que diz respeito aos desígnios da Cemig, Aécio tem tudo numa mão e mais um pouco na outra. Já Sergio Cabral leva quase nada nas duas. O governo do Rio nem sequer é mais acionista da Light. Ainda assim, não se pode desprezar o poder de barganha de Cabral. Não obstante a privilegiada posição da Cemig como acionista majoritária, difícil imaginar que o governo mineiro junte os fios das duas empresas de costas para os interesses do mandatário fluminense. É o tipo da operação cujo êxito, em todos os sentidos, está vinculado a uma bem azeitada composição política. Até porque é de se esperar que o governador do Rio terá, ainda que simbolicamente, algum tipo de ascendência sobre as operações da companhia no estado. Ou seja: é praticamente impossível dissociar a fusão entre Cemig e Light da fusão entre Aécio e Cabral. Em tempo: é importante enfatizar que toda esta operação conta com a simpatia de um personagem-chave. Acionista da Cemig, Sergio Andrade, que já é unha e carne de Aécio, passaria a ter no seu time não apenas um, mas dois fortes líderes políticos, bons de voto e potenciais candidatos a  Presidência da República. Independentemente desta costura política e do ponto futuro onde Aécio Neves e Sergio Cabral poderão se encontrar, no dia a dia da Cemig e da Light o processo de fusão já começou. Ao menos no que diz respeito a  gestão da distribuidora fluminense. Desde que foi vendida a  estatal mineira, como era de se esperar, a Light perdeu muito da sua autonomia administrativa. Ainda assim, o presidente da empresa, Jerson Kelman, conseguiu manter um certo raio de ação. Nos últimos meses, no entanto, Kelman se tornou um executivo engessado. Não consegue avançar mais um milímetro sem a anuência do presidente da Cemig, Djalma Moraes. O processo de fritura parece incontornável. Segundo uma fonte de mil megawatts da própria Cemig, o governo mineiro já traçou o destino de Jerson Kelman. A intenção é tirá-lo do cargo no início de 2012. Ele será substituído por um executivo de menor expressão, que atuará como uma espécie de gerente-geral da Light. Será uma gestão de transição já com vistas a  fusão.

Acervo RR

Caça Á  raposa

9/08/2011
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Todos dizem -eu te amo- para a Foxconn. Além de São Paulo, os governos de Pernambuco e Rio Grande do Sul estão movendo mundos e, sobretudo, fundos para atrair a empresa. Tarso Genro já fez chegar ao grupo uma proposta oficial, com benefícios fiscais e contrapartidas em infraestrutura. O próximo da lista é Sérgio Cabral.

Lula

28/06/2011
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Lula está ouriçadíssimo para defender Sergio Cabral da campanha difamatória que vem sendo promovida pela imprensa. De repente, vem ao Rio só para isso.

Acervo RR

A maçã

14/01/2011
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O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, está acionando todas as suas conexões para marcar um encontro com o fundador da Apple, Steve Jobs. Mercadante sabe do interesse norte-americano em instalar uma fábrica do iPad no Rio de Janeiro e não quer ficar em segundo plano. Vai sair na frente antes que Sergio Cabral se apresente.

Acervo RR

Virando o jogo

2/12/2010
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O governador Sergio Cabral quer transformar o Alemão em limão e fazer uma limonada. A ocupação do complexo de favelas vai virar filmetes publicitários, que serão exibidos no exterior. A mensagem será mais ou menos assim: “Copa 2014, o futebol mais seguro é no Brasil”.

NA

11/02/2010
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No Palácio Guanabara, já se diz que Sergio Cabral é candidato a vice de Dilma Rousseff. Em 2014.

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